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História The Young Folks - Good luck


Escrita por: luanagrings

Notas do Autor


Último capítulo da 1ª Temporada.

Capítulo 53 - Good luck


Abella POV'S

Após se apresentar, Eron pegou minha mão onde depositou um beijo.
- Meu nome você já sabe, agora vamos pra parte em que você me conta o que quer comigo. - falei querendo acabar logo com aquilo e voltar para casa.
Eron sorriu e se sentou em um dos sofá, fez sinal pra que eu também me sentasse e assim fiz.
- Antes de ir direto ao assunto, temos que falar sobre algumas coisas. - falou cruzando as pernas. Viado é pouco pra definir esse cara.
- Você não acha que já enrolou demais?
- Eu acho que você deveria fazer o que eu estou te falando.
- Não é fácil assim me domar. Tentam até hoje. - sorri para ele que girou um dos vários tipos de anel em sua mão.
- Me diga, Ab. O que você tem com o Zayn?
- Não tenho nada. Por que?
- Pelo que eu saiba, vocês são um casal.
Esse cara tá se metendo demais pro meu gosto.
- Não somos um casal.
- E são o quê?
- Somos tudo mesmo sendo nada. Não somos um casal. Não pensamos em apresentar um ao outro para nossa família, não usamos aliança, até porque não fui pedida em namoro e não nos chamamos de namorados, nós só... olha, se eu soubesse te falava. Mas não somos um casal.
- E você faz parte do grupo dele, certo?
- Certo. Eu entrei faz alguns meses. Mas o que isso tem a ver com o que você quer comigo? - cruzei as pernas e apoiei o cotovelo, segurando meu queixo.
- Você ajuda Zayn com os negócios? - Eron se levantou e foi até o barzinho que ficava ao lado de uma lareira, pegou dois copos e encheu de whisky.
- Às vezes. - respondi pegando o copo de sua mão, quando se sentou ao meu lado e me ofereceu.
- Eu, como faço parte desse ramo, soube que os negócios dos Young Folks melhoraram quando você chegou...
- É, eu ajudei um pouco. - sorri e bebi um gole de minha bebida. - E aonde você quer chegar com essa conversa?
- Quero chegar ao ponto que, se os negócios estão bons para vocês, não estão bom pra mim.
- Isso é azar o seu. E deixa eu adivinhar: você quer uma sociedade pra melhorar sua situação. Certo?
- Errado. - respondeu sorrindo assustadoramente.
- Então pra que você me chamou aqui?
- É bem simples. Eu quero que você vá embora da Califórnia.
Soltei a gargalhada mais alta de toda minha vida.
- Perai, você acha que eu vou embora da Califórnia porque você tá fodido? - perguntei ainda rindo. - Olha cara, nem sei no que isso te ajudaria e isso é ridículo. - me levantei e deixei o copo em cima da mesa de centro. - Desculpa, mas eu tenho coisas melhores pra fazer do que ficar ouvindo merda. - disse me virando para saída, Eron se levantou fazendo sinal para os seguranças que bloquearam a saída.
- Eu não acho que você tenha alguma outra alternativa. - falou colocando as mãos nos bolsos da calça social.
- Na verdade eu tenho. E a alternativa que eu vou escolher é quebrar a tua cara se continuar com essa palhaçada e não me deixar ir embora.
- Ab, pensa comigo. Se você for embora, Zayn vai ficar abalado, vai perder o rumo dos negócios e eu vou poder finalmente triunfar.
- Você é doente? Acha mesmo que eu vou te ajudar fuder com a vida do Zayn? Eu nunca faria isso!
- Fuder com a vida do Zayn eu vou se você não fizer o que eu tô mandando! - se descontrolou e começou a gritar comigo.
- Escuta aqui Goyola, eu não vou fazer nada disso que você tá falando. Eu nunca iria embora da Califórnia, muito menos deixaria o Zayn e ferraria os negócios dele.
- Querida. - falou se recompondo. - Vou te da dois motivos para fazer o que eu tô mandando. Primeiro: se você não for embora, eu vou fazer da sua vida, dos seus amigos e familiares um inferno. Antes de matar, é claro.
- Não me assustou nem um pouco. Melhor tentar o outro motivo.
Eron sorriu e assentiu para um dos capangas, cruzei os braços nervosa e inquieta. Aquele história tava ficando cada vez mais ridícula.
O tal capanga voltou, dessa vez arrastando alguém que tinha o rosto coberto por um saco de pano preto, as mãos algemadas para trás e que se debatia o tempo todo.
