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História Things Prohibited - Casa (FINAL)


Escrita por: dorota

Notas do Autor


Oi gente.
Finalmente saiu esse último capítulo, eu to muito nervosaaaa!!!!!!!!!!!
Mds eu iniciei essa história no comecinho de 2014 e já estamos no final de 2016, é muito tempo!
eU realmente sou muito grata a todos vocês que tiveram paciência comigo e minhas demoras, por todo o apoio e carinho que tiveram com a fanfic <3
Vocês são todos incríveis, obrigada mesmo!
E gente, eu mudei um pouco a idade das meninas, porque quando eu comecei a fanfic a Charlotte ainda tinha 15 aninhos, Fizzy 13 e as gêmeas com seus 9 anos, e ficou assim mesmo. beleza
Eu espero que gostem desse capítulo final, ficou bem comprido, se ficar chato pra ler deem uma pausa, façam um lanche e volte pra terminar uahsuhsuhsuahsaushush talvez o final tenha ficado meio sem graça, mas eu sempre imaginei algo assim para os dois, não sei
Ahh sim, provavelmente eu ainda irei postar um epílogo
apenas para deixar claro como cada um continuou a vida, o que se sucedeu
talvez ainda haja alguns erros ortográficos, eu dei uma olhada mas sempre passa algum, me desculpem por isso, espero que não atrapalhe a leitura

Boa leitura...

Capítulo 63 - Casa (FINAL)


LEIA AS NOTAS INICIAIS, POR FAVOR

 

 

—Mas que porra? —Merda, eu estou tremendo tanto. —Como assim? Não... Minha roupa merda, eu tenho que me trocar eu preciso, olha para mim! Caramba eu preciso me maquiar e pentear os cabelos, o que eles vão pensar mas que droga olha para mim!


 

—Estou olhando. —Estava calmo. Que maluco, ele estava calmo como se o mundo não estivesse prestes a explodir bem ali na nossa frente. Exasperei. —Está perfeita, eles iram adorar você.


 

—Você deveria ter me avisado. —Apontei o dedo para ele. —Que droga Tomlinson! É a sua família, eu quero impressionar e não desapontar.


 

—Você não vai amor, eu juro. —Neguei com a cabeça e ele concordava. Imbecil do caralho.


 

—Eu não sei nada sobre eles, estou tão nervosa. —Escondi meu rosto com as mãos. Louis as tirou dali sem meu consentimento, o olhei brava. —Eles estão nos esperando?


 

—Estão. —Entortei a boca desgosto. —Eu conversei com eles, ficaram felizes quando disse que traria você. Relaxe, eles já te adoram.


 

Respirei fundo e sorri, calma porque não precisa de todo esse desespero. É só a família do cara que eu amo, e quem sabe eu posso estragar tudo quando os conhecer e Louis pensar melhor sobre nós, aí então ele vem me dizer: "Olha pensei melhor sobre nós... Acho que não vai dar certo.”. Isso, calma. Respira.


 

—Eu preciso da minha bolsa. —Disse baixinho, talvez o pânico já tivesse consumindo minhas cordas vocais. Talvez eu não conseguisse nem dizer meu nome para seus pais e eles rissem de mim.


 

—Você sabe que está exagerando de novo, não é? —Perguntou todo cauteloso, neguei com acenos de cabeça mas ele concordou. De novo isso. —Meus pais iram te adorar, confia em mim.


 

O olhei pelo canto dos olhos, ele queria me passar calma mas eu o via nervoso também. Que merda.


 

—Tudo bem. —Ele sorriu, relaxando os ombros. —Só preciso da minha maquiagem.


 

Ele não negou, apenas saiu do carro e abriu o porta-malas, me trazendo logo depois a maleta de maquiagem que ganhei no Natal de Hannah. Suspirei e comecei a esconder tudo o que eu achava ruim, eu queria tanto ficar perfeita para os pais dele me olharem e verem. Ela é a garota perfeita para ele. E então iriam dizer isso para Louis e ele concordaria, na minha frente.


 

—Uso qual batom? —Lhe mostrei as cores e ele escolheu o mais claro, o passei me olhando no espelho da maleta. —Ótimo, legal, isso vai dar certo.


 

—Okay, vamos lá. —Louis iria girar a chave do carro mas eu o parei. —O que foi agora Amélia?


 

—O cabelo. —Apontei para nossas cabeças e ele me olhou entediado. —Parece que acabamos de fazer sexo!


 

—Bom... É por que acabamos de fazer mesmo? —Perguntou óbvio com os olhos em fenda. Rolei os olhos e peguei uma mini escova de dentro da maleta. Passei em meus cabelos com pressa e Louis comprimia os lábios. Ele queria gargalhar, sei que queria.


 

Me virei para ele e penteei seu cabelo, ele soltou uma risada baixinha enquanto eu fazia isso.


 

—Nem começa. —Disse ameaçadora, ele engoliu sua risada boba e eu sorri, sem que ele visse claro. —Certo, estamos prontos.


 

—Até que enfim. —Louis ligou o carro e acelerou para dentro da propriedade. —Mamãe estava nos observando, consegui vê-la pela janela.


 

—Merda, ela acha que sou neurótica agora. —Bati em minha coxa, o olhar baixo com medo de já ver seus pais. Mas eu teria que ver e sem demonstrar nervosismo.


