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História The Winds of Rage and Love - Capítulo XI - Nossa é A Fúria


Escrita por: FuckMeanGirl

Notas do Autor


Oie!
PRIMEIRAMENTE: PERDOEM-ME PELA DEMORA.
Capítulo 11 para vocês!
Particularmente eu adoreeeei esse capítulo.
Espero que gostem, perdoem os eventuais erros e aproveitem a leitura!

Capítulo 11 - Capítulo XI - Nossa é A Fúria


Capítulo 11 – Nossa é A Fúria.

 

Bran

 

Meera e Bran encaravam o lado de fora de uma pequena caverna que fora cavada ao Sul da Muralha perto de onde Benjen os deixou há algum tempo. Bran não saberia dizer se haviam passado-se semanas ou meses, mas por causa de sua condição, ele e Meera estavam demorando muito para chegar aos portões da Muralha. O frio do Inverno chegou e a neve que antes tanto agradava o pequeno lorde hoje o assusta. E se não conseguirmos chegar? Ele pensou olhando para a garota Reed que dormia ao seu lado. Já não era mais hora de dormir, mas ela fazia um esforço imenso para carregar o garoto nas costas e Bran sente-se mal por isso. Tudo o que deseja é chegar ao Castelo Negro e falar sobre as suas últimas visões para Jon Snow. Planeja contar ao irmão sobre o Rei da Noite e uma de suas últimas visões consome os seus dias e noites: A Torre da Alegria, seu Pai, sua tia Lyanna e o bebê que ela entregou ao irmão naquele dia antes de fechar os olhos e partir para o mundo dos mortos. Meera acordou e viu o amigo muito sério.

— O que foi, Bran? – ela perguntou sentando-se na frente dele.

— Estou pensando na minha última visão.

— Com o seu pai e a sua tia? – ela perguntou para confirmar. Não sabia se ele havia tido outra visão depois daquela nos seus sonhos.

— Sim...eu preciso saber mais. Meera, vamos ao represeiro? – ele perguntou. Ela ponderou por um minuto, mas ficou de pé e pegou o carrinho de Bran.

— Vamos, mas depois disso não sairemos mais dessa caverna até amanhã, certo? - Ela ofereceu a mão direita.

— Certo. – ele sorriu e segurou a mão dela.

Saíram da caverna e enfrentaram a neve que caía gentilmente e Meera até pensou que eles deveriam seguir viagem naquele dia. O tempo pode piorar e talvez não seja possível sobreviver. Ela não queria pensar assim, mas é difícil não ser tão pessimista. Não andaram muito e Meera avistou o represeiro. Ela ajudou Bran a chegar mais perto da árvore e disse:

— Não gaste todas as suas forças. Lembre-se de que tudo isso depende de você.

— Eu sei. – Bran disse e colocou a mão no rosto da árvore. Os seus olhos tornaram-se brancos e ele enxergou uma outra época diante dos seus “três” olhos.

Ele se viu no pátio de uma fortaleza imensa e rochosa. Escura, sombria e de terras acidentadas. A área comum do pátio estava repleta de servos, cavalariços, cozinheiras e soldados que comiam e bebiam alegremente sob a luz das estrelas. Bran caminhou um pouco mais em direção ao interior da fortaleza. Lembrou-se das lições de Meistre Luwin e das descrições dos livros sobre os maiores castelos de Westeros. Olhou para cima e ao redor e as pontas das pedras negras só confirmaram o que ele já sabia:

— Harrenhal. – disse para si mesmo em voz alta, mas ninguém ouviu.

Bran se sentia bem. Caminhou entre os plebeus e passou pelo tapete vermelho que adentrava no salão. Os dois guardas que faziam a segurança comentavam sobre as belas donzelas e as justas que tinham acontecido pela manhã. O mais velho coçava a barba escura e o outro olhava para dentro do salão de cinco em cinco minutos.

— Quem você acha que vencerá amanhã? – perguntou o guarda curioso.

— Certamente algum cavaleiro Tyrell ou um dos Targaryen. Eles estão vencendo todas as justas.

— É só o primeiro dia e não acho que o desempenho do Príncipe Herdeiro foi tão bom assim. – discordou o rapaz.

— Cuidado com a língua. Guarde as suas opiniões para você, Reuben.

Bran decidiu não dar mais atenção à aquela conversa que pouco lhe importava e entrou no salão.

