História They Don't Love Like I Love You - What are you doing here?

-Boa tarde pra você também. -Oritel respondeu.
-É, vou deixar vocês dois sozinhos para discutirem a relação. -America disse.
-Não, você fica. -Eu disse segurando o braço dela.
-Por que você disse pra America que eu estou caidinha pelo Valtor? -Perguntei irritada.
-Porque você está. -Ele respondeu indiferente.
-Sério, eu preciso ir. -América tornou a dizer.
-Não, você fica America. -Eu disse a ela.
-Oi, America. Você viu a Marion?-Maxon meu irmão mais novo disse se aproximando mascando um chiclete. Falta de respeito da parte dele, mas estávamos falando de Maxon.
-Oi Maxon. -America disse com os olhos brilhando de Felicidade ao ver Maxon.
-Oi Oritel. -Ele disse reverenciando com a cabeça.
-Oi Maxon. Já que estamos aqui a Marion pode contar sobre o novo namorado dela. -Oritel disse. Eu o olhei com ódio, com mais do que eu ja estava.
-Você é a pessoa mais ridícula que existe. Mesmo você sendo um príncipe, consegue ser um enorme babaca. -Eu disse, sai irritada batendo os pés. Má idéia. Eu estava de salto.
-Marion, espera. -America disse e eu ignorei. E pude ouvir a voz dela dizendo: -Parabéns Oritel! És o maior. Depois não reclama quando perdê-la pra sempre.
Quando a America disse essas palavras eu parei na escada para ouvir o restante da conversa.
-Não sei o porque da preocupação, ela só está fazendo um drama. Daqui a pouco ela volta. -Oritel disse.
-Drama Oritel? Você sabe como ela é sensível, viu o jeito que você falou com ela? -America perguntou.
-Agora eu sou o errado? -Oritel perguntou. Ele ainda tem a audácia de perguntar.
-Sim. -Maxon e America responderam juntos.
-Eu vou atrás dela. -Oritel diz.
-Não,não. Você fica aqui se você ama sua a vida, não procure Marion. Pelo menos não hoje. E de preferência nunca mais. Se for pra fazer ela sofrer é melhor você ficar longe. -Maxon disse irritado.
Achei lindo Maxon me defendendo, o que era raro ele fazer, ja que mal ligava pra nossa família.
-Parabéns Oritel. Você deveria ganhar o prêmio de mais trouxa da dimensão mágica. Você diz ser apaixonado pela Marion, mas a trata dessa forma? Vai acabar perdendo ela para o tal Valtor. E quando isso acontecer vai ser tarde demais. -Ouvi America dizer.
Espere, o Oritel é apaixonado por mim? COMO ASSIM? Ouvi passos dos três descendo e rapidamente sai correndo do palácio. 
Peguei Neblon e comecei a cavalgar sem rumo, estava com ódio de Oritel, e ainda estava tentando organizar meus sentimentos quanto ao Valtor e quanto a Oritel. America tinha acabado de dizer que ele me amava. 
Eu não conseguia parar de chorar, era horrível saber que eu não podia mais confiar em Oritel, e que ao mesmo tempo ele me amava. Ele era meu melhor amigo, e isso me destruiu por completo. Neblon estava correndo muito, até que de repente ele parou bruscamente e me jogou para uma enorme distância. Ele nunca tinha feito aquilo antes, e se não fosse por uma pessoa eu teria me arrebentado. Valtor havia me segurado.
-Hey, você está bem? -Ele perguntou.
-Aham, estou. Eu preciso ir. -Eu disse com voz de choro.
-Está chorando? O que aconteceu? -Ele perguntou.
-Nada Valtor. Nada. -Respondi tentando controlar o choro, mas era impossível eu havia desabado em lágrimas. Valtor apenas me abraçou, um movimento tão simples, mas que fez uma enorme diferença.
-Chore o quanto quiser, eu estou aqui pra você. Pra quando você quiser me contar. -Ele disse.
-Eu não sei por onde começar a contar, andam acontecendo tantas coisas. A pessoa em que eu mais confiava acabou de me decepcionar. Eu confiava tanto nele. -Respondi enquanto Valtor secava minhas lágrimas.
-Eu entendo o que você está sentindo, mas não fique assim, não chore por isso não vale a pena. Saiba que eu sempre vou estar aqui para você. E prometo nunca te decepcionar. -Ele disse e me deu um beijo na testa.
E então foi assim que passei o resto da tarde. Abraçada a Valtor por muito tempo.
