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História There is only Power. - Don't Run


Escrita por: Robber

Capítulo 68 - Don't Run


Fanfic / Fanfiction There is only Power. - Don't Run

Meus olhos ainda pesavam de sono, mas me encaminhei até a poltrona e deixei que meu corpo relaxasse nela. Charlie se sentou ao meu lado e Steve na frente, os dois ainda se espreguiçando e esfregando os olhos na tentativa de afastar o sono. Respirei fundo e bocejei, fitando os copos de café em nossa frente.

- A gente poderia ter comido alguma coisa pelo menos. – falei.

- E nós tomaremos. – Steve sorriu. – Aqui mesmo.

- Por que temos que sair tão cedo assim? – indagou Charlie quase fechando os olhos.

- Ânimo, galera. – respondeu animado e sorrindo. – São apenas 6hrs da manhã. Com seis horas de voo vamos chegar lá na hora do almoço.

Revirei os olhos e encostei a cabeça na poltrona.

- Posso comer algo? – resmunguei.

Steve então se levantou e após alguns minutos retornou com um prato de waffles e um pote de mel em mãos, os colocando na pequena mesa em frente as poltronas. Me servi e logo após Charlie fez o mesmo. Fitei Steve que permanecia parado, fitando o celular.

- Ei!! – franzi o cenho. – Você tomou café da manhã!!

Steve me olhou com um sorriso no rosto.

- É claro que tomei, eu acordei cedo. – ele deu de ombros.

- Isso não é justo! Você deveria ter me acordado também.

- Eu ia, mas você estava dormindo tão... – ele fez uma pequena pausa antes de prosseguir enquanto fitava meus olhos. – Confortável.

Charlie soltou uma risada com a boca cheia, mas logo voltou a ficar sério.

- Eu estaria mais confortável de estômago cheio. – sorri.

Ele sorriu mais uma vez, antes de se levantar novamente e caminhar pelo corredor, voltando após alguns minutos. Notei o que estava em suas mãos e sorri.

- Você comprou torta de blueberry. – falei sorrindo.

- Eu estava de bom humor hoje, resolvi ser bonzinho. – disse ele se sentando.

- Ahh... – disse Charlie revirando os olhos. – Se beijem logo...

Empurrei sua cabeça e gargalhei.

- Fica quietinho. – falei.

- Quando vamos decolar? – indagou ele pegando um pedaço a torta.

- Está com pressa? – indagou Steve.

- É uma pergunta retórica? – rebateu Charlie.

- Você quer pilotar essa coisa?

- Você q...

- Ok, ok. – falei estendendo as mãos para que eles ficassem quietos. – Os dois, quietos antes que expulso os dois daqui e vou até a Escócia sozinha.

Eles se entreolharam e então ficaram em silêncio.

                                                                                               . . . . . . .

Durante o voo, podia sentir meu coração ficando mais agitado e frenético, sabendo que me aproximava de Lily, após tantos anos da ausência da mesma em minha vida. Fitei as nuvens e respirei lentamente, tentando acalmar a ansiedade. Logo, meus pensamentos foram interrompidos com o barulho do celular de Steve vibrando sobre a mesinha. Por instinto, e até sem querer, passei os olhos antes que ele pegasse, visualizando o nome ‘’Ana’’ escrito na tela. Steve então agarrou o celular, não parecendo muito surpreso com a ligação, mas apertou o botão vermelho para ignorar a chamada. Em seguida, colocou o aparelho no bolso.

Fechei os olhos e encostei minha cabeça no ombro do Charlie, que dormia aparentemente tranquilamente. Mas então senti sua mão gelada se encostando na minha e notei que a mesma parecia até tremer. O fitei e ele ainda manteve os olhos fechados, então segurei sua mão e a apertei levemente, entendendo o motivo daquele nervosismo, pois eu sentia o mesmo.

                                                                                                     . . . . .

Quando desembarcamos, sentia meu estômago se revirando de nervoso, pois agora tudo se tornava real, e em poucos minutos Lily estaria diante de mim.

- Quer almoçar ou já ir enfrentar a fera? – indagou Steve colocando óculos escuro.

- Eu não sei nem se vou conseguir comer... – balancei a cabeça.

- Bom, eu vou. – comentou Charlie. – Não tenho emocional para encarar minha mãe de estômago vazio, sem chances...

Respirei fundo e então assenti.

- Nós comemos e então... Vamos.

Todos concordaram e foi o que fizemos, nos dirigindo até um restaurante antes de ir até o hotel de Lily. Porém, como eu havia imaginado, quase não consegui comer, ao contrário de Charlie e Steve que pareciam estar participando de uma competição para descobrir quem comia mais. Esperar tudo acabar pareceu uma eternidade e quando saímos do restaurante senti vontade de correr de volta para NY.

O carro nos levou até o endereço fornecido por Eva, estacionando em frente ao mesmo. Saí já sentindo minhas pernas bambearem, mas Charlie segurou minha mão, dando um leve sorriso que me acalmou um pouco. Então, adentramos no hotel.

Na recepção acabei ficando um pouco desnorteada, sem saber muito bem o que fazer agora que estava ali. Vi que Steve foi em direção a alguns homens que entregaram a ele alguma coisa, então logo ele voltou para o meu lado.

- Toma. – disse ele estendendo um cartão chave.

- Isso é...

- A chave do quarto da Lily. – respondeu antes que eu terminasse.

Peguei o cartão, engolindo seco e me preparando para subir pelo elevador, quando senti a mão de Steve segurando levemente meu braço.

- Boa sorte. – disse ele fitando meus olhos.

Por impulso, o abracei fortemente, sentindo pela primeira vez ele devolvendo o gesto, me apertando contra seu corpo. Fechei os olhos e desejei permanecer ali para sempre, não subir no quarto e apenas continuar o abraçando. Mas então juntei toda força de vontade e me afastei, sorrindo para ele.

- Obrigada. – falei.

Me virei e fui para o elevador junto com Charlie, apertando o andar desejado e sentindo minha respiração ficando descontrolada. Quando a porta se abriu, fitei Charlie.

- Pronta? – indagou ele.

Balancei a cabeça positivamente, saindo do elevador e indo em direção ao quarto. Fitei a porta em minha frente e inseri o cartão, que a destrancou imediatamente.

Foi Charlie quem empurrou a porta e nós entramos, visualizando uma mulher de costas que colocava roupas na mala. Quando ela notou nossa presença, se virou rapidamente assustada, porém com uma arma em mãos, apontada em nossa direção.

O choque foi tanto para nós, quanto para ela, quando reconheceu seus filhos em sua frente. Lily então abaixou a arma, nos fitando pasma.

- M-Mã... – Charlie tentou dizer.

A fitei, incrédula de finalmente a ter em minha frente. Empurrei a porta para que ela se fechasse.

- Vai fugir de novo, Lily? - indaguei firmemente. – Porque eu acho que precisamos conversar...

Então, ela deixou que a arma caísse de sua mão, a derrubando no chão enquanto mantinha seus olhos em nós.



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