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História The Worst Begining - Fire


Escrita por: LittleDreamersz

Notas do Autor


Oi oi gente! Sei que estou há bastaaaante tempo sem postar. Mas, calmem, eu não To numa fase muito boa da minha vida e isso corta completamente minha criatividade! Mas aí vai um capítulo novo para vocês. Boa leitura.

Capítulo 6 - Fire


Fanfic / Fanfiction The Worst Begining - Fire

Nina's POV

  Senti o chão gelado contra minha bochecha. Uma dor aguda na lateral do meu rosto me incomodava. Algumas vozes distantes gritavam, mas não consegui entender o quê. 
  Abri meus olhos e respirei fundo, mas a fumaça invadiu Meus pulmões e tossi freneticamente erguendo a cabeça. Só então, quando minha visão focalizou nos tons laranja brilhante, que entendi perfeitamente do que se tratavam os gritos: fogo. Tudo estava em chamas. 
  Tentei levantar ainda com as mãos atadas e, apesar do esforço, consegui me ajoelhar. Olhei ao redor, tudo estava destruído. Teriam me deixado aqui para morrer? Isso era o mais provável a se pensar. Quem não gostaria de ver a rainha do crime morta? Fiquei de pé tentando lembrar o que tinha acontecido antes de apagar: Klaus apontando uma arma para mim. Mas então, por que eu já não estava morta? 
  O chão repleto de sangue... o que diabos tinha acontecido aqui? 
  A mesa estava revirada e lotada com marcas de tiro na parte de baixo, que estava completamente exposta. 
  O fogo engolia as paredes. Avistei ao longe meu canivete no chão, então me arrastei até lá, com o intuito de alcançá-lo, mas alguém colocou as mãos em meu cabelo puxando com força. 
  — Você pensa que vai escapar, vadia de sorte? — rosnou. 
  — Me larga, Marcel! — gritei com os dentes trincados. O filho da puta estava me machucando. 
  Tentei me debater, mas a fumaça estava ficando cada vez mais intensa e meu corpo enfraquecia cada vez mais. 
  Fechei os olhos com força e me encolhi quando ele tentou me pegar pelo pescoço, mas outro tiro foi efetuado. 
  Cai pra frente com o corpo dele em cima do meu. Ele... morreu? Quem o matou? Só posso ser realmente uma vadia muito sortuda para não ter sido atingida ainda. Sabe lá deus o que estava me aguardando mais pra frente. 
 Senti o corpo dele ser empurrado para o lado e alguém abriu o lacre que prendia minhas mãos, deduzi ser alguém querendo me ajudar, um anjo abençoado do senhor, talvez. 
  — Vamos, vamos! Tudo está pegando fogo, precisamos ir até uma saída. — uma garota falou meio afobada enquanto pegava em meus braços, ela também tossia assim como eu e tentou me ajudar a levantar. 
  Fiquei de pé e tapei o rosto, ela agarrou forte meu pulso, apesar de estar com as mãos trêmulas e correu para o que parecia ser os fundos da casa, onde o fogo ainda não tinha tomado conta. Ela conhecia o local. Empurrou uma porta grande com força e o sol me atingiu com força, a claridade me fez cambalear e cair ajoelhada na grama récem molhada. 
  Já não aguentava mais tanto tossir. Deitei e virei de peito pra cima tentando respirar melhor. A única coisa que consegui escutar era meu coração descompassado e a garota ao meu lado tossindo também. 
  Virei o rosto e a olhei. Era loira e tinha a pele bem clara. 
  — Qual... qual o seu nome e por qual motivo fez isso?
  Esperei ela voltar a respirar normalmente e sentei-me a olhando.
  — Josie... Meu nome é Josie... 
  — Ok, Josie, você sabe quem eu sou, certo? — perguntei. 
  — Sim, inimiga de Klaus. Eu sou... ou era... ainda não sei, empregada dele. — era desgosto aquilo presente na voz dela? Ela parecia falar com tanta amargura. 
  — Para uma empregada até que você atira muito bem. — debochei ao levantar e estendi a mão para ela, que apoiou-se e levantou também. 
  — Nós recebemos treinamento. Aliás, eu recebi. E eu não gostava do que Marcel fazia, então ele não fará falta. — ela me olhou. — Eu te ajudei pois preciso de ajuda também... eu... 
  — Você? Anda, fala logo. Estamos sem tempo. O que te faz tão especial a ponto de ser treinada? 
  Consegui chegar ao meu carro e a olhei. 
  — Eu estou grávida dele. — falou timida, cabeça baixa e respiração ainda meio desregular.
  Minha boca se abriu num perfeito "o" de espanto. 
  — Não brinca, garota. 
  — Não estou brincando, Katherine. Você precisa me ajudar a sair daqui, eu não quero isso para meu filho. — Josie praticamente implorou. 
  Santa bondade a minha, ela parecia estar tão desesperada que acabei por deixar ela entrar no carro junto comigo, dei a ré com tudo e atingi o portão que acabou abrindo da pior forma, deixando belos amassados no meu bebê. Que dor. 
  — Eu só vou avisar essa vez — arranquei com o carro dirigindo o mais rápido que podia — se você trair minha confiança, você morre. Você e seu filhinho. 
  Olhei de relance para ela, que apenas assentia melancólica. 
  — Você disse não querer seu filho nessa, mas olha só a quem você está pedindo ajuda. — sorri de canto. — se você realmente quiser alguma ajuda, terá que me contar tudo. O caminho para minha casa é longo, então pode ir falando.

