História Look What You Made Me Do - A Rainha de Tudo

- Olha aquela patricinha loira dando uma de rainha da escola.

- Pelo visto ela deve ser uma garota que pensa estar em um filme clichê. - Murmurei cruzando os braços. - Que tal darmos boas-vindas a metidinha? - Perguntei colocando a mão na cintura e vendo as duas sorrirem. - Já volto.

- Vai lá. Tenho aula agora, mas a gente se vê no Roller? - O mesmo perguntou, enquanto acariciava o meu rosto de forma delicada, mas que ainda sim me mantinha desconfortável de tal ato.

- Claro, até depois meu amor. - Me despedi vendo ele ir embora com o Matteo, que agora estava com uma cara de fracassado, provavelmente por ter levado outro fora da Luna Valente/Sol Benson.  Após isso, apenas coloquei um sorriso carismático nos lábios e fui até a loira. 

- Oi, você é nova, não é? - Sorri vendo a tal gaorta me olhar com cara de poucos amigos.

- Sou, por quê? - A novata respondeu de nariz em pé fazendo todos nos olharem, como se aquilo fosse um show de marionetes, só que uma das minhas estivesse tentando arrebentar a própria corda e acabar com a apresentação. - Veio levar a minha mochila para o meu armário? - A folgada perguntou me fazendo soltar uma leve risada. 

"Quem ela pensa que é? "

- Olha queridinha, sei que você queria ser a dona da escola, já que provavelmente na outra você era só mais uma ninguém. Deixa eu te dizer, aqui não vai ser diferente e se você falar, melhor. Pensar em falar comigo sem eu te dar permissão, faço da sua vida um belo inferno, fui clara? Ah, você pode responder, mas toma cuidado. 

- Então, você é a rainha da escola?

- Sim, quando eu quero algo, eu tenho, e se você quiser algo, vai me pedir, e eu verei se eu quero que você tenha aquilo, entendeu?

- Você realmente acha que da medo?

- Não, mas posso ser bem perigosa. Quer que eu demostre? - Perguntei vendo ela ficar meio aflita. - Você aí. - Chamei o garoto que tinha uma vitamina em mãos. 

- Si....

- Não era para você me responder, só me da a vitamina. - Mandei e assim ele fez. - Bom, isso é só um pequeno ato do que a sua vida pode ser daqui para frente. - Sorri ao derramar a vitamina na cabeça dela. - Na próxima com certeza vai ser pior, então toma muito cuidado quando eu estiver por perto, perdedora. Agora vaza. - Mandei vendo ela sair correndo, enquanto chorava.

- Bem feito para ela. - Delfi falou cruzando os braços, enquanto gargalhava da situação.

- Ela nunca mais vai se meter com você! - Jazmin afirmava dando aquela risada de hiena só dela.

- Acho que as férias fizeram algumas pessoas se esquecerem quem eu sou. - Disse me referindo as nerds que ficaram olhando para o Gastón a minutos atrás. - E acho bom todos se lembrarem... - Gritei vendo todos assentirem e voltarem para os afazeres de suas vidinhas.

P.O.V.  Simón
- Ah... Oi, vi que vocês precisam de alguém para trabalhar... - Sorri ao me aproximar de um balcão enquanto um cara de cabelo espetado limpava e arrumava tudo com agilidade.

- Simón?! - Pedro gritou ao me encarar de verdade. De imediato ri com a sua expressão, o mesmo apenas saiu de trás daquele balcão e me abraçou.

- Sentiu saudade? - Sorri o abraçando.

- Claro, eu, você, Matteo, e Nico vivíamos infernizando as meninas das nossas ruas... Deve ser por isso que ainda não temos namorada.. - O moreno murmurou me fazendo gargalhar.

- Tem razão, aliás... Eu estou morando aqui de novo, de frente para a mansão Benson.

- Sério?! 

