1. Spirit Fanfics >
  2. Look What You Made Me Do >
  3. Eu, você e a música... Tudo do que preciso...

História Look What You Made Me Do - Eu, você e a música... Tudo do que preciso...


Escrita por: Biafenix

Capítulo 4 - Eu, você e a música... Tudo do que preciso...


Fanfic / Fanfiction Look What You Made Me Do - Eu, você e a música... Tudo do que preciso...

P.O.V. Nina
Assim que o Simón saiu correndo para ajudar os meninos, fiquei ali tentando entender o que havia ocorrido, estava confusa, pois os meninos nunca tinha a proximidade comigo, principalmente como ele teve agora.


- OIII! - Luna gritou se jogando do meu lado, quase me matando.


- O-oi, tudo bem...?


- Eu estou ótima, com cede, mas bem.


- Já até sei... O Matteo foi responsavel por isso.


- Ah... Quê?


- É que só ele te faz sorrir desse jeito, e... Acho que isso é um sinal... Talvez a sua mente esteja trabalhando para de algum modo, lhe mostrar seus verdadeiros sentimentos pelo Matteo.


- Ãnh? Não, pera... Nós só somos amigos.


- São mesmo? Acho que você gosta dele...


- Não, não, não, não... Nina, está na cara que ele é caidinho pela minha prima, pois ela é linda, patina muito bem, sempre tira as notas mais exemplares da escola e... 


- E está na cara que você está... Confusa...? Luna, o Matteo nunca vai olhar para a Ámbar do mesmo modo que olho para você...


- Ai Nina... Vamos mudar de assunto.


- Claro, sobre o que gostaria de...


- Oi! - Simón sorriu ao se aproximar fazendo o papo morrer. - Está tudo bem meninas? 


- Sim, por quê? - Perguntamos em coro.


- O assunto morreu quando eu apareci, me senti excluído... - O Álvarez riu brincalhão, logo fazendo a Luna gargalhar ao seu lado.


- Que bebê necessitado da minha atenção... - Minha amiga apertava as bochechas do mexicano, enquanto eu me mantinha calada rindo da situação.


- Muito, mas agora me diga o que vai querer Srta. Valente?


- Um milk-shake de flocos.


- Pode deixar, Nina vai querer mais alguma coisa?


- N-não, o-obrigada.. - Gaguejei como sempre o fazendo rir, enquanto caminhava para o balcão.

 
- Mas e você? - A Valente sorriu maliciosa, me deixando completamente confusa.


- A-ao que se refere? Todo fator tem seu complemento e sem isso não podemos realizar os cálculos.


- Não é isso, estou falando do fato de você... É que você ficou estranha perto dele.


- -E-eu, n-não...


- Nina... Você está afim do Simón?! - A morena riu animada me abraçando e eu apenas fiquei calada. - Está..? Está!!!


- Não! N-não estou afim dele, é que o mesmo queria jogar vídeo game comigo, fico nervosa perto de meninos e... E não quero me sentir estranha, pois ele é um dos primeiros meninos que se aproxima assim de mim... Gosto dele, mas como amigo.


- Entendi... Relaxa, o Simón é assim mesmo, ele gosta de se tornar amigo dos meus amigos, para ficar mais próximo...


- Luna... Nunca pensou que o Simón goste de você?


- Quê? Não, ele na verdade está muito na dele, nenhuma queda, sem revelações, é amigo de todo mundo... Não entendo, mas que a Jazmin gosta dele, gosta.


- Ah... Isso todos já notaram, até ele mesmo... - Ri corando ao tocar em tal assunto chamado amor. - ...Será que ele não sente nada por ela...? - Perguntei ao notar Simón olhar uma vez ou outra para a Ámbar com um sorriso meigo.


- Pela Ámbar? Eu até queria, mas nada... Reconheço quando ele fala a verdade, e.. Bom, ele não suporta mentiras e nunca faria tal coisa.


- Entendo...


- Mas que uma hora ele vai começar a sentir, isso eu apoio e aposto muito...


- Aqui está, foi feito com muito amor, carinho, e fonte extra de energia.... Se é que você precise. - Nosso amigo mexicano riu brincalhão conforme servia o copo para a Luna.


- Claro, aliás tenho uma missão..


- Qual? Já sei, sonhar acordada? Não, já sei! Você vai esbarrar em alguém?


- Bobo.


- Eu? Não, apenas tento lhe entender, juro... - O moreno afirmou completamente sério enquanto fazia o juramento de coração. Por alguns segundos realmente acreditei, até ele cair na gargalhada junto da morena.


- A missão é encontrar um garoto.


- Luna Valente está em total desespero? Eu estou aqui, parado na sua frente e me ignora? - Simón sorriu apontando para si expondo um dos sorriso mais genuínos que já vi até hoje.


- Ãnh? Ai, Simón eu não estou entendo...


- Foi piada, sou team Lutteo.


- Quê?


- Bebe logo isso, você está muito lerda. - O mexicano riu pegando o copo e levando aos lábios da Valente que bebeu um gole grande demais, trazendo certa dor de cabeça.


- Você está bem?


- Hum... Vou ficar...


- Oi, menina delivery! Oi, Nina... - Matteo nos cumprimento exibindo seu famoso sorriso sedutor, antes de jogar sua mochila junto das nossas e abraçar a Luna que ainda se mantinha com as mãos nas têmporas, enquanto fazia careta de dor.


- O-oi... T-tudo bem?


- Sim, mas o que houve com ela?


- Dor de cabeça. - Simón e eu dissemos juntos, mas apenas eu recebi o agradecimento.


- Oi, Matteo. Vai ficar me ignorando? Olha, eu tenho uma bandeja e não tenho medo de lhe acertar um porradão na cabeça. 


- Ah, Dude? Quanto tempo? Oi, quer um abraço. Tá bonito.


- Acho bom... - O mesmo riu retribuindo o gesto dado pelo italiano.


- Foi mal, é que quando a crush não responde o mundo se acaba e a preocupação vem atona.


- Tudo bem, eu realmente... Não te entendo, estou sem crush no momento.

 
- Que nada, eu sou o quê? Enfeite? - O Balsano riu vendo Simón negar com a cabeça rindo.


- Idiota, vai comer capim, vai!


- Não, estou ocupado aqui... Esperando a menina delivery notar o cara de exuberante charme.


- Hum... Eu vou trabalhar, mas vê se aparece lá em casa.


- Sou gay não, foi brincadeira.


- Dá pra parar de falar besteira? A Nina, a Luna, eu, você. Podemos jogar vídeo game, o que acha?


- Bacana, se eu conseguir me livrar do meu pai, posso ir sim.


- Legal. 


Observando Simón se distanciar, fiquei estudando enquanto que Matteo dava em cima da Luna, algo de total costume, mas que uma vez ou outra me irritava, pois eles nunca se resolviam de vez.


- Por que nunca se resolvem?


- Boa pergunta, obrigado Nina. Por que menina delivery?


- Quê? Não, nós não temos nada para resolver algo.


- Ah não? Vai me dizer que não sente nada por mim? - Por alguns segundos o silêncio reinou, até que Matteo cansou de esperar e passou na frente. - Certo, se você diz não sentir nada.... Olha nos meus olhos e diz isso.


- ...


- Viu? Agora vamos nos resolver. - Ri notando sua voz manhosa, enquanto ele praticamente fazia pirraça trazendo um sorriso bobo aos lábios da minha amiga.


- Ai Matteo, me deixa em paz! Eu tenho mais o que faz. - Ela bufou se afastando da nossa mesa.


- Vai logo atrás dela.


- Valeu. - O mesmo riu depositando um beijo estalado em meu rosto.


- Nada, agora vai.


P.O.V. Simón
- Se não são os caras que eu mais me deixo aparentar ser gay! - Ri atrapalhando a selfi do casal. 


- Simón! Isso é para a Jazmin!


- Que isso? Fura olho! - Ri dando um socão em cada um. 


- Para com isso.


- Você nem gosta dela! - Nico brincou me puxando pelo pescoço e me deixando de ponta cabeça no sofá.


- Olha... Injusto... Ai, dois contra um... Não! Ai... Pera.. Ai! - Gargalhei tentando me proteger, mas os dois caíram matando.


- Pede arrego.


