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História The Z Cure - Infection


Escrita por: Suiciddead

Notas do Autor


Quero dar créditos ao Vinni, sem ele eu nunca pensaria nessa ideia. Quero agradecer também ao grupo do Renegados que me pede constantemente para escrever. Amo vocês

Capítulo 2 - Infection


Fanfic / Fanfiction The Z Cure - Infection

[Bella]

Fazia uma hora que estavamos esperando os zumbis passarem.

–Ta, me explica de novo como isso começou. –Vinni encostou numa prateleira.

Assim que saímos do laboratório encontramos pessoas que se identificaram como Duda, Paty, Lucas e Vinni no estacionamento. Como esses bichos não paravam de aparecer, entramos numa loja que ficava ali perto e tentamos entender o que estava acontecendo. Levantei em meio a todos, fazendo os olhares se voltarem para mim. 

–Eu sou uma médica e cientista do LIS, e estava desenvolvendo a cura para o ELA, esclerose lateral amiotrófica. Durante um dos testes em humanos as coisas sairam do controle e a paciente morreu. Tentamos reanima-la e... –eu fiz uma pausa tentando não chorar. 

–E? –Vinni perguntou ancioso. 

–Cala a boca, Vinni. –Lucas deu um tapa de leve no braço do amigo. 

–Não, tudo bem. –Eu intervi e continuei. –Tentamos reanima-la e não deu muito certo, até ela voltar como uma dessas coisas e atacar minhas amigas. Não era ela, era apenas... Um morto vivo comendo pessoas. 

–Você está querendo dizer que estamos sendo atacados por zumbis que VOCÊ criou? –Vinni soltou uma risada sarcástica. –Isso so pode ser brincadeira. 

–Não, eu não fiz... –Tentei dizer. 

–Zumbis? Não, isso não pode ser verdade, eles são so ficção! –Paty finalmente abriu a boca. 

–Você viu aquelas coisas la fora, acha que eram o que? –Vinni voltou a falar e logo todos estavamos discutindo de novo. 

Fechei os olhos e massageei minhas têmporas tentando pensar em outra coisa. Tinha que ter uma explicação para isso tudo, não tem como eu ter criado aquilo com um simples remédio, era só... O que tinha naquela fórmula mesmo? Merda, talvez eu devesse ter feito mais testes antes de usar em humanos. Comecei a pensar e pensar ate que Nando chamou minha atenção. 

–Amor? Você ta me ouvindo? Olhei pra ele ainda aérea. 

–Oi? Ah, to sim. 

–O Lucas te fez um pergunta. –Ele disse ficando do meu lado. 

–Se você criou isso. –Lucas começou. 

–Eu não criei isso. –Retruquei. 

–Okay, okay, você não criou isso. Mas pode criar uma cura, não é? –Ele fez uma pausa e continuou. –Quer dizer, se isso é uma doença isso tem que ter cura. 

Todos ficaram olhando pra mim e eu apenas fiquei em silêncio. Não tinha ideia do que fazer. 

[Jeny] 

Fiquei em silêncio esse tempo todo, me concentrando no rádio enquanto eles discutiam. Quando ficaram em silêncio eu aumentei o som para que todos ouvissem. 

"Ja foram 30 mortes e muitos feridos. O aumento da violência e canibalismo estão se espalhando cada vez mais e as autoridades estão pedindo que fiquem em casa e usem máscaras para previnir essa doença, já que não se sabe a forma de contagio. A médica e cientista Isabella Baio está sendo procurada por causar essa infecção..."

Todos olhamos para ela, que ficou em choque.

"Médicos estão empenhados em descobrir a causa e uma possível cura ou vacina e as autoridades..."

O rádio começou a falhar ate so ouvíamos chiados, ficamos preocupados com a situação, não sabiamos nada sobre aquilo. 

–Eu vou leva-la as autoridades. –Disse por fim. –Só você pode dar um jeito nessa coisa. 

Ela apenas ficou sentada no chão da loja em que estavamos, sem dizer nada. 

–Eu acho que deveríamos pegar suprimentos... Comida, agua, armas, essas coisas. –Duda se manifestou. 

–Você disse armas? –Lucas entrou na conversa. 

–Vocês estão ficando loucos? Não podemos pegar todas essas coisas assim, deveríamos deixar que o governo resolvesse tudo. –Paty olhou incrédula.

Um zumbi bateu na porta de vidro da frente da loja com força, tentando entrar.

–Eles estão se saindo muito bem. –Lucas falou em meio ao silêncio.

...