- Então, quem faz da vida de quem o inferno agora? - Nico debochou ao se aproximar de nós.

- Nico! - Ri o abraçando. 

"Nossa, como realmente é bom reencontrar os meus melhores amigos! "

- Ninguém, na verdade... Sei lá... Eu apenas tento ter paciência, ela mudou..

- Deixou de ser a flor que todos tentavam arrancar as pétalas e ganhou...

- Muitos espinhos... - Murmurei pensativo.

- O anjo caído... - Afirmou Pedro fazendo um careta de medo.

- A diabinha loira. - Suspirou o loiro chateado.

- Bom... Estou tentando ser amigo dela, mas está um Deus nos acuda.

- Como assim? 

- Mas por quê?

- Logo ela que você sempre infernizava com maior intensão? 

- Está afim dela? - Ambos começaram as suas perguntas disparadas, me fazendo rir, por reviver esses momentos.

- Não sei... Deve ser porque eu queira ela por perto. Sei lá, quero a amizade dela, porque eu sou suicida. Deve ser por isso. - Ri sendo observado pelos dois.

- Mas então, "suicida", realmente precisa de emprego?

- Isso mesmo, ajudar o meu pai, passar menos tempo naquela casa, essas coisas. Então, estão precisando de funcionários mesmo?

- Precisamos sim, vou chamar a minha chefa... Espera aí!

- Tudo bem. - Afirmei me sentando no banco, enquanto observava algumas fotos da minha mãe. 

Minutos depois eu estava lá, trabalhando e dentro da equipe do Roller, mas o engraçado foi dar de cara com uma das funcionárias que era completamente desastrada. Luna Valente/Sol Benson, como ela mesma me explicou, complicado, não?

- Espera... Prima da Ámbar?

P.O.V.  Ámbar
- Oi, família.. Eu chegu... - De repente me deparei com meus irmãos brigando por um brinquedo, como sempre. Revirei os olhos indo direto para a sala, mas ao invés de encontrar crianças discutindo, encontrei meus pais brigando como cão e gato. Apenas revirei os olhos e limpei a garganta chamando a atenção de todos, mas meu pai apenas nos deu as costas e foi para o "trabalho ", no caso encontrar a sua secretaria.

- Sério? Não vai fazer nada, mãe? Vai ficar aqui feito uma trouxa, sabendo que ele vai ir atrás da outra? - Bufei revoltada com toda essa situação que tanto me influenciava.

- Não me chame assim, e vamos mudar de assunto. - A Sra. Smith ordenou seca e fria como gelo.

- Sim, senhora... - Respondi cabisbaixa. - Como foi o seu dia?

- Bem, com alguns problemas, mas foi bem. - Ela respondeu bebericando seu chá.

- O meu também foi ótimo. - Respondi sorrindo e vendo ela não dar a menor atenção para mim.

- Já estudou para a prova bimestral?

- Eu vou estudar no Roller com as minhas amigas.

- Então vá, quero que você seja perfeita.

- Claro, serei a... Melhor... - Respondi forçando um sorriso, antes de deixá-la sozinha com o seu chá.

"Sabe o pior de ser filha dela? Era que ela nunca me dava a atenção e agia como se eu fosse um problema na vida dela. "

Contendo a minha tristeza, peguei a limousine e fui direto para o Roller. Adentrando o local, dei de cara com Simón conversando com a minha prima. 

"Pelo visto ela está ocupada... Bom, depois eu falo com ela. " - Depois de anotar isso mentalmente, cumprimentei todos a minha volta, enquanto caminhava até a mesa, aonde Delfi se encontrava conversando com o Gastón.

- Oi, meu amor... - Sorri ao me sentar na mesa 

- Oi... Bom, eu vou deixá-las a sós...

- Por que não fica? Sua prova é a mesma que a nossa...

- Tem razão, mas eu tenho que encontrar o Matteo... Nos vemos depois? - O loiro sorriu depositando um beijo no meu rosto, apenas assenti e o deixei ir.