- Frase gay! - Ri recebendo mais tapas.


- Então, tá.


- Okay, okay! Arrego, pois não sou teus nego! - Ri jogando uma almofada em cada um. - Então, vamos trabalhar? - Perguntei os vendo me ignorar, enquanto continuavam com o buque deles. Revirei os olhos me levantando da mesa e ficando de pé. - Vou chamar a Juliana.


- Estamos ocupados.


- ...Tá, mas não me culpem se ela aparecer e brigar com vocês. - Bufei pegando o pano de prato que eu carregava antes de caminhar direto para o balcão. 


Após limpar o balcão, fiquei parado esperando um cliente, ou até mesmo observava rezando para que qualquer pessoa que chegasse próximo do Roller sentisse a cede de três dias no deserto para eu atendê-la, mas nada de alguém vir. Apoiando o meu rosto sobre a mão, observei os meus amigos tirando mais fotos, enquanto que eu estava lá os invejando por estarem fazendo algo além de apreciar o nada.
Vendo que não tinha nenhuma fuga, pego o bloco de anotar e fico rabiscando algumas coisas, enquanto assobio um ritmo até que fico boquiaberto ao ver uma morena de cabelo curto toda risonha e carismática adentrar o local.


"Ela realmente sabe sorrir...  " - Pensei endireitando minha postura, antes caminhar até a mesa dela.


- Boa tarde, o que gostaria de pedir? - Sorri me contagiando com o seu sorriso.


- Ah boa tarde, meu nome é Flor.


- Oi, eu sou o Simón, um dos funcionários do Jam & Roller.


- Prazer.


- Apenas comigo, com ele é filminho até tarde. - Matteo debochou a abraçando por trás.


- Primo!


- Oi, como vai?


- Muito bem, principalmente com a gentiliza desse rapaz.


- O Dude? Ele é o fofo amigo, mas para namorado... Esquece, já tem dona e não sabe.


- Ah é? E quem?


- Tem razão, quem? - Ergui as sobrancelhas o vendo apontar para Jazmin. - Ãnh?


- Ela parece simpática... - A morena sussurrou a encarando juntamente de nós dois, aparentando me encorajar

.
- Chata... - Ri ao ouvir a voz manhosa do Matteo se arrastar dando um tom cômico ao momento enquanto zoava com a ruiva.


- Primo! - Flor o repreendeu não se contendo e rindo.


- Quê? Juro que estou sendo sincero.


- Mas gentil... Agora vai embora, estou conversando com o Simón.


- Acabou de conhecer e já quer?


- Ah... Tem razão, como eu conheço você desde os cinco anos, mas não conheço ela?


- Ela nunca veio aqui cabeça, só por isso.


- Ata... Mas por que não?


- Nasci na Itália e só saí de lá para ir a França, estou estudando lá de intercâmbio.


- Que bacana, bem que eu notei um forte sotaque ai... - Sorri apontando para os seus lábios, antes de coçar a minha nuca.


- Mas então, como vai a Ámbar? - A prima do meu amigo sorriu toda maliciosa ao encarar as íris de chocolate do Balsano.


- A Ámbar? - Murmurei notando o tom malicioso em sua frase.


- Esquece, estou em outra. 


- Ãnh? Espera um pouco, como assim? Matteo, você gostava da Ámbar?


- Todos já gostaram. - O Balsano sussurrou todo nervoso e eu apenas buguei de vez. - Após a sua ida ao México, eu e ela ficamos mais próximos, e.. E aquela loira cada vez mais linda, aprendendo a provocar, tanto que ás vezes fazia sem querer... Me apaixonei, mas com a chegada do Gastón perdi todas as chances, pois foi amor a primeira vista, os dois travaram na hora.


- Sério? E ele era marrento assim? 


- Não, era o carinha igual a você... Deve ter sido por isso que ela se apaixonou... - Corei ao ouvir o final de sua frase que de modo suspeito se tornou um sussurro.


- Então a Ámbar gosta dele?


- Não, ela me odeia.


- Duvido, acha mesmo que o amor vai embora assim?


- Quer ver?


- Aposto vinte que ela gosta de você.


- Feito. - Sorri com a notícia de mais grana a minha quase solitária carteira. De imediato caminho até a loira que havia acabado de chegar sozinha, então toco o seu ombro e corro para o outro lado. Assim que seus olhos azuis pousam em mim noto algo chamado raiva se tornar fogo. - Oi! 


- ...O que você quer?


- Lhe cumprimentar, como está?


- Bem melhor...


- Comigo?


- Sem você, mas tudo acabou com a sua presença. - A loira afirmou de forma fria rolando os olhos, enquanto deixava as suas mãos entrelaçadas a frente do seu corpo.


- Uau... Que simpática você é, Ámbar. - Ri continuando e de algum modo vi um sorriso fraco aparecer quase me fazendo chorar. - Que sorriso bonito, parece um gato quando come um passarinho.... Então, qual foi a espécie?


- Canarinho.


- Bacana, é gostoso?


- Não, mas enche. - Aquela boba sorriu me contagiando de certo modo.


- Sabe mais o que enche? Suco, vai querer pedir alguma coisa?


- Não, vou patinar. Obrigada, mesmo assim.


- Que nada, é o meu trabalho... Literalmente. - Sussurrei aproximando um pouco o meu rosto e ela apenas me deu uma cotovelada inocente, me fazendo rir.


- Vou indo, tchau.


- Tchau! - Sorri acenando para a mesma, antes de voltar para os dois. - Viu? Ela me bateu, me da os vinte.


- Sinto muito, mas você perdeu.... Só que eu não quero o seu dinheiro, preciso vê-los juntos e.

..
- Sem mais pedidos impossíveis. - Exigi levando as minhas mãos para trás do meu corpo.


- O Matteo estava comentando que vocês tem uma banda.


- Sim, a Roller Band, por quê?


- Gostaria de cantar com vocês por um tempo, posso?


- Claro, os meninos vão adorar... Mas vai ter que ser no próximo Open, já tem um e estamos planejando cantar com a nossa amiga.


- Sério? Qual delas? Já sei, a Ámbar? Não, a Jazmin?


- A Luna, eu e ela nos damos bem

.
- Sério?


- Claro, ela não vive sem mim. - Ri de repente sentindo uma baixinha me abraçar por trás. - Viu só? Oi, Valente! - Sorri a espremendo contra o meu peito. - Luna, essa é a Flor.


- Prazer, e bem-vinda ao Roller.


- Obrigada, sou a prima do Matteo.


- Sério? Que legal, o mauricinho nunca me contou sobre os parentescos dele.


- Foi mal menina delivery, mas também nunca me contou sobre...


- Sobre...?


- Quando eu lembrar te conto.


- Combinado. - Ela riu apertando a mão do moreno.


- Bom, deixa eu servir vocês, se não a...  Patroa briga. - Sussurrei logo começando a anotar o pedido deles. - Ah, Luna!


- Fala?


- Droga de lugar comigo?


- Como assim?


- Quero ficar na pista.


- Nem sabe patinar.


- Ué eu aprendo... E aqui está chato.


- Não vou deixar você matar os patinadores novatos,... Aliás, eu tenho que ir.


- Não precisa. - O italiano a impediu segurando em seu baço, fazendo todos o encararem confuso. 


- E por que não?


- A Ámbar, se a rainha está na pista...


- Ninguém atrapalha, já lembrei.


- Como assim? - Perguntei logo trazendo o pedido de cada um, que era apenas água.


"Obrigado, facilitaram a minha vida...  " - Pensei entregando o de cada um. 


- Nunca viu ela patinando, não é?


- Não, por...?


- Quando você for assistir, vai entender. - Os dois disseram e eu logo entendi que devia ser a oitava maravilha do mundo.


- Muito bom? - Ergui uma das minhas sobrancelhas curioso.


- Perfeita.


- Quero assistir, vamos Matteo? - A Flor sorriu ficando de pé com a sua água em mãos juntamente da sua bolsa.


- Eu topo, vem Luna?


- Já estou indo, mas e você, Simón vai querer ir?


- Estou ocupado, trabalho... Na próxima.


- Tá bom, tchau.


- Até mais tarde.