Por todo o trajeto, ela falou. Contou que desde a sua chegada, Klaus tinha se interessado por ela, tanto pela sua forma de agir, quanto pelo seu ótimo trabalho. E então, ele começou a presentear-la com inúmeras coisas, como joias, vestidos caríssimos... Mas ela não podia sair, o intuito era que ela se vestisse para ele, para que ele pudesse desfrutar de Josie como uma mercadoria. 
  — Eu era virgem quando cheguei lá... — confessou falando baixo e tímida. — Mas na primeira vez... ele disse que seria "cuidadoso" e acabou me convencendo, mas não foi bem assim como ele prometeu. Oh, não queira saber o que ele fazia, os gostos daquele homem são completamente insanos, ele é louco. 
  Apenas suspirei assentindo. Não parecia fácil ser tratada como uma boneca inflável, submissa aos comandos que ele daria. 
  — Sinto muito. Com quanto tempo você está? — perguntei sem tirar os olhos da estrada. 
  — Quatro semanas. Klaus não permitia o uso de preservativos, eu sempre tomava uma pílula do dia seguinte, mas acho que dessa vez não teve efeito. 
  — Ok, você está a salvo agora. Só trabalho com mulheres dentro da minha casa, nenhum homem vai tocar em você. — falei. 
  — Obrigada. — senti o alívio em suas palavras. 
  Acho que Deus já pode reservar meu cantinho lá em cima com Ele, se é que isso existe. Estou fazendo uma boa ação. Quem diria, a amargurada Katherine Petrova fazendo uma boa ação. Na verdade, acho que era "Nina" falando por cima. O coração falando acima da razão. Droga, isso poderia desgraçar minha vida. Mas e daí? Saí da água ao vinho, Meus negócios são uma montanha-russa que apenas sobe. Uma pobre garota gravida não me traria problema algum, eu poderia usar isso a meu favor, já que o filho — segundo ela — é de Klaus. Se ele estiver vivo, é uma ótima chantagem, pensando por esse lado.
  
