História The world over - Uma forma de lutar

-Na casa de Glenn e Meggie tem um quarto sobrando, irá ficar com eles, por enquanto. -Ele diz. -Só vou lembra-la, que se tentar qualquer coisa com alguém daqui, será uma pessoa morta.
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Pelo que Rick descreveu, Glenn e Meggie são casados á algum tempo e são como unha e carne.

Caminhei com Rick até lá. Não tenho muitos pertences, além de uma mochila com algumas roupas velhas. A única coisa que quero é que eles gostem de mim, as vezes eu mesma tenho medo de mim, por fazer oque faço e oque eu ja fiz, não quero que eles sintam isso.

Não demos muitos passos até chegarmos na casa, é uma casa grande e branca, uma casa que eu jamais teria no mundo normal. Rick deu dois toques na porta e a porta foi aberta.

-Ela chegou. -Uma moça bonita com cabelos até o ombro diz apôs abrir a porta. -Oi, eu sou Maggie. -Ela diz estendendo a mão para mim.

Meus olhos se abaixaram até sua mão erguida para me cumprimentar, análisei bem. Durante 6 anos, ninguém fez isso para mim, nem mesmo Rick que me trouxe para cá, é estranho. Os segundos se passavam, a mulher bonita na minha frente desfasia seu sorriso, mais antes mesmo de acontecer, forcei um sorriso curvando meus lábios e peguei em sua mão.

-Oi, sou Glenn. -Outro homem aparece na porta falando, apenas observo sem dizer nenhuma palavra.

-Bom pessoal, Essa e Allie. -Rick diz percebendo minha tamanha estupidez. -Se podem perceber, ela e bem calada, sofreu muito lá fora, cuidem dela, levem ela até a enfermaria, para Denise cuidar desses pequenos ferimentos. -Rick refere-se a alguns arranhões sobre meu corpo, nada que eu não possa aguenta. -Cuide se Allie. -Rick se despede e sai.

Meus olhos vão em direção a Glenn e Meggie que me observavam com um sorriso na porta, tentei retribuir, mais é como se eu não soubesse rir novamente.

-Vem, ja arrumei seu quarto. -Ela diz. -Aposto que vai gostar.

Subimos as escadas, e entramos em uma porta entre um pequeno corredor. Era um quarto, tinha uma cama, uma TV que provavelmente não funcionava, uma janela grande que dava um clareamento no quarto, mais oque chamou minhas atenção foi uma prateleira, com algumas HQ'S, nós meus 10 anos, eu amava ler isso.

-Nossa. -Digo dando dois passos entre o quarto.

-Sua voz e linda Allie. -Meggie diz. -Devia falar mais. -Balanço minha cabeça de forma positiva. -Tome um banho, iremos na enfermaria quando terminar. -Ela diz saindo.

-Espere. -Eu digo e ela se vira. -Eu só quero agradecer. -Ela da um sorriso de forma meiga e se retira.

Eu já não sentia água sobre o meu corpo por um bom tempo, estou anciosa para poder sentir isso de novo. A primeira coisa que eu fiz, foi retirar aquela bota velha e gasta, me despi e entrei debaixo do chuveiro, a água se passava sobre o meu corpo fazendo me sentir bem, retirando toda a sugeira que havia em mim, eu não queria sair dali nunca, era tão bom, como se eu não banhasse por anos, talves eu não tenha. Mais eu só queria aproveitar aquele momento.

Assim que acabei, desci as escadas e encontrei Meggie junto a Glenn sentados em um sofá, falando alguma coisa, enquanto sorriam sobre os braços um do outro, eles realmente se amam.

-Nossa. -Meggie diz. -Parece outra pessoa, seu rosto e lindo Allie.

-Obrigado. -Digo timidamente.

Fomos até a enfermaria, Denise e tão gentil como Meggie, ela fez corativos em dois ferimentos que ainda sangravam, talves de gravetos da floresta, e dificil impedir ter certos arranhões lá fora.