- Pode deixar. - Respiro fundo me sentindo confuso com esse papo louco da Flor, mas apenas ignoro e volto a trabalhar, pois de jeito nenhum perderia o meu tempo ou esquentaria minha cabeça com coisas e sentimentos nada verdadeiros de ambos os lados. 


Após servir umas vinte e sete mesas o tédio volta a reinar, trazendo-me a única opção, escrever. Parecia ser o décimo papel que eu amassava com o sentimento de reprovação, uma letra muito sem sentindo, então aproveito e fico brincando com o meu colar, até notar que a Ámbar estava sozinha, uma loira doce que aparentava ser aquela que ninguém além da Luna, da Nina e dos outros recebiam a permissão de conhecer.


- Dude.


- Hm? - Pergunto sem nem olhar no rosto do Balsano, pois estava ocupado com as minhas novas tentativas de escrever.


- Viu a Luna?


- Vê no meu bolso...


- Estou falando sério, viu ela?


- Não, desculpa.


- Okay, está fazendo o quê?


- Nada demais, apenas tentando escrever uma música. - Sussurrei revirando os olhos ao sentir seu olhar sobre o que eu fazia, e aquilo realmente estava me incomodando.


- Legal, sabe o nome?


- Ainda não, pois nem a música estou conseguindo fazer e não ajuda nada essa sua atenção sobre mim... - Murmurei parando de escrever e caminhando até o palco. Pego o meu violão e tento começar primeiramente com o ritmo e até que estava saindo alguma coisa, e algo bem...


- Uau... Que talento.. - A morena sussurrou e não pude evitar de sorrir com seu sorriso que sempre aparentava ter o poder de contagiar. 


- Valeu, gostou?


- Muito, já tem a letra?


- Não, mas os meus amigos estão ocupados e...


- Dude, vamos traba... Nico, uma garota... - O moreno sussurrou nervoso me fazendo gargalhar.


- Isso Pedro, uma garota. - O loiro riu negando com a cabeça, enquanto abraçava nosso rei da timidez de lado.


- Oi, prazer... Meu nome é Flor e...


- Ela vai cantar com a gente, depois da Luna, tivemos um acordo e... Bom, ela é legal.


- Tá, mas ela canta?


- Canto, e muito bem.


- Pode nos dar uma palhinha? - Sorri subindo no palco e pronto para lhe ajudar. A italiana expandiu seu sorriso, antes de entrelaçar sua mão com a minha. - Vamos lá... Aqui a letra e para te ajudar nós começamos, okay?


- Tá... 


- Oh, oh, oh
Oh, oh, oh
Oh, oh, oh.. - Começamos e não pude parar de pensar na Srta. Valente patinando nesse exato momento com seu espirito livre. Sorri ao notar sua presença animando mais o meu modo de tocar.


- Siempre vas rodando en la vida
Y te ves tan decidida
A buscar la luz que hay en todo
A cambiar el mundo a tu modo
Sé muy bien que eres valiente
Y luchas por lo que sientes
Una canción siempre va contigo
Para abrir nuevos caminos... - Parando de cantar, observo a Flor e noto que realmente sua voz era perfeitamente suave e doce, combinando muito bem conosco.

- Vas a crecer, vas a despertar
A descubrir para deslumbrar
En busca de tus sueños - Ri ao notar que ela queria começar um dueto comigo, então me aproximo com a guitarra e a acompanho, olhos nos olhos e nossas vozes se fundindo ao seguir nosso ritmo.


- Tienes el valor y vas a volar
Vas a sentir, vas a encontrar
Vas a vivir para demostrar
Que eres tan valiente
Y todo lo que quieras lo podrás alcanzar... - Assim que paramos de tocar todos aplaudimos a Flor, assim com a Luna que parecia uma pipoquinha animada, então não me contenho e desço para envolvê-la com os meus braços. Ri durante o nosso abraço apertado assim como ela, que se matinha um pouco tímida tão próxima de mim, até eu me afastar e acariciar o seu rosto.


- Então, pronta para o próximo Open, pois essa é a sua música.


- Valiente... - Sorri ao ouvir sua voz sussurrar o nome e apenas assenti me contagiando por aquele sorriso largo. 


- Isso mesmo, o que acha? Nos daria a honra de cantar conosco?


- Minha agenda está muito ocupada, mas como você é um grande fã, posso abrir uma exceção. 


- Sério? Obrigado... Muito obrigado, Srta. Valente. - Agradecia entrando em sua brincadeira e praticamente me ajoelhando, enquanto cobria a sua mão com meus beijos. - Mas oh, nada de timidez nesse palco, pois... Tudo o que você quiser vai poder alcançar, pois...


- Eu sou valente...


- Isso mesmo. - Sorri a abraçando novamente.


- Eles...?


- Não, apenas são amigos... 


- A alguns dias...


- Uau, quantos abraços, risos e... Química.


- Talvez, mas não iremos levar tão a sério algo que... Bom, não seja shippavel.


- Somos team Simbar.


- Vocês também? Que bom, super acho que eles tem química... Mas vocês como amigos dele, não acham que os dois estão juntos escondidos?


- Ah... Não sabemos, Simón apenas diz que quer amizade, ponto.


- Bom, eu vou ir ensaiar com a Flor, mas tarde..? - Perguntei segurando nas suas mãos com carinho.


- Pode deixar, passa no mercado e compra algumas besteiras.


- Como um leal escravo aceito, mas se... - De forma dramática permiti o mistério adentrar em nossa conversa, não evitando sorrir com a carinha curiosa dela.


- Se...?


- Me der um beijinho no rosto.


- Claro, depois a Ámbar me mata.


- Ehh, todo mundo fica com essa bobeira. Combinaram? - Perguntei após o seu beijo estalado ser depositado na minha bochecha esquerda que acabou ficando um pouco manchada pelo seu batom nude.


- Sim, tchau.


- Vai lá, e não se esquece!


- Disso não, prometo! - Ouço aquela baixinha gritar, conforme se distanciava.


Ri voltando ao palco e começando a ensaiar com o pessoal, aos poucos fomos conseguindo produzir a música, acabando com a minha dor de cabeça. Estava aliviado ao ver que ficar cuidando de tudo sozinho havia valido apena, pois agora eu tinha um tempo de folga para fazer o que quiser. Como um bom guitarrista fiquei tocando violão no ritmo da mais nova música da Roller Band, pronto para adicionar ou consertar alguns erros.


- Oi, Simón!

- Jazmin... Oi, tudo bem? - Ri ao ser esmagado contra os seus baços.


- Bem, e você? Está bem? Com saudades? Fome? Ah não importa, você está lindo como sempre... - A ruiva disparou apertando as minhas bochechas, me deixando um pouco constrangido.


"Essa menina é muito louca... Imagine o trabalho que ela deve dar as amigas dela? Deus, nem quero imaginar... " - Ri segurando as suas mãos de forma delicada e as tirando do meu rosto.


- Obrigado, mas agora é sério... Como você está?


- Bem, principalmente agora e...


- Ah... Jazmin, eu preciso fazer algo... Tchau! - Me despedi quase que correndo para fora do Roller com meu violão. Chegando em um parque bem próximo do Roller, me sentei em um banco qualquer e fiquei ensaiando, até que vejo Ámbar Smith conversando de forma animada com o Gastón, pareciam realmente apaixonados, mas tinha algo estranho naquilo... Não parecia real.


- Nem tenta entender... - Jim riu quase me matando do coração.


- Virei um holofote para as ruivas. - Brinquei trazendo um sorriso meigo ao seus lábios. - Mas então... Ao que se referia?


- Você está tentando entender, mas eu sempre tento e... Nunca consigo, apenas sei que não é real.


- Como?


- É só olhar para eles, não tem amor...


- E você ama alguém? - Sorri esperando ouvir um nome curto, simples e importante sair dos seus lábios, mas ela apenas suspirou.


- Ainda não, mas um dia vai ter que acontecer....


- Ansiosa?


- Muito, mas e você e a Luna?


- Amigos, apenas amigos.


- Que bom, iria decepcionar muitas garotas...


- Sério? Sou tão famoso assim? - Ri a vendo assentir.


- Como o mais novo membro da banda, novato e de outra cidade deixa tudo mais interessante.


