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História The Wild - I can not


Escrita por: maddox- e distritos

Notas do Autor


Que dia é hoje? Segunda? NÃO! DIA DE THE WILD! Eu passei amar muito segunda depois de TW kkkk Pois bem, aqui é a Maddox! AE! E com um mega spoiler no BC \o/ <br />Gente, nós literalmente PIRAMOS MUITOS com os comentários do capitulo passado <333 vcs são uns amores!! espero que continue assim u-u <br />BOA LEITURA!!! szszsz

Capítulo 11 - I can not


Fanfic / Fanfiction The Wild - I can not

Justin

Estou implodindo, de pouco em pouco, num silêncio assustador que se instalou em mim. As paredes da minha alma estão desbotando, tenho medo de sentar de frente do espelho, me olhar nos olhos e não entender nada do que está acontecendo.

Rachaduras.

Ela está se transformando em minhas rachaduras em volta de todas as barreiras. Há algo sobre ela que eu não consigo definir e isso me deixa impotente. Porque eu quero e não quero sentir algo por ela.

Depois de ontem, comecei a fugir quando ela aparece.

Evitei ao máximo ir almoçar no mesmo horário que ela, ou ter que encontrá-la, porque eu sei que minha fraqueza falaria mais alto e que iria ficar inebriado por ela outra vez, eu iria toca-la novamente, beija-la novamente e queimar todo meu desejo que vem se acendendo sobre mim.

E eu simplesmente não posso fazer isso. A cada sorriso seu, a cada risada sua, a cada palavra afiada que sai de seus finos lábios, cada batimento acelerado que ela força o meu coração a fazer, me mostra o quão errado eu sou pra ela. E o quão eu sou um completo traidor.

Simplesmente fiz promessas ao longo da minha vida, e Melody estava fazendo-me quebrar a mais importante de todas. Pretendia ser um cara legal, para até as minhas próprias palavras, mas sempre vem algum pensamento em minha cabeça sobre ela. Melody estava me fazendo ser um cara errado e eu só não conseguia aceitar o fato de que aquilo que ela estava criando era bom e certo.

Eu precisava ser um homem mais leve e relaxado, sempre o trabalho veio em primeiro lugar. E estar sempre com esse objetivo na cabeça está me incomodando, me matando aos pouco em silencio. Eu estava me matando. E conseguia ter algum tipo de esperança que Melody poderia ser a única e me ajudar, já que foi a primeira criar a primeira rachadura de muitos anos.

Vê-la passando pelas trilhas da fazenda ao mesmo tempo em que eu estava presente matava-me por dentro. Queria tanto... desejava tanto ir até ela, beija-la outra vez ao ponto que não poderia mais sentir meus lábios, restando apenas o formigamento. Queria ver o quanto eu chegava longe e até a onde eram os meus limites. Queria voltar a sentir aquele gosto de morango que ficou dominando completamente a minha boca e sua expressão de despontamento em minha mente a noite toda.

Mas ao pensar em nosso beijo, daquela noite, era devastador, cúmulo do absurdo. Havia simplesmente parado quando ao mesmo tempo meu corpo suplicava por mais. Melody estava me dominado aos poucos. E eu não gostava daquela sensação. Não quero ser dominado outra vez para ser destruído no final.

Um tapa é depositado em meu ombro com força, meu corpo levou um tranco fazendo que a minha mente voltasse para a realidade. Will ao meu lado sorriu, arrumando seu velho chapéu na cabeça, pondo-o mais para cima.

— Como você está?

Atormentado, irritado, confuso...

— Bem.

Will olha-me com curiosidade. Um sorriso preguiçoso é dominado em seus lábios.

— Qual é, Justin! — pegou uma das pás que estava no chão. Havia-me esquecido completamente que tinha chamado Will para me ajuda nas novas cercas do campo. — Eu conheço você desde criança.

Fechei os olhos, passando a minha mão com força em meu pescoço, confuso de mais com os meus pensamentos quanto qualquer outra vez que me lembre. Afundo a ponta da pá no chão que segurava, pousando as mãos na mesma, sentindo todo o cansaço mental dominar-me.

— Eu... eu não sei — nego com a cabeça, levantando os ombros.

