Capitulo I
Blake
Meto as minhas mãos na cabeça, tentando escrever algo coroente. Olho para a tela branca do computador, e da minha mente. Com um gemido de frustração, fecho o computador. Deito a minha cabeça nos meus braços e fico xingando-me mentalmente. Um borrão escuro toma-me e adormeço.
O barulho violento da campainha atravessa-me e sinto uma pontada de dor na cabeça. Levanto-me desorientada para a porta. Abro a porta e começo a olhar os pés da pessoa á minha frente. Vejo uns sapatos masculinos combinado com uma calça ganga escura, continuo subindo e vejo um casaco de cabedal e suas mãos segurando uma tarte. E finalmente, olho para o seu rosto. Um rosto muito másculo, com a linha do maxilar definida, um sorriso quase inexistente, e uns olhos azuis escuros.
Encaramo-nos por uns tempos, até que eu quebro o contacto visual.
- Uma tarte? - eu digo segurando o riso.
Ele olha para a tarte e dá um riso nasal.
- Eu sou novo aqui, e estava á espera de alguém me oferecer uma tarte, mas aparentemente já ninguém faz isso, então vi aqui tentar a minha sorte.
Eu xingo-me mentalmente pela minha má-educação.
- E acertei em cheio.- ele diz sedutor.
Reviro os olhos pela tentativa de charme dele, ele olha nos meus olhos, sério, como estivesse a repreender-me.
- Eu realmente queria convidá-lo a entrar, mas tenho assuntos a tratar. - eu digo formalmente.
Ele abaixa a cabeça e esconde um riso.
- É mesmo? - retruca.
- Talvez. - eu respondo afiada.
Ele olha-me com interesse, e com um gesto de rendição, ele diz:
- Tudo bem. Eu só quero realmente que fique com esta tarte.
- Está com veneno? - eu pergunto.
- Só de ratos. - ele responde.
- Porque não disse antes? - eu pergunto brincando, estendendo as mãos para pegar a tarte.
Ele mete a tarte nas minhas mãos e os nossos dedos roçam-se brevemente e eu sinto uma tremedeira, quanto sinto as mãos quentes dele nas minhas frias.
Eu encolho os ombros sobre o olhar quente dele.
- Bem... é, obrigada, eu acho. - eu digo meio tímida.
- Foi nada. - ele responde com um sorriso de lado.
Com um sorriso pequeno eu aceno suavemente, e fecho a porta.
Eu encosto-me á porta olhando para as minhas roupas, e bato na minha testa com a primeira apresentação, ao meu novo vizinho.
Uma rapariga rude de sweatpants e blusa preta.
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