- Vocês meninas... Sempre me deixam confuso... - Murmurei a fazendo gargalhar. - Aliás não sou novato, sabe muito bem que já morei aqui na infância, e conheço todos vocês.. Talvez alguns não se lembrem de mim, ou talvez estejam fingindo... Sei lá, apenas sei que conheço a maior parte desse povo aqui.


- Não importa, já cansamos desses meninos lerdos...


- Diz como se eu fosse cheio de confiança com as meninas e nem um pouco lerdo. - Sorri passando a mão no meu cabelo, antes de relaxar mais o meu corpo sobre as costas do banco. 


- Você é...


- Que nada, apenas sou muito na minha... - Suspirei apreciando mais aquele ar fresco envolver o meu corpo. - Então, ansiosa para o Open?


- Muito, eu e a Yam vamos cantar juntas.


- Bacana, qual música?


- A rodar mi vida


- Vocês é que fizeram?


- Sim, e é um horror! - Um garoto de cabelos cacheados sorriu se jogando ao lado da ruiva.


- E posso saber quem você é especialista? - Perguntei erguendo a minha mão para o moleque grosseiro.


- Ramiro, muito prazer.


- Ele é só um idiota, não ligue para as besteiras que saem da boca dele.


- Não mesmo, na verdade acho que ele deve aprender modos. - Afirmei ficando de pé frente a frente com ele.


- Marrento...  - Dissemos nos encarando dos pés a cabeça.


- Meninos...


- Gostei! - O moreno foi o primeiro a me cumprimentar com um abraço. 


- Depois dizem que as meninas é que são as estranhas. - Ouvimos a ruiva bufar, antes de marchar para o Roller.


- Gosta dela? - Perguntei de forma maliciosa o vendo negar.


- Da amiga.


- Yamila? - Sorri o vendo assentir e se sentar novamente no banco ao meu lado.


- Entendi, mas como é que você quer conquistar a loira sendo chato com a melhor amiga? Se a melhor amiga não aceita, já era cara.


- Eu sei, mas eu sou amigo das duas.


- O amigo tipo irmão mais velho?


- Isso, elas não vivem sem as minhas implicâncias, e eu não vivo sem elas... Só que... Não está dando mais para enxergar da Yam como amiga, sabe?


- Sei... Já vive na friendzone por muito tempo... 


- Como assim? - O vi erguer a sobrancelha tentando me entender.


"Idiota, acabou falando demais... " - Pensei abaixando a cabeça por alguns segundos.


- Espera um pouco... Então, é a Luna?


- Ãnh? Quê?


- Eu sabia que já tinha te visto em algum lugar no Roller... Até que eu shippo... 


- Não, nós não estamos...


- Mas você está.


- Ramiro é sério, eu estou fora dessa.


- Certeza? Acho que não...


- E eu acho melhor você esquecer esse papo. - Bufei caminhando direto para o Roller, pois ali já não estavam dando mais. - Nossa... Cara estressado...


P.O.V. Ámbar
- Pena que você não vai... - Murmurei segurando nas mãos da minha prima.


- Relaxa, deixa o cargo de vela para as meninas... Estou precisando me repor. - A Valente sorriu brincalhona me provocando.


- Aproveita a noite com o Balsano... - Sussurrei a abraçando, fazendo com que a mesma ficasse corada.


- E você com o Gastón então...


- Boba, te vejo mais tarde?


- Provavelmente, e não volte bêbada.


- Pode deixar tchau! - Me despedi com uma piscadela, antes de ir direto para o carro do meu namorado. - Oi, meu amor. - O cumprimentei com um doce beijo.


- Oi, a sua prima não vem?


- Não, ela disse alguma coisa sobre o Matteo... Não sei.


- Bacana, talvez eles se resolvam logo, não é?


- Assim espero, estou cansada de ver o nosso Balsano com cara de morte quando a Luna se enrola e acaba sendo grossa... - Suspirei o vendo rir. - Que foi? - Sorri ao notar seus olhos sobre mim.


- Nada, apenas... Nada, esquece. - O loiro sorriu voltando a dirigir. - Sabe o que eu estava me lembrando?


- Não, do quê?


- Quando nos conhecemos... Foi engraçado.


- Só que não, foi vergonhoso. 


- Para mim você estava linda... Como sempre.


- Awn, hoje você está todo romântico... - Ri segurando na sua mão e a entrelaçando com a minha. - Aconteceu alguma coisa para isso?


- Não, apenas saudade...

- Ai que graça vocês dois!


- Tão apaixonados que se esqueceram de nós duas aqui! - Delfi bufou apontando para si e para a Jaz.


- Foi mal meninas... Desculpa.


- Tudo bem, adoro isso! Vai pro FhabionChic.


- Mas então, quem topa esquivar rapidamente do jantar e curtir um pouco no Baile en Toda la Notche? - Gastón sorriu animado e nós três apenas assentimos.


Durante o caminho fiquei tentando dar total atenção para todos do carro, mas parecia impossível colocar Delfi e Gastón na mesma conversa quando os dois brigavam, então sempre tinha um momento em que eu travava de vez na hora de conversar com eles.


Ao finalmente sair do carro, entramos na fila, e confesso que no carro estava sendo melhor, para piorar conseguia notar como aquela briga mexia com o meu namorado. E não é pra pouco, eles praticamente nasceram juntos, quando a Delfi se mudou para cá, ficamos amigas rapidamente, mas também soube que não conseguiria substituir esse tal de Gastón, que agora virou o meu namorado.


Adentrando o local, Jazmin logo sumiu dentre a multidão com a Delfi ao seu lado, deixando eu e o Perida a sós. Ele parecia pronto para fugir da conversa que eu iria exigir e encher a cara, mas nada disso iria acontecer comigo ali.


- Ámbar não.


- Ámbar sim, nós vamos conversar. 


- Sabe que eu não gosto de ficar tendo esse papos.


- Eu sei, mas também sei que você está mal por essa briga.


- ... - Mantive o meu olhar firme na sua direção exigindo uma resposta pra ontem, mas ele apenas desviava e se mantinha mais calado que mudo.


- Olha para mim e me conta qual foi o motivo da briga.


- Ciúmes.


- Do quê?


- Ela acha que está me perdendo, e que eu estou desejando me afastar.


- Como assim? - Ergui as minhas sobrancelhas o vendo franzir a testa por alguns segundos. 


Novamente me senti uma novata em decifrar seus pensamentos, e eu odiava aquilo. Sempre que ele se alterava em uma conversa por não querer falar comigo, acabava em uma briga feia. 


"Anda meu amor, fala comigo. " - Suspirei decepcionada ao ver que novamente ele iria guardar seus problemas para si. Ao me virar para ir ver as minhas amigas, senti sua mão firme no meu pulso. Encarei sua mão com fogo nos olhos, antes de ser puxada contra o seu peito.


- Por isso... - Antes que eu pudesse falar algo senti seus lábios colados aos meus, ao mesmo tempo em que a sua língua dançava com a minha. Aos poucos fui subindo uma das minhas mãos pelo seu peito até a sua nuca para puxá-lo mais próximo de mim. - Ela tem ciúmes de nós...


- Então iremos resolver isso. - Afirmei entrelaçando a minha mão com a dele.


- Como assim?


P.O.V. Delfi
- Amiga eu ainda não entendi...


- Entendeu o quê? Eu apenas não estou com raiva de nenhum dos dois. - Bufei já me estressando com a lerdeza da ruiva.


- Você diz que não está com raiva deles, mas está sendo grossa com os dois, não faz sentindo!


- Olha, eu...


- Precisamos conversar. - Ámbar afirmou se sentando ao nosso lado junto do Gastón.


"Agora sim ferrou... " - Pensei soltando um suspiro pesado. 


- Conversar o quê?


- Seu ciúmes. - Dito isso senti a minha espinha gelar. - Sabe que vocês dois são amigos e eu apoio muito essa amizade, na verdade os dos são mais colados que chiclete, então não acho necessidade de ciúmes. Amo os dois e ver essa amizade florescer me fazer bem, então... Apenas não quero mentiras, okay? - Vejo sinceridade em cada palavra da Smith, fazendo com que a dor tome o meu coração.


- Claro, obrigada amiga. - Sorri a abraçando, mas ao olhar sobre o seu ombro vi o Perida suspira chateado assim como eu.