Voltamos para casa, se é que posso chamar de casa, e estranho saber que você vai dormir em um lugar por mais de uma noite.

Anoiteceu, tudo estava calmo e calado, como se nenhum zumbi perambulasse por perto, como se o mundo estivesse normal outra vez.

Eu deitei sobre a melhor cama que eu ja tive a dias, pelo maximo que eu tentava dormir, eu não conseguia, mesmo estando sobre muros altos e vigia neles, eu me sentia insegura, dormir era dificil lá fora, a insegurança era tudo que eu sentia lá fora, e estou sentindo o mesmo aqui dentro.

Me levantei da cama, sai de casa, caminhei sobre as ruas de alexandria, tentando me distrair ao maximo. Estava meio frio, as noites sempre são ventosas e causam um certo frio, mesmo não estando no inverto. Eu estava com uma blusa de malha longa, tentava ao maximo esconder minhas mãos por dentro da camiseta tentando minizar o frio.

Virei mais uma rua, dando visão de mais casas, não tão longe avistei um garoto sentado em uma cadeira na varanda de sua casa, destinava ser o mesmo da floresta, o filho de Rick. Me aproximei mais e vi uma pequena garotinha em seus braços, ele brincava com as mãos deles e sorria do nada, parecia contar as estrelas. Aquilo de alguma forma me fez soltar um sorriso bobo ao mesmo tempo me dava uma certa tristeza de saber que poucas como ela existem, talves seja a unica.

Continuei caminhando sobre a rua, eu chegava cada vez mais proximo deles, achei que ele não perceberia minha presenta, mais ele percebeu.

-Allie né? -Ele pergunta continuando a brincar com as mãos da pequena garotinha.

-Sim. -Respondo sem muita voz.

-Eu sou o Carl, e essa e Judith. -Ele aponta para a pequena. -Está sem sono Allie? -diz.

-Sim. -Respondo me aproximando mais da casa, até poder ver seu rosto por completo. -Na verdade, e dificil dormir depois de tanto tempo.

-Entendo, aqui, quem não sente sono é ela. -Ele aponta para Judith em seu colo é contorna seus lábios sorrindo.

Permaneço calada, eu observava Judith em seu colo, tão linda e tão inocente.

-Ela e linda. -Digo me referindo a Judith. -Não teve muita sorte por estar vivendo no mundo de agora.

-Nenhum de nós tivemos. -Ele diz e me olha no mesmo momento em que eu observava suas palavras. Pude perceber que Carl teria lindos olhos, ele teve sorte de sobreviver, como Rick disse, ele levou um tiro, em um dos seus olhos, ele teve sua sorte.

-Não temos escolha não é mesmo? -Digo. -Tudo que podemos escolher, será pelo que devemos lutar.

-Sobreviver. -Ele diz. -Não parece ser uma forma tão boa de lutar.

-Devemos lutar por quem amamos. -Digo e ele acende. -Mais nem todos temos alguém para amar. -Ele olha pra mim novamente.

-Quer segura-la? -Ele pergunta se referindo a Judith, eu não respondi apenas observei Judith de uma forma meiga. Ele se aproxima e quando esta perto o suficiente para por Judith em meu colo.

É esquisto fazer isso, ela parece tão indefesa, tão pequena e linda, por um momento eu me senti bem. Bem por está ali, podendo sentir o peso daquela coisa tão pequena é boa, protege-la parece ser a melhor forma para continuar se sentindo assim.

-Entende minha forma de lutar Allie? -Carl diz é eu observo. -Você e uma boa pessoa, logo logo terá uma boa causa para sobreviver.

Carl tem razão, talves eu só precise gostar de algo, amar ou se apegar á algo. As pessoas daqui são boas, me sinto bem com elas, vou lutar por elas, vou mudar por elas.

Continua.....