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História The Way You Look Tonight - Fly Me To The Moon


Escrita por: dreamsofpanda

Capítulo 7 - Fly Me To The Moon


Fly me to the moon and

Let me play among the stars

Fly Me To The Moon - Frank Sinatra

12 de Agosto de 2016

Meu coração em sua velocidade normal era a única coisa que eu ouvia. Bom, tinha uma voz de fundo que as vezes chamava meu nome enquanto eu, por vez, não raciocinava nada.

Bastou um “Sim” para que meu mundo desse uma volta de 360º, não precisei de mais nada. Sua melodia ainda estava em minha cabeça e, no meu celular. Era muita coisa para ser pensada em poucos segundos de intervalo de falas. Eu tremia como uma batedeira. Eu não acreditava como quando Michael Jackson morreu. Eu não tinha ação e isso o deixava preocupado.

-Catharina, pelo amor de deus! Fala comigo!

-H? –Quantas vezes eu já não havia perguntado aquilo em menos de cinco minutos?

-NÃO CATHARINA! SUA AVÓ! SOU SUA AVÓ! –Ele berrava comigo no telefone e eu não pude fazer mais nada além de gargalhar. –Sua fixa só caiu agora, né?! –Assenti sorrindo, mas me toquei que ele não poderia me ver.

-Sim! –Suspirei. –MEU DEUS, HARRY! –Ele gargalhou. –Como você sabe disso? PERA! COMO VOCÊ TEM MEU NÚMERO?

-Uma coisa de cada vez, C. –Ri. Eu estava muito afobada. –Você gargalhou, logo, sua fixa caiu. -Ele conseguiu me conhecer muito rápido pelo visto. -Eu senti sua falta nesse tempo.

-Harry, seu maluco! Nós nos falamos por um dia.

-Foi o suficiente, não?!

-Não acredito em amor a primeira vista, honey.

-Não estou falando de amor, honey. –Gargalhei.

-Ah Hazza, senti sua falta também! Mas sério, me conta, como você conseguiu meu número? –No momento, era a única coisa que mais me deixava curiosa.

Sentei-me na cama do quarto depois de finalmente sair do banheiro e não deu um segundo para a minha mãe começar a berrar como uma louca da sala.

-JÁ VOU MÃE! –Não iria ignorar a ligação do Harry.

-DESCE LOGO, CATHARINA! –Suspirei e peguei o celular percebendo que eu ignorei o que Hazza havia dito.

-H, minha mãe não para de me chamar. –Ri fraco. –Essa ligação deve sair cara demais, já te mando uma mensagem tá?!

-Não se esqueça de mim, C.

-Nunca. –Sorri e desliguei a ligação.

Dei um salto da cama e desci até a sala enquanto adicionava Harry nos meus contatos, poderia arranjar um jeito de mandar mensagem para ele caso famoso não tenha whatsapp.

Minha mãe me encavara como se fosse me comer viva, não sabia exatamente o que havia feito, mas parecia ser sério.

-Cath, vamos comer. –Por ela não falar mais nada, além disso, ignorei o assunto e fui para a mesa.

-Lasanha? –A encarei confusa. –Você fazendo lasanha sem ser congelada?

-CATHARINA! –Meu pai me repreendeu e eu olhei para ele. Ao seu lado estava a minha avó. Se eles queriam que a gente fingisse ser uma família sem congelados, eu espero que eles parem de comprar, se não, pretendo acabar com essa farsa deles.

-É só comida, pelo amor. –Disse revirando os olhos.

-Concordo com a Catharina, eu adoro comida congelada, é bem prático. –Minha avó falou e eu gargalhei enquanto meus pais respiravam aliviados.

-Acho isso tudo tão desnecessário. –Carol abriu a boca como se estivesse com sono, se não estava.

Acabou que enquanto meus pais mantinham a pose de “Família Maisena”, eu tentava olhar meu celular por de baixo da mesa. O mesmo que não parava de vibrar me deixava cada vez mais curiosa pelo simples fato de nunca ter mensagem alguma. Agora isso poderia ser mudado.

