Pov Marion.
A noite havia sido excelente eu e o Valtor fizemos amor de novo, mas dessa vez não foi tão doloroso quanto na primeira. Depois, tomamos banho juntos eram seis da manhã, a chuva já havia passado.
-Você quer voltar agora, ou quer passar o resto do dia comigo? -Ele perguntou.
-Bem que eu queria, mas... Preciso voltar, mas vou sentir muitas saudades. Vai me ver mais tarde? -Perguntei apoiando a mão em seu ombro.
-Claro. Só que vou te mandar uma mensagem no seu celular. O príncipe não vai ficar nem um pouco feliz se me ver ultrapassando os portões do palácio. -Valtor disse.
-Por que você acha isso? -Perguntei.
-Marion. Não precisa ser nenhum idiota pra saber que ele sempre me odiou desde que me viu. E quando ele me vê, fica escrito no rosto dele que ele quer me enterrar vivo. -Valtor disse.
-Ah Valtor. Não é pra tanto. -Respondi.
-Vamos mudar o assunto. -Ele disse enquanto saíamos da casa.
-O Maxon e a America já se assumiram? -Valtor perguntou.
-Que? -Perguntei.
-Aí Marion! Você é bem burra! Tá na cara que o Maxon é apaixonado pela America. E ela deve ser apaixonada por ele. Eu vi o jeito que eles dançavam no baile. O jeito que eles se olhavam. -Valtor disse.
-Ahh! Bem, eu já notei na America. Mas no Maxon, será que? -Eu disse.
-Posso dar um empurrãozinho! -Valtor disse.
-Como? -Perguntei.
-Eu tenho um plano. -Valtor disse e começou a me explicar o plano dele.
Cheguei ao palácio, entrei pela sacada e dei graças aos céus. Que a família real só acordava depois das 9. Entrei no quarto e a America estava sentada numa poltrona, me olhando como se fosse minha mãe.
-Onde a senhorita estava mocinha? -Perguntou.
-Eu sai com o Valtor. Aí fomos pra casa dele esperar a chuva passar e agora estou aqui. Cheguei a tempo para o café. -Respondi sorrindo.
-Então vamos. -Ela disse me puxando, e então descemos até o jardim dos fundos. Oritel não estava lá, amém Rainha Amberly, Rei Clarkson e Princesa America. Fiquei super feliz por isso, não precisaria encara-lo.
-America, nós podíamos sair hoje. Naquele campo das blues, só pra conversar um pouco. -Eu disse.
-Pra que? -Ela perguntou.
-Pra sair do palácio um pouco. Vai ser bom. Te encontro lá as 2, tenho que fazer algo pra minha mãe antes. -Respondi.
-Tudo bem então. As 2! -Ela disse sorrindo.
Depois de convencer a America, mandei uma mensagem para o Valtor:
"Pombinha enganada. Falou com o panaca do meu irmão?
-Marion"
Minutos depois ele me respondeu:
"Panaca enganado. Agora é só deixar acontecer.
-Valtor"
Pov America.
Me arrumei e fui para o campo das blues, me sentei e esperei por Marion. Já eram 2:10 e aquela babaca não tinha aparecido. Me sentei e fiquei esperando, e ela não apareceu. Logo depois o Maxon chegou.
-O que está fazendo aqui? -Perguntei.
-O que você está fazendo aqui? -Ele perguntou.
-Eu quem perguntou primeiro. -Eu respondi.
-Eu estou esperando o Valtor, íamos dar uma volta. -Maxon disse.
-Estou esperando a Marion, ela disse para nos encontrarmos aqui. -Respondi.
-Ahhh, claro! Eles armaram! -Maxon disse.
-O que? -Perguntei.
-Eles o casal do momento, querem formar outro casal. -Maxon disse.
-E porque eles acham que nós dois formaríamos um casal? -Perguntei.
-Porquê você é apaixonada por mim. -Maxon disse com um sorriso presunçoso.
-Quem disse? -Perguntei irritada.
-Está escrito seus olhos. -Ele disse rindo.
-Para de ser presunçoso. -Eu disse irritada. E ele me puxou e deitamos na grama.
-Lembra do nosso primeiro beijo? -Maxon perguntou.
-Qual? -Perguntei
-Estávamos nos jardins do palácio brincando, tínhamos seis anos, Marion sete e Oritel oito. Estávamos brincando de pique pega, você caiu no chão. E começou a chorar porque tinha ralado o joelho. Eu disse pra você parar e te dei um selinho. E então você riu e ficou sorrindo o dia inteiro e eu também. -Maxon disse.
-Você sempre foi safado desde sempre. -Ela disse.
-Não é verdade. Todo mundo dizia, mas eu nunca queria assumir a verdade. -Maxon disse.
-Que verdade? -Perguntei.
-Eu sempre fui perdidamente apaixonado por você. Mas, eu nunca tive coragem de dizer isso pra você por medo. Mas acho que já está na hora não acha? -Ele disse.
-Maxon, isso é sério? - Perguntei.
-Posso brincar muito, mas nunca brincaria com isso. -Ele disse sorrindo se aproximou e me beijou. Nosso beijo era puro verdadeiro é muito intenso. Colocamos todos os sentimentos pra fora.
