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História Yandere Book - Cheers and Tears


Escrita por: FoolOfHearts e YukoTsu

Notas do Autor


Desculpa pela demora e desculpa se ficou muito longo ^^
Agradecimento especial ao humaninho Shywind <3 Que me dá ótimas idéias para essa fic
Thank ya Taeko-san ^3^

Hope U Like ^^

Capítulo 7 - Cheers and Tears


Fanfic / Fanfiction Yandere Book - Cheers and Tears

Me sentia tomada por completa leveza. O problema tinha acabado e sequer tinha dado trabalho. Mesmo que desse, valeria a pena.

Por ele…

Qualquer coisa por ele. Não importa. Eu jurei para mim mesma.

Nada mais importa… Apenas ele.

Minhas mãos estavam sujas, metafórica e literalmente. Além do cheiro de lixo que tinha se impregnado em mim. Passei no quarto de banho feminino e tirei meu uniforme, ainda limpo. Chequei tudo para ver se não tinha ninguém por perto e tomei um banho rápido.

Se bem que eu mereço um banho digno…

Guardei a faca no armário e voltei para a casa de banho. Já que não poderia seguir meu Senpai até sua casa, podia passar um tempo extra na escola.

Entrei na grande banheira e relaxei pela primeira vez na semana.

A água estava perfeitamente quente. Escaldante.

Com um som de violinos, aquilo seria um lugar perfeito.

Depois dessa semana os clubes serão obrigatórios…

A nova medida do conselho estudantil para incrementar o currículo de todos os alunos tinha sido aprovada antes das férias, então depois dessa semana eu seria obrigada a me juntar a um. 

Acho que vou ter que pensar em alguma coisa.

Havia várias possibilidades de clubes, mas não me identificava com a maioria.

Não tinha paciência para culinária ou ciências.

Odiava atividades físicas, então artes marciais ou esportes estavam fora de questão.

Não vou perder meu tempo jogando no computador.

Música era uma das poucas coisas que me chamavam atenção. Seria interessante fazer uma coisa que gosto.

Não tem nenhuma vantagem, infelizmente…

Teria que pensar nisso depois. Analisar tudo com cuidado…

Sai da casa de banho e me vesti novamente. Coloquei a faca na saia novamente e saí.

...Está na hora de alguém se dar mal.

 

愛✁❦❤❧✃死

 

Entrei na escola e vi Rikku sendo conduzida pela conselheira.

Ela me olhou como se não entendesse o que estava acontecendo. Sorri amigavelmente.

 

– Boa-tarde, Kunahito-sensei, Rikku-chan.

– Yokoshima-san, espero que se saia bem nos testes de amanhã.

– É claro, vou me esforçar ao máximo. – me curvei em respeito e esperei entrarem na sala e fechar a porta.

 

Encostei levemente na porta para poder ouvir.

 

– Gen-san, recebi uma acusação no mínimo grave sobre você.

– Sobre mim? O quê?

– Posso ver sua bolsa? — silêncio, e então a conselheira repetiu. — Gen-san, posso ver sua bolsa?

– M-Mas…

– Se não tem nada a esconder, não vejo problemas.

– Ahn… S-Sim. Aqui…

– ...O que é isso?…  Você realmente planejava colar? Inaceitável.

– O quê? Espera, não! Eu não sei como isso foi parar aí! Eu nunca colaria!

– Nunca achei que veria a senhorita aqui, ainda mais por um motivo como esse.

 

Senti alguém se aproximar e me virei imediatamente.

 

– Ouvindo a conversa alheia? Isso é muito feio… – a voz era levemente familiar… – Mas não se preocupe, não vou contar para ninguém.

 

Ele não podia me ver! Espero que não fale nada, tenho que manter minha reputação estável.

Ele sorriu e reconheci como sendo o garoto da biblioteca.

Se ele não ficar calado... 

 

– Se me dá licença, preciso falar com a conselheira.

 

… Preciso tomar mais cuidado…

 

❦❤❧

 

Rikku saiu da sala da conselheira preocupada.

Naquele momento não sabia se ficava feliz ou se desesperava.

O gabarito era de menos, a punição seria sua prova cancelada. Isso teria um impacto gigantesco em sua reputação exemplar entre os professores.

Mas não estava tão preocupada com isso…

Foi até seu armário e se agachou para trocar os sapatos.

Viu a porta fechar com um chute e foi subindo seu olhar, passando pelas meias vermelhas até o rosto sorridente.

Era aquela garota!

 

– O que é? – se levantou para ficar cara a cara.

– Rikku-chan… Colando nas provas… Que decepção... 