Vinte minutos depois, quando meus pais se distraíram para pegar a sobremesa, tirei do meu bolso com toda a rapidez e força do universo meu celular. Ele piscava freneticamente e acabei perdendo as contas de quantas vezes errei a senha. Não sei o motivo de tanta ansiedade de minha parte.

Tinha algumas de Meg e do seu grupo de idolatração, as mais recentes eram de Harry. Suspirei de felicidade e logo fui olha-las ignorando Megara. Sua ansiedade se igualava a minha e, acabou sendo meio óbvio pelas mensagens de “Catharina!”.  Imitei sua sequência de fala apenas trocando o meu nome pelo o dele. Guardei o celular no bolso da calça assim que minha mãe voltou com os pratos. 

-Cath... –Minha mãe sussurrou no meu ouvido. –Seu pai odeia celular na mesa, lembre-se disso. –Ri fraco enquanto assentia.

Comi o pudim como se a minha vida dependesse daquilo, minha maior sorte era que meus pais nunca chegaram a chiar pela quantidade de comida que eu ingeria. Eles sabiam que eu já tinha a mim mesma para me cobrar.

-Acho que vou mais cedo. Até eu chegar na Barra com esse trânsito caótico que o Rio está, só chego amanhã.–Minha avó disse e eu quase pulei de alegria. A farsa chegou ao fim.

[...]

Quando finalmente consegui dormir, já passava das duas da manhã. Desde o jantar, Harry não havia nem visualizado a mensagem. A questão é que ele não foi o motivo da minha insônia, mas sim a quantidade absurda de enérgico que eu bebi com a Carol depois que minha avó foi embora. Era nosso vício secreto aquela bebida.

Enquanto Arctic Monkeys ecoava pelo meu quarto, pude perceber a hora. Não dormi nem seis horas e estava extremamente elétrica, pronta para andar na maior montanha-russa do mundo, bom, se eu não tivesse medo de altura, talvez eu estivesse pronta mesmo.

Peguei meu celular e quase fui cega pela luz do mesmo, me bati mentalmente por não ter tirado a luminosidade dele.

Achei que você tivesse se esquecido de mim.

Sorri com a mensagem e logo tratei de responder um “Nunca”.

Desci berrando “Bom dia” para todo mundo que estivesse acordado, o que não me deu resultado algum já que todos ainda dormiam.

Não precisei de muito tempo para assaltar a geladeira. Meu celular começou a vibrar no bolso de meu pijama e pude perceber que era Harry, eu não sei como ele conseguiu meu número e, muito menos o que ele tanto queria comigo, mas eu estava ansiosa para ter as respostas dessas perguntas.

Depois de ligar meu computador e realizar o pedido de H para entrar no Skype, fui me tacando no sofá e ligando a televisão para que pudesse assistir alguma coisa enquanto esperava ele aceitar a minha solicitação.

-Bom dia, flor do meu jardim. –Aquele sorriso, aqueles olhos, aquela voz. Eu sentia falta dele e nem sabia por quê.

-Bom dia, flor do meu pântano! –Gargalhou.

-Sua cara está linda! –Olhei para a minha imagem no computador e levei um susto com a minha situação. Dei de ombros e ele continuou. –Ontem eu não te respondi por causa da reunião.

-Reunião? –Franzi o cenho.

-Sim! –Harry sorriu. –Esqueci que nós não estávamos no falando e não te contei. –Suspirou. –Enfim, dia 22 de Julho nós fizemos a nossa primeira reunião para resolver o futuro da banda. –Seus olhos brilharam e eu dei um gritinho histérico.

-Não.Acredito.Nisso! –Ri. –Ah Harry! Vou poder virar sua fã agora!

-Você poderia ter virado enquanto estávamos na pausa.

-Não teria a mesma graça. –Sorri. –Mas e aí, como você tá?

