História They Don't Know About Us - Capitulo 6 : Verdades

Caminhava o mais discreta o possível pelas ruas de Londres, com meus óculos escuros junto ao meu chapéu, tentando ao máximo esconder meu rosto. Agora é praticamente desse jeito, todas as vezes que vou sair na rua,sem que tenha seguranças ao meu redor como se fossem minhas babás, que eu tenho que sair o mais discreta possível, até gosto de ser livre desse jeito, mas isso não impede de eu ser atacado por alguma fã maluca, eu não duvido nada disso, nesse mundo não se pode desconfiar ou desafiar de algo, mesmo que não seja la muito temido.

Esses dias Harry anda muito distante, vive sempre de cabeça baixa, as vezes nem quer conversar, quer ficar em seu mundinho que só ele o enxergar, observo os outros o perguntarem se está bem e o mesmo responde um simples "Sim, está tudo ótimo" com o pequeno sorriso que logo desaparece, vejo em seus olhos a tristeza e a dor como se eu pudesse senti-la, seus verdes esmeralda viviam quase em um tom de preto escuro frio e sem vida, como se estivesse morto, mas mesmo assim se esforçar para transparecer que está tudo a correr bem, mas eu não caio nessa.

Estou ficando cada vez mas cansada, as gravações do filme realmente são bem cansativas, tento ao máximo nao demonstrar isso, mas as vezes fica difícil  alguém Não perceber o cansaço mesmo eles transparecendo sobre meus olhos. O lado bom disso, é que passo mais tempo com Harry, estou deixando minha confiança sobre ele, sinto que com ele Posso contar com tudo,sinto que se algo acontecer comigo, sei que ele vai estar lá, estamos cada vez mais próximos, uma amizade que eu nunca tinha imaginado criar, aínda mais com ele.

Muitos dizem que ele é aquele tipo de cara reservado, que só pensa em si mesmo, e que nunca está satisfeito com nada, errado. Em meio a poucos sorrisos, Harry esconde grandes segredos e mágoas, na qual ele não quer que sintam pena pela sua historia triste e deplorável, percebi isso nele, ele sorri pouco, a maioria das vezes está sério com uma feição realmente controladora ,oque torna sua aparência um pouco sombria,sim claro eu recebi essa mensagem a primeira vez que o vi, um homem sério dedicado e sem cores, mas depois que você o conhece, suas impressões são totalmente jogadas fora, como se elas nunca existissem.

Paro no meu destino, e adentro no local, fazendo que o aroma de café inunde minhas narinas, oque me fez fechar os olhos por segundos para apreciar aquele cheirinho maravilhoso que ninguém dispensa. Saio dos meus devaneios, indo direto para a mesa mais afastada do estabelecimento, que logo em seguida chega a garçonete simpática a anotar o meu pedido.

— Vou querer um café bem forte com um pouco de leite e dois Cookie de chocolate médio. — A mesma anota e sai indo realizar o mesmo.

Posso dizer que minha vida Durante essa semana anda um pouco mais corrida, quase não tenho tempo nem pra mim,familia e amigos, estou de um lado pro outro, assinando mais e mais contatos de imprensas de grande importância no país, essas gravações esta deixando as pessoas ainda mais ansiosas pra assistirem, ainda mais no assunto Harry, eu sei, muito bem que depois do lançamento desse filme, nada mais será como antes, terão milhares de paparazzis na minha porta, ansiosos por uma fofoca que aumente o seus rendimentos salariais, nas redes sociais principalmente, terão milhares julgando ao mesmo tempo que outros milhares apoiando, pra mim a mídia é uma verdadeira bagunça, não que eu esteja arrependida de entrar nesse mundo, mas as vocês você se sente como se tivesse sendo sufocado por várias pessoas ao mesmo tempo,e o que resta a fazer naquele momento, e fugir, fugir que nem uma covarde até o mundo te esquecer completamente.

Meu pedido finalmente é entregue e a quantia e deixada ao lado do prato,aonde está todos os comeres que pedi. Suspiro e pego meu copo de café com leite e dou um Bom gole, deixando a bebida quente passar raspando pela minha garganta, me deliciando do gosto incrível da mesma. Ouço um arrastar de cadeira a minha frente e rapidamente minha atenção capita uma figura masculino, bastante alta - Que pra mim, dificilmente e encontrar alguém do meu tamanho - a sentar a minha frente logo em seguida.

O belo rapaz a minha frente, na qual sorria abertamente pra mim, deixando seus dentes brancos a alinhados a mostra, dando destaque ao seu piercing preto no lábio inferior, seus cabelos loiros em um topete rebelde pro alto, seus olhos brilhantes em um tom tao azulado tanto quanto o oceano.

