História They Don't Know About Us.- Jortini - Disse Alice à lagarta

Jorge on 

- Tini, Tini, Tini - gritava desesperado, enquanto Martina estava em frente ao um penhasco, prestes a pular, tentava correr até ela, mas tinha alguma coisa me prendendo, ou melhor alguém me segurando, só conseguia enxergar sombras, o único rosto que consegui ver perfeitamente foi o de Martina, pois ela olhou diretamente para mim, aquele olhar eu tinha certeza que nunca iria esquecer, ela me olhou fixamente, e por um momento senti como se só existisse nós dois naquele lugar, vi uma lagrima escorrer de seu rosto e seus lábios sibilarem um " eu te amo Yoyi " então ela pulou e eu corri, corri como se minha vida inteira estivesse indo para longe de mim, na verdade estava Tini era minha vida. Senti uma dor muito forte em meu peito, meu coração parecia que aos poucos parava de bater. Então ouvi uma voz, bem conhecida por mim... 

NÃOOOOOOOOOOO - acordei suando frio, Martina que estava em meus braços me olhou assustada. Minha respiração se regularizou quando percebi que foi só um pesadelo.

- O que aconteceu Yoyi? - perguntou, colocando as mãos em minhas costas. Achei melhor, inventar qualquer coisa, não queria assusta- la, Tini costumava acreditar que sonhos sempre diziam alguma coisa. Eu preferia esquecer esse sonho, então apenas a abracei forte - Promete não se afastar de mim? - perguntei olhando em seus olhos.

- Prometo - ela disse simples - Mas Jorge, não to entendendo, o que aconteceu? - perguntou confusa.

- Apenas um pesadelo meu amor - disse desviando os olhos do seu - Eu ficava sem voz e tinhas milhares de pessoas, me esperando para cantar - Disse a primeira coisa que veio em minha cabeça, dando um sorriso, na intenção de convence -la.

- Foi isso mesmo - me perguntou desconfiada. Não, não foi só isso, eu vi você morrendo, e morri aos poucos com a dor de perde -la. Apenas assenti com um sorriso, em que ela retribuiu, me abraçando e voltando a dormir, afinal ainda era de madrugada, com Tini em meus braços, a unica coisa que pensei foi... Nunca mais vou solta - la.

[...]

Longe dali

Stephie on

É hoje que o plano A começa, o casal Jortini, não perde por esperar, tenho certeza que esse plano é tão bom que Martina não vai querer saber de Jorge nunca mais, e ele vira correndo para os meus braços. Peguei o celular ligando para uma pessoa que me ajudaria e muito, e não, não era o Peter. 

- Alo - respondeu a voz do outro lado. Eramos amigos a longa data, e eu tinha a forma perfeita, para convence - lo a me ajudar.

- Amigo - disse simples - Quanto tempo, preciso de sua ajuda, afinal já te ajudei muito nessa vida - dei uma pausa - não se esqueça que seu segredo ainda esta guardado comigo - disse direta.

- O que você quer Stephie?- disse sem paciência, do jeito que conheço ele, diria até que estava virando os olhos.

- Vem até a minha casa, não posso falar sobre isso por celular - disse autoritária.

- E seu eu não quiser participar disso - me desafiou.

- Ai meu querido, todos saberão de seu segredo, inclusive a sua tão amada namorada...

- Você não se atreveria - disse me provocando - Ele não sabe com quem ta se metendo.

- Tenta a sorte -disse com deboche.

- Estou indo ai - disse desligando. Dei um sorriso com isso, meu plano tinha tudo para dar certo, aqueles me pagariam por tudo que fizeram, afinal eu realmente amo Jorge, e Martina o tirou de mim, posso perdoar tudo o que ele fizer, mas traição, isso eu não perdoo.

[...]

Um pouco mais tarde

Tini on

Acordei com um sorriso de orelha a orelha, naquele momento eu era a pessoa mais feliz do mundo, afinal eu estava nos braços de Jorge Blanco e convenhamos que pessoa em sã consciência não seria feliz com isso. Comecei a pensar em como seria isso daqui pra frente, Peter me ameaçava, eu sabia que ele me obrigaria a voltar com ele, ma depois de tudo isso que passei com Jorge, eu tinha certeza, que de alguma forma teríamos que continuar juntos, estava decidida a enfrentar Peter e defender o meu amor por Jorge, só não ser se ele faria o mesmo em relação a Stephie...