- Estavam conversando sobre o quê?

- A competição, ele disse que estava louco para vencer com você novamente.

- Ata... Cadê a Jazmin?

- Ela disse que estava ocupada, mas que depois nos encontrava.

- Certo, então vamos estudar?

- Vamos. - A morena concordou começando a estudar comigo. 

P.O.V.  Simón
- Isso mesmo, mas eu não morava aqui... Vim de Cancún com os meus pais, pois os pais da Ámbar queriam tê-los como funcionários oficialmente, e aqui descobri ser da mesma família que ela.... Longa história.

- Percebi, mas ela provavelmente não comentou sobre mim... Sou Simón Álvarez, o menino que infernizava a vida dela quando criança. - Ri apertando a mão da mesma, porém não as soltamos nos mantivemos assim, com ambas as mãos entrelaçadas, e eu não podia deixar de acariciá-la.

- Alguém infernizando a vida da minha prima? Novidade... 

- "Novidade "? Ela realmente mudou, pois quando nós eramos... - De imediato travei ao ver a própria Ámbar adentrar o lugar com Delfi. - Falou no "diabo " aparece o rabo... - Sussurrei de forma brincalhona.

- Bom... Toma cuidado, okay?

- Por quê?

- Ámbar lá no fundo mantem o pouco que você conhecia vivo, e o protege com unhas e dentes. Usa apenas comigo, minha amiga Nina, Matteo... Não sei se ela tem espaço para você.

- Ela tem... Eu vou conseguir.

- Mas isso é por que você gosta dela? - Noto algo diferente nas suas íris de esmeralda me deixando corado.

- Não, eu realmente apenas quero a amizade dela.

E era a pura verdade, por mais que ela fosse bonita, não tem como me apaixonar por uma garota que eu mal conheço, não era burro para ver que Ámbar havia mudado e se tornado uma garota cheia de ódio, má. Havia pecado tanto que os céus a tornaram um anjo caído. Beleza de um anjo, sorriso, olhos, mas má como um demônio.

- Bom, eu vou trabalhar. Tchua, Luna!

- Tchau- A mesma sorriu me envolvendo em um forte abraço antes de ir para a pista ajudar os novatos.

- Ah, Simón! - Pedro sorri ao se aproximar.

- Fala.

- Você continua tocando guitarra, certo?

- Isso mesmo, por quê?

- Topa participar da Roller Band?

- Mas é claro, meu sonho é ter uma banda! - Sorri dando um hi-five com cada uma deles. - Posso fazer uma pergunta...?

- Claro, fala.

- A Jazmin não está por aqui, certo?

- Já conheceu a figura?

- Sim, ela é incrível, e muito engraçada, mas um pouco..

- Já entendemos, qualquer coisa avisaremos.

- Obrigado... Bom, eu vou ir trabalhar, tchau. - Sorri pegando uma bandeja e indo atender algumas pessoas.

[...]

Simplesmente incrível, estava adorando trabalhar com os meninos, fazer amizade com a Luna, conhecer pessoas novas, realmente era bom estar de volta, mas lá no fundo algo me dizia que por algum motivo tudo iria ser diferente, mudaria muitas coisas e eu estava até me achando um paranoico. Suspiro para jogar essa preocupação desnecessária para longe, e continue atendendo as pessoas normalmente, quando Pedro e Nico me chamam. 

- Já trago os sucos, tchau. - Me despedi das meninas que eu estava atendendo e fui ver o que os dois queriam. - Então, o que houve? - Ri conforme entregava os pedidos nas mãos do Ariais.

- Adivinha.

- Desculpa, esqueci a minha bola de cristal, mas na próxima eu acerto na hora. - Brinquei fazendo eles rirem. - Vai, podem falar.

- A Jaz...

