História They Don't Know About Us.- Jortini - Nem to falando de sexo

Jorge on 

Acordei todo dolorido e me assustei quando senti um peso sobre mim, olhei para baixo e vi a cena mais fofa do mundo, Tini dormia abraçada ao meu peito, com sua respiração calma e um pequeno sorriso nos lábios, parecia um anjinho, pena que só parecia mesmo.

Decidi não me mexer para não acorda - la, fiquei a observando dormir enquanto fazia carinho em seu cabelo, as palavras do capitulo de ontem não saiam de minha cabeça, parecia que tinha sido diretamente para nos, senti elas no fundo da alma e só pensei em olhar para Martina e falar tudo que estava sentindo, mas palavras não foram necessárias, nossos olhares se falaram por si próprios.

Eu sabia que mesmo se não ficássemos junto ela era o meu destino Martina Stoessel era a mulher da minha vida, a unica parte triste disso tudo é que muitas vezes o destino prega peças na gente e eu sentia uma angustia muito grande como se ela fosse o meu destino inalcançável, sentia que nunca poderíamos ficar juntos, só queria não estar certo disso.

Perdi horas de sono vendo Martina dormindo, ver ela desse jeito me dava uma paz.

Eu só conseguia ser desse jeito com ela, nunca fui o cara mais romântico do mundo e nem o mais cafajeste, eu era o meio termo, na verdade eu tratava as pessoas do jeito que elas mereciam, mas com Martina era diferente, ela podia fazer tudo comigo, me humilhar, beijar outro na minha frente, pisar em mim, no final, no final de tudo isso a unica coisa que me importava era ver ela feliz.

Ela era o maior dos meus problemas,me tirava o sono e me fazia sentir coisas que eu nem mesmo sabia que podia sentir.

Senti Tini se mexer em meus braços e murmurar alguma coisa, podia jurar que ouvi o meu nome, mas devia ser só minha mente me pregando uma peça afinal isso cairia muito bem com o momento.

- Hum Yoyi - ouvi novamente, mas dessa vez tinha certeza que não era coisa da minha cabeça, o único problema é que era um gemido, não era bem um problema na verdade, Martina estava tendo sonhos eróticos comigo, deitada em meu peito e o mais frustante disso tudo é que eu não podia fazer nada.  Estava perdido olhando  pra ela, que dormia de forma tão serena e seu sorriso havia aumentado. 

- Yoyi - ouvi sua voz rouca. Por favor que não seja outro gemido, por favor, só de ouvir ela falando  meu nome daquele jeito, meu amigo dava sinal de vida, Martina acabava comigo de todas as formas possíveis, até mesmo quando estava dormindo.

Respirei aliviado quando vi que ela tinha acordado, achei que ela dormindo fosse a cena mais fofa do mundo, me enganei ela acordando é mais fofo ainda.

- oie - me olhou, com a voz rouca, coçando os olhos. Tão adorável.

- oie - a imitei. Enquanto ela se mexia sobre mim, se espreguiçando.

- Faz tempo que você esta acordado? - perguntou simples, enquanto ainda se espreguiçava.

- Não - neguei com a cabeça. Não precisava que ela soubesse que fiquei a observando dormir por horas, arrisco dizer que fiquei encantado por horas, enquanto ela dormia em meus braços.

- Teve bons sonhos? - Perguntei com a esperança em que ela me falasse que sonhou comigo, mas Martina alem de orgulhosa era muito tímida, nunca falaria que teve sonhos eróticos comigo.

- Uhuum - respondeu corando e abaixando a cabeça. Com esse gesto eu tive a certeza que ela sonhou comigo, ela corou sem ao menos saber que eu ouvi, imagina então se ela soubesse.

- Que hora que é? - perguntou, levantando - se e por alguma razão senti um vazio por não ter mais ela em meus braços.

- 10h Tinita - olhei no meu celular e vi que haviam varias ligações perdidas de Stephie, minha feição mudou na hora. Eu sabia que o que fiz com ela não era certo, precisávamos conversar, tava na hora de acordar desse contos de fadas e voltar para vida real...

- Nossa, nunca dormi tão bem em toda minha vida - se sentou, se espreguiçando. Claro né Tini, você dormiu em meus braços, pensei em falar, mas isso geraria uma discussão e eu não tava afim de repetir a mesma história, nesse momento estava preocupado em como resolveria minha vida com Stephie.

Martina poderia ser o meu destino inalcançável, mas Stephie era minha realidade, eu não queria enxergar isso, mas prefiro ser realista do que me iludir e quebrar a cara.

- Jorge - Tini disse me puxando do sofá - Vamos tomar café? - perguntou enquanto ainda se espreguiçava.