– Como você… ? - a garota sorriu como se soubesse de um segredo divertido - Foi você?! Você colocou o gabarito na minha bolsa! Eu vou avisar a conselheira!

– Ei, ei. Se eu fosse você, não falaria assim comigo… A não ser que queira aquilo circulando com seu nome.

 

Seu sangue gelou.

Aquilo só podia se referir…

É claro que se ela colocou o gabarito teria visto o que tinha dentro da bolsa.

Como podia pensar que aquilo tinha sumido da sua bolsa por mágica?

 

– E-Eu não sei do que está falando…

– Ah… Riku-chan. Sabe o que é pior do que ser pega colando? Ser pega carregando fotos como aquelas. Ainda mais quando alguém já viu isso. – ela mostrou uma foto impressa de uma garota entrando com uma câmera na casa de banhos da escola.

– E-Essa não sou eu!

– Será mesmo? Hmm… Acho melhor eu falar com a conselheira sobre isso.

– N-Não! Não faz isso… por favor. – ela sorriu ainda mais.

– Bem… Então, vamos dizer que você vai ficar me devendo alguns… favores. E em troca, eu não mostro isso aqui para a conselheira, nem ninguém.

– Favores…? Que tipo de favores?

– Eu vou decidir isso. Você só vai precisar cumpri-los sem questionar!

– T-Tá... S-Se eu fizer isso... Você me devolve as fotos?

–  Depende da sua eficiência. Mas por enquanto elas vão estar bem guardadas.

 

Ela se virou para sair da escola mas parou logo na entrada e falou com voz ameaçadora:

 

– Ah, e se falar para qualquer pessoa sobre o que viu mais cedo ou sobre essa nossa conversa… – ela se virou com aquele macabro sorriso amigável – Eu acabo com você.

 

Rikku se assustou.

Ela não podia estar falando sério.

"É só uma forma de falar... Eu vou me dar mal se contar qualquer coisa... "

 

- Tchau, Rikku-chan! Não se esqueça do que te falei.

 

愛✁❦❤❧✃死

 

Depois de chegar em casa, guardei a faca na cozinha em silêncio.

Meus pais já tinham chego, mas estavam na sala assistindo o jornal.

Subi as escadas para meu quarto e vi a porta entreaberta, empurrei e vi Koshi lá dentro.

 

– Boa noite, Koshi. 

– Ah, Shima. O que está fazendo aqui?

– É... o meu quarto? - ele pensou um pouco e concordou, como se tivesse esquecido - O que você está fazendo aqui?

– Estava procurando um dos meus mangás. Você pegou?

– Soul Eater? Eu peguei emprestado, mas já terminei. – fui até a estante com os mangás e retirei um dos volumes. – Aqui.

– Hum… Obrigado. – ele parou em frente a porta.

– Mais alguma coisa?

– Não… Só isso mesmo. Err… Você foi no porão recentemente?

 

Estranhei a pergunta.

Ele sabe?

 

– Não, por quê?

– Umas caixas estavam remexidas e ach… A mamãe pensou que pudesse ter sido você. – ele saiu do quarto e fechei a porta.

 

Será que ele está procurando o livro?

Mas por que ele ia querer? Não tem nada do interesse dele no livro.

Tudo parecia muito estranho.

Meu pai escondendo as facas… Meu irmão atrás do livro…

O que está acontecendo aqui?

Encostei na cama e olhei para o quadro coberto com um mapa-mundi.

Tranquei a porta e puxei o mapa para revelar as fotos de Ichu.

Peguei um pincel e desenhei um X vermelho em uma das fotos. E depois tirei todas as outras e coloquei dentro de uma caixa.

Acabei derrubando a foto do Senpai.

Estou preocupada com ele... 

Peguei meu telefone e liguei para ele. Só precisava ouvir sua voz para saber se estava bem.

Tetsudai-kun tinha lhe ligado para que saísse da escola. Tinha dito que seu irmão estava doente e a mãe não poderia sair do trabalho, então ele teria que ir.

Esperei pacientemente até ele atender.

 

– Alô? Quem fala?

 

Sua voz era tão calma e confiante. Apenas levemente perturbada, como se tivesse sido atrapalhado em um momento importante.

 

– Alô? Tem alguém aí? … Esquisito.

 

Depois ele desligou.

Estou feliz que esteja bem… 

Eu preciso me preparar agora. Tenho que me declarar para ele.

Talvez… Eu o convide para algum lugar. Seria tão romântico.

Fui até a cabeceira e guardei novamente a pulseira do Senpai na gaveta. Usar aquilo me deu mais forças para acabar com a Ichu... Era tudo por ele...