- Oi, Simón! - Jazmin gritou de forma histérica, me dando um belo susto. - Que foi te assustei? 

- Não, eu só.... - Gargalhei nervoso, pois não queria ofendê-la, mas que ela tinha quase me mandado dessa pra melhor, disso eu não discordo.

- Está sem palavras de me ver?

- Isso, como você está? - Concordei rindo ao sentir suas mãos acariciarem meu rosto de forma hilária, pois ela uma vez ou outra estava apertando minhas bochechas.

- Com saudade.... Digo, bem! - A ruiva se corrigiu me deixando desconfortável com o jeito que ela trocava as palavras.

- Legal....

- Bom, eu queria dizer que vocês vão precisar de fotos para o site de vocês.

- Site? - Perguntamos confusos.

- Eu fiz para vocês, relaxa não precisam agradecer. 

- Mas como soube que entrei na Roller Band?

- Fofocas, nada demais. Então, eu estava pensando em fazer uma sessão de fotos com vocês, as fãs gostam disso. - A mesma continuava tentando nos convencer. Dirigi o meu olhar para os meninos que pareciam aceitar a proposta, e se para eles estava bom, para mim obviamente estava ótimo.

- Claro, e aonde nós te encontramos?

- Okay, mas primeiro eu quero fazer com você, Simón.

- Oi? - Ri corado, pois sem eles eu ficaria parecendo um estranho, pois era desconfortável toda essa situação de fotos, milhares de fotos para sites, fãs.

- Primeiro só com você, depois só com o Nico e por fim o Pedro. Depois com todos vocês.

- É, vai lá Simón! - Nico me encorajou segurando o riso, já que a minha cara não era a que demostrava aceitação.

- Primeiro as individuais. - Pedro continuou com a implicância me irritando.

- Okay, aonde eu te encontro?

- No parque ás 15:40, e leve flores.

- Para quê?

- Só leve. - A ruivinha pediu se afastando.

- Droga... - Murmurei meio zangado por nenhum deles terem me ajudado.

- Ela está muito apaixonada por você. 

- Quê? Não... Pedro para, a Jazmin é só a minha amiga. - Ri negando e ignorando as loucuras daqueles dois.

- Mas será que ela sabe disso? - Pedro perguntou rindo e não pude deixar de fazer o mesmo.

- Bom, eu tive um ótima ideia. Que tal voltarmos ao trabalho? - Pedi negando com a cabeça a imaginar como seria ficar talvez mais que uma hora com aquela figura.

- Como queria. - Ambos concordaram indo fazer as suas partes, fiquei uns minutos esperando e por fim pude entregar os sucos das meninas e os outros pedidos espalhados pela lanchonete.

- Obrigada. - Elas gradeceram sorrindo. 

Depois de horas trabalhando, vi que já estava na hora de encontrar a Jazmin, com um pouco de negação, me rendi ao pegar as flores com Pedro e fui até a porta, mas o cheiro de morango me deixou completamente atordoado, fazendo com que eu parasse no meio do caminho.

- Oi... - Murmuro ficando de frente para a argentina de cabelo loiro e completamente concentrada.

- Simón? Tudo bem? - A Smith pela primeira vez me tratou bem, o que me fez travar já que eu não havia planejado todo um assunto, pois a ideia de ver aquele assunto durar mais do que três segundos, doía, só que era a realidade.

- Estou bem... E você?

- Bem... Na verdade estou estudando, então já deve imaginar.

- Ah... Claro, vou deixá-la mais a vontade e...

- Uau, para que são as flores?

- Longa história... Mas eu queria saber se ainda está de pé? ...O nosso não encontro. - Sorri ao ser retribuído da mesma forma carinhosa.

- ....Claro! Iremos sim. Sábado, você vem na minha casa e me surpreenda.

- Obrigado...

- Pelo o quê?

- Por sair comigo, deixar eu tentar ser seu amigo, e... Eu estou parecendo um desesperado, não é? - Ri sem graça a vendo assentir de forma brincalhona.