Lordes, senhoras, cavaleiros e integrantes de casas nobres de Westeros reuniam-se no grande salão oval onde havia um banquete. Músicos e cantores divertiam os adultos. Os artistas de teatro contavam uma história sobre a Conquista de Aegon para as crianças. O formato do local permitia que cada casa colocasse o seu estandarte para mostrar que todos os maiores senhores estavam presentes. Bran procurou pelo estandarte dos Stark de Winterfell e sorriu quando viu o seu Lobo Gigante ao lado do Veado Coroado dos Baratheon. Andou até eles e procurou por rostos que pudessem ser minimamente assimilados às histórias que ele sempre ouvia e foi quando viu o jovem Eddard Stark ao lado de um rapaz de cabelos castanhos que sorria graciosamente para todas as moças que passavam. Bran chegou mais perto para ouvir sobre o que eles falavam:

— Eu vou dançar com Ashara Dayne. – disse em tom confiante o Stark mais alto ao lado de Ned.

— Boa sorte irmão. – Eddard tomou um gole do seu vinho. — Ela é tão bonita que eu jamais teria coragem de chegar perto dela.

— Ela é uma garota, não um dragão! É apenas um convite. Nada mais. – Brandon bufou impaciente com a timidez do irmão. — Às vezes você fala como uma donzela que nunca foi beijada.

Ned riu e olhou para a moça alta de pele clara como a neve, cabelos lindamente negros e olhos de um tom de violeta escuro que hipnotizariam qualquer homem. Bran concordou com o pai. Ashara era linda demais para que um rapaz comum se atrevesse a pensar que poderia conduzi-la a uma dança. Ele olhou para o pai outra vez e não sabia se por admiração ou pelo amor que nutria, imaginou que Eddard pudesse conquistar a moça com o seu jeito cortês e doce de falar com as mulheres. Lembrava-se claramente de como ele e Catelyn se amavam e dos sorrisos que só ela era capaz de dar ao Lorde de Winterfell. Sentiu uma dor boa atingir-lhe o peito. E não mais que de repente, Bran foi puxado para a realidade.

Ofegante e um pouco cansado, ele olhou para Meera e sorriu.

— O que você viu? – Meera perguntou curiosa, mas Bran não respondeu. — Bran, você está me ouvindo?

— Eu vi o meu pai outra vez. Vi também o meu tio Brandon e uma bela moça sobre a qual eles conversavam. Foi incrível, Meera! Todos estavam no Torneio de Harrenhal e vi justamente a celebração de abertura. Eles dançavam, bebiam, sorriam. – O seu rosto mudou de feliz para triste em poucos segundos. —  Por que não podemos ter as nossas vidas de volta? – ele disse a última frase num tom mais melancólico.

— Isso vai acabar, Bran. – ela tentou confortá-lo, mas seu coração não estava tão seguro daquela afirmação.

— Eu preciso ver mais um pouco. – Bran disse agora mais empolgado.

— Tem certeza?

— Sim. Quero saber o que vai acontecer.

Ele repetiu o processo, mas dessa vez a visão não era mais tão alegre. O céu de Dorne não tinha uma estrela no céu e fazia frio naquela noite na terra das Montanhas Vermelhas. Bran reconheceu a Torre da Alegria e subiu a escada de pedras polidas até o quarto onde tinha visto o pai encontrar a irmã mais nova no seu leito de morte, porém o que ele viu foi ainda pior.

Lyanna Stark parecia amedrontada de frente para o homem de cabelos longos e prateados que a encarava ameaçadoramente. Aquele não era o rapaz por quem ela havia se encantado no Torneio de Harrenhal. Não era o rapaz por quem ela aceitou fugir, o mesmo que encheu os seus ouvidos de menina com palavras doces como o mais puro mel. Quis bater em si mesma por ter sido tão ingênua. Arrependia-se amargamente de ter subido naquele maldito garanhão junto com Rhaegar. Lyanna não gritou, não se ajoelhou e não chorou nas vistas do Príncipe Herdeiro. Ele era um monstro. Rhaegar não a amava. Ele queria usá-la e para quê? Ela não sabia e Bran sentiu-se no dever de defender a tia que tinha a idade dele naquele momento. Rhaegar Targaryen inspirava liberdade, mas trancou a menina do Inverno no alto de uma Torre gigantesca no reino mais quente de Westeros. Ele não a amava, agora ela tinha certeza e Bran tentou fechar os olhos, mas se manteve firme por um tempo que parecia não passar.

Rhaegar a tomou como mulher. O longo vestido azul marinho foi rasgado pelas costas e ela finalmente chorou. Um choro doloroso e intenso que só ficava mais difícil de suportar a medida que Rhaegar a despia. Bran sentiu o sangue esquentar e imaginou Arya e Sansa naquela situação. Ele não aguentou mais aquela visão terrível e odiosa. Lyanna gritou com toda a sua força quando foi jogada na cama e sentiu o seu sangue de donzela manchar os lençóis.