- O que é isso? Você tá doido?! - perguntei me assustando com a cena.
O capanga entregou a pessoa ao Eron que a colocou ajoelhada ao seu lado e ainda sem tirar o saco da cabeça.
- Isso? É seu segundo motivo. - falou arrancando o pano de sua cabeça e revelando a morena de olhos marejados e totalmente machucada.
- Destiny??? Meu deus!!! - gritei ao correr até Destiny e arrancando a mordaça de sua boca. - Você tá legal??? Te machucaram???
- Ab. E-eu, eu acho que quebraram o meu braço. - Des mal podia falar e chorava enquanto eu tentava soltar suas amarras, mas eram de plástico e não dava para soltar.
- Seu filho da puta! - gritei avançando para cima de Eron, mas um dos homens me segurou e me suspendeu no ar.
- Esse motivo te convenceu? - perguntou rindo.
- Me solta! Eu vou te matar! Solta a Destiny! Me solta! - eu gritava enquanto me debatia nos braços do homem.
- Temos um acordo? Você vai embora? - Eron chegou bem perto de mim e cuspi em sua cara. - Tudo bem. Que tal outro motivo?
Parei de me debater e o encarei, meu coração pulsava forte e eu podia ouvir seus batimentos em minha cabeça.
- Ab, o que ele quer? O que tá acontecendo?! - Destiny chorava descontroladamente.
- O outro motivo é ruivo se chama Katerina. É esse o nome? - duvidou perguntando a um dos capangas.
- Katrina. - respondeu o homem.
- Como é? A Katrina tá aqui?
- Sim. E agora, nós temos um acordo?
- Eu não acredito em você! Me solta! - voltei a gritar e me debater.
- Ab! É verdade! A Kat tava lá dentro comigo. Eles bateram muito nela. - Des começou a gritar e chorar. - Ela tá machucada! Pede pra ele soltar a gente!
- Até quando você vai resistir, Ab? - Eron levantou Destiny pelos cabelos e a fez se levantar.
- Tira essa mão imunda da Des!
- Vou te dar mais uma chance, a última. Temos um acordo?
- Vai se fuder, desgraçado! - me debati mais e quase me soltei, mas o homem era muito forte e me apertou.
Eron fechou a cara e tirou um revólver do cinto do capanga ao seu lado, o colocou na cabeça de Destiny e voltou a me encarar.
- Não! Por favor não faz isso! - gritei paralisando com a situação.
Eron abaixou o revólver até o meio das costas de Destiny e me olhou.
- Não me mata! Por favor! - Destiny implorava com lágrimas no rosto e desespero na voz.
- Eron, não faz isso!
Eron sem nenhuma piedade,puxou o gatilho e Destiny caiu no chão com a bala atravessada.
- Não!!! Destiny!!! - gritei e o capanga me largou, corri até Destiny a abraçando e lágrimas já caíam de meus olhos. - Não, não, não! Por favor, Destiny! Você não pode morrer! Des! Vamos, abra os olhos... você não pode me deixar! Não, Destiny. Você não pode fazer isso comigo! Por favor! Abra os olhos, Destiny! - eu a chacoalhava desesperadamente e dava tapas de leve em seu rosto, Destiny não podia estar morta, mas ela não abria os olhos. - Destiny, vamos, abra os olhos! Fale comigo, você não pode morrer! Você não pode! Você não vai morrer! Destiny, vamos... abra os olhos...
- Ela está morta, Ab! - Eron gritou e tentou me puxar.
- Não! - gritei me agarrando ao seu corpo ensanguentado e morto. - Destiny você não pode fazer isso comigo. - a abracei com força e passava a mão em seus cabelos enquanto lágrimas escorriam ferozmente pelo meu rosto. - Vai, por favor... Você ainda tem tanta coisa pra viver por aqui. Você só pegou uma amiga minha ainda. - forcei um riso nervoso. - Vamos lá, abra os olhos... Destiny!!!
Eron me puxou pelo braço com força e me levantou, deixando o corpo sem vida de Destiny cair no chão.
- Eu tenho certeza que você não quer ver essa cena de novo só que agora a protagonista vai ser ruiva. Então acho melhor você fazer o que eu tô mandando. E isso não vai ser só com ela, vou matar seus amigos um por um. - falou pausadamente. - E vou acabar no seu namoradinho.
Enxuguei as lágrimas que não cabiam mais em mim e respirei fundo, retomando o fôlego.
- Se eu fizer o que você mandar, você solta a Katrina? Deixa meus amigos em paz e jura não machucar nenhum deles? Muito menos o Zayn.
- Agora sim nós estamos negociando.

