História Effects Of Destiny - Capítulo 8 - Primeiro amor.

N/A's Pov.

Podia ser exagero de Park Chanyeol, mas encarar tudo aquilo de uma forma normal, era a coisa mais impossível do mundo.

A forma que Byun Baekhyun se comunicou consigo, foi um tanto estranha quanto intensa, o que obrigou a fazer a coisa mais inapropriada no momento. Fugir.

Logo que fechou a porta do quarto, se encostou na mesma respirando como se tivesse corrido uma maratona, o que causou olhares de estranheza para os dois seguranças que estavam ali. Assim que notou os olhares estranhos daqueles homens, Chanyeol tratou de se recompor logo que um deles perguntou se eles estava bem. 

- Ah! Sim, sim, eu só não estou me sentindo muito bem... — Se explica com um meio sorriso, ambos os seguranças assentiram e Chanyeol pediu licença dizendo que voltaria depois. 

Andou normalmente enquanto estava no campo de visão dos seguranças, mas quando virou sentido as escadas, desceu as mesma apressadamente com a intenção de sair logo dali.

Tinha como objetivo seguir diretamente para o primeiro prédio para desabafar com Jongdae, não aguentava mais guardar tudo aquilo para si. Nesse momento, começou a se questionar do motivo dele ser um psiquiatra, sendo que não sabia resolver seus próprios problemas. Mas ele era humano, certo? Era uma condição normal.

Assim que chegou no corredor da sala de Jongdae, não pensou em bater, simplesmente abriu a porta com tudo, dando de cara com Jongdae e Yixing conversando, que consequentemente pararam ao se assustar com a presença repentina do Park. 

- Chanyeol! Não faça mais isso, sabe que eu sou distraído e acabo me assustando. — Diz Yixing massageando o lado esquerdo do seu peito. 

- Distraído com o Chen é? — Pergunta Chanyeol com uma das sobrancelhas arqueadas e um meio sorriso, o que deixou o chinês constrangido e o coreano mais velho com um olhar confuso.

A verdade é que desde que Chanyeol apresentou Lay para Chen em uma noite de entretenimento, o chinês sentiu uma forte atração pelo coreano, ainda mais pelo fato de terem se dado tão bem. Porém, o fato de ter descobrindo que Chen era comprometido, deixou Lay realmente chateado, mas não o fez querer menos o médico de sorriso cativante e doce.

- O que isso quer dizer? — Pergunta Chen fazendo Chanyeol ri anasalado e fechar a porta atrás de si. 

- Nada, Chen. Chanyeol só está sendo ele mesmo, um idiota. — Yixing revira os olhos ao dizer isso e volta a se sentar direito na cadeira.

- Já que diz... O que está fazendo aqui Chany? — Com a pergunta de Jongdae, a feição de Chanyeol muda completamente o fazendo lembrar do motivo de está ali.

- Precisava de um refúgio, odeio a Máxima. — Chen assente compreensivo. 

- Faz um bom tempo que estou te esperando para te entregar o que eu descobrir, mas acho que não é mais necessário... — Lay fala de forma cautelosa, pois imaginava o quanto deve está sendo difícil para Chanyeol ver que seu melhor amigo é um tipo de Psicopata. 

- De certa forma não, mas vou ficar com isso mesmo assim... Pode me ajudar a resolver, isso se eu ainda tiver coragem de voltar lá. — Chanyeol pega a pasta de Yixing e se arrasta para o sofá que se encontra na sala, se jogando no mesmo e colocando suas mãos em seu rosto.

Jongdae ouvia a conversa de ambos e os olhava confuso, era como se eles conversassem em código o que frustrou o coreano. 

- Eu queria saber o motivo pelo qual estou me sentindo o Lay e não estou entendo nada do que vocês estão falando. — Fala Chen atraindo um olhar de reprovação de Lay, fazendo Chen dar de ombros e encarar Chanyeol. 

Park se ajeita no sofá e respira fundo antes de falar com o seu Hyung. 

- Lembra do meu melhor amigo de Bucheon? — Questiona Chanyeol e Chen assente. 

- E sabe o novo paciente de vocês? — Questiona Lay atraindo a atenção de Chen que assente novamente. 

- São as mesma pessoa, Dae. — Dizer aquilo, fez Chanyeol sentir seu coração totalmente quebrado, com sensação que tinha perdido uma batalha. 

Jongdae não sabia ao certo o que dizer, ele tinha noção do quanto isso era chocante, mas não sabia algo bom o suficiente para dizer que pudesse ajudar de alguma forma, a única coisa que ele podia fazer é aconselhar que Chanyeol fosse ético diante disso. 