Passamos mais algumas horas discutindo de novo e por fim decidimos conseguir comida e armas, caso precisemos. Pegamos algumas ferramentas no final da loja e saímos daquele inferno. Bella ficou calada o tempo todo, parecia estar pensando em alguma coisa e Lucas não parava de me fazer perguntas sobre armas. Nando e Duda eram muito úteis e aprenderam rápido a matar os zumbis enquanto Paty e Vinni ficavam questionando o que faziamos.

Por fim achamos um mercado que, por incrível que pareça, estava sem ninguém e saqueado. Mas não completamente.

–Se espalhem. Vejam se conseguem achar alguma coisa. –Eu falei e Lucas veio atrás de mim.

[Bella]

Andei ate a sessão de remédios e dei uma olhada em todos eles e peguei os que achava necessário, colocando-os numa mochila.

De repente, ouvi um barulho e peguei o taco de baseball que levava comigo, andando ate o fim do corredor. Quando cheguei no final, alguém pulou em cima de mim.

–BUU! –Gritou Nando, me fazendo gritar também.

–Ai que susto, seu doido! –Abracei-o enquanto ele ria. 

–Você devia ver a sua cara. –Ele me fez encostar em uma das prateleiras ficando na minha frente.

Nando me puxou para um beijo me distraindo de tudo que estava acontecendo, toda essa merda que estava rolando la fora e só ele fazia isso. Nós estavamos tão envolvidos que não o vimos se aproximar.

Sim, um zumbi. Assim que parei pra respirar eu o vi agarrar Nando e instintivamente atirei, acertando apenas o pescoço do zumbi e fazendo-o cambalear pra trás. Nando caiu no chão, na minha frente e o monstro ja estava de pé para atacar de novo então atirei 3 vezes, passando longe da cabeça.

Merda, por que minha mira tinha que ser tão ruim?

O mordedor avançou em Nando mais uma vez que tentava pegar a faca enquanto eu procurava meu bastão mas ele estava perto demais.

[Duda]

Jeny mandou procuramos alguma coisa mas eu não estava interessada em nada que eles achassem ali. Então saí do mercado com um machado e Paty me seguiu com uma faca.

–O que você ta fazendo? –Ela me olhou. 

–Eu quero uma arma. Mas não essas de fogo, quero uma silenciosa e acho que ja sei qual. –Continuei andando. 

Seguimos ate uma loja de caça que havia ali perto e nos deparamos com alguns zumbis que eu facilmente descartei.

No interior da loja havia exatamente o que eu queria: um arco.

–Ah não, você não vai usar isso. Vai matar pessoas com isso?!

–Não são pessoas, são zumbis. –Entreguei o machado a ela.

–E além do mais, são eles ou nós.

O arco era exatamente o que eu queria. Tinha um sistema de roldanas e mira, o que facilitava muito, e algumas flechas no balcão.

Saí da loja e mirei em um zumbi razoavelmente longe mas, quando ia atirar, ouvi um tiro e parei.

–Você acha que foram... –Mais 3 tiros seguidos e silêncio. O som vinha do mercado.  

[Bella]

Fechei os olhos.

Conseguia imaginar Nando sendo mordido, virando uma daquelas coisas e se voltando contra mim. E eu parada, perplexa, em choque, não conseguiria fugir e morreria também, nos braços da pessoas que amo. 

Escutei um barulho de tiro e voltei a realidade abrindo os olhos, vendo que o zumbi estava morto e Lucas estava com uma arma na mão.

–Nada mau. –Jeny sorriu para ele enquanto eu corria pra abraçar Nando que estava vivo.

–Isso foi divertido, to pronto pra outra. –Ele sorriu para o Lucas.

Sorri também. Foi por pouco. 

...

[Vinni]

Voltei ao mercado e todos ja estavam reunidos na porta.

–Adivinha o que eu consegui?

Todos os olhares se voltaram mim.

–Calma ai, pessoal, um de cada vez. –Girei as chaves na mão. –Isso mesmo, consegui uma caminhonete. Não é muito mas é melhor do que ficar andando por ai com esses zumbis.

–Onde conseguiu? –Paty perguntou.

–Tava parado no estacionamento. So fazer ligação direta e... 

–Você roubou um carro?! –Ela quase gritou. 

–Não sei se isso ainda é considerado roubar, podemos dizer que eu peguei emprestado. –Dei uma piscada para Paty que me olhava incrédula.

Nenhum dos outros pareceram questionar, afinal, o mundo estava um caos, quem liga pro carro parado no meio do nada? 

