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História Things i Can't ( Larry Stylinson) - Colors of me...


Escrita por: crushforstyles

Capítulo 8 - Colors of me...


Fanfic / Fanfiction Things i Can't ( Larry Stylinson) - Colors of me...

Louis estava sentado na praia, ligando mais um vez para Harry...mais uma vez sem obter resposta nenhuma. Já havia se passado alguns dias desde a festa de Niall, desde a discussão no carro, desde que Harry o havia chutado para fora de sua vida. Sem qualquer motivo que fosse ao menos convincente. Era apenas medo.

Podia entender o ponto de vista do garoto, mas isso não fazia com que doesse menos. Era irônico pensar que veio parar ali para se recuperar de um coração partido. Não esperava reencontrar Harry daquela forma. Não planejou se apaixonar pelo melhor amigo de seu irmão mais novo. Mas também não conseguiu evitar a maneira como Harry se insinuou em seu mundo. Em como Harry se tornou sua fonte de inspiração, razão do seu sorriso constante. E como agora havia se tornado a razão daquela dor insistente que comprimia seu peito.

Pensou em fazer as malas e desaparecer. Voltar para sua casa em Los Angeles e esquecer tudo isso. Mas sabia que não podia fugir de si mesmo ou fugir do que sentia por Harry.

Além disso, tinha um fio de esperança que Harry pensasse melhor e colocasse a cabeça no lugar. Mesmo que não quisesse mesmo levar adiante aquilo que tinham, não queria que o garoto desistisse de seus sonhos por se sentir preso aos erros da irmã. Harry tinha talento e isso estava sendo desperdiçado ali naquele lugar.

Tentou ligar mais uma vez...

 

Harry olhou o celular tocando em cima da mesa. Louis não parava de ligar e aquilo já estava começando a irritar. Pegou o telefone e desligou mais uma vez, voltando sua atenção para os desenhos que estava fazendo com Colin. O menino parecia ter o mesmo talento que ele para desenhar. Esperava que o sobrinho tivesse mais sorte do que ele e não desperdiçasse seu dom, se enterrando em uma cidade esquecida por Deus!

- Por que nunca mais fomos ver o Louis? – o menino perguntou.

Harry o olhou surpreso, sem saber como responder aquilo.

- As vezes acontece Colin. – ele disse triste – algumas pessoas vão embora.

- Mas por que elas vão? – o menino não entendia.

- É complicado. Coisas de adultos.

- Podemos dizer “oi” pra ele? – Colin pediu – mesmo que ele tenha ido embora? Louis era legal!

Harry queria gritar, mas o grito ficou preso na garganta. O sobrinho não tinha como saber o quanto aquilo fazia mal ao tio. Era apenas uma criança inocente e que havia se apegado demais a Louis.

- Não. As vezes as pessoas vão e nunca mais voltam. – ele suspirou.

- Igual meu pai? – novamente o menino o encarou, curioso.

- Exatamente como seu pai. – Harry bufou.

Felizmente Gemma tinha terminado seu turno e veio pegar o filho, pois Harry não ia aguentar continuar falando sobre Louis. Se encolheu arisco quando a irmã se inclinou para beijá-lo. Foi um gesto involuntário, pois ainda estava magoado com as coisas que ela havia dito de maneira tão cruel. Deixou o sobrinho com a mãe dele e se afastou, cabisbaixo.

 

Louis correu para o mar e se jogou na agua. Se deixou levar pelas ondas, como se isso pudesse afastar a dor que pesava em seu coração. Não queria pensar em Harry. Não queria pensar em nada. Apenas respirar aquela liberdade e leveza que apenas o mar proporcionava.

Pouco depois ficou observando o por do sol, naquele seu lugar especial, onde havia estado com Harry, na primeira vez que surfaram juntos. Sentiu-se vazio e perdido. Da mesma forma que se sentia quando chegou ali. As lagrimas correram em seus olhos, sem que pudesse evitar. Estava novamente apaixonado por alguém que não dava valor a esse sentimento. Estava novamente quebrado. Poderia escrever um best seller sobre isso.

Mal sabia ele que Harry também surfava perto dali. Tentando da mesma forma, sentir-se mais leve e mais livre. E encontrando o mesmo tipo de frustração. O mesmo tipo de solidão e vazio.

Depois de muito tempo ali, voltou pra casa apenas para encontrar Gemma de pegação com Ashton, sem nenhum pudor. Saiu batendo a porta, querendo gritar pela rua, socar alguém, sumir.

O golpe definitivo veio quando passou pela enorme parede que havia pintado. Sua mais orgulhosa arte. E viu seus desenhos sendo cobertos por uma tinta creme sem graça. Sem vida. Era uma parede publica e ele sabia que sua arte não seria vista ali por muito tempo. Mesmo assim doeu! Era como se seu sonho estivesse sendo apagado. Coberto. Perdido a vida com aquela cor pálida.