Will joga o restante da terra da pá e olha-me. Colocou sua mão na cintura, jogando todo seu peso para uma perna. Deu uma risada nervosa, mas quando vê que eu estava com a expressão séria no rosto, seu sorriso logo se desfez.

— Como assim você não sabe? — perguntou confuso e em voz baixa, como se mais uma pessoa estivesse ao nosso lado. — O que tá acontecendo?

Pisco forte, levantando as sobrancelhas. Tentando de alguma forma por os meus pensamentos, perguntas, promessas em organização.

— Tudo — murmuro exausto, deixando os meus ombros caírem com toda aquela tensão do meu corpo, e aquele peso que eu tanto carregava todos os meus dias. — Cara, eu não sei o que fazer, tudo está vindo á tona de novo — nego com a cabeça, passando os dedos pelos cabelos. — E-eu não estou preparado pra isso, Will. Foi complicado demais me ergue sozinho e eu não posso cair de novo...

— Do que você tá falando? — Will perguntou completamente confuso, pondo suas mãos em sua frente, pedindo que eu fosse com calma com toda aquela confissão repentina.  

Mordo os lábios com força, pensando novamente o que eu havia feito era certo. Se todos aqueles pensamentos eram corretos. Seriam corretos o bastante para quebrar essas promessas? Valeria apena destruir tudo que eu construí por uma coisa que, alguma hora, poderia ser a minha ruína?

— A Melody, cara — olho-o completamente pedido, na esperança que ele tivesse alguma dica, informação, alguma coisa para me tirar desse fundo de poço. — Ela me enlouquece. — jogo a pá no chão, sentando-me rapidamente no chão, sentindo uma dor horrível em minha perna. — No momento em que ela pisou na fazenda eu não consigo mais parar de olha-la — nego com a cabeça varias vezes.

Eu realmente estou dizendo isso? Que merda!  

— Eu não sei, é como se fosse um imã, um imã tão ridiculamente ... — reviro os olhos — ... ridículo — ponho a mão na cabeça, fechando os meus dedos em um punho.

— Por quê? — perguntou ele, agachando-se até a minha altura. — Por que acha isso ridículo, Justin?

— Eu passei esses anos todo longe, Will. — olhei em seus olhos, implorando para ele falasse alguma coisa útil, porque todas as minhas alternativas foram destruídas quando eu encostei naqueles malditos lábios. — Eu não estou pronto para isso. Eu preciso de mais tempo. — sussurro, afundando meu rosto nas mãos, sentindo o meu corpo começar a ferver e uma faísca de pânico crescer em meu peito.

— Acredite Justin, você passou muito tempo sem algum sentido. E já está na hora de você deixar o passado para trás.

Melody

Nunca sentir tanta dificuldade a levantar. Nunca sentir uma dor nos pés ao caminhar e pensar que meu corpo inteiro era uma carga insuportavel para se transportar. Eu sabia que de tanto negar e sentir raiva, essa angustia toda, tinha um único e estúpido culpado. Meu coração. Era como se todos os meus órgãos estivesse apontando uma arma para ele, esperando apenas mais um passo, para atirar e dizer que ele funciona melhor quando não desobedece aos outros. Porque, vendo bem, tudo em meu corpo é um conjunto. Então, se meu cérebro diz para eu me afastar, porque meu coração se acha no livre arbítrio de não seguir essa ordem?

Em toda minha vida eu conseguir controlar isso. Minha ansiedade, meu medo, minha paixão e minhas vontades. Tudo era cronometrado. Eu era verdadeiramente uma maquina perfeita. Eu sempre conseguir fingir que estava tudo bem e ignorar aquilo que poderia me afetar. Tudo era sustentado por balões e quando eu mesma ergui meus braços e estourei todos eles, eu pude sentir o prazer de como é bom ser aquilo que você realmente é. No entanto, por mais que a força por mudança seja alta, querendo ou não, algumas coisas nunca mudam.

— Ah, fala sério! — Rachel praticamente berra e se encosta ainda mais na porta de madeira do meu quarto. Eu enxugo meus cabelos na toalha, quase rindo do seu pequeno ataque. — Melody, eles acham que é possível achar a cura da AIDS através dos macacos!