- Chany, imagino que seja difícil, mas não leve nada pro lado pessoal, não deixe isso afetar seu profissionalismo e tudo seu redor aqui e lá fora. — Era única coisa que Chen conseguia dizer, o que fez Chanyeol compreender. 

- Eu entendo isso, Chen, mas eu estou mais do que envolvido nisso e não sei se consigo... — Ele não podia negar que tudo em Baekhyun mexia consigo e isso iria afetar tudo a sua volta de agora em diante. 

- Cara, você tem que entender se não vai ser pior. — Diz Lay e Chen assente. 

- Se realmente não conseguir, converse com Suho para mudar sua escala, ou deixar a responsabilidade toda pra JongIn. — Aquele nome fez Chanyeol ficar em estado de alerta, ele não podia deixar que JongIn chegar perto de Baekhyun, pois só de lembrar da forma como ele havia se referido ao Byun, certamente iria fazer coisas horríveis como fez com Park Sooyoung. Ele não iria permitir isso, não com seu Baek. 

- Não fale isso nem brincando, Hyung! Eu só preciso parar um pouco por hoje, amanhã volto melhor. — Chanyeol se levanta e vai em direção a porta.

- Então faça isso, mas tente relaxar. — Chen diz e ele assente. 

- Vou com você. Até logo, Chen. — Lay acena para Chen que revira os olhos e vai em direção ao chinês o abraçando. 

- Não esqueça de aparecer no domingo a noite lá em casa, Minnie está ansioso por esse jantar e espero que um dos meus amados amigos estejam lá. — O coreano fala animado, causando um meio sorriso que parecia uma careta no chinês que assente. 

- Claro que vou no jantar...estou ansioso pra isso. — Lay diz, o que causa risada em Chanyeol que disfarça com uma tosse.

Assim que fecharam a porta, Chanyeol soltou a risada que estava presa, fazendo Lay se assustar com a risada escandalosa do amigo. 

- Park, você tem certeza que é psiquiatra? Pois você age que nem seus pacientes, sua bipolaridade me assusta! — O pequeno chinês empurra o coreano enquanto andam, mas o coreano simplesmente não sentiu o impacto, o que irritou mais o chinês. 

- Para de ri seu poste de quase dois metros! Qual a graça? — Pergunta nervoso. Chanyeol respira fundo depois que para de ri.

- A cara que você fez pro Chen quando comentou do Minseok foi a melhor, daria um ótimo meme. — Chanyeol volta a ri um pouco e Lay revira os olhos. 

- Que cara eu iria fazer? Jongdae parece tonto. — Lay diz ao apertar o botão do primeiro andar no elevador e se encosta no parede da caixa metálica. 

- Ele não é tonto, tonto é você que é apaixonado por ele sabendo que ele só tem olhos para o Minseok. — Na mesma hora que disse isso, Chanyeol se arrependeu por ver a expressão chateada olhando para baixo de Lay.

- Acredite, se eu pudesse escolher quem amar, eu amaria...mas o coração quer o que ele quer. — Seu tom era baixo e melancólico.

- Pare de ouvir Selena Gomez, Yixing, saia nos fins de semanas, viva a vida e siga em frente. — Diz Chanyeol saindo do elevador assim que o mesmo chegou no andar desejado, deixando um Zhang Yixing pensativo, mas logo o seguindo. 

- Eu sei, mas...não sei por onde começar...você sabe. — O chinês estava envergonhado, pois apesar de está na casa dos 25 anos, nunca tinha namorado com ninguém ou a menos ter ficado, era vergonhoso para ele admitir isso, mas ele queria ser o orgulho dos seus pais que, infelizmente, não permitiu que ele seguisse seu sonho de ser dançarino, obrigando ele a ser um homem da lei assim como os outros da família. Com isso, não teve oportunidade de aproveitar o lado bom da vida e, sendo que agora tinha uns momentos livres pra isso, não sabia como fazer.

Chanyeol para de andar e se vira para Lay, o observando e notou o quanto o amigo tinha uma beleza única, ainda mais vestido com aquela causa jeans preta apertada, all star da mesma cor e um blazer cinza um tanto quanto maior que si próprio que o deixava com um ar fofo e os cabelos castanhos avermelhados levemente bagunçados na franja que o deixava sexy. Agora, o que dizer de seu belo sorriso com covinhas? Zhang Yixing era lindo e ninguém podia negar isso, ele era muito cobiçado, porém era muito inocente para perceber isso. Chanyeol não descartou o pensamento em sua mente, foderia de todas as formas o amigo chinês. 