- Uhum - respondi simples, indo em direção a cozinha. - Sua vez de fazer o café hoje Tinita - disse me sentando no banco do balcão, queria ver se ela sabia cozinhar e ai sim eu teria a certeza que ela era a mulher para casar, talvez nunca comigo, mas queria ver seus dotes culinários. Martina me olhou com deboche, indo em direção ao Cooktop Elétrico.

- Você vai se surpreender Blanco - ela me olhou por cima dos ombros. 

- Você sempre me surpreende Tinita -pensei alto quase em sussurro na intenção de que só eu ouvisse, mas parece que ela também me ouviu pois deu um sorriso largo e virou para o fogão.

Fiquei pensando diferentes maneiras de como se despediria da Martina hoje, passei uma tarde maravilhosa com ela, julgo até como uma das melhores, porem a realidade estava ali me esperando e eu teria que ir atras de Stephie, pois eu sabia que mesmo depois de tudo Martina iria atras de Peter, conversamos sobre isso e ela disse que ira voltar com ele, não consigo entender como ela pode amar uma pessoa que a machuca tanto.

Dizem que as mulheres sempre gostam dos que não prestam, e eu tinha o exemplo perfeito para provar essa frase, eu fazia de tudo por Martina e mesmo assim ela amava outro que não dava valor, outro que a tratava como lixo, tava provado em toda essa historia em que ela amava o Peter e que nunca me amaria da mesma forma em que ja a amei.

Resolvi aproveitar o resto que ainda tinha junto de Tini, se eu ja tava na chuva, porque não me molhar, levantei da cadeira a abraçando por trás e cheirando seu pescoço.

- Yo- o - yi - disse quase em um sussurro - por favor não.

- Vamos aproveitar Tini - distribui beijos por seu pescoço.

- Você sabe que isso é proibido -  me advertiu, enquanto se arrepiava com meus beijos.

- Ja ouviu falar Tinita - sussurrei em seu ouvido - Que o proibido é mais gostoso? - terminei com um beijo em seu pescoço.

Não saberia se teria outro momento assim com Tini, então decidi aproveitar, prefiro fazer e me arrepender do que não fazer e imaginar como seria...

- Não Yoyi - tentou soar firme - Eu não quero, aquele beijo de ontem foi errado, eu não quero mais ficar com você -  se virou e me afastou com a mão.

- Não foi isso que eu ouvi você dizer enquanto dormia -  debochei, agarrando novamente sua cintura.

- Que - e- e- e - ela ficou pálida, me encarou por um bom tempo, olho no olho, ela tentava falar mas suas palavras não saiam.

Eu consegui eu a deixei sem palavras e acredite Martina Stoessel nunca ficava sem palavras, dei um sorriso involuntariamente com isso, ela pareceu sair do transe, mudando totalmente sua feição para raiva.

- Ta rindo de que? - aumentou o tom de voz, apontando seu dedo para mim. Ela tava tentando mudar o assunto, mas dessa vez ela não conseguiria.

- Nem tenta mudar o assunto -  colei nossos corpos, eu não a deixaria escapar dessa vez, eu queria ela, eu sempre quis ela e eu sempre consigo o que eu quero, Tini seria minha, ela sabia disso, só não queria assumir.

- Não to mudando -  olhou para todos os lados, menos para mim. Quando ela fazia isso era porque estava nervosa.

- Olha nos meus olhos e fala que você não me quer -  apertei a cintura dela e acariciei seu rosto.

Ela me encarou, seus olhos falavam tudo o que la tentava esconder, ela me queria eu percebi isso a partir do momento em que suas mãos foram para meu pescoço e ela juntou nossos lábios, parece que os papeis se inverteram, afinal sempre eu beijava ela.

O beijo começou lento, apenas lábios encostados, ela pediu passagem com a língua e eu cedi, o beijo foi aumentando a velocidade, se tornou algo rápido, tinha desejo, raiva, uma confusão de sentimentos envolvido, suas mão puxaram meu cabelo, não perdi tempo a peguei no colo sem parar o beijo e a coloquei sentada no balcão.

Nos beijávamos de forma urgente, como se o beijo fosse nosso oxigênio, minhas mãos passeavam por todo seu corpo, mas infelizmente o ar se fez presente, separei meus lábios do dela e continuei com nossas testas coladas a olhando, ela abriu os olhos lentamente e me olhou com suas orbes castanhas.

- Eu não consigo resistir a você - sussurrou ofegante, abaixando seu olhar para os meus lábios.

Quando ouvi suas palavras meu coração bateu mais rápido e minhas mãos começaram a suar frio, naquele momento eu tive a certeza que eu a amava, eu tentei por anos negar que sentia tamanho sentimento por ela, mas quando eu a tinha em meus braços, eu me sentia como o cara mais feliz do mundo.

Não sou muito bom com sentimentos, talvez nunca admitiria isso a ela, mas eu podia afirmar que tinha um sentimento muito forte por aquela mulher, ela fodia comigo de todas as formas possíveis e eu nem to falando de sexo.