Mesmo com cuidadoso planejamento, a sorte tinha estado ao meu lado, e permitiu que conseguisse fazer tudo sem ser vista.

Me joguei na cama e senti como se o peso do mundo fosse tirado de mim.

Um dia de comemorações.

 

❦❤❧

 

Kiokure chegou na escola mais cedo para estudar. Tinha acordado cedo a ponto de ver parte do jornal matinal, dizendo que um corpo tinha sido encontrado no lixão da cidade. A notícia parecia tão estranha quanto a ligação que recebera na noite anterior, justo na hora que estava assistindo... algo que não devia... Tinha ficado meio perturbado pela ligação em um momento tão desagradável!

Trocou seus sapatos e foi atrás de Ichu. Ela costumava ficar na fonte oeste. Mas não estava lá. Provavelmente ainda não tinha chego, o que era de se esperar, já que a escola estava praticamente vazia. Só haviam umas duas pessoas lá: o presidente do conselho estudantil, que raramente era visto fora da sala, e uma garota que parecia sempre estar por perto. Ou talvez fosse só impressão de ser seguido o tempo todo.

Ficou na fonte, a espera de Ichu, até as oito horas. Estava preocupado, tinha certeza que ela jamais mataria aula, principalmente em dia de teste. Foi para a sala de aula preocupado. Talvez ela só estivesse doente. Teria que se concentrar na prova. Depois ligaria para ela.

 

❦❤❧

 

Saiu da sala e foi para o telhado, para poder ligar para Ichu. A mensagem eletrônica avisou que o celular estava desligado.

“Que estranho…”

Discou o número da casa da mesma. Imediatamente alguém atendeu.

 

– A-Alô? – a voz da mulher era ansiosa e trêmula.

– Bom-dia… Hmm… A Uonna Ichu-san está?

– Ichu?! Você a conhece?!

– Senhora… Sra. Uonnna? O que aconteceu?

– Minha menininha… Você a viu? Por favor… Por favor… Minha Chu-chan… Eu quero minha filha comigo… – ouviu a mulher chorando e alguns barulhos, um homem falou ao telefone.

– Quem fala?

Também tinha a voz trêmula, embora mais forte e firme:

– Ahn… Kiokure. Akira Kiokure.

– De onde você conhece minha filha?

– Estudamos juntos aqui na Akademi. Senhor, pode me explicar o que está acontecendo?

– Por favor… Minha filha… Não voltou para casa… E-Eu…

– Senhor… Se importa se eu passar ai depois das aulas? Eu estou muito preocupado agora.

– C-Claro… Eu… Obrigado…

 

Guardou o telefone logo que o homem desligou.

“Ichu não voltou ontem… Ichu-chan… Onde você está?”

 

❦❤❧

 

Não conseguiu se concentrar muito na segunda prova. Esperava que não fosse tão mal, precisava manter boas notas ao longo de todo o ano. Alguns alunos saíram junto dele, todos os que não tinham um clube ainda, ele mesmo teria que pensar em que clube entrar. Tentava lembrar onde era a casa de Ichu, tinha ido lá uma vez apenas no ano anterior.

 

 

Apertou a campainha e aguardou alguém atender. Uma senhora idosa abriu a porta com um sorriso.

 

– Perdão, eu só queria saber como a Ichu está. Ela se machucou hoje cedo, mas eu não a vi na escola depois.

– Você é o garoto que ajudou ela? – assentiu e a mulher continuou sorrindo – Entre, entre. Heróis merecem tomar chá.

– H-Herói? Eu só ajudei ela, senhora.

– Heroísmo é isso. Ajudar quem precisa, sem medir as consequências pra si mesmo.

– Ahn… Obrigado.

 

Acomodou-se no sofá da casa e aguardou enquanto o chá era preparado. A casa tinha uma atmosfera extremamente agradável e acolhedora, podia passar horas lá sem problemas.

 

– Kiokure-san? – ouviu a voz da garota e se virou. Ela estava com a perna engessada e apoiava-se na escada.

– Uonna-san, eu pedi seu endereço na escola. Queria saber como estava.

– Eu estou bem. Obrigada… por se preocupar.

– Aqui está seu chá, pequeno. – a senhora voltou para a sala com uma bandeja em mãos e logo desviou os olhos para Ichu – Chuo! O que foi que a vovó te falou? Devia estar deitada.

– Quis saber quem estava aqui, não quero passar o dia no quarto.

– Então, vai ter que ficar com a visita. – ela corou levemente e subiu as escadas o mais rápido que uma pessoa com gesso conseguiria – Essa garota… Não tem jeito.

– Obrigado pelo chá, senhora.

– Não agradeça, não agradeça… – sempre se esquecia do que ela tinha falado tanto naquela tarde.