  Adentrei minha casa, Josie estava ao meu lado. Olhei ao redor e tudo parecia aparentemente vazio e silencioso.
  — Lisa? — chamei um pouco alto. — Lisa você ainda está aqui? 
  Nenhuma resposta. A garota ao meu lado suspirou e acabei por suspirar junto. Minha cabeça estava doendo desde quando acordei, mas parece que quando a adrenalina em meu sangue baixou, a dor só piorou. Passei a mão da minha testa até minha bochecha e olhei para Meus dedos com vestígios de sangue. Amaldiçoei mentalmente o infeliz que ousou ter feito isso comigo. 
  — Josie, espera aqui. Vou ver se tem alguém. Se você quiser pode se sentar. — ela abriu a boca para dizer alguma coisa mas a interrompi — deixe as perguntas para depois. 
  Sai dali e caminhei para a cozinha. Como não havia ninguém também, fui para a área onde se localizava os quartos dos empregados. 
  Vi lisa saindo do seu tão apressadamente que não reparou que eu estava ali perto. 
  — Ei, aqui — sorri para ela que virou-se espantada. 
  — Oh meu Deus, minha menina. O que aconteceu? O que foi isso no seu rosto? De quem é todo esse sangue? — veio na minha direção lançando essas perguntas de forma preocupada e segurou em meu rosto — você está bem? 
  — Calma, Lisa. — pus as mãos por cima da dela — eu vou ficar bem. Agora nós temos que cuidar da nova moradora daqui. 
  — Não me diga que trouxe outro cachorro. — ela sorriu inocentemente. 
  — Não dessa vez. Vem, onde estão todas as outras empregadas? — a abracei de lado e diz o trajeto de volta à sala. 
  — Eu as dispensei por hoje, não achei que seria necessário o serviço delas aqui. Não sabia que você voltaria cedo e...
  — Tá bem, eu já entendi. — Olhei para Josie encostada no sofá. — Josie, essa é a Lisa. Lisa, essa é a Josie, ex empregada de Klaus, e ela está carregando um filho dele em seu ventre. Ela me ajudou a sair de lá viva. E agora vai passar um tempo aqui. 
  — Como é? — ouvi a voz estridente da Candice questionando do topo da escada. — Katherine, você bateu a cabeça muito forte, não é? 
  Nós três a olhamos. Ela desceu as escadas e veio até onde eu estava. 
  — É muito bom te ver de novo também, Caroline. — sorri ironizando. — Lisa, leve Josie até um quarto e providencie para ela algumas roupas, toalhas... Enfim, você sabe o que fazer. 
  — Quando eu terminar vou até seu quarto para tratar desse corte em sua testa, ok, minha menina? — Lisa sorriu conduzindo Josie, que permanecia calada, escada acima. 
  — Ok. — falei por final sorrindo também. 
  Lisa era como uma irmã mais velha para mim, ou uma mãe, quem eu poderia sempre contar e confiar, além de Candice e Kat. Ela esteve comigo desde o início. 
  Falando em Candice, ela agora me encarava séria e de braços cruzados. 
  — Quero respostas. — falou ríspida. 
  — Sobre o quê? Candice eu só quero ir pro meu quarto tomar um banho e descansar, depois eu falo sobre o que aconteceu lá e... 
  — Você mesma sempre disse para não confiarmos em nada e muito menos em ninguém além de nós mesmas. E ainda por cima trás uma garota desconhecida aqui pra dentro. Qual o seu problema? — ela sequer parou de falar. Tomou ar apenas quando terminou. 
  — Meu problema é minha cabeça latejando. Depois eu te conto tudo, tá? 
  Ela suspirou e me abraçou forte, retribuo o abraço dela. 
  — Estava com medo que não voltasse, mas que bom que está aqui. — falou melancólica. — Vou avisar para Kat, ok? 
  — Faça isso, obrigada. Agora vou — beijei o rosto dela e subi. 
  Entrei em meu quarto e me atirei na cama sem mais nem menos, do jeito que estava e fiquei pensando nas probabilidades de coisas que poderiam ter acontecido depois que apaguei. Talvez Josie pudesse me responder isso. Agradeci por ter passado por essa viva e, enquanto pensava em novos planos, acabei adormecendo. 


Notas Finais


Enquanto escrevia estava aqui pensando em atualizar de duas em duas semanas, aos sábados. É o mínimo que posso fazer. Se houver capítulos nesse meio tempo, postarei-os durante a semana, mas o fixo será aos sábados de duas em duas semanas. Espero que tenham gostado! Beijos :*


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