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História The Young Folks - Anything could happen


Escrita por: luanagrings

Capítulo 51 - Anything could happen



Abella POV'S

- Oi?! Tem alguém aí?! - Vitória gritava pela décima vez com a cara prensada na grade.
- Vitória, ninguém vai vir. - falei escorando na parede e me sentando no chão.
Estávamos há um bom tempo numa cela ridícula com mais duas mulheres magrelas que estavam todas acabadas, a gente não estava necessariamente na cadeia, era um lugar que ficávamos até decidirem o que iam fazer com a gente e eu já estava ficando nervosa de ficar trancada naquela cela imunda.
- Alguém!!!
- Vitória, você acha que alguém vai aparecer e milagrosamente te salvar?
- Talvez...
- Deixa comigo. - falei me levantando e ficando com o rosto entre as grades ao seu lado. - É melhor alguém vir antes que eu faça alguma coisa! - gritei.
Nada. Nenhuma resposta. Além das outras presas das outras celas que gritavam pra que eu calasse a boca.
- E o que te fez pensar que se você chamasse alguém viria? - uma das mulheres da minha cela falou.
- Tudo bem, eu vou ter que pegar pesado. - gritei para o corredor vazio.
- Ab, por favor, o que você vai fazer? - Vitória puxou meu braço.
- Fazer alguém vir aqui. - respondi e andei até uma das presas que estava deitada no chão. - Olha, seja boazinha e grite bastante, tá? - falei simpática pra mulher que me olhou sem entender, peguei sua mão e torci fazendo com que ela gritasse, ela tentava se contorcer de todos os jeitos para se soltar enquanto gritava e as outras presas também. Logo aquilo virou uma narquia já que acertei um chute na mulher e todas das várias celas começaram a gritar para que eu parasse com aquilo e alguém ajudasse, não demorou dois minutos para um guardinha entrar correndo na cela para me fazer soltar a mulher.
Ele me segurou pelo ombro e pude segurar seu braço, o girei e o soquei com força na parede de costas pra mim, o prensei na parede e tirei a chave do cinto dele.
- Então, eu poderia pegar essa chave e escapar daqui, mas não. Já que eu vou ser boazinha e não vou fazer isso, você vai ser bonzinho e chamar alguém pra que eu possa conversar ou me providenciar um telefonema. - cochichei em seu ouvido. - Estamos combinados? - perguntei aumentando a voz e torcendo seu braço nas costas e ele assentiu. - Muito bem. - o soltei e devolvi a chave, ele pegou e saiu da cela logo depois de trancar.
Cinco minutos depois um homem alto e bem bonito - se me permitem dizer - apareceu abrindo a cela.
- Vocês vão poder dar um telefonema. - disse e um outro cara entrou na cela algemando eu e a Vitória.
Nos tiraram da cela e durante o corredor todas gritavam pra mim.
- É isso ai! Você é foda! - gritou uma mulher colocando o braço pra fora da grade e respondi lhe mandando um beijo.
Vitória foi andando ao meu lado pelo corredor e me acertou um tapa no braço.
- Você só piora. Mais a cada dia. - cochichou. - Não tem vergonha na cara não?
- Não, só beleza mesmo.

Depois de ter ligado para o Patrick, que foi o que mais confiei em termo de não me dar uma bronca, ele chegou e foi falar com o delegado.
Fiquei um tempo sentada na sala de espera até que ele saísse com o delegado.
- Nos vemos qualquer dia. - Patrick falou apertando a mão do delegado.
- Chris, solta elas. - o delegado falou soltando a mão de Patrick e se direcionando para o fardado que me flagrou roubando as bebidas.
- Você vai soltar elas?! - Chris protestou.
- Faz o que eu tô mandando. - o delegado disse sério e entrou novamente em sua sala.
O fardado andou até mim de cara amarrada e soltou minhas algemas, assim que se virou para soltar as de Vitória, apertei sua bunda, ele me olhou furioso e lhe dei um sorriso.
- Até mais, Chris. - falei rindo e puxando Vitória.
Patrick veio até nós passando um braço no ombro de cada uma, saímos da delegacia enquanto Vitória me xingava até a morte e entramos no carro.
- Patrick, como você convenceu o delegado nos soltar? - Vitória parou um segundo de me xingar para perguntar ao Patrick.
- Não foi bem convencer... foi mais pra ameaçar. - respondeu rindo e arrancou com o carro.
- Patrick, vamos fazer um acordo... - comecei.
- Tarde demais. O Malik já tá sabendo. - respondeu.
Fudeu.
- Como assim já tá sabendo!? Você falou que não ia contar!
- Ab, nem vem. Não fui eu quem contou. Ligaram pra ele da delegacia falando que a Ab do Malik tava presa, não tive nada a ver com isso.
- Ligaram? Quem ligou?
- Como você acha que sabemos quando a polícia tá na nossa cola? Temos um pessoal nosso infiltrado. Já falei pra você isso um monte de vezes, se você prestasse atenção no que te falam, saberia.
- Desgraça! - bati o pé e cruzei os braços. Não ia querer aguentar Zayn reclamando na minha cabeça. - Presta você atenção no que eu vou te falar: o Zayn vai ficar puto. Não era pra ele saber!
- Mas Ab, vamos concordar. O que o Zayn não sabe?
Droga.