Pegamos tudo que precisavamos: comida, agua, remédios, algumas armas escondidas, ferramentas e o carro. Eu fui digirir, é claro, Lucas e Nando se acomodaram ao meu lado e as meninas la trás.

–E então, aonde vamos? –Falei.

–Precisamos de armas. –Lucas falou. –As que temos não vão durar nem uma semana.

–Nós não vamos precisar disso por mais de uma semana. –Paty estava frustada.

–Mas para todos os casos, é melhor prevenir. –Jeny disse por fim. –Tem um Arsenal aqui perto, eu mostro onde fica.

Ela me deu as cordenadas e seguimos ate la. O caminho foi silencioso e calmo na maior parte do tempo, so falamos quando vimos alguns policiais zumbis, o que deixou bastante medo em todos nós. 

–Não sabemos o que vamos encontrar por la, então fiquem atentos.

...

Jeny chutava a porta diversas vezes.

–Mais que merda! Quem trancou isso em pleno apocalipse! –Ela berrou. 

–Shhhhh vai atrair mais deles. –Lucas falou enquanto atirava na cabeça de um zumbi que se aproximou sem o menor esforço, parecia que ja estava acostumado a esse novo mundo. 

–Pode deixar comigo. É simples, 5 digitos, existem milhões de combinações mas podemos simplesmente... –Fiz uma pausa enquanto tentava algumas senhas que deram errado ate ouvir o som que indicava que a porta foi aberta. –Podemos simplesmente começar pelas mais usadas. 

Eles me olharam boquiabertos.

–Que foi? Tenho meus segredos. –Abri a porta e entrei sem pensar e quase fui mordido por um errante.

Lucas atirou, certinho na cabeça do zumbi, na última hora.

–Também tenho meus segredos. –Ele disse e entrou na minha frente e eu não me opus.

Se alguém tinha que morrer poderia ser ele e não eu.

[Jeny]

Me juntei a Lucas e entramos em cada sala devagar. Eu entrava e ele me dava cobertura, mas no final não tinha nada em nenhuma delas. Por fim, chegamos na sala das armas e começamos a encher a bolsa ate algo cair no comodo ao lado e, como todos estavam la fora então so podia significar zumbis.

Olhei para Lucas em silêncio e fiz sinal para que fossemos ate la, verificar o que era.

Contei ate tres nos dedos: Um. Dois. Tres!

Entramos e quase atiramos mas paramos na mesma hora.

–Ei ei ei ei! Sou so eu, não me matem! –Vinni se encolheu e eu bufei.

–O que você ta fazendo aqui? –Abaixei a arma.

–Eu achei que vocês fossem precisar de ajuda e acabei derrubando essas prateleiras. –Ele sorriu.

–RALA DAQUI! –Gritei e ele saiu sem falar nada.

Pegamos o maior numero de armas e munição possível, voltando para o carro assim que acabamos. Lucas parecia bem animado com todas aquelas armas e não cansava de se gabar de todo o seu conhecimento sobre elas para mim.

Me perguntei o que deu nesse garoto. Se eu sou militar, entendia mais de armas do que ele. Mas ate que eu tava gostando. 

[Lucas]

Começou a entardecer e, sem lugar pra ficar, decidimos que era melhor montarmos acampamento em algum lugar. Acabamos subindo uma morro bem pequeno e botamos outros carros em volta de onde estávamos, para prevenir. 

Sentei em cima do carro, ao lado de Jeny, enquanto não escurecia. De onde estavamos, de frente para a descida do morro, dava para ver alguns zumbis que eram lentos demais para subir. 

–Você é bom. –Ela disse por fim. 

–O que? 

–Você é bom. Na arma. 

Ela não tirava os olhos dos zumbis, ficava apenas mirando a arma. 

–Ah, isso. Atiro desde pequeno, meu pai costumava me levar pra caçar com ele. 

–So o que meu pai fez foi me enfiar nesse exército. –Ela deu um sorriso meio forçado, mas não deixou de olhar os zumbis. 

–Você tem que abrir os dois olhos, a visão será melhor. Jeny fez o que eu falei e atirou, acertando o alvo exatamente na cabeça. 

–Eu sou do exército, não preciso de treinamento. –Ela provocou. 

–Não parece. Quem é o atirador mesmo? –Sorri. 

–Quem é a tenente militar mesmo? –Ela sorriu com satisfação e olhou nos meus olhos. 

Por um minuto eu achei que tivesse rolado um clima, mas assim que ela voltou a mirar eu percebi que foi so coisa da minha cabeça.



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