Rachel sempre tinha essa mania de ficar lendo coisas sobre a AIDS na internet e ficar um tanto... revoltada. Já pesquisei sobre isso somente uma vez, quando estava em duvida se era realmente o certo. Mas Rachel parecia ficar bem fissurada com isso.

— O que foi dessa vez?

Indaguei rindo. Minha concepção sobre a Rachel estava começando a mudar, mas não poderia demonstrar que isso era cem por cento. Era algo... lento e... bastante estudado. Afinal, ninguém muda completamente do dia para a noite.

— Escute só. — ela segurou mais o celular em sua mão — “Uma pesquisa divulgada por Christopher Peterson, do centro de pesquisa em câncer Fred Hutchinson de Seattle, trouxe descobertas de um estudo sobre células-tronco modificadas em macacos. Os especialistas "editaram" com sucesso as células para bloquear a entrada do HIV no sistema de células imunes através de corredores de receptores conhecidos como "cavalo de Troia", informou o estudo.  “Com um número suficiente de células protegidas, o vírus não deveria ser capaz de se expandir e estaríamos diante de uma cura funcional” — afirmou Peterson a jornalistas durante a 8ª Conferência sobre a Patogênese do HIV, em Vancouver, por onde passaram cerca de 6 mil pesquisadores e especialistas em HIV.” 

Dei de ombros e comecei a pentear meu cabelo, olhando-me no espelho. Rachel bufou. Estava decidida que não iria comentar nada do assunto, porque é direito de outros pesquisadores correrem atrás também da cura.

Porém, de tanto ela me olhar e bater demasiadas vezes seu pé no chão, manifestei-me.

— Qual o problema nisso, Rachel? — caminhei para minha cama e sentei nela, colocando as botas em meus pés, delicadamente.

— O problema? — ela refez minha pergunta, com sacarmos presente em cada palavra — Temos que ser o primeiro a mostrar a cura para o mundo. Foi somente avisarmos que estávamos dispostos a entrar nessa luta, que vários outros pesquisadores também falaram a mesma coisa. Que idiotas!

Franzi minha testa e levantei, ajeitando minha blusa cor de violeta. Rachel pôs uma mecha de seu cabelo para trás e bateu a base do celular em sua coxa. Fiquei pensando se sua forma de revolta era por conta da fama que iríamos receber — tanto negativa como positiva — ou se era pelo o fato do dinheiro.

Resolvi que não iria entrar naquele dilema.

— É algo natural. — segurei o brinco e fui pondo primeiro na minha orelha esquerda, depois na direita, com Rachel assistindo tudo. — Pare de ficar lendo essas coisas e apenas vamos dar assistência ao nosso trabalho.

Rachel bufou. — Ainda acho macaco uma péssima ideia.

Dei risada afirmando e baguncei meus cachos, virando meu corpo, notando minhas pernas lisas e cheirosas por conta do hidrante. Observei também se minha bunda não estava chamando tanta atenção naquela saia, mas acho que não.

— Temos sorte que ninguém ainda achou a planta.

— Isso porque não divulgamos nada. Queria só ver caso tivéssemos falado algo, se não iria aparecer uma fila enorme aqui na fazenda.

Suspirei em frente ao espelho e olhei para ela, no canto do olho.

— Isso é verdade.

— Eu sei. — ela disse e vi quando guardou o celular no bolso da frente, acasalando seus braços de uma forma seria. — Porque você está demorando mais que o normal para se arrumar?

Estranhei totalmente sua pergunta e me afastei do espelho. Iniciei meus passos em direção dela e segurei na maçaneta da porta.

Desde quando ela sabia quanto tempo demorava a me arrumar?

— Estou me arrumando normalmente.

Indiquei para que ela se afastasse da porta e assim que ela fez — ainda olhando-me desconfiada— eu bati a porta e modifiquei-me para ela.

— Você não me engana, Melody. — ela sorriu maliciosamente. Revirei os olhos.

— Muito menos você, Rachel.

Dei as costas e fui marchando com força para o café da manhã.

No restante da manhã, consegui prosseguir com meus planos corretamente. Consegui sorrir tranquilamente para Mark. Consegui tomar café e ri com Pattie. Eu consegui olhar para aquela bancada e afugentar o olhar, pegando torradas com geleia de uva. Eu consegui fazer isso tudo, até na hora do almoço Justin aparecer.