                       [...]
- Marion se concentre! -Ouvi uma voz dizer.
Levantei a cabeça da mesa. Meu pai me olhava seriamente, pronto, estava encrencada.
-Desculpe papai, estava viajando! -Respondi reorganizando os relatórios.
-Tudo bem! Sei que é muita coisa, mas precisava da sua ajuda pra organizar isso, com sua mãe na convenção de Melody com a corte fica difícil passar os detalhes do baile! Na verdade, preciso que vá no salão do baile conferir o andamento da decoração!
-Ah...tudo bem! -Eu disse levantando-me
Não queria de fato descer as escadas e provavelmente dar de cara com alguém da realeza. Alguém bem específico. Teria que realmente falar com América sobre o ocorrido de ontem e talvez perguntar o porquê de esconder aquilo de mim. E claro, teria de falar com Oritel . Vossa alteza teria que explicar detalhadamente aquile espetáculo de ontem.
Desço as escadas rezando para que somente América estivesse lá embaixo, sem a companhia do irmãozinho querido.
-Verde ou Vermelho alteza? -Pergunta uma voz.
-Roxo! -Responde uma voz com autoridade.
Descobri seu emissor. América estava no salão. Suspirei aliviada.
-Mas alteza...teremos que providenciar tecido roxo para as cortinas então! -Um homem diz, provavelmente o inspetor do Palácio, responsável por garantir que a família real tenha tudo que deseja.
-Ah! Faltam menos de dois dias para o baile e não temos nada pronto! Estou me estressando com isso! Onde está meu irmão? Ele não faz nada! ELE É O HERDEIRO!-América esbraveja. Poucos segundos depois seus olhos se desviam e vão ao encontro dos meus. Ela os arregala e abre um sorriso maléfico, pronta para dar o bote. Estou ferrada.
-MARION! Você é a minha salvação! -América diz correndo em minha direção.
-Santa Maionese vou dar o fora daqui! -Digo ameaçando correr, mas é tarde demais.
-Pode ficando! Preciso da sua ajuda! -América diz segurando meu braço.
-Ei! Tenho que ver o andamento da decoração! -Digo tentando desviar o assunto...burrice minha, afinal era isso que ela estava fazendo.
-Marion, por mil dragões amarelos, não é óbvio que estou fazendo isso?
-É! Têm razão!
-Então, quero que você vá na mesa de sobremesas e prove algumas. Estou enjoada de tantos petiscos que tive que provar durante duas horas! -Diz ela com a mão na barriga e a língua de fora.
-Tudo bem! Lá vamos nós!
-E mais uma coisa...santa maionese? -Diz ela com a mão na cintura. Essa era a irmã caçula do meu melhor amigo.
-Pois é! Acabei de inventar! -Digo dando de ombros.
Fui ao encontro da mesa de sobremesas e palpitei que teria que perder minha tarde ali.
Dito e feito. Nunca mais digo nada.
                       [...]
Cinco horas! Cinco horas para descobrir que chocolate pode ser mais enjoativo que caramelo! Cinco horas pra saber que ameixa e laranja não combinam! Cinco horas para eu gastar toda a energia que tinha e ficar com uma tremenda dor na barriga. 
Jogo-me na cama implorando para adormecer e não ter que sentir mais nenhum enjôo. Penso em tirar o vestido e colocar a camisola, mas quando me levanto a dor retorna. Penso em pedir ajuda para Maxon mas lembro que meu irmãozinho querido nunca está em casa essa hora da noite, errado para um garoto da idade dele. 
Começo a fechar os olhos e vou agradecendo por isso, mas a musica irritante da campainha me faz voltar à ficar acordada.
Quem é o maldito ou maldita que ousa interromper meu sagrado sono? Fico ainda mais irritada quando a dor na barriga volta. Desço as escadas xingando mentalmente meu pai e América por terem me feito comer todos aqueles doces. Escorrego no último degrau da escada e a amaldiçoo. Amanhã eu mato América!
Abro a porta e dou de cara com algo brilhante à luz do luar e das poucas luzes da Vila. O que enche ainda mais de ódio é o portador daquele brilho. O prateado da coroa me faz lembrar os enfeites de cupcake que comi hoje de tarde. A raiva aumenta ainda mais por lembrar da dor e assumo uma expressão fria, tentando mostrar autoridade, por mais que ele fosse o futuro rei esta era a minha casa, e ele me acordou de um quase sono. Minha boca é mais rápida.
-O que está fazendo aqui?