Entrei em casa com Vitória eram seis e pouco da manhã, agora vocês têm ideia de quanto tempo eu passei naquela desgraça de delegacia?
Vitória se sentou no chão e começou desamarrar o tênia e eu fui pegar alguma coisa pra beber na cozinha. É humanamente impossível passar a noite numa cela e ir trabalhar em seguida, sem uma pausa. Não antes de ficar chapada. Tão impossível quanto enrolar brigadeiros e não comer pelo menos um.
Ao entrar na cozinha me deparei com Niall, Louis e Liam comendo.
- Não acredito que você chegou agora em casa! - gritou Louis.
- Aonde você tava? - Niall perguntou.
- Na cadeia. - Vitória respondeu surgindo atrás de mim e me segurei pra não quebrar a cara dela.
- Cadeia? - Liam gritou. - Por que você tava na cadeia!?
- Porque... - fui cortada por Vitória.
- Porque ela tentou assaltar uma lojinha de beira de estrada. - falou puxando uma cadeira e se sentando.
Puta que pariu.
- Desnecessário, Vitória. - rosnei entre os dentes a encarando mortalmente.
- Assaltar?! Você ficou louca?! Tem noção de como isso é errado?! - gritou Liam saltando da cadeira.
- Liam...
- Não vem com "Liam", você tá enlouquecendo? Assaltar? Eu não tô conformando!
- Ah, eu não contei a melhor parte. Ela tentou seduzir o policial pra ele soltar a gente. Suborno com sexo. - Vitória terminou de me dedurar e dei um tapa em minha própria testa.
- A Ab é foda. - afirmou Louis, Niall e Liam estavam chocados e sem palavras.
- Vitória, eu tô muito perto de te matar.
- Ab! Você tentou seduzir o policial? O que tá acontecendo, você tá doente? Isso é errado! - Liam continuava gritando.
- Liam, meu amor, eu ia amar ficar aqui ouvindo seu sermão, ia de verdade. Mas eu preciso dormir. - falei dando as costas e saindo da cozinha depressa.
Subi as escadas correndo antes que ele viesse atrás de mim e fugi para o quarto que antes era do Harry, para evitar me encontrar com Zayn. Quanto mais demorasse pra levar bronca, melhor.
Tirei apenas os tênis e me joguei na cama, pegando no sono.