Para mim, perder o fôlego nunca estaria classificado em coisas que aconteceria comigo. Mas aconteceu e eu perdi completamente o fôlego ao vê-lo. Seu cabelo estava uma bagunça perfeita, os fios disparavam em direções diferentes, como se ele tivesse passado a mão muitas vezes por ele. As mangas de sua camisa preta estavam enroladas preguiçosamente em seus cotovelos e um par de botões estavam desfeitos na frente, dando-me uma incrível visão do topo do seu peito esculpido.

Nossa

Senhora

Engoli minha saliva e abaixei minha cabeça.

Eu o odeio tanto.

Odeio ele ser perfeitamente lindo e tão... erótico. Odeio sua voz, seus olhos, seus ombros, odeio sua risada ou quando ele sempre beija Pattie na testa. Odeio tudo nele.

E eu odeio ainda mais mentir para mim mesma.

Levantei da mesa e depositei o prato na pia. Pattie chamou por mim, fazendo-me sorri de canto. Justin virou para me olhar. Eu não queria sentir culpa e receber o olhar dele. Esse olhar de medo... de pavor. Ele simplesmente não pode beijar-me e deixar esse sentimento ruim em mim, como se eu fosse a pior pessoa do mundo.

Porque droga! Eu não tenho culpa! Ele não consegue ver o quanto eu estou perdida também? Ele não vê que isso me afeta? Eu estou pirando.

Quase dois segundos depois, eu dou o melhor sorriso que consigo.

— Eu realmente acho que nunca vou enjoar de sua comida, Pattie.— mordo meus lábios e olho para Justin por cima de meus cílios pretos que detalhei com a máscara.

— Que isso, meu tempero nem é para tanto.

Dou risada.

— Claro que é!

Digo animada para Pattie e seguro na barra da minha saia, a girando um pouco. Parto em direção para ela e chegando à ponta dos pés, eu beijo sua bochecha com todo meu carinho e ela sorri. De repente, escutando o som de sua risada, lembra tanto a minha mae, que eu começo a dar varios beijos em sua bochecha, que Pattie ri bastante e segura meu cotovelo. Eu a aperto e ponho minha cabeça em seu ombro, de olhos fechados. Controlo as lagrimas em meus olhos, assoprando o próprio ar.

Eu sinto tanta a falta de casa.

— Melody, se eu quisesse uma filha, com certeza, eu queria que ela fosse você.

Nada mais é escutado além da tosse falsa de Justin. Ele se entala com algo, e quando Pattie pensa em tentar ajuda-lo, ele eleva a mão, falando que está bem. Eu sinto também uma situação descartável. Irmãos não se beijam, não sentem atração um pelo o outro.

— Estou bem, mãe.

Ouvir a voz dele anima tudo em mim, que eu preciso criar uma jaula e pôr meu coração dentro. Mas ele é rebelde, ele se move, sacode e grita para sair, para acelerar e trazer mais arrepios por aquele homem a distancias de mim, com o chapéu na cabeça que eu colocaria em mim. Com as mãos que ficariam perfeitas em minha cintura, coxas e com os lábios que completaria os meus.

Afasto-me e afasto-me novamente.

— Tenho que ir, estou cheia de trabalho. — aceno para Pattie rapidamente, nervosa. — De qualquer maneira, amei tudo, como sempre.

Pattie sorriu e eu devolvi um sorriso sereno, caminhando para a porta.

— Eu também, eu estou cheio de coisas. E ah, mãe, não se esqueça aquilo que eu pedi.

Justin termina de dizer e eu escuto passos atrás de mim. Mas quando vou passar pela porta, ele tambem vai, e nós, automaticamente, chocamos um com o outro.

Meu coração parou momentaneamente, que segundos após, retornou em uma explosão, martelando sem descanso contra o meu peito. Minha garganta estava apertada, e minha pele ficou quente... os arrepios lavaram sobre minha cabeça outra vez.

O vento bateu a porta atrás de nós e a nossa frente à pequenina escada, parecia estar tão distante.