Pov Marion.
Eu e Valtor estávamos olhando os dois, e vimos o beijo.
-Quem tem as melhores ideias? Eu mesmo Valtor de Mello. -Valtor disse.
-Seu sobrenome é Mello? -Perguntei.
-Não. É CARTER. -Ele respondeu.
-Então porque você disse Mello? -Perguntei.
-"Aquele momento em que sua namorada não entende os Memes da Internet". -Valtor disse.
-Valtor, PARA. -Eu disse rindo.
-Então senhora CARTER, o que vamos fazer agora? Ficar olhando os dois se beijando. Ou eu posso te encher de beijinhos também? -Valtor perguntou enquanto me pegava no colo e me enchia de beijos enquanto girávamos.
Passei o resto da tarde com o Valtor, voltei para o palácio. Me despedi do Valtor com um beijo, e encontrei America em seu quarto.
-Não sei se te mato, ou se te abraço. -America disse.
-Como foi? -Perguntei curisosa.
-Ele me pediu em namoro. -America disse empolgada.
-Sério? Graças ao grande dragão. Eu estou tão feliz por você. -Eu disse a America.
-Desculpa não ser a primeira a saber, mas eu precisei contar para o Oritel primeiro. -America disse.
-Tudo bem, o que ele disse? -Perguntei.
-Ele ficou feliz, mas ainda acho que ele está chateado. -America disse.
-America, eu sinto muito. Mas, não tinha como adivinhar que ele gostava de mim. -Eu disse e Oritel entrou no quarto.
-Marion, eu preciso falar com você. Vamos no jardim comigo. -Ele disse, eu respirei fundo e comecei a segui-lo.
-Pode falar. -Eu disse quando chegamos ao jardim.
-É sobre o seu namorado. -Oritel disse.
-O que tem ele? -Perguntei.
-Você precisa se afastar dele. -Oritel disse.
-Por que? -Perguntei irritada.
-Porque ele é o responsável pelos ataques as aldeias em Domino e em outros Reinos. Ele é o responsável pelo apagão. -Oritel disse.
-Eu não acredito que você possa ser tão baixo. Oritel, você não tem provas de nada. E está fazendo uma acusação bem grave. Você não pode fazer isso, só porque é o Príncipe. Isso é injusto, você queria destruir nossa amizade? Você está conseguindo. -Eu disse irritada.
-Posso não ter provas dos ataques, mas a causa do apagão foi magia negra. E o Valtor é um bruxo. Sabia disso? -Oritel perguntou.
-Desde o início. E deixa eu te contar uma coisa. Durante o apagão o Valtor estava comigo. Não teria como ele ter feito. E sabe o que nós estávamos fazendo? Isso mesmo! Amor! Satisfeito agora? -Perguntei irritada.
-Você não pode falar assim comigo. -Oritel disse.
-Ah? Sério? Por que você é o príncipe? -Perguntei.
-Não. -Ele respondeu.
-Ah, porque eu estou dormindo no seu palácio. Tudo bem, eu estou indo embora agora. -Eu disse saindo.
-Marion, volta aqui. Está tarde, você não pode sair por aí. -Oritel disse.
-Você não manda em mim. Alteza. -Eu disse irritada. Comecei a andar sem rumo. Até que eu cheguei ao rio. A única coisa que me acalmaria. Entrei no rio apenas com a lingerie, e mergulhei fundo tentando esquecer a discussão com o Oritel. Ao sair encontrei o Valtor ali.
-Marion, o que está fazendo? -Ele perguntou preocupado.
-Nada. -Respondi com voz de choro.
-É perigoso ficar aqui a noite. -Valtor disse.
-Eu já cansei de ficarem falando os lugares que eu devo ficar ou não. -Respondi e voltei a mergulhar. Quando saí, senti algo prendendo meu pé e me puxando para o fundo. Saí rapidamente, mas só consegui colocar parte da cabeça pra fora.
-Marion? -Valtor me chamou. Quando consegui sair para a superfície de novo, gritei por socorro. Eu estava muito longe da margem para nadar. Fui totalmente puxada para o fundo, e aos poucos fui perdendo os sentidos.
[...]
Abri os olhos, e estava de frente para Valtor. Ainda estávamos a margem do rio.
-Marion, você está bem? -Valtor perguntou.
-Sim, mas... -Eu disse e as lágrimas começaram a cair.
-Marion, querida. O que aconteceu? -Ele perguntou.
-Nada. -Eu disse chorando. Valtor havia me secado, vestiu minha roupa e colocou seu casaco em mim.
-Vou te levar para o palácio. -Ele disse.
-Não. Me leva pra onde meus pais estão. É na nossa casa. Ela já está pronta. Eu iria voltar pra lá amanhã. -Respondi. E o Valtor me levou pra casa.
Cheguei lá, ele contou a minha mãe o que aconteceu. Ela o agradeceu, eu pedi para que ele ficasse comigo naquela noite. Eu precisava dele como nunca antes. Ele acariciou a minha cabeça, só lembro de ter pego no sono depois.
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