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História The Window - Kim Taehyung . - Capítulo 1.


Escrita por: taeshine

Notas do Autor


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aviso: Y/N - Your Name ( Seu Nome )
Y/M/N - Your Mother's Name ( Nome da Sua Mãe )
Y/F/N - Your Father´s Name ( Nome do Seu Pai )

Capítulo 2 - Capítulo 1.


Y/N,

 

O clima frio e opaco do carro, deixava o ar melancólico, pesado, como se eu estivesse a carregar uma mochila com cem tijolos, tentava fazer com que meus pensamentos pessimistas evaporassem do meu cérebro enquanto deslizava o meu dedo freneticamente na tela gelada do meu telefone.

Vasculhava as páginas do meu ficheiro imaginário tentando encontrar alguém que eu pudesse me despedir, afinal, eu estaria me mudando para bem longe, nunca pensei que deixaria tudo em Boston, e teria que começar novamente em Seul.

Mesmo que eu não tenha tantas memórias como uma pessoa comum, eu tenho algumas, algumas que puderam marcar a minha vida, como por exemplo, a primeira vez que consegui tocar uma música no piano sem errar qualquer nota, quando aprendi a andar de bicicleta, ou quando consegui tirar a nota máxima numa prova de francês, esse tipo de memória que nos trás recordações e consegue montar uma boa parte da nossa personalidade.

Elas se enraízam no nosso lado mais especial, tanto na nossa alma como em algum espaço do nosso coração. Nos mantém fortes, e nos faz lembrar da onde viemos. 
Meus olhos continuavam a correr entre a minha lista de contatos, eu só tinha meu pai, minha mãe, e minha vó, não tinha uma única amiga próxima para falar sobre algum garoto, ou para ir no shopping só ficar olhando as vitrines, me considerava um tanto quanto anti-social, e só podia culpar a minha estúpida timidez, a quantas festas deixei de ir por causa desse problema? Com quantas pessoas deixei de me entrosar por causa disso? Acredite, incontáveis vezes.

Senti o leve balanço do carro informando que o mesmo tinha parado, olho em volta, e o enorme aeroporto se encontrava lotado, fecho a porta e sinto o frio embater nas minhas bochechas como um tapa, aperto meu casaco contra meu corpo, e escondo minhas mãos com as mangas do mesmo, meu pai tinha se encarregado de levar as malas, como tínhamos poucos pertences, não foi um abuso meu e de minha mãe ter aceitado essa gentileza por parte dele.

Tínhamos feito todos os procedimentos necessários para podermos embarcar, tinha meu cinto preso em volta da minha cintura, e minha mãe se preparava para um cochilo do meu lado, encosto a minha cabeça no banco, e passo meus dedos pelo vidro da janela, sopro um pouco de ar quente para o vidro, o deixando embaçado, começo a fazer pequenos desenhos enquanto escutamos os avisos de como devemos nos portar dentro do avião, e das previdências que precisaríamos tomar se fossem necessárias, depois de o mesmo aviso ter sido repetido várias vezes em diferentes línguas, o avião finalmente decola se afastando rapidamente da terra, quando já estava numa altura bem alta, eu observo atentamente as pequenas casas, e algumas pessoas indo e vindo, prosseguindo com as suas rotinas diárias.

[...]

 

Tínhamos chegado, nossas malas já nos acompanhavam, e estávamos na tentativa de pegar um táxi.
Olhava em volta e reparava em como as árvores já não tinham uma folhagem verde saudável, mas sim, uma folhagem mais alaranjada, deixando a mostra a troca de estações.
As pessoas que caminhavam na calçada, tinham um aspecto feliz, e conversavam animadamente com o parceiro do lado, o céu estava meio nublado e considerei a alternativa que poderia começar a chover brevemente.

Sinto um toque no meu braço, e então minha mãe me puxa para o banco de trás do taxi enquanto meu pai guardava os nossos pertences no porta-malas. Meu pai não conversava muito com o motorista, dizia somente os lugares que ele deveria ir, mas era breve nas informações.

Fitava a janela enquanto admirava a nova cidade em que eu teria que chamar de " lar ", minha mente rebobinava os mesmos pensamentos em que eu me perguntava se, teria amigos, ou sofreria o mesmo preconceito de antes, sem nem mesmo saber o motivo.
Enquanto meu pai pagava o motorista, eu e minha mãe nos encarregamos de tirar os pertences do porta-malas, fizemos uma curta caminhada até a frente da casa.

Ela era branca, tinha uma grande porta na entrada, e múltiplas janelas, se olhasse mais pra cima, podíamos ver uma chaminé, me fazendo sorrir automaticamente pois sabia que a casa teria uma lareira. 
Sinto uma mão no meu ombro, e vejo o bonito casal do meu lado suspirar entre sorrisos, então escuto a voz calma do meu pai a dizer.