— Posso me sentar aqui? — Pergunta ainda com seu sorriso no rosto.

— Você já está sentado, acho que minha opinião não faria diferença alguma,faria? — Pergunto olhando diretamente para o seus olhos,tentando descobrir algo mais por eles.

— Oh...Não pensei que ficaria chateada se eu sentasse aqui. — Diz perdendo aos poucos seu sorriso que a tempo atras se esbanjava sobre seus labios.

— Muito ao contrário, não estou chateada, sem problemas. — Respondo aí acabo por me lembrar que estou a conversar com um estranho. — Fã?

— Fã? Não. — Suspiro em alívio dando graças a deus por ele não ser fã. — Mas sei quem você é,e o que Faz. Tem sorte.

— Porque tenho sorte? — Pergunto juntando as sombrancelhas. — Por eu ter dinheiro, e ser quase reconhecida pelo mundo inteiro

—Também, mas não é só isso, deve ser o máximo ter vários ao seu pé, tentando conquistar a moça bonita. — Peço silenciosamente que o mesmo continue. — Você é bonita, muito bonita.

— Está me cantando? — Pergunto oprimindo o sorriso de deboche em meus labios, admirando o rapaz a minha frente.

O mesmo da um pequeno riso enquanto prende seu piercing entre seus dentes de uma forma um pouco sedutora, oque me faz olhar pra outro ponto, o que eu menos quero agora é ter uma atração por um estranho que interrompeu meu café.

— Qual seu nome? — Pergunto tentando mudar de assunto? 

— Luke. — Ele novamente prende o piercing entre os dentes, captando minha atençãoa eles novamente. — O seu é Kate, certo.— Aceno com a cabeça.—  você não e muito de conversar não é?

— Com estranhos a me cantar hmm....Não! — Digo e sorrio cínica para o mesmo

— Não sou nada além disso aqui, e eu só estou observando a garota bonita a minha frente.

— Certo, sua cantada não vai rolar mocinho. — Reviro os olhos pronta pra me levantar dali.

— Oh, claro que não, não saio por aí cantando garotas. — Respostas de sorrindo cínico no final. — Bom... Posso pedir seu número?

Sim claro, eu sabia que isso não era somente uma conversa, estava mais do que na cara isso.

— Não sei se posso confiar em você e ao ponto de passar meu número. — Digo pegando minha bolsa me levantando. — Desculpe-me, mas isso eu não poderei lhe dar. Tenho que ir.

— Sem problemas, talvez algum dia à gente se encontra por ai, vou te passar meu número,caso queira algum contato, só ligar. — O mesmo me entrega um papel, da-me u.a piscadela saindo logo em seguida do estabelecimento.

[▪▪▪]

Entro dentro de casa e vou até a cozinha, pegando um copo de água virando o mesmo sobre meus labios tomando a bebida gelada me refrescando e me livrando do cansaço depois da longa caminhada por Londres. Subo para o meu quarto e lá guardo algumas dos pertences da sacola e indo logo em seguida para o banheiro,tomando um banho gelado,fazendo meus músculos relaxarem.

Eu me sinto tão sozinha nessa casa enorme e só eu morando nela, as vezes eu penso em contratar uma empregada para eu não ficar tão sozinha, ou até mesmo propor a Steven vir morar comigo, mas só de imaginar a baderna e um homem por dia sai do do meu apartamento, rapidamente eu retiro a ideia na cabeça.

Ouço meu celular apitar e logo vejo uma notificação na tela inicial, pego o mesmo e desbloqueio vendo que acabara de receber uma mensagem de Harry.

"Estou sem nada pra fazer, um tédio total, posso ir aí em seu apartamento? Nem que seja pra escutar você falando de moda! Por Favor..."- Hs.

Sorrio com a mensagem e logo respondo:

"Você leu meus pensamentos, claro que pode vir, também estou sem nada pra fazer, Esperarei você aqui." K. 

Deixo meu celular em cima da escrivaninha ao lado da cama indo direto para o meu closet, pegando um short curto soltinho e uma blusa azul com mangas bem fininha por ser mais fresca. Vou para a sala e já preparo a Netflix deixando a logada e coloco algumas almofadas no sofá, porque provavelmente não vamos ficar a sentar no chão.