Eu pude sentir seu olhar calculador desviar para onde eu havia acabado de passar a língua. Era para meus lábios que ele estava olhando. E sem nem controlar, suas mãos firmes estavam nos meus ombros. Aquelas mãos pareciam disparar raios de eletricidade em todo o meu corpo. O cheiro que vinha era enervante... era uma mistura de jasmim e hortelã. E assim que o cheiro bateu no meu nariz, senti uma emoção, uma viagem em linha reta de suas mãos para o meu estômago. Meu corpo ardia com uma sensação estranha de desejo.

Mordendo meu lábio inferior, eu levantei minha cabeça lentamente e vi um par de olhos caramelados intensos.

— Olhe por onde anda, senhorita Baker. — ele estalou, me liberando de seu aperto firme.

Eu tropecei para trás, milagrosamente me segurando antes de cair. Esfregando meus braços onde ele agarrou-me, eu olhava para ele com os olhos arregalados, chocada com suas palavras bruscas e expressão irritada. Encontrei-me apenas recuando, em uma débil tentativa de ruptura com o brilho do assombro seu.

Sacudir minha cabeça, não permitindo que o tom de suas sílabas adentrasse em meus tímpanos. Odeio quando ele fala desse modo e pronuncia meu sobrenome assim, com uma formalidade assustadora. E quem olhasse para ele, com suas grossas sobrancelhas escuras enrugadas em confusão, jamais diria que ontem estava beijando-me como se eu fosse à única capaz de poder tocar em seus lábios inchados.

— Estou olhando. — eu disse — Não tenho culpa se o senhor usa esse chapéu e mal vê onde pisa seus pés.

Sim, eu sei, isso era ridículo. Essa briguinha toda, essa agonia toda e algo que nos rondava era estupidamente ridículo. Não éramos mais adolescentes em pé de guerra, e sabíamos muito bem o que queríamos. Poderíamos ser sinceros um com o outro, mas se tratando dele, nada disso parecia funcionar. É como se ele fizesse algo e no dia seguinte, quisesse esconder debaixo do tapete, incapaz de dirigir uma palavra a mim. E isso que me deixava ainda mais com raiva. Totalmente irada por ele ser assim, ignorar-me, mas então depois estar com suas mãos em meu corpo, inteiramente anestesiado.

Estamos de volta à estaca zero.

— Então... — ele sussurrou calmamente e retirou seu chapéu, pondo em cima do seu peitoral. — Damas primeiro.

Ele indicou com o chapéu preto e incrivelmente limpo, para que eu continuasse a caminhar e passasse em sua frente. Mas eu arfei. Não por conta de seu cabelo bagunçado deixando-o ainda maio sexy ou o modo de como sua boca mexia, mas por conta do jeito que ele olhou-me. Aquelas íris penetraram-me, tornando-me exposta para ele contemplar. Era como se ele pudesse ver cada pensamento, cada emoção que eu já tinha tido. Foi excitante, animador e totalmente desconfortável.

Desde que eu o vi pela primeira vez, tive a impressão que minha inteligência estava escapando pelos meus ouvidos. Não que isso fosse completamente ruim, já que meu corpo ansiava por ele, desesperadamente. Mas o lado meu correto e sensato, fingia que eu realmente deveria seguir o que desejo nesse exato momento.

E foi por essa razão — aquela repentina e consumidora vontade que surgiu e que subiu pra envolver meu cérebro, me fazendo assim, ligar aquela voz da razão que era normalmente tão vocalizada atrás da minha cabeça — que eu fiz algo completamente diferente. Grudei naquela Melody confiante e segura.

— Eu... argh. Eu odeio tudo isso. — eu sussurrei. Quase sem voz — Se você quer me beijar, apenas me beije. Mas não me olhe desse jeito e depois finja como se não tivesse nada acontecido.

Respirei fundo logo após as palavras, e eu não sabia quem estava mais chocada. Eu ou Justin.

Cruzei meus braços pelo silencio e Justin devolveu o chapéu a sua cabeça.

— Ok. — ele disse e se aproximou dois passos de mim. Escutei perfeitamente seus sapatos arrastarem no chão, como laminas — Eu quero que você entenda, que eu não sou o tipo de cara que possa dar esperança a você algum dia. — a palavra esperança, nunca teve um peso como esse agora. — O beijo foi um erro, e eu nunca soube lidar bem com os erros, por isso eu fujo deles. Se você me entendeu mal, espero que possamos continuar como estávamos no início. Algo profissional.

