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História There is Hope? - Voices


Escrita por: Shiyo-Chan

Notas do Autor


Yoo Minna! Descuulpa a demora... ahn... acho que nem posso dar nenhuma desculpa né, foi mal ;-;
Então, depois de TODO ESSE TEMPO, finalmente veio uma gota de criatividade pra essa fic novamente, então cá está o capítulo!
Sério, desculpa mesmo por não postar mais, mas eu também não posso prometer nada ok?
Boa leitura!

Capítulo 8 - Voices


Fanfic / Fanfiction There is Hope? - Voices

Levantei em um pulo. Eu estava dormindo no chão? Olho para a frente meio desnorteada, e vi Kenta sentado na minha cama, anotando algumas coisas.

- Hey... por que você não me acordou? – Falei baixo, com um pouco de sono

- Você parecia estar tendo bons sonhos – Disse, sem tirar os olhos daquele bloco de notas estúpido. Se eu ao menos soubesse o que ele tanto anota sobre mim...

- Bons pesadelos, isso sim – falei colocando a mão na cabeça, fechando os olhos. Tendo em conta que eu estava sentada no gélido piso do meu “quarto”.

- Tipo quais? – Ele me encara, finalmente, mas ainda preparado para novas anotações

- Para quieto com esse bloco cara – eu disse irritada, olhando para cima – Apenas sonhos estranhos, mas não é a primeira vez que eu os tenho, então...

- Eu não perguntei quantas vezes você sonhou isso, e sim que tipo de sonho foi ele – Disse impaciente, e eu apenas revirei os olhos.

- Tinha relação com a minha mãe. E por algum motivo, um cara morto e uma criança chorando, ainda não entendi bem isso.

Ele ficou quieto por um tempo

- O que foi? Não vai anotar mais coisas no seu bloquinho e depois me entupir de remédios? – Olhei para ele, fria e com desgosto

- A culpa não é minha se você é esquizofrênica – ele dá de ombros e eu quase me engasgo com o ar.

- E-esquizofrênica? – O encarei, assustada. Ninguém havia me falado sobre isso antes, e nem eu mesma tinha notado. Tudo o que aconteceu antes de eu vir para esse hospício parecia um simples borrão para mim, mas não era. Eram vários fios embolados e complexos, que eu não compreendia direito.

Idiota

- Me chamou do que? – O olhei, incrédula

- Eu não falei nada, Chiasa. – Pegou o caderninho novamente, anotando sei lá o que, não importa, de qualquer jeito.

Estúpida, por que ainda está aqui? Se diverte com o seu sofrimento?

- O quê? – Falei baixo, confusa

Você nunca vai sair daqui, no entanto ainda se acha inocente e que está se divertindo

- Para... – Eu resmungo baixo

Você sabe o que você é, Chiasa. Hiro sabe, sua Mãe sabe.

Para...!

MORRA, ASSASSINA!

- PARA COM ISSO!! – Levanto do chão com as mãos em torno dos ouvidos, tentando evitar escutar mais alguma coisa – sem sucesso

Naquele momento, Kenta tirou do bolso algum tipo de comprimido e colocou em minha boca, me fazendo engolir, logo acabando com aquelas vozes insuportáveis.

- O que... por que...? – Encaro o chão, com algumas lágrimas se formando no canto dos olhos. Isso tudo está realmente acontecendo? Mas a minha mãe foi morta por um assaltante! EU VI! NÃO PODE SER VERDADE! Espere, eu ainda estou sonhando? É claro, deve ser isso.

Eu estava sorrindo com o nada, de uma forma um tanto... assustadora. Não queria acreditar em nada

- Durma um pouco, você precisa descansar – Kenta tentou me colocar na cama, mas eu o empurrei com força

- NÃO! EU NÃO QUERO DORMIR! EU NÃO VOU DORMIR! EU NÃO... eu... – Naquele momento eu já estava chorando. Estava atordoada, e desesperada. Só queria que isso tudo acabasse logo. Minha mãe se foi, nem sei se conheci meu pai, não sei sobre nenhum irmão ou irmã, parentes... apenas sei sobre minha mãe, e ela está morta.