- Talvez um pouquinho, mas bom... Até.

- Até. - Sorri caminhando para fora do Roller.

P.O.V.  Ámbar
Assim que ele foi embora revirei os olhos, antes de rir um pouco, pois confesso que ele era chato, mas engraçado. Encarei a Delfi que fazia o mesmo, mas logo cortamos esse clima para voltar aos estudos, que aliás estavam um pouco complicado. Eu estava terminando um calculo quando ouço meu celular tocar, o pego e vejo uma mensagem da Jaz. 

- Quem é? - Minha amiga pergunta um tanto curiosa e aparentemente preocupada.

- A Jazmin, ela pediu para eu encontrá-la no parque... - Murmuro duvidosa do que essa louquinha poderia estar querendo agora.

- Estranho, ela não me chamou...

- Se importa se eu for? Depois eu volto. - Afirmo organizando tudo dentro da minha bolsa.

- Tudo bem, vai lá. - Delfina pediu demostrando não se importar com a espera e o tempo de descanso. 

Com rapidez terminei de guardar as coisas na minha bolsa e fui direto para o parque. Ao chegar lá fiquei procurando pela mesma. Se não me engano foi quase uma hora ou mais, pois meus pés já estavam gritando de dor  por eu subir e descer escadas, andar de cá pra lá, de lá pra cá. 

"Ninguém merece andar de salto esse tempo todo. Quando eu encontrar ela, mato sem dó. " - Penso vasculhando a minha bolsa e por fim encontrando o meu celular.

- Aonde é que ela se meteu? - Me perguntei furiosa já discando o número dela. Antes que eu liga-se para a mesma, me surpreendi ao avistar-lhe conversando com o Simón. - Eu não acredito nisso... Ela só queria que eu visse os dois juntos? - Murmurei entre dentes. Ri fraco parando para repor as energias ou talvez uma boa e saudade sanidade, mas sabe de uma coisa? Ela gritou de longe e me mandou nada além de um dedo anelar erguido.

 
"Eu andei quase uma hora, deixei a Delfi sozinha no Roller, parei de estudar, para isso?! " - Pensava vendo ela receber flores do mesmo. Reviro os olhos não deixando de cruzar os braços, observar aquilo me dava ânsia, e até um pouco de ódio, pois parecia que uma certa argentina queria mostrar que ela tinha algo que possivelmente seria meu. Ele podia até ser o tal objeto, mas o que é meu, é meu. Se ela queria jogar, eu teria que ver algum dia para provar ao contrário, e quando isso ocorresse, ela iria entender de vez que eu tenho tudo, e ela tem o que eu quero que tenha.

- Ela ainda por cima, não sabe mentir... - Murmurei vendo-a abraçar o mexicano que ficou um tempo sem retribuir seu ato, com uma expressão confusa e risonha. - Que perda de tempo.... - Novamente rolo os olhos tentando ignorar a vontade de lançar meus saltos na cara dela. - Minha amiga está apaixonada pelo pobretão, e queria deixar claro para mim? Ninguém merece... - Dizia indo até eles a passos firmes enquanto planejava a morte dela.

P.O.V.  Simón
Assim que Jazmin me abraçou, eu fiquei confuso com o ato dela, mas retribuiu o gesto de carinho. Então, eu vi a Ámbar vindo em nossa direção, logo deixei de entender de vez o que estava acontecendo.

- Jazmin... - A loira murmurou entre dentes, enquanto caminhava até nós.

- Ámbar! Nossa que estranho... Eu e o Simón, você aqui... - Ela dizia me abraçando de lado, fazendo a loira revirar os olhos já completamente sem paciência.

- Você me chamou. - A argentina contou trazendo nervosismos a ruiva, e a loira só com mais raiva.

  
- Como? Eu não te chamei.