Louis o inspirou a pintar aquela parede e até isso estava perdido agora. Novamente o grito de desespero ameaçou rasgar sua garganta. A dor era insuportável. Harry sentia que estava sendo enterrado vivo. Sentia que gritava no meio da multidão, mas ninguém parecia ouvi-lo. Ninguém parecia se importar. Estava totalmente sozinho.

Os dias seguintes foram um inferno para Harry. E para Louis.

Harry passava muito tempo olhando o mar e sentindo aquele imenso vazio em seu peito. Louis passava horas olhando a tela do computador, sem conseguir escrever uma única linha. Ficar em seu quarto era uma espécie de tortura, porque o cheiro de Harry parecia estar em todo lugar. As lembranças de seus corpos entrelaçados naqueles lençóis, os sussurros...

Louis passou a dormir no quarto de hospedes e estava decidido a voltar para Los Angeles. Já havia aceitado que Harry não mudaria de opinião.

Enquanto isso, Harry passava noites insones, lembrando cada detalhe de seu tempo com Louis. Do primeiro beijo na espreguiçadeira da casa dele, olhando as estrelas. Da primeira vez em que fizeram sexo e de como sentiu-se confortável naqueles braços. De como Louis era carinhoso e cuidadoso com Colin. De como o menino parecia sentir a falta dele. Da maneira cruel como o havia tratado na ultima vez que conversaram. Se revirava de um lado pro outro na cama, sem conseguir esquecer aqueles beijos, aqueles toques, aquele cheiro. Estava muito fodido e não de um jeito bom!

Saiu da cama e dirigiu até a casa de Louis. Queria esquecer tudo que havia dito. Tudo o que Gemma havia dito. Queria apenas se refugiar nos braços de Louis mais uma vez. Mas não ousou sair do carro. Já era muito tarde e as luzes estavam todas apagadas. E Harry ficou ali, dentro do carro, remoendo sua estupidez. Sua covardia.

Assustou-se quando seu celular vibrou. Seria Louis?

Era uma mensagem...

“Hey Styles. Aqui é o Cody Burke da CalArts

Recebi seu portfólio e sua inscrição. Ficamos surpresos ao ver que se candidatou novamente. Mas estamos felizes que o tenha feito. Tem algumas coisas que precisamos conversar antes de continuarmos, então me liga quando receber essa mensagem. Estou na sessão 20. Aguardo seu retorno. Se cuida, cara.”

Harry soltou o ar que nem tinha percebido que estava prendendo. Ele tinha entrado novamente na melhor faculdade de artes da California! Não podia fazer merda dessa vez!

Queria dançar no meio da rua e comemorar.

Queria entrar naquela casa e dizer a Louis que ele tinha conseguido.

Queria agradecer aquele homem por ter acreditado nele e o incentivado a se inscrever novamente.

Mas não fez nada disso. Apenas deu ré em seu carro e voltou pra casa. Tinha uma decisão importante a tomar agora.

Encontrou Gemma semi inconsciente na cama e um frasco de comprimidos para dormir ao lado dela. Estupida criatura!

- Gemma, levanta! – ele a sacudiu – o que está fazendo?

- Dormindo. – ela resmungou.

- Sim e com alguma ajuda! – ele jogou o frasco sobre ela e se virou pra sair.

- Hazz, espera... – ela chamou. – Ash conseguiu aquele emprego. Em Portland e eu preciso ir com ele. Posso ganhar um bom dinheiro lá. Mas... eles não aceitam crianças!

- O que quer dizer com “não aceitam crianças”?

- Não sei. Eles não aceitam crianças. E de qualquer forma, Ash não aceita Colin muito bem.

- Consegue se ouvir Gemma? – ele revirou os olhos – por que continua com esse cara que nem aceita seu filho?

- Colin vai ter que ficar aqui com você e o papai! – ela ignorou a frustração do irmão – pelo menos até tudo se arranjar por lá.

- Por quanto tempo?

- Não sei ao certo. Seis meses. Um ano!

- Sabe que não posso dar conta do papai e do Colin sozinho. Eu tenho que trabalhar Gemma e eu tenho uma vida.

- Eu sei. – ela o encarou. – mas ele não pode vir comigo.

- Você nem me ouve. Não se importa com o que eu quero! – ele se irritou – Colin é seu filho. Sua responsabilidade. Que porra!

- Posso ganhar três vezes mais lá do que ganho naquele mercado onde trabalho. – ela insistia.

- Eu desisto de você! – Harry levantou os braços em rendição e saiu do quarto da irmã.

