História Effects Of Destiny - Capítulo 1 - Diferente.

Quem me vê pela primeira vez, pensa que eu tenho uma vida perfeita e invejável. Uma família unida, amorosa e financeiramente muito bem confortável, sem deixar de contar que tenho uma profissão muito bem vista, com muitos amigos e um belo companheiro.

Bem, digamos que a frase "As aparências enganam" se encaixa perfeitamente nisso. Afinal, o que as pessoas não fazem para passar essa visão para a sociedade? Tudo! 

Minha família não é nada unida e amorosa, e a única coisa que procede é a condição financeira, o que pra mim não significa nada quando se não tem caráter. E infelizmente, sinto que sou o único ali que carrega um.

Uma profissão muito bem vista? Procede, mas ninguém imagina o quanto é difícil ser um psiquiatra e ter que lidar com casos que, mesmo que você tenha tido o melhor ensino do mundo, nem sempre serve de maneira eficaz para ajudar uma pessoa. É frustrante e entristecedor, mas não é algo que eu vá desistir, fazer o que eu faço é meu sonho e vou até o fim com isso. 

Muitos amigos? Se muitos amigos as pessoas querem dizer apenas duas, então sim, eu tenho muitos amigos e são os melhores e os que eu realmente preciso comigo.

Um bom companheiro? Posso até ter, mas sinto em ter que dizer que não consigo fazer isso ser recíproco. 

Não quero dizer que a minha vida é uma merda, mas só quero deixar claro que ela não é o que pensam e eu só queria desmentir elas, mas eu sou um Park e eu tenho que fazer jus ao nome e ser um homem educado. Se ser sincero é ser mal educado, então me desculpe meu pai. 

Abro meus olhos devagar e respiro fundo em ver que o dia já havia amanhecido.

Me mexo um pouco e sinto um braço agarrado a minha cintura e logo lembro da pessoa ao meu lado, meu namorado Oh Sehun. Era uma visão normal ter ele ao meu lado, ainda mais em uma segunda de manhã, já que Sehun sempre vinha para meu apartamento toda sexta depois da faculdade e passava seu fim de semana comigo. 

Me levanto devagar para não acordar o mais novo e assim que me levanto, sinto a dor de cabeça matinal, que virou parte de mim nos últimos tempos, me atingir. Me viro para frente da cama e me permito observar o mais novo. 

Sehun certamente era uma das pessoas mais doce, linda, carinhosa e inocente que alguém pode conhecer.

Dois longos e complicados anos eu o tenho ao meu lado, e lembrando de tudo que já passamos me faz pensar o quanto eu queria dizer um "Eu te amo" com a mesma firmeza que ele diz para mim. Respiro fundo e me dirijo para o banheiro, afim de iniciar minha preparação para mais um dia de trabalho. 

(...)

- Chany Hyung! Deveria ter me acordado, eu iria adorar te fazer companhia no banho. —Sehun diz com voz maliciosa, abraçando meu pescoço e puxando levemente os cabelos da minha nuca. Sorrio de lado e desfaço seu abraço. 

- Ontem mesmo você disse que queria aproveitar e dormir mais, já que não precisaria entrar no horário normal. — Digo e ele revira os olhos.

- Isso porque nos divertimos bastante ontem...— Ele diz em tom risonho e continua. — Mas me divertir mais de manhã, não seria uma má ideia. 

- Você não tem jeito mesmo. — Dou um meio sorriso, selo nossos lábios rapidamente e me separo para pegar sua mochila e minha bolsa. — Agora vamos antes que ambos cheguemos atrasados. — Ele assente. Seguimos para o carro e partimos primeiramente para sua faculdade. 

Em menos de dez minutos, chegamos na portão de sua faculdade, que um dia também fiz parte. Paro na porta e Sehun sorri para mim da forma doce de sempre. Apesar de ter uma expressão séria, ele é um rapaz com um belo sorriso por trás e que sempre faz questão de mostrá-lo para mim.