 

Era algo sobre como ela odiava jornais, ou algo do tipo. Disse que jornais só serviam para relatar coisas que não queríamos saber.

Acabou que só foi embora às sete, mas antes agradeceu muito pela agradável tarde.

 

– Eu quem devia agradecer. A primeira vez que vi a Chuo feliz em tanto tempo… foi quando ela falou que você a ajudou. Obrigada, pequeno.

 

 

Por um momento pensou estar na casa errada.

A atmosfera estava deprimente e mórbida. Como se nenhum resquício de felicidade habitasse ali. Uma viatura policial estava em frente a casa, estranhou mas ainda assim tocou a campainha. Em pouco tempo a senhora atendeu. Novamente pensou ter se enganado.

Seu rosto continha marcas de riso, mas apenas aquilo poderia concluir que era uma mulher sorridente, já que a face pálida apenas mostrava tristeza e cansaço.

 

– O-Oi.

– … Pequeno? Faz tanto tempo que não o vejo…

– Eu vim por causa da Ichu. Me disseram que ela não voltou ontem e hoje ela não apareceu na escola.

– Entre, pequeno… Eu vou preparar um chá…

 

O pai de Ichu estava no sofá, com uma garrafa na mão que devia conter alguma bebida alcoólica, enquanto a mãe estava no chão ao lado do telefone, como se a qualquer momento a filha fosse ligar. Dois policiais pareciam tentar, sem sucesso, falar com ela. Assim que entrou a mulher o olhou como se fosse a sua última esperança.

 

– V-Você é da Akademi, certo? – a mulher foi desesperada até ele – Você viu minha filha? Ela nunca passa a noite fora. Você a viu? Eles estão mentindo, não estão? Ela está bem… Eu sei que está.

– Aida… Deixe o garoto sentar… – a voz do homem estava tão trêmula quanto a da mulher. Aida voltou cabisbaixa até o telefone e ficou batendo a cabeça na parede. – Minha filha… Você está com ela? Você a levou para sua casa? – permaneceu em silêncio, tentando entender tudo o que estava acontecendo. – Responda garoto!

– E-Eu… N.-N…

– KEA! Pare de pressionar o garoto! – a senhora foi até o homem e tomou a garrafa de sua mão. – E Aida, pare com isso agora e aja como uma pessoa civilizada!

– M-Mas…

– Agora.

 

A mulher sentou junto do marido, e ambos pegaram uma xícara de chá, com mão trêmulas. 

A mais velha depositou a bandeja sobre a mesa de centro e recostou no sofá com o semblante cansado. E por fim os policiais foram até ele.

 

– Qual era sua relação com Ichu Uonna?

– Somos amigos e colegas de classe.

– E quando foi a última vez que a viu?

– E-Eu falei com a Ichu ontem depois da aula. Tínhamos combinado de estudar juntos, mas tive um problema familiar, então liguei para avisar.

– … Você não falou com ela depois?

– Não… Eu tive que passar o resto do dia com meu irmão.

– Sabe se ela tinha algum problema na escola? Com drogas ou…

– Minha filha não tem problemas na escola! – Aida o interrompeu.

– Senhora, controle-se, estamos fazendo uma investigação.

– ELA É UMA BOA GAROTA! Não vou deixar você dizer o contrário!

– A senhora está descontrolada!

– Não fale assim com a minha mulher! – Kea se levantou do sofá – Não deixarei vocês entrarem na minha casa e desrespeitarem minha esposa! E falarem coisas que não sabem sobre minha filha. Eu só quero saber onde ela está!

– Senhor, eu preciso que…

– Ela está morta! Não entenderam isso ainda? – a avó gritou aos prantos – … Minha pequena Ichu… Foi ela que encontraram… Quem faria uma coisa dessas com minha Chuo…

– V-Você disse… Morta…?

 

Sentiu seu mundo congelar. Aquilo não fazia sentido… A notícia… Se tratava dela?

 

– … N… Não… Pode ser… – acabou por derrubar a xícara em um movimento involuntário.

 

Seu cérebro não parecia querer lhe obedecer.

Quando notou estava de pé em frente a porta, prestes a sair.

 

– … Eu… Eu preciso ir… Desculpe…

 

Suas pernas o guiaram para sua própria casa. Subiram as escadas e o fecharam em seu quarto.

Sozinho daquela forma se escondeu sob montanhas de cobertores e só podia pensar em uma coisa:

“...um dia de lágrimas…”

Desabou. 

 

Week 0 - Ichu Uonna

Fim

 

 

 


Notas Finais


Revisado~

Kissus de ketchup!!


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