Senti um gosto amargo, e uma dor no peito. Odiava pensar nesse tipo de coisa. Não tive muito tempo para raciocinar tudo, de certa forma, já que a última coisa que eu pude sentir foi o meu corpo despencar rapidamente no chão.

- Chiasa...? – Escutei uma voz feminina, porém ainda não conseguia abrir os olhos

- Chiasa... – Prolongou meu nome, como se isso fosse mudar alguma coisa

- Kiyami-san. – Mudou para um tom de voz mais sério, agora me chamando pelo sobrenome, e eu finalmente abri os olhos, lentamente, tentando associar o lugar onde eu estava. Quando minha visão se ajustou, avistei uma garota ao meu lado, com longos cabelos pretos e olhos verdes – todo mundo aqui tem olhos verdes? – Me observando, com OUTRO bloco de notas. Como eu estou cansada de bloquinhos de anotação!

- Quem...? – Pergunto confusa, me sentando em um lugar que aparentemente era uma cama, e tudo em volta era branco, com algumas máquinas e tecnologias estranhas, mas nenhuma interligada a mim.

- Eu sou sua irmã – ela sorriu, apontando para si mesma, cantarolando.

- Ah... AHN?! – A olho assustada com a declaração repentina. MAS EU NUNCA TIVE NENHUMA IRMÃ!

- Pare de brincar com a Kiyami-chan, Aiko. Ela ainda é nossa paciente – Hiro apareceu atrás dela, virando os olhos. Então era só uma brincadeira.

Soltei um suspiro sem nem perceber, mesmo na situação em que eu estava, ainda era bom saber que eu não tenho algum parente do qual eu não lembrava. Era um peso a menos.

- Aiko... – Repeti o nome para mim mesma, para tentar decorá-lo

- Sim? – Ela respondeu, gentilmente

- O que eu estou fazendo aqui?

- Ah, isso... você teve uma recaída, você já é anêmica, aí resolve parar de se alimentar direito? Sem falar do seu estado psicológico... tem estado tudo bem com você nesses últimos dias? – Ela pergunta preocupada

- Claro! Eu só descobri que eu sou esquizofrênica, mas nada de mais não – Respondi irônica

- Aquele cara realmente te contou isso? – Hiro parecia irritado

- Eu pensei que você já tivesse dito, então não vi problema – Kenta aparece na porta, revirando os olhos

- Você não pode sair falando qualquer coisa que você quiser, Kentaro! Você viu o que tudo isso causou.

- Vocês podem não ficar falando de mim como se eu não estivesse aqui? Espera... o nome dele é Kentaro? – Desviei o olhar para ele, que parecia não estar nem um pouco interessado no assunto.

- O quê? Você vivia falando de mim, mas não sabia o meu nome? – Deu uma[C1]  espécie de risada que me deixou com cara de idiota, por ser verdade.

- Apenas volte a deitar, está bem querida? Você ainda não se recuperou totalmente – A garota, denominada Aiko, me deitou calmamente naquela maca – que eu acabei de notar o que era – e me cobriu com algo quentinho. Fazia tempo que eu não sentia uma sensação assim.

- Mãe! Já está pronto? – Eu perguntava enquanto brincava debaixo das cobertas, em frente à televisão da sala

- Está sim, e também tem pipoca – Ela sorriu gentilmente enquanto trazia duas xícaras de chocolate quente, mais um pote de pipocas do qual íamos dividir. Fazíamos isso toda sexta-feira, em comemoração ao fim de semana, quando minha mãe não trabalhava e eu não tinha aula. Aproveitávamos para passar o tempo inteiro juntas.

- E qual vai ser o filme? – Pergunto animada enquanto ela se ajeitava ao meu lado

- A fantástica fábrica de chocolate, pode ser? – Ela me olha, feliz

- Sim! É doce! – Eu respondo energética, e nós passamos o resto da noite ali, sentadas juntas no sofá, embaixo das cobertas tomando chocolate quentinho. Era muito bom.

Foram com essas memórias que eu dormi, pela primeira vez em dias, sorrindo.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado :33
Sério, não foi grande coisa mas...
Agradeço a quem leu até aqui, e até logo!


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