Harry não voltou pra casa naquela noite. Gemma avisou Colin que teria que se mudar e que ele ficaria com o tio. O menino pediu para ir junto, mas ela insistiu dizendo que Harry precisava de companhia e que o buscaria assim que possível. Colin ficou triste, mas pelo menos teria seu tio amado para tomar conta dele.

Estavam terminando o jantar quando o telefone tocou. Gemma ficou surpresa com a ligação que recebeu e descobriu que não sabia nada sobre seu irmão.

 

Harry acordou com vozes ao redor. Se espreguiçou dentro do carro e esfregou os olhos. Estava estacionado diante da CalArtes, esperando abrir para decidir seu futuro.

Saiu do carro e andou por ali, ajeitando as roupas amassadas ao perceber os playboyzinhos que frequentavam a faculdade. Olhou tudo ao redor, fascinado. Mal podia acreditar que tinha sido aceito novamente. Procurou a recepção para poder falar com Cody o cara que tinha ligado pra ele.

Algum tempo depois, estava sentado e seu lugar favorito, olhando o mar e tentando assimilar as ultimas horas.

Tinha a chance de ir pra Faculdade que escolheu.

Gemma estava indo pra Portland por um ano.

Colin seria deixado com ele.

Como ir pra Faculdade, se tinha que cuidar de um garoto de cinco anos e um pai que não podia ser deixado sozinho?

Como pagar por seus estudos? Onde morar?

Gemeu frustrado e se assustou quando sentiu uma mão suave em seu ombro. Allison! Era sua ultima amiga naquele lugar, apesar de toda a confusão que foi o relacionamento deles. Precisava dividir com alguém a novidade.

- Ei Hazz. – ela o beijou na bochecha.

- Oi. – ele disse sem jeito – eu entrei Ally.

- Do que está falando? – ela sentou-se ao lado dele.

- CalArtes me aceitou. – ele sorriu – eu entrei! Mas agora não sei como fazer isso.

- Tem que dar um jeito Harry! – ela segurou a mão dele – tem que ir embora ou ficará preso aqui pra sempre.

- Eu não me sinto preso aqui. – ele mentiu.

- Se sente como um animal enjaulado. – Allison riu – você é um espirito livre e nasceu para ganhar o mundo. Mas acabou enterrado aqui.

- Gemma está querendo ir pro Oregon. – ele disse cabisbaixo.

- Talvez ela tenha que ficar. Talvez seja hora dela ser responsável. Colin é responsabilidade dela e não sua.

- Não consigo deixa-lo.

- Arranje uma forma de não desistir de seu sonho novamente. Ei , se anime. Temos que comemorar e não ficar com essa cara de enterro.

- Tem mais uma coisa que preciso te contar... – ele disse hesitante – mas não tenho certeza de como fazer isso.

- Eu já sei...sobre Louis. – ela disse e ele a encarou – já sei há algum tempo Hazz. Não sou tão cega quanto imagina.

Harry sentiu-se culpado e desviou os olhos.

- Eu tentei negar. – Harry começou a dizer devagar – você era a única pessoa que me fazia desejar não me sentir dessa forma. Mas nada disso importa mais agora. O mundo é mesmo uma merda! Eu sempre quis ser tudo pra você. Sempre me preocupei em não te deixar faltar nada e tentei de verdade, ser um bom namorado. Mas falhei miseravelmente nisso.

- Você o ama? Louis...

- Isso não importa. – Harry desviou os olhos para o mar.

- É serio, Hazz. – ela o forçou a encará-la – Louis é uma pessoa maravilhosa e realmente se importa com você. Não se pertence as pessoas para sempre.

- Então por que eu deveria me importar, se não vai durar?

- Não valeu a pena?

- Sim. – ele disse quase num gemido – valeu muito a pena!

A garota sorriu e ele sentiu-se corar.

- Posso te pedir uma coisa? – ele brincava com os dedos dela – posso ficar na sua casa hoje? Eu preciso realmente descansar e não aguento encarar a Gemma nesse momento.

- Pode sim, mas não pense que vai poder me foder essa noite.- ela disse brincalhona e ambos riram.

Allison observava mais tarde, aquele garoto lindo adormecido em sua cama. Harry estava pronto para alçar voo e seguir seus sonhos. Sabia que não o veria por longo tempo, mas torcia pelo seu sucesso. Harry merecia ser feliz e desejava sinceramente que ele encontrasse isso nos braços de Louis.

 Os dois eram como peças do mesmo quebra cabeça. E tinham mais coisas em comum do que podiam imaginar. E tinha a arte de ambos que os ligava. Louis com as palavras. Harry com as cores. Poderiam colorir o mundo juntos. E talvez transformar essa história de amor em um belíssimo livro.


Notas Finais


Finalzinho chegando...
se preparem para dizer adeus...
love always


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