- lar doce lar, acho que vamos gostar daqui. - sorrio de volta para o meu pai, e me afasto de ambos quando começam uma pequena conversa  sobre o estado da casa.

Empurro a porta podendo ver o seu interior, seu papel de parede estava meio rasgado, e era possível ouvir alguns rangeres do piso, os cômodos eram particularmente grandes, os móveis estavam detonados, e estava presente um leve cheiro de mofo, o grande sofá verde escuro que tinha na grande sala, estava com manchas escuras, e o tecido rasgado, a lareira estava imunda, e a televisão, era tão antiga que eu nem tinha certeza se ainda funcionava. Escuto o barulho dos saltos altos da minha mãe a clicarem no piso rangedor, sua cara de espanto era impagável, parecia que seus olhos iriam saltar para fora, ela vira de costas, e vê meu pai trazendo o resto das malas, e começa a gritar.

- Y/F/N! Eu falei que queria essa casa impecável! Mas olhe isso! Está caindo aos pedaços! - ela andava de um lado para o outro, meu pai pega nas suas mãos e diz pacificamente.

- Y/M/N, querida, eu disse para você que ela se encontraria assim, sairia mais em conta se comprássemos uma casa nesse estado, e depois chamássemos alguém para limpar, e para concentra algumas coisas, não se preocupe. - os olhos azuis de minha mãe estavam mais pacíficos, e a sua enorme ruga na testa tinha desaparecido.

- tudo bem. Mas vamos tratar disso o mais rápido possível. - ela diz e ele concorda lentamente com a cabeça.

Sempre admirei a relação dos meus pais, eles realmente se completavam, minha mãe precisava do meu pai para a acalmar, e meu pai precisava da minha mãe para ter a quem acalmar, creio que um não sobreviveria sem o outro, eles são seus completos opostos, mas se completam como um perfeito quebra cabeça.

Escuto meu nome ser chamado em um cômodo, coloco minhas mãos nos bolsos, e procuro o lugar aonde eu escutei meu nome ser proclamado.

- pai? - chamo na tentativa de achar o lugar aonde ele se encontrava.

- aqui querida, na cozinha. - suspiro, e vou até a cozinha, seu piso era de azulejo preto e branco, era espaçosa, e se encontrava um pouco suja, meu pai estava apoiado no balcão de pedra próximo ao fogão, ele se vira e tinha um sorriso doce nos lábios.

- o que achou da viajem? - ele diz.

- bem, cansativa, por incrível que pareça ficar muito tempo sentada, cansa. - digo e faço um meio sorriso.

- eu e sua mãe estávamos vendo os detalhes da sua nova escola, e você começa amanhã, tudo bem? - ele pergunta meio receoso chegando perto de mim.

- sim, claro. - digo, forçando um sorriso.

- você sabe que eu e sua mãe estamos aqui pra qualquer coisa, não é? - ele pergunta enquanto coloca as mãos nos meus ombros e esboça um sorriso querido.

- sim, pai. - digo, ele sorri, e me dá um beijo na testa.

- então, vamos arrumar as nossas coisas, as suas malas estão na sala. - ele diz, e se retira da cozinha.

Volto para a sala podendo ver minhas duas malas e uma única caixa, pego tudo e subo para o meu atual quarto. Assim que abro a porta, vejo que o quarto estava em boas condições, o chão e as paredes estavam respectivamente mais limpas que os outros cômodos, olho para cima e vejo alguns adesivos de estrelas, e presumi que eram do antigo morador, olho para o lado direito e vejo minha nova cama, no outro canto do quarto, tinha um pequeno armário de madeira escura, que eu tinha certeza que daria conta de todos os meus acessórios e roupas.

Me sento em cima da cama e abro a minha caixa, olho pro conteúdo que tinha dentro, eram livros do meu avô. Meu vô tinha falecido a pouco tempo, sentia falta do cheiro de menta e tabaco que seu velho cachimbo exalava, ou quando ele ficava em sua escrivaninha lendo antigos jornais, e escrevendo reportagens que nunca enviava para a empresa públicar, ele tinha me dado esses livros quando eu ainda era bem pequena, vários eram de conteúdo que eu ainda não compreendia por causa da minha idade, mas agora eu já li e reeli milhares e milhares de vezes, sem nunca enjoar de uma palavra, uma frase, ou um parágrafo sequer.

Termino de organizar as minhas preciosidades numa estante que tinha em cima da minha cama, e acabo por reparar na enorme janela na parede do lado da minha cama, a janela me dava visão do quarto do vizinho, consequentemente, dando visão do meu quarto, para ele também, vejo que vou ter que comprar cortinas.



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