Eu queria ri, de verdade. Em toda sua falação, ele olhou para minha boca, para meu pescoço e eu quase o vi salivar de tanto ele me olhar. Eu queria poderia bater em seu peito e dizer que ele sente muita atração por mim, e que por mais que fale e fale, eu vejo a cada segundo isso em seus olhos.

Ele quer me beijar, me tocar, me foder.

— Tudo bem, um erro. Você tem razão. — eu me afastei, desviando o olhar — Desculpe por minha expressão... eu.. — eu queria dizer muito mais. Eu queria jogar para fora o no em minha garganta e gritar que eu não tenho nada haver com sua variação de humor e seja lá o que deve ser. Que ele não é o único a ter uma noite ruim, um dia ruim e um passado ruim, e que isso não deveria interferi em nada do que ele é hoje.

— Melody. — ele chamou-me e eu subir meus olhos imediatamente, se prendendo nele — Imagino o quão essa sua pesquisa deve ser importante para você, por isso, foque nela. Eu vou esquecer o que aconteceu ontem, você também, e iremos continuar o nosso grande propósito, você com sua cura e eu com minha fazenda.

Dei um pequeno sorriso e meio sem querer aproximei-me dele. Não sei, tinha ficado toda boba porque ele estava falando tanto comigo, e ainda de brinde disse meu nome.

— Por mim tudo bem, senhor Bieber.

Sua boca interou e ele coçou o lado esquerdo da sobrancelha.

— Pode ser Justin, como disse antes.

Ele deu um passo em minha direção também. Meu coração já foi muito mais além do que possa se dizer de acelerado.

— Justin. — eu falei, mais devagar e arrastando, sentindo o gosto de seu nome lentamente em meus lábios. Eu perdi a batalha, e eu não sei por que estávamos nos aproximando.

Isso é realmente como um imã. Mais forte que nós dois.

Eu sou o polo sul e ele é o polo norte. Polos diferentes se atraem. Polos iguais se repelem.

Isso é física.

E desejo também.

— Corretamente.

Minha respiração escapou velozmente no momento em que ele roçou sua mão em minha testa, e depois em minha bochecha. Minhas pálpebras ficaram pesadas, enquanto lutei contra a necessidade de inclinar meu rosto contra a sua mão.

Eu perdi aquela batalha também.

— Droga... porque eu tenho a sensação de você vai ser o único problema que eu provavelmente vou gostar?

Não pude deixar de sorri e eu deixei completamente para lá tudo que falamos. Ele deixou tão claro que havia sido um erro, falou outras series de coisas, mas então estamos tão perto um do outro, que eu quero beijar ele, grudar minha unha em seus cabelos e senti-lo prender-me contra si, porque parece que temos uma necessidade absurda que vai além de muitas palavras, pensamentos. Vai além de tudo.

Não consigo controlar isso.

— Apenas... beije-me.

Ele pôs suas mãos atrás de meu pescoço e puxou lentamente sua cabeça para a minha. Suas mãos estavam frias, mas também quentes e no momento em que ele encostou sua testa na minha e sua respiração batia em meu nariz devagar, eu me sentir tão bem. Qualquer um poderia ver nós dois, nesse momento único e sensível, mas ele não parecia se incomodar com isso, muito menos eu.

Subir minha mão para seu braço e o apertei com força, para que ele entendesse que isso também era difícil para mim, que por mais que ele esteja sofrendo por alguma coisa, eu também estou. E isso nele, parecia como... o fogo. Exposto por muito tempo, queima, machuca. Mesmo que não possa tocar, sabe-se que ainda está lá, e sempre vai estar, mesmo que num dia iluminado, num dia de sorrisos. Sempre vai estar ali, guardado, para lembrar que tudo tem um motivo. Era exatamente isso. Ele sabia que toda a sua dor, sempre estaria ali para ele lembrar o quão perigoso vai ser se  ultrapassar a linha que ele mesmo determinou.