- Hyung, hoje irei para casa do Luhan fazer um trabalho... — Ele desfaz seu sorriso e diz receoso. 

Luhan é amigo de Sehun desde o seu primeiro ano em advocacia, e hoje cursando o segundo ano, o mesmo se tornou melhor amigo do chinês. O fato de Sehun me dizer isso com receio é pelo fato de eu não ter um bom histórico com o chinês.

- Tudo bem, trabalho é trabalho. — Lanço meu melhor sorriso para convencê-lo que estava tudo bem. Mesmo não amando Sehun na mesma intensidade que a dele, ele foi a melhor pessoa que apareceu na minha vida e eu não queria perdê-lo de forma alguma. 

- Tem certeza? Eu posso escolher outra pessoa e...— O interrompo pegando em sua mão.

- Eu confio em você, Sehun, faça seu trabalho e seja excelente como sempre é. —Digo e beijo sua mão, ele sorri com o meu ato. 

- Ah! Te amo tanto, Hyung. — Ele agarra meu pescoço e me abraça o mais forte que pode, rio com o seu jeito e o abraço de volta. Desfazemos o abraço e ele inicia um beijo carinhoso que retribuo com bom agrado, mas tenho que quebrar pelo tempo que estava passando. 

Assim que ele sai do carro e se dirige para entrada, Luhan aparece e fala animadamente com o meu mais novo e logo o abraça de lado e entram junto, mas o mais velho se vira e olha diretamente para mim com um olhar que eu não sabia decifrar, mas sabia que não era bom. 

Tenho certeza que o mundo inteiro sabia que Luhan tinha sentimentos profundos pelo meu mais novo, mas meu mais novo era inocente demais para perceber isso e prefiro que continue assim. Respiro fundo, ligo o carro novamente e me dirijo para o Instituted Psychiatric Soohayang, onde eu trabalho.

(...)

- Chanyeol, se você não mudar essa cara eu vou ser obrigado a te levar para um cirurgião plástico para ver se ele faz milagre. — Um dos meus melhores amigos, Kim Jongdae, ou Chen como prefere ser chamado, diz assim que senta em minha frente e analisa minha expressão.

- Sente no meu lugar e leia todos esses casos e vai ter a mesma expressão que a minha. — Digo, mas acho que minha tentativa de descontrair fez ele levar para outro lado.

- Aish, como pode ser tão ignorante em plena segunda-feira? Sehun não te deu prazer o suficiente foi? — Pergunta em tom malicioso e eu reviro os olhos. 

- E Minseok te deu prazer suficiente noite passada? Essa marcas no seu pescoço não quer dizer nada. — Ele fecha a cara, ajeita sua blusa de gola alta e depois ajeita seu jaleco. Rio com isso e volto a olhar os papéis. 

- Enfim, não acha que já está na hora de pedir umas férias? — Seu tom era preocupante agora.

- E deixar Kim JongIn comandar isso tudo? É bem capaz dele matar todos os pacientes assim como ele já quase fez antes de eu chegar aqui. — Chen ri e concorda. 

- Mas, antes de pensar nos pacientes, você tem que pensar em si primeiro. E Xiumin e eu iríamos controlar esse lugar enquanto você descansa. — Sorrio e ele sorri de volta. Chen sempre sendo o irmão que nunca tive. 

- Fico tão perdido quando estou fora daqui, pelo menos estando no meio disso tudo eu consigo me encontrar. — Digo e ele assente.

- Tente se encontrar lá fora também, Chany. Você, como um bom médico, sabe que olhar as coisas com essa visão não é bom. — Ele se levanta e vai em direção a porta. — Pense nisso, Dongsaeng.

Ao fechar a porta, reflito sobre suas palavras. Realmente não é bom viver dessa forma, queria algo diferente na minha vida, algo que me desse um up.
 

E mais uma vez no dia eu respiro fundo e descanso minhas costas na grande cadeira de couro e fecho os olhos.

- Só queria que fosse diferente.