Flashes da expressão de Destiny antes e ao levar o tiro, passavam repetitivamente pela minha mente.
Lembranças. Todas as festas e momentos entre os Folks, noites de sexta-feira com os garotos assistindo à algum documentário idiota, brigas e reconciliações com Zayn, acordar ouvindo o barulho do mar. Seriam só lembranças.
Eron só havia me dado duas alternativas: ver meus amados morrerem diante de meus olhos ou morrer para os meus amados.
Eu teria de ir embora da Califórnia, fazer com que me esquececem. Seria essa a condição para que pudessem viver.
Morrer dói, mas ver quem você ama morrer dói infinitamente mais.
Fui todo o caminho jogada no banco de trás do carro preto, me contorcendo e chorando feito um bebê. Não adianta falar "eu não vou chorar" porque no meio da frase eu já tô chorando.
- Chegamos. Vou esperar a senhorita aqui fora. - anunciou o homem e me levantei, olhei pela janela e vi que estava de frente para casa de Zayn.
Tentei cessar o choro, enxuguei as lágrimas e respirei fundo, tentando achar alguma partícula de coragem no ar.
Desci do carro ainda bamba, podia ouvir o choro de Destiny e as instruções de Goyola em meu consciente.
Ao abrir a porta, encontrei a sala vazia e não ouvi nenhuma pista que houvesse alguém em casa, aproveitei para fazer o momento menos doloroso e sem despedidas então corri para o antigo quarto de Harry que tinha todas as minhas coisas.
Entrei no quarto deixando as lágrimas voltarem a cair, troquei de roupa com pressa e comecei a juntar minhas coisas.
Soltava alguns gemidos e resmungos enquanto jogava minhas roupas na mala de couro e tentava enxugar as lágrimas frenéticamente.
Ao colocar tudo na mala e estar pronta, me lembrei da arma com meu nome gravado, corri até a gaveta da escrivaninha e tirei o fundo falso, peguei e coloquei a arma no cós da calça cobrindo com a jaqueta.
Usei um dos cadernos para deixar uma carta para os garotos e deixei dobrada em cima da cama, sabendo que um dia Harry viria pra cá passar a noite com os garotos e a encontraria.
Tudo pronto, joguei a mala nas costas, uma água no rosto e saí do quarto.
Eu queria fazer tudo rápido antes que desse para trás, sem encontrar ninguém mas meu coração disparou e se despedaçou assim que esbarrei em Zayn quando estava descendo a escada.
Zayn me olhou com a testa enrugada e lábio retorcido.
- O que você tá fazendo?
- E-eu tô indo embora...
- Como é que é?
- Licença, Zayn. Eu preciso ir. - falei forçando a passagem mas Zayn me segurou e me arrastou até o segundo andar de volta.
- Espera ai, você tá achando que vai embora? Embora pra onde? Por que você tá falando isso?
- Zayn, me deixa! Eu vou embora, o que tem de complicado pra entender nisso?
- O que tem de complicado? Você tá me zoando? Abella, que historia é essa? Você não vai a lugar nenhum!
- Que foi? Você achou que eu ficaria aqui pra sempre com você? Eu só adiei um pouco. Eu viria pra cá até minha mãe voltar para o Brasil. Agora ela está morta e eu sou maior de idade. - falei criando coragem para o enfrentar e nunca me segurei tanto para não chorar.
- Perai, Abella. Você não vai embora! Você quer voltar pro Brasil, é isso? Me lembro perfeitamente de você dizer que nunca deixaria a Califórnia. Que nunca me deixaria.
Meus olhos marejaram e respirei fundo.
- Zayn, só me deixa ir embora. Sai da minha frente.
- Não! É claro que eu não vou te deixar embora! - disse me pressionando na parede e me fazendo derrubar a mala. - Você não vai me deixar, Abella. Você não pode fazer isso. Eu sei que você não quer isso. Que espécie de brincadeira você tá fazendo?
- Não é brincadeira. Eu estou indo embora e não há nada que você possa fazer pra me impedir.
- Por que você tá fazendo isso, Abella? Eu não tô conseguindo te entender. Uma hora tá tudo bem, dai você some por quatro horas e quando volta diz que vai embora? As coisas não funcionam assim.
- As coisas funcionam do meu jeito. Eu decido quando vou embora, não você.
- E o que aconteceu com nós? Você vai deixar isso acabar também? - perguntou pressionando meu corpo mais na parede e me fazendo perder a fala.
Tudo que eu queria era me jogar nos braços de Zayn e chorar feito uma criancinha assustada, mas eu precisava ser forte. Não era só a minha vida e a dele em jogo e sim de mais pessoas. Eu não podia ser egoísta a ponto de me deixar levar pelo meu lado assutado e contar tudo pra ele, deixando os outros em perigo.
- Zayn, eu... - fui interrompida por Vitória que chegou e ficou analisando a cena.
- Mas que porra tá acontecendo aqui?
- Fala pra ela, Abella. - Zayn mandou me soltando e apontando pra Vitória. - Fala que você tá deixando toda uma vida pra trás.
- Gente, o que aconteceu? - Vitória andou confusa até mim. - Você tá legal? Por que tá segurando o choro?
- Eu não tô segurando o choro. - respondi virando a cara e pegando a mala no chão.
- Tá sim, e pra quê essa mala?
- A gente tá indo embora, eu ia te buscar na casa da Ive.
- Embora? Que história é essa?
- É o que eu tô tentando descobrir. - Zayn bufou e passou a mão pelos cabelos.
- Vitória, a gente só vai embora. Pode ser egoísmo, mas eu não vou te deixar sozinha aqui. Sua mãe deixou você passar o tempo que quisesse aqui mas agora você vai embora comigo.
- Abella, você não vai embora! - Zayn quase gritou.
- Tudo bem, Ab. Eu sei que você não tá legal, não sei o porquê, mas sei que você não tá legal. E eu não ficaria aqui sem você. - Vitória veio até mim e me abraçou forte. - Tem alguma coisa acontecendo, você pode me contar.
- Você vai apoiar ela nisso? - agora sim Zayn estava gritando.
- Vics, por favor, só vamos embora. Rápido. Eu compro todas suas roupas de volta, mas não vou aguentar ficar aqui por mais tempo. Vamos embora. - a abracei com toda minha força e afundei meu rosto em seus cabelos.
- Tudo bem, tudo bem. Vamos. - disse pegando a mala e descendo a escada comigo.
- Abella, eu não vou deixar você ir. Eu não posso deixar você ir. - Zayn desceu as escadas correndo, me segurou pelo braço e me puxou para um abraço.
- Zayn... por favor...
- Não, Abella. Não. - Zayn me apertou com mais força. - Você não pode pedir para que eu simplesmente deixe o amor da minha vida ir embora. Eu te amo, Abella. Eu te amo.
Suas palavras liberaram todas as lágrimas contidas em mim, me fazendo soluçar contra seu peito e deixar sua camisa toda molhada.
- Me desculpa, Zayn. Eu sinto muito... - reuni todas as minhas forças que nem mesmo sabia que tinha, então me soltei dele e corri para fora de casa, com a visão embassada pelas lágrimas, pernas bambas e coração partido.
Entrei no carro de um dos capangas do Eron que ainda me esperava, Vitória entrou em seguida jogando a mala no chão do carro e me puxou rápidamente para um abraço cheio de carinho e conforto, e então o carro arrancou.