- Se soubesse como deixa as pessoas ao seu redor, Lay, não se preocuparia em chegar nelas, só se permitiria que elas chegassem em você. — O tom de Chanyeol era rouco, causando desconforto em Lay que fez careta o empurrando, causando risos no maior.

- Você é muito escroto, como Sehun te aguenta? — Lay sai andando na frente. 

- Qual é, Lay? Você é lindo, só deixe levar que a pessoa certa aparece, mas não pare sua vida por causa de um amor platônico. — O chinês pensa brevemente, mas logo assente. 

- Certo, vou tentar...mas você promete não parar a sua também por causa dele? — Lay aponta para o prédio da Máxima assim que saíram do primeiro prédio principal. Chanyeol olha para o prédio e sente um arrepio ruim estremecer seu corpo, morde o lábio abaixando seu olhar assentindo levemente. 

- Não posso prometer, Yixing, mas posso tentar. — Lay sorri de lado dando leves batidas no ombro de Chanyeol. 

- Ótimo, já vou indo. — Chanyeol assentiu e voltou para o prédio para pegar suas coisas e ir para casa, só precisava de um bom banho e dormir pra poder lidar com o dia seguinte.

Mas, antes de ir embora, precisava vê-lo. Seguiu para a Máxima determinado a falar com ele, não como médico e paciente, mas sim como um amigo. 

- Hey, já está arrumado? Vai embora? — Pergunta Minseok ao ver que ele não está com o jaleco e com a mochila nas costas. 

- Sim, eu não estou me sentindo muito bem, hoje o dia foi cheio de surpresas. — Sorri pequeno e Minseok assente. 

- Pode ir então, vamos manter as coisas no controle. — Chanyeol assentiu e pediu licença, pois precisava ver o paciente antes de ir embora. 

Não sabia se era pela ansiedade, mas tudo parecia se movimentar em câmera lenta no seu ponto de vista, se permitiu ri mentalmente dessa sua lógica.

Cumprimentou os seguranças novamente e entrou no quarto sem hesitar, encontrando Byun deitado olhando para o teto e, como antes, não parecia ter notado sua presença ali.

Chanyeol cruzou seus braços, olhou para o teto por reflexo e depois se aproximou de Byun, vendo que o mesmo nem piscava, é como se estivesse dormindo de olhos abertos. 

- Baekhyun? — Perguntou, mas não recebeu resposta. 

- Olhe para mim, Byun Baekhyun! — Sua voz mudou de um tom calmo para um autoritário, o que fez ele ficar incomodado com si mesmo, mas conseguiu atrair o dono dos olhos azuis a si. 

Baekhyun sorriu sem mostrar os dentes, um sorriso pequeno e aparentemente simples, se não estivesse acompanhado com um olhar cheio de malicia. 

- Diga, baby. — O tom de Byun era rouco, consequências de não falar com frequência desde que entrou ali. 

- Não se lembra de mim? — O Park pergunta simplista. 

- E eu deveria? — Byun responde com outra pergunta, voltando a encarar o teto, mas diferente de antes, agora piscava algumas vezes. 

- Eu não sei...talvez porque eu fiz parte da sua vida. — Byun sorriu com os dentes negando com a cabeça e se levantando, assim ficando frente a frente com Chanyeol, uma distância que causou arrepios em Chanyeol. 

- Que vida? Eu nunca tive uma vida...só estou de passagem em um tempo aleatório que um ser Supremo me colocou para sofrer e causar sofrimento, apenas isso. — A resposta de Baekhyun era fria e sarcástica. 

- Isso pode ser mudado, e eu vou te ajudar a mudar. — Chanyeol diz com a maior convicção do mundo, fazendo Baekhyun ri anasalado e se aproximar mais de Chanyeol. 

- Depois de tantos anos, ainda continua sendo esperançoso sobre mim, Chan. — A voz de Baekhyun era doce, e sua mão fazia carinho na bochecha de Chanyeol que se encontra estático, sem saber o que falar, agir ou o que pensar. 

- V-você... Você lembra? — A voz de Chanyeol sai trêmula, o que ele menos queria que acontecesse. 

- Como poderia esquecer do meu primeiro amor? — Byun sorri doce ainda passando sua mão no rosto de Chanyeol, olhando cada detalhe do rosto do mesmo e, consequentemente, fazendo Chanyeol fecha os olhos e aproveitar o carinho do seu antigo amor.