- Agora vamos curti, certo?! - Jaz sorriu não notando o clima meio pesado. Sem ter como debater, assenti indo dançar com as meninas e o Gastón.


Durante a dança com a argentina, notei o casal dançando logo do nosso lado e me doía ver que o amor de anos atrás havia sido jogado ralo abaixo, ainda tinha algo, mas não era tão forte quanto antes... E parte disso era culpa minha, uma idiota que havia estragado algo.


P.O.V. Ámbar


- Pasito a pasito, suave suavecito 
Nos vamos pegando, poquito a poquito 
Y es que esa belleza es un rompecabezas 
Pero pa montarlo aquí tengo la pieza
Despacito 
Quiero respirar tu cuello despacito 
Deja que te diga cosas al oído 
Para que te acuerdes si no estás conmigo
Despacito 
Quiero desnudarte a besos despacito 
Firmo en las paredes de tu laberinto 
Y hacer de tu cuerpo todo un manuscrito


- Adoro quando você canta... - Sussurrei o vendo expor um dos seus sorriso mais meigos.


- É para entrar mais no clima, se é que me entende...? - Ri ao notar seu famoso sorriso tira calcinha, conforme suas mãos guiavam meu quadril no ritmo da música.


- Desafio você me levar a esse ritmo. - Sorri desafiadora ao me referir a sua excitação.


- Certo... Desafio aceito... - Me arrepiei ao sentir seus lábios roçarem levemente sobre o meu pescoço. - Pode não rolar algo, mas que eu vou de deixar no clima, vou.. - Ri ao notar seu jeito brincalhão de dançar. - Vem meu amor, vou te mostrar como se dança. - O Perida sorriu estendendo a sua mão, enquanto mexia o seu quadril de forma brincalhona. 


Não tendo fuga, aceitei pagar esse mico com o meu namorado. Ao ser puxada contra o seu peito, senti uma de suas mãos envolver a minha cintura, enquanto a outra segurava a minha mão livre. 


- Huu! - O mesmo gritou chamando a atenção de alguns, enquanto dançávamos rindo das situações que a sua dança nos fazia pagar. - Eu tenho a melhor... Olha esse quadril... - Meu liro aplaudia ajoelhado conforme eu dançava chamando a atenção de muitos.


- Bobo. - Sorri o puxando para próximo.


- O seu bobo... - Gastón sussurrou acariciando o meu rosto, antes de começar a me provocar com sua a proximidade. 


"Não brinca com o fogo meu amor, sabe que eu sempre irei vencer... " - Aos poucos mordisquei seu lábios inferior o provocando a se render e selar seus lábios com os meus.


Aos poucos o beijo foi se intensificando, fazendo com que seus lábios se tornassem um imã para o meu corpo. Ou seja, até mesmo com a falta de ar seus lábios e os meus necessitavam estarem juntos. Gastón logo me puxou para um lugar mais vazio, com um sorriso malicioso nos lábios. Me encostando na parede, toquei o seu rosto com as minhas duas mãos o puxando para o mais próximo possível. 


Com cuidado tombei o meu rosto um pouco para trás o deixando beijar toda a extensão do meu pescoço. Gemi baixo o seu nome conforme ele resolvia deixar algumas marcas de chupões, fazendo um sorriso satisfeito surgir em seus lábios. 


De imediato inverti a situação o deixando contra a parede, enquanto que percorria por seu pescoço com uma trilha de beijos. Voltando a encarar a suas íris decifrei o desejo se fundindo com a cor avelã dos seus olhos, mas no momento eu estava tacando o dane-se para isso, queria ficar um pouco mais com ele e apreciar os efeitos que seus beijos causavam em mim.


Praticamente uma dorfina, sempre me faziam esquecer tudo, relaxavam o meu corpo e provavam o quão despreparada eu estava para um passo como esse. Arfei sobre o seu ombro ao sentir sua mão descer até a minha bunda e apertá-la com firmeza.


- Você está tão cheirosa meu amor.. - Arrepiei perante a sua voz roca rastejar para dentro do meu ouvido. Estava molhe nos seus braços, principalmente ao sentí-lo morder levemente minhas orelhas. 


Era estranho sentir coisas por ele, mas nunca sentir a mesma excitação que ele, era difícil para mim retribuir essa vontade, esses sentimentos que ele tinha. Aliás como posso me entregar para um cara que apenas aparenta mentir para mim?! Sempre fui apaixonada por ele, mas nada mudaria o fato do Gastón não confiar em mim.


- Acho melhor irmos embora... - Sussurrei o encarando nos olhos.


- Tem razão...  - O loiro assentiu limpando a garganta não deixando de me encarar nos olhos, conforme procurava por palavras que não demostrassem o seu desejo. -  Vamos encontrar as meninas e avisar que devemos ir para o jantar, antes que fiquemos atrasados. - Ele sorriu fraco me dando espaço para passar. 


[...]


- O meu pai vai me matar... - Murmurei passando as mãos pelo meu cabelo.


- Vai não, a desculpa do trânsito está aí para isso. - Gastón riu brincalhão apenas recebendo um tapa no braço. - Tão nervosinha, relaxa. - Aquele bobo ficou falando com voz de bebê, enquanto me abraçava por trás.


- Eu preciso de um namorado... Ficar de vela cansa. - Delfi riu tocando a campainha.


- Verdade, você precisa mesmo. - Meu Perida riu apoiando seu rosto sobre a minha cabeça, fazendo a minha amiga bufar. - Adoro implicar com ela... - Ouço ele sussurrar me fazendo rir.


- Demoraram, pensei que não ia ter mais o jantar. - Maxi sorriu fechando a porta atrás de si. 


- E aí? Como você está primo?


- Estou bem, principalmente agora. - Ri fraco ao notar que desde os nosso 13 anos ele continuava galanteador, principalmente para cima da Jaz. 


- Ai que susto! - A ruiva riu ao notar a sua aproximação. - Ele sempre teve esse problema de aproximação não é? Olha, eu aqui, você aí... Isso, aí. - Jazmin ensinava ao Maxi seu limite de aproximação deixando tudo mais cômico.


- Só você amiga... - Delfina ri adentrando o carro junto da gente. - Então, só eu acho ou irei virar vela dupla?


- Não, isso só aconteceria se o Simón estivesse aqui.


- Bem que ele poderia estar aqui...


- Simón? Quem é o cara que está incomodando a minha Jaz?


- Um príncipe muito gato, gostoso, meigo, lindo... Mais velho, tudo em um pacote só... - A minha amiga suspirava fazendo todos que o conheciam rir.


- Ãnh?


- Sinto muito primo, é amor. - Meu loiro implicou bagunçando os cabelos do iludido do Espindola. 


[...]


- Mãe, chegamos.


- Filho, como você está?


- Bem... Um pouco cansado do Blake, mas de boas... Lembra dos meus amigos?


- Claro, oi meninas! - Apenas riu ao ver as minhas amigas serem esmagadas pela Sr. Perida, antes de também ser envolvida pelos braços dela. - Ámbar, você está linda querida.


- Obrigada, a senhora também.


- Já disse para me chamar de Margaret.


- Perdão, o costume.


- Sem problemas, agora venha. Sua família já está aí, os seus irmãos não param de perguntar sobre você. 


- Dois puxa saco. - Brinquei a seguindo até o jardim principal.


P.O.V. Simón
Chegando em casa após um longo dia de trabalho, tomo um bom banho e começo a procura pelo vídeo game. Já estava ficando louco, quando desisto de vez e vou perguntar ao meu pai.


- Pai!


- Fala filho!


- O senhor viu o meu vídeo game?


- Ah... Não, por quê?


- Pai, fala a verdade.


- Okay, eu vendi.


- Mas por quê? Por quê? 


[...]


- E aí Dude?


- Más notícias...


- Ãnh?


- Meu pai vendeu o vídeo game... - Suspirei passando as mãos no meu cabelo conforme caminhava até o mesmo.


- Que droga...


- Sem problemas, podemos ver um filme no meu quarto.


- Foi mal pessoal. - Murmurei me sentindo mal por termos que replanejar a noite de hoje.


- T-tudo bem, veja pelo lado bom, iremos curtir um bom filme educativo e...