Eu não tive forças para olhar para trás e ver se Zayn estava na porta. Se eu olhasse para trás, mesmo que ele não estivesse ali, eu pediria para voltar.
Nada poderia me machucar mais do que imaginar os garotos chegando em casa, encontrando Zayn de cabeça baixa enquanto bebia uma garrafa de cerveja, e então eles perguntariam o que aconteceu. Quando Zayn contasse, seus olhos perdidos e confusos iriam marejar, e quem sabe Louis riria falando que devia ser uma piada.
Que eles me perdoem por ir sem me despedir, só fiz isso para poupar mais lágrimas e dor.
Quanto ao Zayn, eu sei que ele nunca irá me perdoar e vai me odiar por deixá-lo assim, mas antes viver o resto da vida me odiando do que não viver.
O que eu mais odeio em mim for nunca ter dito para Zayn o quanto eu o amava todo esse tempo, o quanto eu amava seu sorriso, amava sua companhia, amava seu corpo, o amava por inteiro. Por sempre ter ficado sem jeito e não ter correspondido quando ele demonstrava que me amava ou quase chegava a me dizer as três palavras que toda garota quer ouvir.
Nunca ter dito pra ele que normalmente as pessoas demoram 0,2 segundos para se apaixonar, mas tenho certeza que por ele eu me apaixonei mais rápido do que isso.
Mas no final das contas, eu fui embora. Fui depois de resmungar, gemer e bater com os pés.
Engoli a armagura da tristeza e optei por tentar pensar em outras coisas e não me deixar fraquejar. Por eles e por mim mesma.
Eu fui embora. Levando a Califórnia, os bons momentos e a marca dos Young Folks no coração.
Mas no final das contas, eu fui embora.


Notas Finais




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