-Ah! To muito bem. Na verdade, bem é pouco. To bastante empolgado com a ideia de começar a produzir novamente, iniciar a loucura da turnê, você nem pode acreditar. –Ele parecia muito feliz com a ideia de “reatar” com sua banda. –E agora to melhor ainda de ter finalmente conseguido falar com você! Tava com saudades de ter uma conversa com você. –Sorrimos um para o outro. –Me faz bem.

-Me faz ficar otimamente bem. –Gargalhei. –Mas você não me contou como me achou.

-Na verdade, eu contei, mas você parecia me ignorar pelo telefone.

-Foi um choque, acredite.

-Acredito. –Suspirou e logo deu um sorriso. –Depois de surtar quando eu acordei no dia seguinte do casamento de minha mãe com a sua mensagem. Eu corri para te xingar, mas percebi que não teria como, eu não tinha seu número. Frustrei-me muito por ter sido idiota o suficiente para nem ter te pedido isso, mas ignorei o fato. Até que um dia eu precisava muito falar com você, foi quando consegui falar com a minha mãe, ela me passou o telefone de sua dinda, até porque ela não tinha o seu, mas toda vez que eu ligava alguém fazia questão de rejeitar a chamada. –Abri a minha boca em um perfeito “o” e gargalhei.

-Eu rejeitei suas ligações. –Comecei uma crise de riso e Harry batia palmas enquanto repetia “Gênio” e “Obrigado”. –Desculpa mesmo. –Tentei me conter na risada e logo pedi para que ele continuasse.

-Aí quando eu achei que finalmente iria conseguir alguma coisa, descobri que o número do nada parou de existir. Fiquei confuso? Obviamente! –Surtou no final e eu voltei a ter um ataque de riso.

-É que a minha dinda tem um número internacional para a ligação ficar mais barata caso ela queira se comunicar com seus filhos que moram em New York. Como eu fui viajar com eles, eu também tive que fazer, inclusive, Gemma tem meu número do Brasil, era só você ter falado com ela. -Gargalhei. –Você não deve ter conseguido falar com a gente porque nós voltamos para cá e o número foi automaticamente bloqueado. –Ele assentiu.

-É, eu descobri isso um mês depois.

-Como você descobriu? –Me ajeitei no sofá e esperei que Harry terminasse de beber água para que continuasse.

-Sua dinda me ligou assim que chegou a New York. –Tudo começou a fazer sentido. –Ela se espantou com a quantidade de mensagem e ligação e decidiu retornar as mesmas. –Sorriu. –Falei com ela e assim que ela me respondeu, pedi seu número. Cá está eu! –Fez uma pose tímica de super-herói e eu ri.

-Até que você é inteligente né.

-Costumo ser. –Sorri para o mesmo.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, aquele silêncio constrangedor estava me matando e eu nem sabia o que falar.

-Quero conhecer o Rio. –Falou e eu o olhei curiosa.

-Olha, não é tão difícil entrar no Brasil não. –Sorri segurando o riso. –Na verdade, é bem fácil.

-Mas eu quero conhecer agora. –Fez cara de bebe chorando e eu não aguentei e comecei a rir.

-Harry, por favor.

-H, por favor. –Revirei os olhos.

-H, por favor.

-Assim está melhor. –Sorriu. –Agora eu acho que você podia me apresentar o Rio.

-Eu? –Assentiu. –H, você é maluco?

-Não! Eu quero mesmo conhecer o Rio! Principalmente por que não tenho nada para fazer hoje! –Gargalhei.

-E o que te faz achar que eu não tenho nada para fazer hoje?

-Ta na sua cara que você dorme, come e vê televisão o dia todo, Catharina! –Riu da minha cara de indignada. –Vamos conhecer o Rio!

-Eu já conheço! –Sorri e ele revirou os olhos. –Harry, não tem como eu te levar pra conhecer o Rio nem que eu quisesse.

-Por que? –Suspirou.

-Isso daqui tá lotado por causa das Olimpíadas. Pra você ter noção, minha mãe fez compras como se fosse para o ano para que a gente mal precisasse sair de casa.

-Credo.