Sai de meus pensamentos com beijos molhados em meu pescoço. Se eu pudesse, acordaria assim pelo resto de minha vida, se eu pusesse, morava nos braços de Jorge.

- Bom dia Tinita - sorriu com sua voz rouca de sono, enquanto me encarava, suas esmeraldas verdes estavam mais brilhante. Sorri o olhando, aquele homem não podia ser real.

- Bom dia Jorgito - respondi dando- lhe um selinho, afinal ainda não tínhamos escovado os dentes. Me levantei indo para o banheiro, fazer minhas higienes matinais, aproveitei para tomar um banho, se pudesse não tomaria só pra ficar com o cheiro de Jorge em cada parte deu meu corpo. Tomei um banho e lavei os cabelos, pois estavam um emaranhado, me olhei no espelho com vergonha de pensar que Jorge me viu nesse estado. 

Quando estava saindo do banho, ouvi o celular de Jorge tocando, ele olhou quem era e bufou saindo do quarto para atendes, já imaginava quem era, afinal tava demorando para esse conto de fadas acabar. Fui até o closet e peguei um short molinho de ficar em casa e uma camiseta larga, adorava me vestir assim quando não tinha compromissos, penteei meus cabelos no espelho que tinha em meu closet mesmo. Sai de la e sentei na cama, não seria invasiva e escutaria a conversa de Jorge, por isso preferi ficar no quarto.

- Oie - falou simples, enquanto voltava para o quarto. Ele não estava com uma cara nada boa.

- Oie - respondi, dando um sorriso singelo. Senti que ele estava me escondendo alguma coisa. - Ta tudo bem? - perguntei na intenção de descobrir.

- Uhum - respondeu sem me olhar, parecia que qualquer coisas naquele quarto era mais interessante do que olhar pra mim, por nenhum minuto naquela conversa ele me encarou. - Er - disse coçando a nuca, quando ele fazia isso é porque estava nervoso- Vamos la Tini, er - hum - er tomar café. - me puxou de  atrapalhado.

- Sim, vamos - respondi desconfiada. Descemos para cozinha e eu sabia que mais cedo ou mais tarde precisava ter aquela conversa com Jorge, aquela conversa clichê para saber o que seriamos a partir dali, como ficaria nossa vida. Não deu nem tempo de perguntar, ele foi mais rápido.

- Vou terminar com a Stephie - soltou rapido, dessa vez me olhando nos olhos. Ele leu meus pensamentos, as vezes estranhava essa conexão que tínhamos.

- Que? - perguntei assustada - Você não pode - desviei meu olhar do seu. - Você pediu ela em noivado a poucos meses Jorge - disse dessa vez o olhando profundamente, o pior é que foi publico, imagina a confusão.

- Eu não me importo Tini - falou firme, olho no olho. - O que adianta, eu ficar com alguém, sabendo que só vou ser feliz com você. - Caramba, sera que você não entende, é você quem eu quero -  segurou o meu rosto, me olhando profundamente.

- Eu só tenho medo de me magoar Jorge - falei triste sem desviar meu olhar do seu. Eu queria mais que tudo ficar com ele, mas eu sabia que não podíamos ficar juntos, tinha Peter e Stephie, e algo me dizia que aquilo tava fácil demais.

- Eu nunca te magoaria Tini - disse fazendo carinho em meu rosto com seu polegar, fechei meus olhos aproveitando suas caricias. - “Não fritarei sua cuca se não cozinhar meu coração.”  - Jorge citou a frase, do livro da Alice, na verdade do filme garota mimada.

- Disse Alice á lagarta - respondi, finalmente abrindo os olhos e percebendo o quanto ele estava perto.  - Eu lembro quando eu te obrigava a assistir esse filme, quase todos os dias em que estávamos de bobeira no set. 

- E por algum motivo, eu não me esqueço dessa frase - deu um pequeno risinho pelo nariz. Ele era um príncipe, meus olhos ficaram com lagrimas, depois de tanto tempo, ele ainda lembrava meu filme preferido e citou uma frase dele para mim, eu não poderia pedir pessoa melhor, Jorge Blanco era o meu príncipe encantado. Essa frase combinava muito com nosso momento, afinal, no filme também tentavam separar o casal principal.

- As vezes me pergunto se você é real - sussurei esbarrando meus lábios nos seu, de tão perto que estávamos. Quando disse isso, ele me beijou, não foi um beijo, rápido ou com fúria  foi apenas um beijo apaixonado, para concretizar aquele momento, a partir dali eu sabia que o meu conto de fadas estava apenas começando...