História The Worst Memory - Titanium

Muitas pessoas acreditam que não há vida fora do planeta Terra, lamento dizer, mas essas pessoas não sabem do que estão falando, não sabem o tamanho do erro que estão cometendo. Bom, nem preciso começar a dizer que o universo é infinito, que há infinitas galáxias, infinitos planetas e infinitas estrelas, até porque vocês não precisam de uma aula de geografia. Enfim, eu sou uma prova viva disso, se vocês achavam que no começo eu morava no planeta de vocês, vocês estavam muito enganados, a minha residência fica em um planeta com um nome bem químico, se não entendeu pegue uma tabela periódica ou pesquise no google, é só olhar o nome desse capítulo, o planeta em que vivo se chama Titânio.

O meu planeta possui todas as coisas que o seu planeta possui, só que a nossa tecnologia é bem mais evoluída e avançada, e não possuímos praticamente nenhum animal em extinção, temos até uma máquina do tempo, que infelizmente é propriedade do governo. Arrrg!! Eu gostaria muito de usar está máquina para voltar no tempo e consertar os meus erros no passado, que no caso são muitos.

Bom, não contei o que aconteceu depois que voltamos da escola né? 
Não fizemos nada de interessante, além de assistir algumas séries de romance, que nas quais foram a Crista quem escolheu.
A hora passou rápido, já estava bem tarde da noite, meus amigos acabaram indo embora, e eu acabei adormecendo na sala de estar da minha casa.
No dia seguinte acordei com pouca disposição, e não era por culpa do sofá, porque ele era macio e confortável. Era por culpa da preguiça, que vive abusando de mim sempre quando pode, e como era sábado, não havia motivos válidos para eu levantar, ou seja, enrolar mais alguns minutos, não seria problema.

Mas, o que mais me intrigou, é o fato de a minha querida ''mãezinha'', não ter comentado nada sobre eu ter dormido na sala, ela odeia quando alguém dorme no sofá. Motivo? Não sei. Depois de ter subido no meu quarto, para usar o banheiro da minha suíte e fazer a minha higiene matinal, fui na cozinha pegar algum cereal ou qualquer outra coisa do gênero, estava morrendo de fome, sabia disso porque a minha barriga não parava de roncar (parecia que tinha um filhote de suíno dentro dela), nem por um segundo sequer.

- Como está linda! Bom dia minha querida. - Minha avó sempre foi um amorzinho, mas não tão exageradamente desse jeito, até porque eu estava toda descabelada.
- Está tudo bem vó? - sorri.
- Claro minha neta, por que não estaria? -olhou-me curiosa.
Foi então que a minha mãe chegou e me olhou com desdém (só faltava ela pegar uma bazuca e atirar na minha cara).
- Polarya Marie Corby, da próxima vez que você dormir no sofá, vai ficar de castigo por um ano. - Eu Sabia!! Já estava demorando para ela falar alguma coisa.
- Ela não fez nada de errado Petra! Qual é o problema de ela ter dormido no sofá? - defendeu-me minha avó.
- Qual é o problema!? A senhora como mãe deveria saber que nós devemos colocar limites em nossos filhos, para eles não se tornarem pessoas mal educadas e sem responsabilidade no futuro! - falou friamente como se eu tivesse 5 anos. 

- Petra eu sei mais do que você que se deve colocar limites em nossos filhos, mas você já está exagerando! E você como mãe deveria saber disso! - Não preciso falar mais nada né? A briga e  a porradaria já tinha começado, e o ato mais sábio que eu poderia fazer era subir para o meu quarto e ficar caladinha.

E isso foi exatamente o que eu fiz, decidi ficar na minha, e não falar nada, vai que ela surta e acaba me deixando de castigo por 100 anos, não estava afim de me arriscar tanto. Terminei de comer rapidamente e subi para o meu quarto de novo, não estava aguentando mais ver a minha mãe me olhar feio a cada palavra que dizia para se defender de minha avó. Peguei o meu celular e liguei para a Crista, precisava sair para comprar algumas roupas e acessórios com o dinheiro da minha mesada, e sabia que ela era a pessoa certa para me ajudar com isso, até porque ela entende tudo sobre moda.

Ligação on
- CRISTA! - gritei animada.
- O que foi agora?- respondeu entediada, devo ter acordado ela.
- Vamos ao shopping? Necessito esfriar a cabeça, minha mãe está enchendo o meu saco por causa de ontem, e eu preciso de roupas novas.
- Chego aí às 14h. 
- Está bem. - respondi rápido, e desliguei antes que ela mudasse de ideia.
Ligação off

Faltavam 25 minutos para ela chegar, então decidi já ir me arrumando, devo admitir que também não sou muito rápida no quesito me arrumar. Coloquei a primeira calça jeans que eu vi, um tênis e um suéter qualquer, penteei meu cabelo que estava com uns fios bem rebeldes, passei uma maquiagem bem leve, e fiquei mexendo no meu celular até ela chegar.
Não demorou muito para a campainha de minha casa tocar, desci as escadas correndo para eu mesma abrir a porta, antes que qualquer outra pessoa abrisse (minha mãe no caso). Crista me olhou e sorrio falsamente.

- Tá esperando o quê minha querida? Vamos logo!
- E essa cara de desanimada? -gargalhei.
- Você não sabe quem eu vi sentado em um banco na pracinha de trás...
- Quem? - ela sempre se aproveitava da minha extrema curiosidade.
- O Carl Reynolds. - riu  maliciosamente. 
AH NÃO! Isso só podia ser brincadeira, como ele pode ter voltado depois de todas as coisas que eles fez? Eu devo estar sonhando (tendo um pesadelo no caso), isso não pode estar acontecendo, não pode!