-Minha família é contra muita gente em um mesmo lugar. –Gargalhou, mas logo suspirou tristemente. –E eu não tenho pozinho mágico que vai te fazer aparecer aqui do nada.

-Eu sei disso, mas eu acho que a gente podia fazer isso via Skype. –Falou naturalmente e eu berrei, me surpreendi em como meus pais não tinham acordado ainda. –Calma, Cat.

-Você deve ser maluco, meu deus, meu deus, meu deus!

-Já entendi isso. –Revirou os olhos. –Mas eu to falando sério.

Suspirei e olhei para o menino em minha frente. Era mais das nove e o sol aparecia com toda a sua força, fiquei com preguiça só de me imaginar do lado de fora sem o ar-condicionado ligado. Bufei e decidi fazer a vontade dos olhos claros em minha frente.

-Espero que você tenha um Starbucks bem perto de você. –Me olhou confuso e eu continuei. –Vou te levar para conhecer uma parte do Rio, a minha rua. –Falei e ele arregalou os olhos.

-EU ADORO VOCÊ, C!

-Obrigada, obrigada. –Gargalhei. –Agora vamos.

-De pijama?

-Por que não?! –Perguntei e ele sorriu.

Desligamos a chamada segundos depois e eu peguei minha carteira colocando no bolso da calça. Esperava que não fosse assaltada no meio da rua por estar “dando bobeira” com meu celular. Ignorei o fato e deixei um bilhete para os meus pais falando que estava com muita preguiça para fazer algo para comer então decidi ir até o Starbucks.

Abaixei a tela do computador e deixei no sofá. Desliguei a televisão e peguei meu celular aceitando a chamada de Harry.

-Já deu tempo para sentir a minha falta? –Perguntei brincando enquanto trancava a porta de casa.

-Você nem sabe como. –Sorriu.

-É o seguinte. No final da minha rua tem um Starbucks, não sei aonde tem um perto de você, mas vai ser como se nós estivéssemos juntos. –Falei e ele me mostrou a chave no carro. –Sem carro, Styles! –Gargalhou.

-É que eu to cansado. –Revirei os olhos.

-Ainda da tempo da Catharina aqui desistir dessa maluquice e voltar para casa.

-Não mesmo!

-Então desiste da ideia de andar de carro e aproveita e desce pelas escada para fazer uns exercícios. –Falei e ele me olhou confuso. –Não pretendo pegar o elevador e é para fingir que estamos lado a lado.

-Você é genial, C!

Descemos as escadas enquanto Harry reclamava que ele tinha que correr e eu andar em câmera lenta para ver se chegávamos ao térreo juntos, posso dizer que foi um fracasso. Cheguei bem antes dele e ainda tive que o ouvir chiando por ter o feito descer de escada.

Quando os dois já se encontravam na rua, dei uma gargalhada altíssima.

-O que foi?

-Enquanto eu to suando, você ta se contorcendo de frio. –No Rio tava um sol muito forte e Londres estava preparada para uma tempestade.

-Não sei por que aceitei essa ideia. Podia ter ficado em casa vendo vídeo na internet sobre o Rio. –Parei e revirei os olhos.

-Sério mesmo? –Ele também havia parado e eu diria que aquela cena estava um tanto quanto cômica. –Você ta me fazendo correr um risco de ser assaltada, ta me fazendo parecer uma maluca por estar falando em inglês com um telefone, ta me fazendo suar e ainda ta reclamando que você ta passando frio?!

-Mas eu to. –Sorriu amarelo.

-CARALHÃO HEIN STYLES! CARALHÃO! –Berrei e todos da rua me olharam assustados e Harry teve uma crise de riso.

-Eu to brincando, chata. Vamos logo.

Voltamos a andar e eu não parava de falar e explicar sobre o centro do Rio mesmo estando um pouco afastada do mesmo. Parei em frente a um muro grafitado e ele cismou que queria tirar foto.

-Harry, você não vai conseguir tirar foto! Não tem como!

-Eu posso tirar um print seu.

-Não pode mesmo! –Revirei os olhos e voltei a andar.