- De terror. - Matteo brincou engrossando sua voz para causar mistério e medo as nossas amigas.


- Nada haver, veremos isso depois... 


- C-concordo, 1 + 0 = 1, não podemos fazer uma votação, principalmente se temos 50% de chances do Simón estar do nosso lado ou não, então devemos escolher outra categoria.


- Ãnh? - Perguntei coçando a minha nuca confuso.


[...]


- Nossa esse chocolate está muito bom... Quem quer um pouco? - O italiano perguntou se enchendo da sobremesa fazendo todos rirem pela sua cara estar um pouco suja.


- Matteo, acho que a sua crush vai se decepcionar com essa... Essa sujeirinha aí... - Brinquei apontando para toda a sua boca trazendo mais risadas ao local.


- Ãnh? Aonde? Aqui? - O Balsano brincou sujando mais um pouco a sua cara.


- Ai mauricinho, você é único! - Luna riu negando com a cabeça.


- E você está suja, menina delivery. - Ri ao ver o moreno sujar a bochecha da mexicana, então ela ficou completamente vermelha de raiva, antes de se limpar e ajudar o nosso bebê.


- Na próxima vez que me sujar eu te mato, seu bobo!


- Eu não sou.


- É sim.


- Não sou

.
- É sim.


- Não sou.


- É sim.


- Não sou.


- É sim.


- Não sou.


- É sim.


- Não sou.


- Não sou.


- É sim.


- Não sou.


- É sim.


- Não sou.


- É sim.


- Não sou.


- É sim.


- CHEGA! - Nina gritou, mas infelizmente foi completamente ignorada.


- Vamos fazer um trote? - Perguntei começando a pegar o meu celular.


- Q-quê? - Ri ao notar que a Smionett estava se tremendo de medo.


- Vamos, mas para quem? - Minha baixinha sorriu animada, me orgulhando por estar tão poluída quanto eu.


"Meu bebê está crescendo... " - Ri com tal pensamento, enquanto procurava por alguém na minha lista de contatos.


- E-espera.... C-como assim? 


- Calma, vai ser com o Pedro... A missão é fazê-lo falar palavrão.


- Eu consigo.


- Consegue Dude? - Ri encarando o Matteo de forma desaviadora.


- Passa pra cá esse celular.


- Eu vou gravar isso com o seu, momento histórico.


- Ele nunca falou? - Luna perguntou me deixando confuso. - Palavrão, ele nunca falou?


- Odeia, mas iremos tentar fazer isso hoje.


- Okay, vamos ver.... 


- Está chamando?


- Hm... 


- Alô? Alô? Simón, pare de palhaçada.


- Calma, sou eu Pedro. 


- Matteo? Aconteceu alguma coisa?


- O-o Simón...


- O que tem ele?


- Eu estou aqui no hospital, pois no caminho, um carro e...


- Calma, respira e me conta direito. Não estou entendendo nada...


- O Simón sofreu um acidente... Ele foi atropelado.


- Quê? Como?! - Ouço o meu amigo se preocupar, enquanto que eu sentia a minha barriga doer de tanto que eu lutava para não rir.


- Do mesmo modo em que você caiu nesse TROTEEEE! - Matteo gritou caminhando pelo quarto.


- Vai a merda seu filho da p*ta!


- Quê? - Perguntei ao ter a impressão de ouví-lo falar algo.


- Repete, o sinal está horrível.


- Quer que eu repita? Okay, isso não se faz, então vai a merda seu filho da p*ta!


- Isso Dude, vira homem! - Matteo gargalhou desligando na cara do mesmo. - Feito, me passa essa delicia.


- Ele falou, que orgulho.


- Concordo, a mamãe está ficando poluída por causa de nós.


- Que filhos incríveis nós somos! - Ri comemorando com o italiano.


- Eu já volto, vou pegar suco.... Alguém quer?


- P-posso ir com você, Luna?


- Claro, vem Nina. Já voltamos meninos, mas no próximo trote eu quero fazer.


- Claro, Srta. Valente! - Ri assentindo, a morena apenas riu puxando a Simonett escada abaixo. - Que foi? - Ri nervoso ao notar a cara amarrada do Matteo.


- Nada...


- Certeza?


- Por que ela ri com tanta facilidade perto de você?


- Ah... Sei lá.


- Ela te conhece a menos de uma semana e... Vocês já estão assim?


- Fica assim não, eu tenho o charme.


- Dude, estou falando sério.


- Ela precisa de um amigo Matteo, não de um namorado... No momento ela quer apoio, não um cara complicando o coraçãozinho dela. - Afirmei ficando mais sério, e por sorte ele apenas ficou calado tomando o seu vinho.


- Acho melhor eu ir.


- Por quê?


- Cabeça bugada, e... E eu tenho um lance.


- Qual...?


- Chorar com o meu pelúcia. - O Balsano riu debochado e eu apenas ri fraco.


- Cara, não estou falando que não shippo Lutteo ou que eu seja um oponente, mas ela precisa respirar. Toda menina tem motivo para demorar, ela te ama, mas tem seus motivos para não namorar agora. Respira, vai com calma, okay? Sou seu amigo, e me importo com você.


- Valeu Dude, mas... Ficou muito gay! - O mesmo riu me dando um soco no braço.


- Ai mona, doeu... - Ri lhe devolvendo do mesmo modo.


- Gato, para de ser bruto que isso só se faz na cama. - Apenas ri observando o mesmo sair, mas quando notei ele roubar a minha barra de chocolate e pular pela janela, saí feito louco atrás dele. Praticamente corremos a rua inteira, até eu jogar o meu tênis no meio das costas dele. - Idiota!


- Na vida de um homem há muitos tesouros


- Calma, é um chocolate, não o seu namoradinho!


- Matteo, você está em uma posição perfeita para levar um pé na bunda, então cala a boca. - Ordenei começando a procurar.


- Nervosinho...


- Droga... Você viu o meu..


- Não, quer ajuda?


- Hm. - Assenti o ajudando a se levantar, então logo começamos a procurar. - Juro que se estiver com você, te mato.


- Calma, não está comigo não... Mas olha, pode ficar com o meu. - Ele sorriu retirando o seu da sua mochila.


- Não, eu vou encon... Não...


- Que foi?


- Ele morreu! - Brinquei apontando para o meio da rua.


- Eca... Que coisa cara... Sinto muito, foi uma perda horrível.. - O Balsano brincava fingindo estar chateado, antes de começar a rir junto a mim.


- Bom, sentirei falta dele....


- Que Deus o proteja...


- Ah... Quem disse que ele era religioso?


- Cala a boca Álvarez! - Ri ao receber um empurrão do mesmo. - Toma, eu tenho que ir. 


- Certeza? Isso aqui é muito caro...


- Compro dez desse, relaxa.


- Uau, o ricaço! - Ri todo debochado o fazendo rir e assentir.


- Eu sei, mais que o Bruce Wayne.


- Hum, ninguém é.


- Eu sou, pois eu sou o...


- Mauricinho, agora vamos voltar... Acho melhor irmos pela janela, se os pais na Luna não nos viram, nem devemos arriscar ou brincar com o fogo... O que acha, talvez por aquela árvo... Ei, vai aonde? - Perguntei parando de observar a janela.


- Embora, eu estava falando sério... Tchau.


- Certeza? - Perguntei não me referindo ao chocolate, mas sim a decisão dele ir embora.


- Sim, tchau.


- Valeu pelo chocolate... - Sorri antes de voltar para a mansão pela janela.


P.O.V. Ámbar
- Hoje o jantar foi bom, não acha? - Perguntei aliviada por tais ocorridos, enquanto que eu secava o meu cabelo com a toalha.


- Foi, mas a melhor parte foi...


- Já até sei... - Ri sentindo os braços fortes do Perida me envolverem por trás.


- Sabe é...? - Ouço seu sussurro no pé do meu ouvido, enquanto que os seus lábios roçavam nele de propósito.


- Claro, acha que eu não lhe conheço? Você adorou a sobremesa. - Afirmei o vendo assentir.


- Espertinha, me conhece bem demais... Foi engraçado também a parte do Maxi dando em cima da Jazmin...


- Ela nem notou, coitada. - Ri finalmente terminando de ajeitar o meu cabelo. Me virando para o mesmo o observei apenas de cueca e short todo jogado na cama. 