— Por favor, pare! – foi o último pedido feito por Lyanna Stark antes de desmaiar.

 

Ericka Storm

 

Ericka Storm estava no pátio do Castelo de Winterfell e conversava com Sor Davos e o novo Mestre de Armas sobre espadas e adagas. Ela mostrou a adaga que carregava consigo. Lorde Renly Baratheon presenteou a menina no décimo segundo dia de seu nome com a adaga e disse que ela seria uma guerreira muito melhor do que ele nunca tinha pensando em ser. Davos examinou a arma e disse que a lâmina poderia tirar a vida de um homem se ela soubesse como perfurar a garganta ou o estômago de alguém. Ericka pensou que Davos é um cavaleiro interessante e inteligente, pois não era como os outros homens que a julgavam por ela saber manejar objetos cortantes que naturalmente são designados aos meninos desde o nascimento.

A conversa descontraída foi interrompida quando Fantasma passou correndo apressado por eles e Ericka percebeu que tinha algo estranho. Tirou a adaga das mãos de Sor Davos que nada entendeu e seguiu o Lobo Gigante que adentrou o Bosque Sagrado. Fantasma parou num arbusto quase congelado do outro lado do pequeno lago congelado do represeiro e Ericka viu Petyr Baelish montado sob Lady Sansa Stark enquanto a ruiva debatia-se no chão com as pernas e braços numa tentativa de se esquivar das mãos de Petyr. Ele dizia algumas palavras obscenas que Ericka não seria capaz de repetir. A menina Storm olhou para Fantasma que parecia preparar o momento certo para atacar. O Lobo olhava atentamente para a cena como se buscasse uma maneira de atacar Petyr sem machucar Sansa, mas Ericka, como uma verdadeira filha do sangue e da fúria das Terras da Tempestade, saiu do seu esconderijo com a adaga firme na mão direita.

— Solte-a! – Ericka ordenou engrossando a voz.

Petyr Baelish se virou para ela, mas não saiu de cima do corpo de Sansa que olhou dentro dos olhos de Ericka e viu na bastarda de Robert Baratheon a sua última esperança. Ericka apontava a adaga para Mindinho, mas ele chutou Sansa para o lado e sondou Ericka com as suas palavras ardilosas:

— Veio se juntar a nós? Quem é você, garota?

— Não é da sua conta. Deixe-a ir embora ou eu te mato sem pensar duas vezes. – Ericka ameaçou.

— Você sabe quem eu sou, menina? Posso acabar com a sua vida em dois minutos e nem preciso sujar as minhas mãos com isso. – ele pensou melhor e completou: — Ou talvez eu precise já que nenhum dos cavaleiros do Vale ficará sabendo do que está acontecendo aqui. – Petyr disse calmamente e Sansa começou a se mexer, mas Petyr a segurou violentamente pelos cabelos.

— Aponte essa merdinha para o meu rosto e eu destruo o rosto da sua Lady. – ele segurava Sansa com força pelas tranças, mas ela não gritava mais. Sentia dor e isso era visível, mas não chorava.

— Lady Stark não é a minha Lady. – Ericka disse com um semblante tranquilo e Sansa arregalou os olhos em desespero.

O que raios ela está fazendo? Sansa pensou.

— Posso ver que você mente assim como respira. É uma nortenha. Não duvido disso. Vá embora e lhe serei misericordioso. Tudo isso será esquecido. – ele tirou uma moeda de ouro do casaco e ofereceu para Ericka.

— Eu não conheço a misericórdia. Sou filha da Fúria. – ela correu em três passos para atacá-lo com a adaga e ao mesmo tempo Fantasma saltou do arbusto como um vulto.

Tudo que Ericka teve tempo de fazer foi fincar a sua adaga no rosto de Petyr Baelish. Puxou Sansa pela mão e a Lady de Winterfell tomou uma certa distância dos gritos de Mindinho que ecoaram pelo Bosque Sagrado. Fantasma o dilacerava e as duas moças não impediram.

Não demorou muito para que Sor Davos, Brienne de Tarth, Podrick e o novo Mestre de Armas encontrassem a origem dos gritos e acudissem Sansa que tratou de acalmar todos os presentes. Ela observou Ericka por um instante e viu nela a verdadeira e lendária fúria pela qual os Baratheon são conhecidos nos Sete Reinos e mais ainda, viu nos seus cabelos pretos e na sua coragem o brilhante guerreiro que o melhor amigo de Eddard Stark tinha sido na juventude.


Notas Finais


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Bjs e até o próximo!


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