-Posso e já tirei. –Falou rindo e eu revirei os olhos.

-Já deu né.

-Claro que não! Só vai dar quando você me apresentar o Rio de verdade.

-Faço isso quando as Olimpíadas passarem.

-Só não foge de novo, dessa vez eu tenho seu número. Posso conseguir o seu endereço também.

-FBI você hein! –Gargalhei. –É pra ter medo? –Negou. –Melhor assim.

Tentei mostrar o máximo possível para Harry até finalmente chegar no Starbucks. Tive que esperar H chegar também para finalmente entrar. Tanto o meu quanto o dele estavam vazios, pedimos ao mesmo tempo e a atendente me olhava confusa enquanto a de Harry pedia autógrafos com dedicatórias até para o Papai Noel.

Sentamos na mesinha e eu apoiei meu celular na pilha de revistas do Starbucks que eu achei depois de muita procura. Olhava para Harry e era como se pudesse tê-lo de certa forma e isso era bom, muito bom e reconfortante.

-É estranho.

-O que? –Perguntei curiosa.

-Olha isso. É como se fosse um encontro, mas não é ao vivo.

-Ao vivo é. –Ri. –Só não é do jeito formal. –Sorri.

-Já pode me contar sobre sua história.

-Pessoalmente.

-Isso quer dizer que nós iremos nos ver? –O olhei.

-Estamos nos vendo Hazza. –Bebi um pouco de meu café.

-Pessoalmente, chata.

-Espero que sim.

-Quando souber o dia, vou contar como uma criança conta para sua viagem da Disney. –Falou e eu gargalhei.

-Eu contei. –Ele riu.

-Quantos anos você tinha?

-15, mas foi meio desastroso.

-Por que?

-Porque eu falava inglês pior do que eu falo agora. –Ele gargalhou.

-Pelo menos eu entendo o que você fala.

-Pelo menos eu não falo errado.

-Eu não falo errado! –Disse se fingindo de indignado.

-Uma menina que estudava comigo foi em um show seu e ela disse que você falou errado. –Revirei os olhos. –Vocês, gringos, reclamam de nós, brasileiros, mas se depender são até piores. –Falei e ele riu.

-Realmente.

Disse e voltamos para o nosso silêncio de sempre. Ele começara a ficar “menos pior”, talvez seja porque eu estava finalmente me acostumando com essa situação.

-Estou amando esse encontro, mesmo eu não esperando que um dia eu fosse ter um assim.

-Isso é um encontro? –O olhei confusa. –Desculpa por não estar devidamente arrumada. –Falei e ele riu.

-Estamos charmosos com nossos pijamas.

-O pessoal que eu encontrei na rua também achou isso. –Ri. –É porque a questão é chamar atenção né?!

-Com certeza, chuchu!

-Chuchu? Arranje-me algo melhor, escravo. 

-Eu tenho que ficar testando vários apelidos até achar um que combine com você. –Assenti. –Do que seus amigos te chamam? –Logo me lembrei de Meg e os meninos da banda, os amigos mais próximos que eu tinha no momento, sem contar Harry, obviamente. Percebi então como a minha situação em relação a amizades estava tensa. 

-Rainha Catharina. –Falei naturalmente e Harry surtou.

-RAINHA CATHARINA?

-Não berra seu maluco! –Falei e ele ficou respirando forte tentando se recompor, o que não adiantou de nada.

-Por que Rainha Catharina?

-Sabe a Catharina de Aragão? –Me olhou confuso e eu neguei como se estivesse desapontada. –Sério isso Harry? A que foi casada com O Rei Henrique XVIII!

-Eu deveria saber quem é?!

-ÓBVIO! Ele foi Rei da Inglaterra! Ele que criou o Anglicanismo!

-Ah, eu sei o que é Anglicanismo, sei que um tal de Rei Henrique que criou, mas vou saber que foi o XVIII e que ele foi casado com uma Catharina? –Assenti.

-Você deveria saber. –Bebi o resto de meu café. –Mas isso não importa. O que importa é que eu sou chamada de Rainha Catharina. –Revirei os olhos.