— Eu quero muito mais que um beijo, Melody. — ele sussurrou por entre os dentes, a cabeça dele moveu devagar, quase se inclinando para meus beiços. Eu fechei ainda mais meus olhos, suspirando devagar e a mão dele apertou em torno de minha pele, fazendo sincronia. — Eu só preciso... somente...

Mordi meu lábio com força e quando me preparei para mais uma avalanche...

— Ei Justin!

Aquele grito. Aquela voz. Eu conhecia.

Afastei-me antes dele pensar no que realmente estava acontecendo. Arrumei meu cabelo por nervosismo e quando o olhei, ele estava parado, ainda fitando-me. Confusão, medo e desejo dominavam seus olhos, deixando minha boca seca e meu corpo inteiro formigando.

Eu estava sendo tão hipócrita. Dizendo que eu estava confusa com tudo, cansada e deixando-o querer me beijar novamente, querer falar essas palavras, para depois ele afirmar que foi um erro. Até quando isso iria repetir? Até quando iríamos mentir um para o outro, e de repente, estarmos quase ao ponto de fazer outra loucura?

Eu precisava tomar uma decisão.

— Apenas me prometa que isso nunca mais irá se repetir. — com uma certa dificuldade, eu disse, parecendo estar com um escudo em volta de mim. — Só foi um erro, como você mesmo disse.

Dei uma ultima checada em seu olhar e com meu coração totalmente derretido, virei, dando de cara com Will, vindo caminhando em minha direção, com um sorriso bonito nos lábios.

Ele parou perto de mim, surrando:

— Melody. — ele levantou seu chapéu em mondo de respeito e eu sorri.

— Oi Will. Ah, se não for incomodo, poderia me ajudar a pegar alguns equipamentos no chalé? Tenho que ir para o campo encontrar Mark e Rachel.

— Claro. Me espere lá, daqui a pouco chego.

— Ok, obrigada.

Sorri e voltei a caminhar lentamente. Quando determinei que seguiria mesmo de vez, escutei Justin murmurar alguma coisa, que soou como:

— Eu simplesmente não consigo, Will. Não consigo.

Fecho meus olhos e acasalo meus braços.

Eu também não consigo.


Notas Finais


HA? HA? EAE? O que vocês acham que aconteceu com o Justin? Hmmmmm? HUE Quem esta puta com Justin? EU. Mas ainda é #<strong>JELODY</strong>? EU!! <br /> <br />Cara, eu chego até tremer quando penso em The Wild, porque nós simplesmente amamos muito escreve-la e ver que estamos recebendo muitos elogios, bate um orgulho extremo! Então gente, OBRIGADA MESMO <3 pq nossa, me segura AJSHGDJSAHD AMANDO CADA VEZ MAIS!! <br /> <br />Falem com a Ciara: <a href="https://link.socialspirit.com.br/?l=http://ask.fm/thataloppes" class="link" rel="nofollow" target="_blank">http://ask.fm/thataloppes</a> <br />Falem comigo (Maddox): <a href="https://link.socialspirit.com.br/?l=http://ask.fm/whatflyer" class="link" rel="nofollow" target="_blank">http://ask.fm/whatflyer</a> <br /> <br />Nossas outras fics, se quiserem ler (principalmente enquanto não atualizamos The Wild u.u) <br />Efeito Colateral (BOM DMS!): <a href="https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-efeito-colateral-3978303" class="link" rel="nofollow" target="_blank">https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-efeito-colateral-3978303</a> <br />Minha com a Lewis (APROVO): <a href="https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-out-of-bounds-3423455" class="link" rel="nofollow" target="_blank">https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-out-of-bounds-3423455</a> <br /> <br />Vejam o trailer (HD) babys: <a href="https://link.socialspirit.com.br/?l=https://www.youtube.com/watch?v=zme-gas2_iI&feature=youtu.be" class="link" rel="nofollow" target="_blank">https://www.youtube.com/watch?v=zme-gas2_iI&feature=youtu.be</a> <br /> <br />AVISO AQUI: Criamos um grupo no wpp, onde TAMBÉM iremos soltar vários spoilers!!! Então, é só comentar o numero ou mandar uma mensagem para mim ou para Ciara, oka? <br /> <br />Voltamos no dia 30/11!!! <br /> <br />BEIJOSSSS AMAMOS MUITO VCS <333


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