- Jazmin, eu estou sem paciência, você me mandou uma mensagem pedindo para eu vir te encontrar aqui.

- Ah, você tem razão! Eu queria a sua ajuda com a sessão de fotos do Simón! - Estava quase explodindo de rir, mas para não piorar a situação me forcei a engolir o riso, enquanto ela pedia completamente animada, fazendo a Smith rir me deboche e me encarar dos pés a cabeça.

- Jazmin, você bateu a cabeça?

- Não, eu não bati a cabeça. Ou bati? Não sei... Bati? 

- Não sei... - Respondi segurando o riso.

- Mas por que você acha isso? - Novamente aquela garota se mantinha boiando no assunto.

- Você simplesmente está pedindo a minha ajuda, se esqueceu quem eu sou? Eu não ajudo qualquer um, fui clara? - Me arrepio com a sua descrição sobre mim, porém logo sacudo a cabeça e ignora o incomodo repentino.

- Mas...

- Se eu fizer isso, o que eu ganho?

- Minha gratidão, por favor...

- Se eu ajudar, você vai me dever uma bem grande.

- Claro, obrigada! - A mesma agradeceu logo puxando a patricinha dos olhos azuis para um abraço apertado. 

P.O.V.  Ámbar
- Certo, vamos começar. - Pedi me sentando em um banco cruzando as pernas. 

Eles foram tirando diversas fotos, mas ele não conseguia se sentir confortável atrás da câmera, algo muito notável pela sua postura tensa e rígida. Como um garoto que quer ser famoso pode ser tão tímido? Como ele simplesmente pode ser assim?

 - Simón, você tem que se sentir a vontade atrás da câmera. - Pedi indo até ele. - O que te deixa tão tenso? 

 
- Você com aquela cara de "Faça direito ou morra!" - Ele brincou me fazendo soltar uma leve risada. - Nossa, é difícil fazer você rir.

- Eu não tenho tempo para rir, nós tínhamos que estar estudando para uma prova muito importante, mas estamos aqui te ajudando. Então sem pressão.

- Com certeza sem pressão! - O mesmo me respondeu em um tom sarcástico me fazendo revirar os olhos.

- Simón, você tem que se acostumar com as câmeras, okay? Respira e olha nos meus olhos. - Pedi tentando ser gentil com ele. - Finja que os seus amigos estão lá atrás fazendo palhaçada, okay? 

- Uau... Pela primeira vez, você aparentou um ser humano gentil. - Aquele moleque debochou, fazendo-me revirar os olhos pela terceira vez em menos de três minutos.

- Certo, vamos tentar agora. - Pedi vendo-o ficar muito mais a vontade com a câmera. Só que agora ele não parava de me encarar, o que estava começando a me irritar.

- Agora faça cara de sedutor.

- Sedutor? - Ri ao ver o pânico em suas íris castanhas me fazendo sentir um belo prazer. - Eu não sou bom nisso...

- Vai, como se eu fosse a garota que você gosta. - Jazmin disse me fazendo arregalar os olhos. 

"Será que ela não quer ser menos discreta que isso? Por favor, pendure uma melancia no pescoço! "

Depois de algumas fotos do Simón sendo sexy, chegou a parte em que eu sabia que a Jazmin iria pedir, a das fotos engraçadas, o que me interessou um pouco. - Certo, agora faça uma dancinha!

- Dancinha? - Nós dois perguntamos contendo o riso.

- Que foi? Vai ser legal.

- Duvido, já tive que ficar sendo sexy, agora dancinha?! - Álvarez comentava rindo.

- Vai lá, tente usar esse momento para se divertir. - Pedi rindo e vendo ele negar com a cabeça. - Vamos, brinque um pouco. - O encorajei colocando Send It lyric do Austin Mahone com o Rich Homie Quan, mas no início ele ficou apenas parando como se pensasse em tudo de errado que já fez na vida para chegar a esse ponto.