-Mas por quê?

-Porque eles são da Inglaterra e ao contrário de certas pessoas, eles entendem as minhas referências à realeza britânica. –Sorri e ele revirou os olhos.

-Ta bom Rainha Catharina! –Falou o final ironicamente e eu ri. –Ainda pretendo te arranjar um apelido melhor.

-Ta bom Príncipe Harry!  -O imitei e ele gargalhou.

-Esse eu conheço!

-Ele é estranho.

-Aposto que o seu marido também era.

-Ele me traía. -Bufei. 

-Que péssimo! -Gargalhou. 

-Sim! Poderia até te dar uma aula de história, mas nós estamos aqui para falar do Rio.

-Eu pretendia conhecer ele, não a história da Inglaterra. 

-Já te mandei pegar um avião e vir você mesmo conhecer. –Suspirou.

-Vou me hospedar na sua casa.

-Minha casa não é hotel. –Brinquei e ele fez cara de indignado.

-10 reais a hora?

-Ta maluco! 100 por minuto e olha que eu estou bem bondosa!

-Que roubo! –Falou e eu gargalhei. –Mas falando sério, é mais fácil você conseguir vir aqui do que eu ir aí.

-Realmente, o senhor é muito ocupado sendo príncipe né. –Disse e ele sorriu fraco. 

-Você bem que podia passar uns dias aqui em Londres.

-Querer eu quero, poder é outra coisa. –Suspirei. –Se contente com nossos passeios pelo Skype.

-Pelo menos eles estão valendo a pena.

-Quer voltar para casa? –Assentiu e eu me levantei sendo acompanhada pelo mesmo. Acho que nunca tive uma companhia tão boa para passear na minha própria rua. 

-Mas ainda acho que você podia passar uns dias aqui, logo logo você terá motivos para isso. –Revirei os olhos. -Por favor, C. Vamos fazer isso, me encontra em Londres. Imagina largar os passeios de Skype!

-Eu to amando eles! –Falei enquanto fazia o caminho até meu apartamento. -Eu preciso de um grande motivo para fazer uma loucura dessas! É muito dinheiro e outra, não pretendo gastar o que eu ganhei tirando fotos para ir de novo pra Inglaterra. Já te falei sobre meu sonho de conhecer a França? –Assentiu bufando e eu ri. Ouvi ele falando "Você vai conhecer", mas como sempre preferi ignorar já que não havia entendido muito bem. –Por que isso?

-Porque eu quero saber como você virou fotógrafa do casamento da minha mãe. –Sorriu e eu revirei os olhos.

Um sorriso começou a surgir em meu rosto só por perceber que ele se lembrava de nosso acordo. Eu contar para ele a história de como cheguei até o casamento de sua mãe seria nossa desculpa para nos reencontrarmos.

-Harry... –Suspirei. Ele é maluco.

Hazza ficou me encarando por alguns segundos como se estivesse pensando em algo. Suspirou e abriu a boca umas três vezes até conseguir falar alguma coisa.

-Eu tenho uma proposta para você. Eu nem deveria estar te falando sobre isso agora, mas está quase tão certo.

-Proposta? –O olhei curiosa.

-Eu quero muito te ver, sim. Quero muito que você me conte a sua história. Mas eu quero muito, mais do que tudo, que você vire a fotógrafa oficial da One Direction e ta tudo no caminho para que isso só dependa de você. –Sorriu enquanto eu parava no meio da rua em choque. –E aí, o que você me diz? 


Notas Finais


E AÍ! O QUE VOCÊS ME DIZEM? ESTOU MUITO EMPOLGADA!
Enfim, agora que o Harry apareceu, teve fala, teve passeio (que eu achei muito fofo e, por sinal, quero fazer isso com alguém), quero muito saber o que vocês estão achando!

Bom, lembre-se que críticas construtivas são sempre bem-vindas e comentários positivos ajudam e incentivam!
Um beijo, um queijo e um abraço da tia Jessy! Amo vocês, amoras!


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