- Ah, lembra naquele momento em que os nossos pais ficaram falando sobre a empresa e as meninas quase morreram de tédio?


- Mas é óbvio, quase tirei foto daquele momento. - Sorri ao me sentar do seu lado. Sem falar nada me virei de lado para poder encarar suas íris de avelã, enquanto que ele fazia o mesmo acariciando o meu rosto. - Obrigada... - Sussurrei o vendo erguer uma das sobrancelhas.


- Por...?


- Por estar na minha vida... Eu te amo tanto... - Sussurrei novamente, tocando a sua mão que acariciava o meu rosto.


- Também te amo loirinha... Vem cá, vem. - Ri ao me aconchegar melhor em seus braços e sentir o seu calor me aquecer por completo. - Amanhã eu estava pensando da gente sair... Só nós dois.


- Sério? Para aonde?


- Primeiro eu estava pensando em irmos para um jantar romântico, mas seria rápido demais, então... Que tal irmos viajar?


- Ótima ideia, para aonde?


- Milão, sei que você adora... Só eu e você.


- Vai ser ótimo, finalmente algo só nosso. - Sorri selando por breves segundo os meus lábios com os seus.


- Concordo, andar em grupo sempre cansa... Estamos precisando de um tempo mais intimo minha baixinha.. - O ouço sussurrar conforme sua mão subia e descia na extensão do meu braço.


P.O.V. Simón
- Pronta?


- Hum...


- Está confortável?


- Sim, começa logo!


- Okay, calma! - Ri ao receber um tapa no braço. - Bom... Eu vejo com o meu olhinho algo imenso...


- Fácil, o céu.


- Errou feio, me referia a você por comer essas besteiras comigo! - Gargalhei ao receber alguns tapas no braço. - Ai.. Depois eu não consigo mais tocar...


- Palhaço.


- Sempre, agora a sua vez.


- ...Eu vejo com o meu olhinho...


- Lembrando que isso é um jogo, pega leve. - Sorri implicante, antes de jogar um biscoito na minha boca.


- Eu... Eu vejo a Lua...


- E lá vai ela... - Ri fraco relaxando mais o meu corpo, já pronto para ela expor seus sentimentos.


- Mas bem do lado dela, tem o sol...


- Hum... E...?


- Sobre a lua reflete a minha imagem, e o sol é a Ámbar... Não espera...


- Os elefantes já chegaram? - Ri ansioso para a sua louca aventura.


- Não.... A Ámbar está sumindo, é como se ela estivesse... Não!


- Luna, ei! Luna! - De imediato comecei a sacudir ela, mas nada, até que lágrimas começam a escorrer dos seus olhos que estava fechados. - Fala comigo! Sol! - Gritei, mas antes que eu pudesse raciocinar a pequena já se encontrava envolvida pelos meus braços, enquanto o meu peito ocultava seus soluços.


"Droga, Luna... O que foi isso? " - Suspirei levantando com cuidado o seu rosto.


- Então.. Vai me contar o que aconteceu?


- A Ámbar, foi como se ela estivesse caminhando no Roller, mas eu era ela e ao mesmo tempo não.


- Ãnh? Não, calma... Me explica isso direito.


- Ai, Simón... Raciocina! Era a Ámbar, mas era como se eu estivesse dentro dela, só tivesse a sua visão, entende?


- Sim, claro... Continue...


- Ela estava caminhando pelo Roller, até que mãos surgem do nada arrancando algo que aparentava ser penas brancas, tinha sangue e algumas roupas rasgadas...


- E...?


- E... Ela caí.


- Do palco? Na rua? Da cama? Aonde?


- Do sol...


- Do sol...? Aquele em que refletia a imagem dela?


- Sim, e eu começo a aparecer nele, na lua e no sol.


- Entendo, mas e o sangue? Você disse que junto dessas penas brancas tinha sangue... Ela estava ferida?


- Sim, doía muito as costas...


- O que acontece quando ela caí?


- Chega no chão, ora!


- Luna!


- Okay... Ela estava com frio, no escuro, suas assas estavam negras, mas com algumas penas faltando, suas roupas tão sujas que podiam ser confundidas com o preto e...


- E...?


- Eu não sei, apenas não consigo ver mais...


- Uau... Isso tudo em um jogo?


- Minha imaginação...


- Voa longe, sempre a mesma resposta. - Suspirei a abraçando com mais força. - Devemos parar de fazer isso, não é?


- Não... É algo só nosso...


- Claro, não existe outra pessoa que ao invés de falar eu enxergo com o meu olhinho uma coisa branca chamada estrela, não, vem logo anjos, assas, dor, frio, luz, mãos e... Os elefantes cor de rosa, não podemos nos esquecer deles! - Ri fazendo uma dancinha engraça apenas para fazê-la rir.


- Para Simón, você vai acabar caindo do telhado! - A morena riu me puxando novamente para me sentar.


- Então, vai contar para ela?


- Eu? Não, vou assustá-la contando sobre isso... Ela vai pensar que eu sou maluca.


- Luna, lembra que eu disse para você que sempre, você sempre iria alcançar os seus sonhos?


- Hum, por quê?


- Então... Esse não, okay?


- Com certeza não. - A mesma riu se acolhendo no meu peito.


- Ai baixinha.... Você sonha alto... Ás vezes até demais. - Ri depositando um beijo ou outro no todo da sua cabeça. 


- Falando em patinação.


- Ãnh? Pera, como...?


- Vai ter uma competição e...


- Nem vem, sou péssimo.


- Como assim? Simón, você é o meu melhor amigo e seria como um sonho realizado patinar com você.


- Então, eu sou o seu melhor amigo? - Sorri todo bobo, a vendo corar.


- B-bom, você...


- Olha só, Luna Valente se declarando para mim e eu nem estou gravando... - Gargalhei novamente levando um tapa no braço. - Ai... Que bruta... - Ri segurando os seus punhos e a puxando contra o meu peito. - De qualquer forma ainda não vi a parte em que você fica me bajulando sobre o meu "talento " nos patins.


- Nina disse que você comentou sobre patinar.


- Não desse jeito, eu patinava na infância, mas não desse jeito.


- Por favor... - Observando aquelas íris verdes não pude deixar de me encantar, tinha algo naquela baixinha que me contagiava. Não sei se era a energia, o sorriso, a alegria, suas risadas, sua paixão pela patinação, seus sonhos loucos, mas sentia conhecer ela a muito tempo.

 
- Okay.. - Ri a vendo arregalar os olhos.


- Sério?


- Sério, nós vamos patinar na próxima competição que tiver.


- Ahhhhh! -  Aquela pipoquinha gritava me envolvendo em um forte abraço. - Obrigada! Obrigada! Obrigada! Você não sabe o quão feliz eu estou... Eu te amo!


- Opa... Mas já? Tão rápido Srta.Valente?! - Impliquei tirando uma mecha do seu cabelo da frente do seu olho. 


- Filha, posso entrar? - Pude ouvir uma voz masculina e logo tive vontade de rir ao ver o pânico na morena.


- Droga.. Você vai ter que se esconder. 


- Mas aonde...? Luna, espera... - Ri sendo arrastado para dentro do quarto. - Vai me por debaixo da cama?


- Sim.


- Clichê, mas talvez o banheiro.


- Isso...


- Não, todo mundo procura no banheiro, outro clichê.


- Então, aonde?


- Manda ele entrar. - Pedi ficando atrás da porta, segurando a maçaneta.


- O quê?


- Vai logo. - Sussurrei contendo o riso. 


Assim que a porta foi aberta, o homem entrou e conforme ele ia conversando eu o imitava e fazia palhaçadas atrás dele, a morena toma um rubor a cada segundo mais forte. Luna realmente estava tentando conter o riso, mas depois que o homem foi embora, fingi seguí-lo, até sentir um puxão para dentro do quarto e ver a pequena fechar a porta.


- Ai... Rasga a minha roupa não.


- Eu quase morri. - Ela riu me abraçando.


- Morre não, posso dar uma de Romeu... - Brinquei a jogando sobre o meu ombro.

 
- Duvido.


- Olha... Não inventa, nem sabe o quanto eu estou gostando de você.


- Cara de pau, diz isso e ainda fica dando em cima da minha prima.


