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História The Words I Can Never Say - Capítulo Único


Escrita por: osakaprincess

Notas do Autor


boa noiteeee
não me quero enrolar muito aqui :'D
boa leitura ♡

Capítulo 1 - Capítulo Único


 

Almas gémeas era todo um tema sensível para Doyoung. Todas as pessoas estavam, desde que nascem, destinadas a alguém, destinadas a encontrar a sua outra metade. Uma tatuagem com a primeira frase que lhes era dirigida por essa pessoa seria para sempre imortalizada numa parte aleatória do corpo. Essa marca lembrar-lhes-ia que alguém lhes pertencia e que eles pertenciam a essa pessoa.

No entanto, Doyoung nascera sem a capacidade de falar ou ouvir. Ele nunca ouviria a voz da sua alma gémea nem ela ouviria a sua. Como saberia ele de quem provinham as palavras? Como saberia ele quem era? Haviam demasiadas variáveis, demasiadas incógnitas. Na sua mente, ele sabia que nunca iria encontrar a sua alma gémea. Nunca poderia pertencer a alguém e ninguém nunca poderia pertencer-lhe. Era desolador e angustiante, mas assim era a vida. A vida nunca lhe fora justa, mas Doyoung prosseguiu o seu caminho, tentando desligar-se gradualmente do assunto.

x

Foi num domingo de manhã. Doyoung concluía a sua rotina matinal e, como tal, deslocou-se ao seu café favorito. Alguns dos poucos barmans percebiam linguagem gestual, portanto, ele podia fazer o seu pedido sem precisar de lhes explicar a sua situação. Ninguém o tratava de maneira diferente, ninguém o olhava com pena ou confusão. Aqui, ele era tão normal como todas as outras pessoas. Era dos poucos lugares onde ele se sentia tão seguro.

De súbito, esbarrou em alguém.

- Peço imensa desculpa! – Doyoung leu os lábios do homem à sua frente.

Ele estava encoberto em café a ferver e sentia uma queimadura furiosa a alastrar-se através do seu antebraço, que, sem dúvida, seria originária da bebida quente. Revolveu o seu olhar para a pessoa em questão e vislumbrou cabelos pardos e uma expressão de puro terror. Conseguia ver a boca do desconhecido a mover-se, estaria claramente a barafustar mais pedidos de desculpas. Doyoung abanou as suas mãos no ar para ele, tentando acalmar as suas preocupações. Os olhos do desconhecido dobraram de tamanho ao que este segurou com delicadeza na mão de Doyoung e inspecionou o seu braço. Doyoung olhou na mesma direção e, para seu espanto, não encontrou queimadura alguma, mas sim palavras; as palavras dele, a dançar na sua pele. Estabeleceram contacto visual. O rosto do belo desconhecido demonstrava exaltação, excitamento, a sua espera. Ele esperava pelas primeiras palavras de Doyoung. Esperava pela confirmação de que Doyoung era a sua alma gémea. Mas as palavras nunca poderiam vir.

Lágrimas ferravam os olhos de Doyoung. Ele não sabia se deveria sentir-se feliz ou horrivelmente triste naquele momento. Não obstante, ali estava ele. A sua alma gémea. Encontrara-o. As gotas salgadas jorraram como uma avalanche de chuva ao mesmo tempo que mirava o homem de novo. O estranho enxugou-lhe as lágrimas que teimavam em desabar e encaminhou-o para um assento, encarando-o com grande expectativa.

- Desculpa se te queimei com o café. Sou muito desastrado. Deveria ter prestado atenção por onde andava. Mas, ao mesmo tempo, estou tão feliz porque te encontrei. Somos almas gémeas! Não é fantástico? Por favor, diz alguma coisa. Quero ter provas de que és tu. – Doyoung leu os lábios dele.

A deceção era evidente na sua face. Era a primeira vez que cruzavam caminhos e ele fora saudado com um profundo silêncio e olhares amargurados. Pânico começou a ascender, mas um dos empregados rapidamente se prostrou ao lado da mesa onde ambos estavam assentados. Doyoung olhou-o e viu a sua face sorridente e soube logo que ele explicaria tudo.

- Senhor, ele não consegue falar nem ouvir. Não foi intenção dele de o magoar. Ele só não é capaz de comunicar através da fala, mas consegue ler lábios. Se quiser, posso traduzir-lhe o que ele lhe quer dizer porque sei linguagem gestual.

Um olhar de compreensão atravessou os orbes do desconhecido seguido de um sorriso afetuoso e meigo. Ele negou com a cabeça e relatou ao empregado que tinha um caderno onde Doyoung poderia escrever. O barman assentiu em concordância e gesticulou um “Parabéns” na direção de Doyoung, este que sorriu ao ler os movimentos. Quando ele saiu, Doyoung fitou a sua alma gémea de novo. Os olhos dele estavam já fixados em si. A sua boca movia-se e Doyoung focou-se nos lábios roliços.

- Olá. Sou Jaehyun. – Ele disse e sorriu largo, mostrando um lindo par de charmosas covas nas suas maçãs do rosto.

- Olá. – Doyoung escreveu no caderno que Jaehyun pusera à sua frente. – Sou Doyoung. – E ambos sorriram. 

 


Notas Finais




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