Eu devo ter dormido uns quarenta minutos até sentir alguém puxando meus pés e quase me derrubando da cama. Sem contar o mini ataque cardíaco que eu sofri.
- Sério, Abella? Presa?
Ai, agora fudeu de vez.
- Zayn... - me sentei cruzando as pernas em posição de índio.
- Presa? Sério mesmo? Você tem noção do que você fez? - disse cruzando os braços e se apoiando na escrivaninha.
- Zayn, você já fez coisas piores que assaltar uma lojinha de beira de estrada. Vai me xingar por isso?
- Eu quero que se foda a loja, Abella! Que história é essa de ficar roçando no policial? Tentar subornar ele com sexo? Você perdeu a cabeça?!
Como ele ficou sabendo disso, porra?
- Eu não fiz nada demais com ele.
- Porque ele não quis!
- Ele é gay. - falei e sorri tombando a cabeça para o lado.
- Não piora a situação pro seu lado.
- Ah, Zayn! Para de ser possessivo!
- Eu não sou possessivo. É que você é só minha. Você pode ser uma vadia louca, desgovernada e que pensa que pode fazer o que bem entende, mas é minha. E também é muito gostosa..
- Você tá saindo do foco da conversa.
- Olha, se você fizer alguma merda de novo, eu vou te proibir de voltar pro The Young Folks.
- Você não seria louco! Fazer isso por ciúmes é ridículo! - gritei batendo as mãos no colchão.
- Isso não vai ser por ciúmes, vai ser por você ter sido presa. Um Folk não pode ter ficha, nem nada, porque se acontece alguma coisa, isso tudo pesa na hora de te livrar. Pra ser um Folk tem que agir como tal.
Fechei a cara e me levantei. Ele não seria tão filho da puta a ponto de me deixar sem fazer parte dos Folks, seria?
- Aonde você vai? - perguntou se desencostando da escrivaninha e me seguindo até o guarda-roupas.
- Não é da sua conta. - falei abrindo o guarda-roupas e pegando a primeira roupa que vi.
- Uma criança de quatro anos baixou em você? - perguntou me seguindo até o banheiro que fechei a porta em sua cara. - Você faz merda e fica brava comigo? Sério, qual teu problema?
Tomei um banho e troquei de roupa voando, quando saí do banheiro Zayn estava deitado na cama me esperando.
- Aonde você tá indo? - perguntou se levantou assim que me viu saindo arrumada do banheiro.
- Toda essa xingação que tô aturando desde a hora que cheguei na cadeia e todo esses sermões que eu tive que ouvir me deram nos nervos. Eu tô estressada. Muito estressada. Nada que uns tiros não resolva.

Estacionei na frente do grande prédio com o símbolo enorme e entalhado em uma placa de madeira na fachada.
Aqui era um daqueles lugares que você vem atirar nos alvos para praticar ou por pura diversão.
Tudo que eu queria era acertar alguns alvos e imaginar que aquelas merdas fossem a cara de cada pessoa que eu gostaria de acertar.
Deviam me agradecer por descontar minha raiva com balas forjadas de raiva em alvos, e não pessoas. Porque senão a situação ia ficar feia.
Entrei em uma das salas e ví Ive em uma das pequenas cabines separadas por paredes de plástico. Ela tinha um cigarro na boca, os óculos obrigatórios para proteção, a metralhadora na mão e um alvo completamente furado à sua frente.
- Ive!
- Ab! - se virou e gritou ao me ver, veio até mim me dando um abraço apertado e me encarou com uma cara engraçada. - Há quanto tempo você não vem aqui?
- Um tempinho. - sorri a acompanhando até a cabine do lado da dela, coloquei um óculos e peguei a metralhadora no suporte ao lado e mirei no alvo.
- Fiquei sabendo que foi parar na cadeia. - gritou tentando ser mais alta que os barulhos dos tiros.
- Os Folks sabem demais. - gritei de volta.
- Você fala como se não fosse uma também.
- Se depender do mala do Zayn não vou ser por muito tempo. - nessa hora apertei o gatilho com mais força e fazendo as balas irem mais rápidas estraçalhando homem de alvo.
- Não se preocupa. O Malik não vai te tirar dos Folks. Ele não seria louco.
- Melhor assim. - sorri para ela que retribuiu.
- Cadê a Katrina? Ela costuma vir aqui todo dia. - observei.
- Não sei. Ninguém vê ela acho que desde ontem. - respondeu jogando o cigarro no chão e apagando com a sola do coturno.
- Sério? Que estranho.
- Ah, ela deve ter encontrado algum cara por aí e tá dando pra ele. Mas e aí, resolveu com aquele cara que queria fazer negócios? - perguntou e paramos de atirar para o assistente trocar os alvos já que eles ficaram todos muito detonados.
- Eu vou encontrar com ele no sábado. - respondi recolocando a arma no suporte para poder fazer um coque no cabelo que me atrapalhava na hora de atirar, Ive assentiu, os novos alvos já estavam colocados e quando voltamos a atirar, me deu um frio na barriga.
Só faltavam dois dias para me encontrar com o tal cara misterioso.


Notas Finais




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