- Quem? Nem conheço. - Brinquei a deitando na cama e logo me sentando ao seu lado. - Mas agora é sério, somos amigos... E segundo, Ámbar também será a minha amiga.


- Simón...


- Fala.


- Você vai para o Roller que horas?


- Amanhã? Bom, meu turno começa... Ás... 06:34.


- Sério? 


- Sim, por quê?


- Pode me levar na escola?


- Claro, que horas?


- Quase na mesma.


- Que horas?


- Juro que não é tão cedo.


- Luna, fala e para de enrolar! - Ri lhe dando uma leve cotovela para a segurança surgir naquele pingo de gente.


- Bom, ás... 05:00.


- Oi? Que tipo de escola é essa?


- Então, se você demora para se arrumar precisa acordar cedo.


- Quase de noite, não é mesmo? - Ri debochada a vendo assentir. - Okay, eu vou, mas no caminho você pagar o café da manhã.


- Toma aqui.


- Com o seu pai, aquele que eu tirei deboche.


- E a minha mãe.


- Ah... Okay, pode deixar... Com certeza.


- Sem deboche, vai ser legal.


- Vai?


- Vai.


- Jura?


- Juro juradinho, então.. O que me diz? - Luna riu e eu apenas acompanhei assenti.


- Que controle é esse que você tem Valente?


- Não sei, mas obrigada!


- Pelo quê?


- Você aceitou patinar comigo, ninguém queria...


- E o Matteo?


- Ah.. Nem pedi.


- Luna.


- Okay, felei que iria patinar com você.


- Quê? Quando?


- Estava com um certo nervoso de ficar horas sozinha com ele, então já disse que iríamos patinar juntos.


- Hmmmm.... Já estava pensando em besteira? Que menina impura. - Ri implicante conforme a mesma corava.


- A-ah... Bom, acho melhor você ir e... E eu preciso dormir, não é mesmo?


- Fujona! - Brinquei descendo pela janela. - Boa noite!


- Não grita... - A mesma pediu sussurrando.


- Também te amo.


- Bobo!


- Chata! - Ri devolvendo na mesma moeda, antes de me virar e quase esbarrar com uma loirinha dos olhos azuis.


- Ai, garoto, você não olha para frente?


- Foi mal... Uma boa noite para você também.


- O quê? Está me chamando de mal educada?


- Quê? Não, apenas estou fazendo algo que muitos devem fazer antes do mal-humor. Se bem que para você ter se ofendido a carapuça deve ter servido. - Ri implicante a vendo bufar. - Brincadeira.. Ei... Abre um sorriso, olha como a noite está bonita, e...


- Está pensando que é como antigamente? Você fala para eu sorrir e como uma idiota faço? Nem morta, Álvarez.


- Antigamente era assim, tirando o fato de você ser idiota... Pois eu nunca achei isso, agora está sendo meio... Maluca, talvez?


- Quê?


- Lembra não?


- Não.


- Vou ter que contar um dos ocorridos? 


- Não sei do que você está falando, seu idiota.


- Nervosinha, está de TPM?


- Não, mas eu não preciso disso para a minha mão voar na sua cara.


- Quê? Duvido, você me ama lá no fundo.


- Amo? Deve ser bem no fundo para eu nem sentir.


- Nossa, assim dói... - Ri implicante, louco para vê-la sorrir de uma vez. - Você realmente não lembra?


- Lembra do quê?


- Dos momentos em que eu fazia você sorrir...

- Oi, linda... - Sorri a vendo fechar a cara. - Fiz algo de errado? - Perguntei, mas apenas ouvi o armário bater com força, antes dela ir embora. - Matteo.


- Fala, Dude! - O Balsano me cumprimentou animado, mas apenas me mantive focado.


- Fiz algo de errado?


- Me deixou no vaco.


- Ah.. Perdão, é que a Ámbar, ela... - Tentei me achar em tudo aquilo, enquanto corrigia um dos meus erros, porém o bobo ria.


- Relaxa, nem tudo é com você.


- Ãnh?


- Você vai se mudar, acha que ela está como? E os pais dela estão ocupados demais com os irmãos dela, fingem que a nossa loirinha nem existe.


- Droga... Vou ir me resolver... Te vejo no almoço?


- Claro, boa sorte.


- Tá, valeu! - Agradeci caminhando de forma apressada até a Delfi que vendia os convites do baile. Após comprar, combinei com o pai da Ámbar de um dos motoristas nos levar, da mãe dela comprar um vestido bem bonito, eu iria de terno, levaria flores, tudo ao modo princesa só para ela.


Quando ouço o sinal tocar, pego o meu material e saio correndo a procura dela, mas apenas a encontro saindo na chuva, pegando o meu  guarda chuva corro até ela.


- Ámbar, oi! - Sorri abrindo o objeto e nos protegendo da chuva.


- ...


- Já sei, está zangada, mas eu tenho algumas coisas para lhe dizer. Primeiro, só porque eu vou sair da escola, não quer dizer que o amor também vá, somos amigos, nada vai mudar. Segundo, se os seus pais estão sem tempo, da um desconto para eles, gêmeos deve ser barra pesada, e terceiro... Quero me despedir com estilo, e acho que seria muito bom irmos para o baile de primavera... Aliás, como a minha amiga deveria me apoiar ao imaginar que eu possa encontrar uma garota como você. - Ri vendo a mesma revirar os olhos, continuando com seu mal-humor. - Ri.. Vai, ri só para mim... - Pedi tomando as suas mãos com carinho.


- Nunca Álvarez... - Ela riu corada. - Você nunca vai achar alguém como eu...


- Jamais, aonde eu estava com a cabeça? - Sorri aliviado ao sentir aquela loira dentre os meus braços. - Vamos aproveitar, não quero arrependimentos no futuro, quero curtir com a loira mais linda do mundo... - Sussurrei sentindo seus lábios depositarem alguns beijos sobre o meu ombro.


- A loira?


- A menina mais linda do mundo... - Ri entrando no seu joguinho.


- Agora sim você acertou, Simón.


- Toda molhada, espero que não fique resfriada para o nosso dia. - Sorri pegando o meu casaco da mochila e cobrindo os seus ombros.


- Eu me lembro muito bem, não preciso disso... 


- Então...?


- Então o quê?


- Sorri.


- Por quê?


- Você não tem motivos para ficar sem expor um sorriso tão lindo como seu, então... Sorri, pois eu aposto que todos gostariam de admirar tal ato vindo da loira mais linda do mundo.


- Loira? Continua errando Álvarez?


- Eu? Não, isso foi um teste. Sei que você é a mais bela do mundo, principalmente quando sorri. - Insisti vendo um sorriso se formar em seus lábios. - Viu como fica linda?


- Boa noite, Álvarez.


- Boa noite... - Sussurrei segurando a porta, enquanto me apoiava na patente.


- Boa noite. - A mesma responde um tanto séria, mas ainda sim risonha.


- Boa noite...


- Simón!


- Ámbar...


- Para.


- Estou parado! - Ri continuando com as minhas implicâncias.


- Idiota. - A argentina riu e eu apenas neguei com a cabeça.


- Faz isso não, tenho sentimentos sensíveis.


- Deixa eu fechar a porta.


- Não...


- Por quê?


- Porque quando isso acontecer, você vai voltar a ser aquela chata de antes...


- Quem disse?


- Não gosto de joguinhos Ámbar.


- Para conquistar a minha amizade, vai ter que aceitar muitos Simón.


- Eu sei... Mas peço para que não seja tão cabeça dura. - Sorri estendendo o meu dedo mindinho.


- Serei o mais boazinha possível. - Ela sorriu entrelaçando nossos dedos, antes de eu puxá-la para um abraço. - Bom, agora boa noite.. - Ela sussurrou fazendo com que eu me afastasse da porta.


- Boa noite... - Me despedi sentindo a falta de suas resposta, então parei de imediato exigindo uma resposta. - Ámbar.


- Fala.


- Boa noite, agora devolve.


- Boa noite... - A argentina sorriu adentrando a mansão.


- Boa noite... - Sussurrei todo bobo ao ver que aquela pedra tinha um brilho oculto. - Ámbar... Ámbar... - Sussurrei risonho, enquanto voltava para a minha casa.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...