Fico pensando que essa possa ser minha chance de saber mais sobre Harry, saber o que o mesmo esconde através daquele verde brilhante e ao mesmo tempo viciantes, saber o porquê dos seus sorrisos forçados e seus tempos no mundo paralelo, quero realmente participar desse seu lado, quero poder consola-lo e dizer palavras positiva para que ele se sintam bem, e que saiba que me contando tudo aquilo que esconde faz sentido pra mim, fazer-me enxergar seu ponto fraco, e ao mesmo tempo proteger esse ponto do meu melhor amigo.

O meu silêncio e quebrado com três batidas na porta. *Oh, ele é realmente rápido* Vou até a porta e abro a mesma revelando a figura do grandão que está apoiado no batente da porta, mechendo em algo em seu celular na qual ganha desinteresse após seus olhos pousarem sobre mim, dando espaço aos seus labios espremido um ao outro um grande sorriso com direito a covinhas.

— Não vou pedir permissão para entrar, já sou da família. — Diz e começa a caminhar com suas longas pernas em direção ao sofá, praticamente se jogando no mesmo. 

Seus sapatos agora se encontravam no chão, vestia um moletom cinza com alguns detalhes na frente, suas calças pretas com rasgos nos joelhos e suas botas Marroon e em sua cabeça, uma touca verde, o que deixava extremamente fofo, deixando que alguns cachos caiam sobre sua testa oque o deixava mais adorável ainda.

— Pode ficar a vontade, Mr.Styles. — Digo debochada fechando a porta atrás de mim e indo para o sofá, me jogando ao seu lado.

— Gostei do Mr. Me sinto poderoso, mas do que já sou. — Reviro os olhos e o mesmo pega o notebook fuçando na Netflix a procura de algo interessante. — Bom....nada...nada...esse é muito clichê...Muito sem graça....esse...

— Harry! — Chamo sua atenção e logo tomo o notebook do seu colo, passando o mesmo para o meu — Eu Escolho.

Acabo por não encontrar nada do interesse e desisto pousando meu olhar sobre Harry que me encarava descaradamente.

— Ok, não tem nada realmente bom aqui. — Digo e fecho o notebook. — Vamos conversar, conte-me sobre você. — Digo colocando meu desejo ao saber mais sobre ele em prática.

O mesmo me encara enquanto seus labios começam a ficar trêmulos.

— Pois...meu nome é Harry, tenho..

— Voce sabe do que eu estou falando...— O mesmo junta as sombrancelhas querendo saber aonde eu quero chegar. — Eu quero realmente saber oque você esconde, Harry eu sei quando voce não está bem, conte isso pra mim, eu quero saber do porque dos sorrisos falsos e a cor dos olhos escurecidas, conte me tudo, confie em mim, por Favor...

 Imploro fazendo o grandão estremecer a minha frente.

— Mas você quer saber mesmo? Assim do nada, não tem um motivo para que eu...

— Sim, tem um motivo, eu venho te observando a dias Harry, anda sempre pra baixo, dando sorrisos falsos pra todos que o perguntam se está tudo bem, mas eu sei não está tudo bem. — Suspiro dando uma pausa. — Por Favor,confie em mim, eu quero saber oque se passa, oque faz você ficar assim, eu sou sua amiga e mereço saber a verdade.

— Eu não sei se estou preparado pra isso Kate...— Agarro sua mão e a seguro com força, dando-lhe um sorriso acolhedor incentivando ele a continuar. — Minha vida não é nada interessante, uma verdadeira merda.

O olho no fundo dos olhos vendo os mesmo ficar no mesmo tom que semanas atrás, quando eu o observava.

— Antes da minha carreira eu me envolvia muito em festa, baladas e garotas. Minha vida se resumia praticamente nisso tudo, eu era um verdadeiro filho da puta, era uma garota por noite, ficava bêbado todos os dias, e mal parava em casa. — O mesmo desvia o olhar de mim parando em um ponto fixo e Invisível como se todas as memórias ruins estavam a passar como flash em sua frente.— Meus pais não tinham orgulho de mim, sempre diziam que eu devia mudar e que devia parar com oque fazia, eu simplesmente ria da cara deles e virava as costas como um covarde de merda. 

Ele rosna e posso ver lágrimas formarem  em seus olhos, seus labios agora trêmulos e a ponta do seu nariz avermelhada e um olhar frio e totalmente triste, fazendo-me agarrar com mais força ainda,suas enormes mãos, entrelaçado nossos dedos, fazendo o meus pequeninos sumirem diante ao seus grandões.

— já cheguei em casa caindo de bêbado, quebrando tudo ameaçando a matar aqueles que apareciam no meu caminho, eu  pegava as coisas e jogavam as na parede fazendo que cada pedacinho voasse para todos os quantos do comado. — Uma lagrima escorre pelo seu olho direito fazendo o mesmo seca-la rapidamente. — Minha mãe e minha irmã tinha medo de mim, eles hesitaram quando eu pedi ajuda para ir pro meu quarto, então eu saí novamente, atrás de outra merda de copo de vodka ou pinga.

