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História The Witches Coven (EM REVISÃO) - Amigos que se tornam rivais


Escrita por: lemongelion

Capítulo 3 - Amigos que se tornam rivais


Ao saírem da escola, Lis e Raph pegaram um ônibus e foram os dois em direção ao ponto final, que ficava próximo a um campo aberto, antigo lar de um velho sistema de esgoto que estava desativado, era um lugar de aparência fantasmagórica, o único sinal de vida ali eram os carros que atravessavam a rodovia e algumas vacas que pastavam próximo.

 

-Você não se lembra mesmo de mim?- Raph perguntou seco, andando alguns passos a frente de Lis.

 

-Já disse, não... Quer dizer, até o episódio da quadra...- Lis coçou a nuca- devem ter te apagado da minha memória, não me lembrava de muita coisa sobre o nosso período juntos, como amigos, depois os fragmentos voltaram.

 

-Entendo... Talvez se eu estivesse lá, você não teria se corrompido...

 

-É... 

 

O silêncio reinou por um momento.

 

-Então...- Lis comentou entediada- é aqui que vai me matar? Nossa, bem que poderia ser em uma sorveteria, sabe? Tipo, eu estaria tomando sorvete e aí...- ela desviou de uma maça de corrente (N/A: Aquela bola de espinhos presa em uma corrente) de prata que Raph lhe lançou- Ei! Calma! Eu nem terminei de...- mais um desvio- PUTA QUE PARIU! DEIXA EU TERMINAR DE FALAR!

 

Uma intensa batalha seguiu, Raph atacando em uma velocidade assustadora e Lis desviando no mesmo ritmo, tentando, inutilmente, terminar sua fala sobre morrer em uma sorveteria.

 

-Eu não quero escutar suas besteiras- ele girava a corrente e a lançava com fúria- você sabe que eu tenho que te matar, por que não cala a boca e fica quieta?! 

 

-Porque você não quer me matar, amigo- ela sorriu de lado- você está sendo forçado, mas não quer me acertar. Pode parar de show, tudo bem? Larga essa arma, Raph...

 

Raph engoliu em seco e tentou mais uma vez, mas Lis foi mais rápida e lançou um projétil da mão, lançando Raph para dentro do antigo leito por onde toda a água de esgoto passava, fazendo com que ele ficasse bem próximo da ponte da rodovia que passava em cima dali.

 

Lis olhou mais atentamente e retirou um celular do bolso, verificando a hora.

 

-Hum, escuta, temos exatos 5 minutos pra continuar essa luta, quando esse tempo se esgotar, não importa onde você esteja, seria bom você dar uns dois passos pra frente.

 

Raph se levantou limpando as roupas e novamente se armando com a maça.

 

-Por que eu faria isso? Deve ser um dos seus planos para me matar enquanto eu estiver vulnerável não é?!

 

Lis espalmou a mão na testa.

 

-Quase 10 anos se passaram e você ainda continua teimoso! Qual o seu problema?- Lis avançou na direção de Raph, que mais uma vez iniciou os ataques com a maça, durando mais algum tempo entediante.

 

Lis não se esforçava muito, afinal, usar magia naquele momento não valeria muito a pena.

 

Raph mais uma vez atacou, porém, em um movimento que definitivamente era contra as leis da física, Lis saltou em cima da bola, pegou impulso em um dos espinhos e deu um giro no ar, aterrissando atrás de Raph e lhe desferindo um soco nas costas, seguido de uma forte explosão de energia que o atirou alguns metros para a frente- você sabe que, se eu quisesse te matar, eu o faria apenas com um estalar de dedos.

 

Raph se levantava com dificuldade, um pequeno filete de sangue escorria do seu nariz, seus óculos haviam sumido, mas ele não pareceu ter percebido e a maça se desintegrava aos poucos.

 

Lis realmente precisou usar magia.

 

-Você cresceu... Mas no fundo... Sempre vai continuar como a garotinha irritante que era- ele levantou cambaleante, deu dois passos, apenas para cair de joelhos novamente.

 

Lis riu pelo nariz e verificou novamente o celular.

 

-5 minutos...- ela sussurrou bem na hora que um barulho de pneus cantando e concreto quebrando foi ouvido, seguido de um enorme caminhão caindo bem no lugar em que Raph estava antes de cambalear- Bingo, morte por um caminhão que saiu da estrada e...- ela se teletransportou para a frente de Raph e invocou uma barreira invisível, que os protegeu bem na hora que o caminhão explodiu.

 

Após a onda de fogo cessar, Lis desfez o escudo e encarou Raph, que olhava perplexo tudo aquilo, Lis pegou os óculos do rapaz e os recolocou novamente em sua face.

 

-C-como?!- ele perguntou atônito e Lis abaixou um pouco os óculos.

 

-Eu te disse, existem pessoas que podem prever o seu futuro- ela piscou e recolocou os óculos- então? Ainda quer me matar?

 

-P-por que... Por que você salvou minha vida?!- Raph falava, histérico- N-não! Isso está errado! Você é uma bruxa! É MEU DEVER TE MATAR!

 

Lis suspirou.

 

-Eu burlei regras, pra salvar sua vida... Não porque você estava em perigo, não porque me mandaram... Você, por outro lado, só está querendo me matar porque te mandaram.

 

Raph virou o rosto.

 

-Eu não sou o cachorrinho de ninguém pra receber ordens...- ele tentava estancar o sangue do nariz- por que não me matou? Você mesma disse que poderia fazer com um estalar de dedos...

 

-E eu posso, mas eu não o fiz, porque você é meu amigo... Eu não poderia te matar.

 

Raph se levantou, ainda com dificuldade e encarou Lis por detrás dos óculos quebrados.

 

-Você é uma idiota...- em uma fração de segundo, Raph retirou um frasco com um líquido transparente de dentro de um dos bolsos da calça e o lançou em Lis- Morra bruxa!

 

Lis, tirou os óculos e encarou Raph com o rosto molhado de água.

 

-Rapahel... Água benta... Sério?- Raph piscou, descrente.

 

-Era pro seu rosto estar der...

 

-Derretendo? Rapahel, eu tenho cara de Bruxa Malvada do Oeste?- ela deu um leve empurrão no mais alto- pelo amor da Mãe Tríplice! Você não foi treinado pra caçar bruxas mesmo!

 

Raph cruzou os braços.

 

-Eu sou habilidoso, só estou em um dia ruim, matar a antiga melhor amiga é estranho- Lis ergueu uma sobrancelha.

 

-Esses Clérigos de hoje em dia não acompanharam a evolução da minha espécie- Lis balançou a cabeça em sinal de desaprovação- bom, não importa, você e eu estamos tremendamente encrencados mesmo- ela abriu um sorriso e acenou para alguém atrás de Raph- fica calado, da sua boca só sai besteira.

 

-Como é?- Raph se virou e encarou a figura corcunda da Sra. Winona parada a alguns metros, se aproximando enquanto mancava- o que ela está fazendo aqui?

 

-Das duas uma, ou veio me dar bronca, ou veio me avisar alguma coisa.

 

Sra. Winona chegou e encarou Lis com seu olho de vidro.

 

-Você sabe por que eu vim?- ela perguntou e a mais nova assentiu.

 

-Desculpa, foi realmente mais forte do que eu, mas ele não vai causar problemas, eu prometo.

 

Winona ergueu uma sobrancelha.

 

-Se fala do jovem Clérigo, resolveremos esse assunto depois, eu venho convocá-la para uma reunião...

 

Ela suspirou

 

-Alguém matou Irma...



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