Nina's POV
Naquela manhã, acordei depois de uma noite muito mal dormida de sono. Meu corpo todo doía, principalmente minha cabeça. Levantei-me e fui direto para o banheiro tomar um banho e fazer a costumeira higiene pessoal.
Coloquei uma roupa simples, um vestidinho de tecido um pouco solto ao corpo e calcei meus chinelos: meu desejo naquele dia era ficar o dia em casa, esquecer aquele mundo por um dia não me faria mal. Pelo contrário, faria-me muito bem.
Alguém bateu à porta. Era Lisa, pedindo permissão para entrar. Obviamente deixei, sua presença me fazia bem e ela não era um incômodo para mim. O motivo de ela ter vindo aqui era com a intenção de fazer curativos em meu rosto. Assim ela fez: com muito cuidado limpou, e não parou mesmo com os meus resmungos irritados, e fez um curativo. Duvidei que alguém pudesse fazer um trabalho melhor que ela. Antes dela guardar as coisas no kit de primeiros socorros, falei:
— Lisa, você poderia me fazer o favor de ligar para aquele médico? O doutor...
— Carlos? Sim, eu ligo. Mas o que está acontecendo com você, minha menina? — ela perguntou deixando de lado o que estava fazendo e olhou bem para mim.
Dei um sorrisinho fraco, negando com a cabeça.
— Nada. A garota que eu trouxe comigo disse que está grávida, eu preciso confirmar isso se eu quiser mantê-la aqui. Então você marque um horário e confirme com ele o preço de todo um pré-natal. — levantei pegando a caixinha branca, pondo nas mãos dela carinhosamente e continuei — Diga que pagarei metade agora e o resto se o bebê nascer. Lembre-o que ele será um homem morto se quebrar qualquer sigilo.
— Vou fazer isso agora mesmo. Desça para tomar seu café que deixei preparado. Aquela moça está lá em baixo lhe esperando para uma conversa. — ela deu as costas e saiu.
O que Josie queria comigo uma hora dessas da manhã? Bem, preciso pagar pra ver. Também preciso estreitar minha relação com ela se eu quiser continuar com meu plano e conseguir uma possível aliada, então, sem estresse por enquanto.
Prendi meu cabelo e sai do meu quarto. Desci as escadas e a primeira coisa que vi foi ela, brincando com Maya.
— Vejo que já fez amizades. Já se sente em casa? — falei atraindo o olhar dela para mim.
Ela automaticamente parou de sorrir e levantou passando as mãos na calça. Vi ela engolindo em seco e abrir a boca instantes antes de falar um pouco nervosa:
— Desculpe-me. Sua cadela é adorável e eu achei que poderia...
— Sem problemas, Maya é um doce. Mas cuidado com Lay, ele não é tanto assim. — caminhei até a cozinha e fiz um gesto com a mão pedindo para que ela me acompanhasse. — Queria falar comigo?
Sentei-me à mesa e suspirei sentindo o cheiro do pão fresco e do bolo récem-saído do forno, como eu gostava.
— Você tem outro cachorro? — ela perguntou e arregalou os olhos. Indiquei para que ela sentasse também é apenas assenti em desdém. — Sim, eu queria falar com você, na verdade, conversar.
— Você já se alimentou? — perguntei me servindo com pão, bolo e um copo de suco. — O que quer conversar?
— Sim, obrigada. — ela suspirou. — Acho que, já que você pretende me manter aqui, terei que lhe dar algum benefício, você vai querer uma aliada...
— Esperta, achou certo. Pode começar. O que você tem a oferecer para qe eu poupe sua vida? — não a olhei, estava focada demais naquela comida maravilhosa.
— Informações, muitas. Klaus podia não entender muito bem sobre segurança, mas não conheço equipe mais bem informada que a dele.
— Vai conhecer, a minha certamente é melhor. Não é atoa que, ja que desbanquei Klaus de novo, a primeira posição é finalmente minha. — me gabei, com um sorriso malicioso nos lábios.
— Não é exatamente assim. Resta mais um acima de você.
— Oi? Como assim? — bati meu copo na mesa indignada. Isso não era possível.
— Ele está a mais tempo que você nisso, ele esperava apenas pela decaída de Klaus para assumir o controle. Ele tem tudo nas mãos agora. — ela falou encolhendo os ombros com o susto.
— Como você sabe de tanto? Nem ao menos eu sabia disso!
— Já falei que eu tinha uma espécie de relacionamento com o pai do meu filho e ele me contou assim que descobriu. Esse cara trabalha na surdina, enquanto você é conhecida por todos, não conhecem nem o rosto dele, mas eu sei quem responde por ele, é Stefan Salvatore.
— Essa história está muito mal contada, Josie. Isso só pode ser conto pra boi dormir. Eu não acredito que há alguém trabalhando dessa forma. — peguei meu celular e procurei o número de Cand nos meus contatos.
— Confie em mim, pesquise e irá ter certeza. Você disse que sua equipe era boa também, eu achei que soubesse...
— Conversa encerrada, se prepare para uma consulta mais tarde. Um médico virá aqui para cuidar do seu bebê.
Levantei dando as costas e nem vi ela sair. Minha programação de ficar em casa fazendo nada foi arruinada. Esperei impacientemente Candice atender, o celular dela certamente estava no silencioso como sempre.
— Nina! Você está bem, graças a Deus. — ela atendeu.
— Estou, estou ótima. Você está no galpão com Kat? Em qual?
— Estou, ela está aqui ao meu lado. No West. O que houve?
— Estou indo aí, nós temos um assunto sério pra tratar. E eu preciso contar a vocês o que aconteceu ontem, lembra? Eu apaguei de cansaço e não tive como falar antes. — falei já calçando meus saltos, pegando minha bolsa e as chaves do meu carro.
— Sim, eu lembro. Nós vamos estar te esperando aqui. Cuidado na estrada.
Desliguei. Cuidado na estrada? Até parece. Entrei na minha Ranger, que era o carro mais barato que eu tinha, porém sou fascinada por carros grandes e dei partida, indo para meu galpão.
O que Josie me contou era um absurdo. Como eu não sabia disso antes? Das inúmeras pesquisas que já fiz, nenhuma indicava ninguém e eu sempre estava a um passo de alcançar o topo. Mas hoje isso vai mudar, vou caçá-lo até no inferno para pegar meu trono, minha coroa e meu poder.
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