— Fui parar em um bar, onde conheci  Diana, a garota bonita com cabelos negros e olhos castanhos esverdeados  na qual eu não conseguia desviar os meus. — Ele da uma leve risada pó nariz e uma fungada logo  em seguida. — Ela me ajudou. Eu estava naquele estado deplorável  quase caindo para não levantar mais, ele me levou pra sua casa  e cuidou de mim, depois daquele dia eu achei que tinha acabado pra mim, que ela era a garota perfeita, e eu estava certo.

Sorriu de lado como se tivesse lembrando de tudo oque pra ele, era bom.

— Depois de um tempo, ele me ajudou a largar as festa, baladas bebidas e até mesmo as drogas, ela conseguiu me tirar daquele mundo horrível, fez juízo entrar em minha cabeça, e eu só sabia ficar completamente mais apaixonado, eu não saia mais com meus "amigos", era só ela. Típico adolescente apaixonado que acha que tudo vai dar certo. — Ri fraco balançando a cabeça levemente. — Eu a pedi em namoro, fiz uma surpresa maravilhosa, ela ficou muito feliz, encheu meu rosto de beijos e carícias, abraços e "eu te amo"....eu estava feliz. 

— Eu fazia planos e planos com o meu futuro junto ao dela, eu não conseguia mais tira-la da minha cabeça, eu era totalmente entregue ao corpo dela, era um sinal eu já estáva ao seu lado apoiando em todas suas escolhas — Mas lágrimas rolaram em seu rosto. — Passou um tempo, e eu recebi a notícia que eu iria ser pai, ela chorava achando que eu a ia abandonar, mas eu simplesmente a abracei e a disse o quanto a amava e aquela criança iria ser mimada e babada pelo pai. Nós éramos muito jovens, ela no começo ficou com medo eu simplesmente disse "Deixa a preocupação de lado, fizemos agora vamos assumir, ele será nosso e nr o amaremos com todas nossas forças. 

— Os dias passaram e eu estava mais ansioso do que nunca para o nascimento, ainda mais quando descobri que iria ser pai de um garotinho, até que chegou o dia do nascimento. — Ele chorava que nem um bebê enquanto eu fazia caricias como uma mãe tentando acalmar o filho do pesadelo anterior. — Eu estava ao lado dela, segurando sua mão a dizendo que a amava muito e que estaria sempre ao lado dela. Mas foi quando durante a o nascimento, o coração dela parou. 

Arregalo os olhos e vejo os seus soltarem mais lágrimas, liberando toda sua dor e mágoa por eles.

— Ela era muito nova e não tinha forças pra lutar, ela disse-me um último "Eu te amo". E se foi, levando com si, meu garotinho que eu prometi proteje-lo a todo custo. — Seus soluços eram ouvidos por todo o local, fazendo me agarrar em seus ombros o deitando apoiando sua cabeça em minhas pernas. — Eles me deixaram, sozinho. Ela prometeu pra mim ficar pra sempre, mas não foi isso que aconteceu, eu fiquei totalmente sem chão, sem saber oque fazer, eu queria morrer. Queria acabar com toda a dor e sofrimento que sentia. Um verdadeiro pedacinho de merda!

Seu rosto estava molhado em lágrimas, olhos vermelhos e a boca mais trêmula do que minutos antes, e o rosto vermelho com um olhar de desapontamento e desilusões, ele iria ser pai, mas suas esperanças foram arrancadas a força sem dó nem piedade, eu sabia, sabia que por trás desse garoto durão e corajoso, tinha seu ponto fraco, tinha um lado sóbrio que as vezes vinha dar uma visitinha, relembrar o passado horrível que te trouxe memórias horrorosas, assombrando o garoto, que um dia, quase foi um papai.

— Eu tenho medo, eu não quero me iludir novamente, nao quero mais sofrer. — Diz entre soluços — Eu nao quero sofrer a dor da perda novamente, essa dor e horrível, miserável!

— Posso fazer mais uma pergunta? Não quero forçar a barra, sei que está sofrendo e...

— Pode.

— Ah...Oque você fez depois disso?

Harry se encolhe ainda mais sobre meu colo, e eu estou realmente chocada, eu tinha descoberto seu ponto fraco, eu tinha desvendando seus segredos horríveis, tinha determinação em não mexer nesse ponto,no qual ele tanto teme, e tem lembranças horríveis por ele, ele tem medo da perda.