 

—Você é, um pouco. —O ignorei, Louis só estava piorando tudo naquele momento. Levantei a cabeça e vi a mulher saindo da janela enorme da casa e sumindo, batuquei os pés nervosa, então a mulher apareceu na porta da frente da casa. Ela tinha um sorriso tão bonito. O mesmo do Louis.


 

E os dois eram parecidos, cor de cabelo e pele, nariz e o jeito do sorriso. Como era contagiante. Eu já gostava dela.


 

Louis estacionou o carro, fechou os olhos e eu vi seus lábios contando em silêncio. Tão nervoso quanto eu, mas ele necessariamente não precisava, é sua família aqui.


 

—Eu amo você. —Disse e pensei, talvez Louis estivesse nervoso por conta de minha idade, então eu queria deixar claro que o amava acima de tudo. —Amo mesmo.


 

—Eu sei. —Desprendeu o cinto e respirou alto. —Eu amo tanto você, amo amo amo.


 

E me beijou com todo o carinho que acumulou com suas palavras. Eu me senti leve e sorri enquanto ainda o beijava.


 

Saímos do carro e minha cara deve ter sido engraçada ao ver toda aquela gente ali, as crianças ao menos riram.

Eram oito pessoas contando com os dois bebês, que já deveriam estar com seu dois ou um ano. Eu fiquei apavorada.


 

—Minha mãe e padrasto. —Louis sussurrou para mim enquanto segurava minha mão com força. —E minhas irmãs e irmão. Respire Amy.


 

Eu respirei e sorri abaixando a cabeça. AimeuDeusaimeuDeus! Socorro.


 

—Não esperava toda essa comissão. —Louis brincou e eu levantei a cabeça para o ver sorrindo para aquela família. Família gigante. —Oi gente.


 

E uns segundos de silêncio, daqueles segundos bem estranho mesmo, olhei para a família gigante, eles sorriam.


 

—Essa é Amy, quem falei que traria. —Parei de respirar, eu tinha que lançar um sorriso bonito para a família bonita mas tudo o que eu consegui foi apertar meu lábio inferior contra meus dentes superiores. Com tanta força que doeu e quase sangrou. —A minha namorada.


 

A primeira a falar foi sua mãe, e sua voz era tão bonitinha que eu então queria me sentar para conversar.


 

—Seja bem vinda querida, estamos tão felizes que nosso Louis finalmente tenha encontrado alguém. —Ela desceu as escadas de madeira. Eram apenas três degraus baixinhos pintados com tinta branca. —Sou a mãe dele, Johannah, mas me chame de Jay, por favor.


 

—Oi Jay. —Ótimo, estou no controle de novo. Sorri feliz e me aproximei para lhe abraçar. Está tudo sob controle. —E-Eu, nossa... E-Estou bem feli..z, é, é um p-prazer.


 

Não tem controle algum aqui. Repito, não tem controle algum aqui. Eu preciso fugir.


 

Johannah ri. Ela me achou uma piada. Sou patética e preciso fugir.


 

De repente todos estão descendo as escadinhas e abraçando Louis, estão rindo e vindo até mim. Eu entro em pânico e entro no modo automático de sorrir e abraçar. Sem falar nada.


 

—A gente sentiu tanta a sua falta bebê. —Jay acariciou o rosto bonito de Louis.


 

—Mãe, pelo amor de Deus, eu sou um homem! —Ela e seu marido riram, ri também porque eu queria ser sociável mas por dentro estava esperando o momento certo para começar a correr.


 

—Certo rapaz. —Seu padrasto que se apresentou como Dan, lhe deu dois tapinhas nas costas. —Que bom que voltou para casa, já fazem cinco anos.


 

—Eu sei. —Comprimiu os lábios e depois sorriu torto. —E esses dois, estão enormes!


 

Foi em direção a sua irmã que se apresentou como Félicité, ela estava com os dois bebês nos braços, Louis pegou um e sorriu todo bobo.


 

—Eu mandei fotos e convites em todo o aniversário deles. —Sua mãe coçou o canto do olho direito, ela estava emocionada, previa que logo ela choraria. —Mas você não apareceu... Que bom que você voltou.


 

—Sim, voltei. —Louis beijou a bochecha de Félicité que abriu um sorriso igualzinho o dele, o abraçou de lado fechando os olhos e deitando a cabeça em seu peito. —Hey, trouxe presentes.


 

—É mais algum guia do corpo humano? —Charlotte perguntou, toda atrevida e aquele cabelo praticamente todo prateado dela me fez sorrir. Tenho certeza se Hannah já iria a amar de primeira vista.


 

—Não Lottie, sem guias de corpo humano dessa vez. —Ele soltou Félicité e me lançou o olhar. E eu entendi, porque nos amávamos e é exatamente isso que acontece. Ele pensava em quando ainda namorava titia e a pedia ajuda para o presente das meninas, ela comprava guia do corpo humano ou algo assim. Ri.
 

—Boo nós temos presentes para você também. —Uma das gêmeas disse, tenho quase certeza ser a Phoebe mas pode ser a Daisy. São tão iguais. Me lembrei de quando Harry o chamava daquele jeito, engraçado. E fofo(um segredo).


 

—Estou louco para ver Daisy! —Falou todo animado, bagunçou os fios lisinhos da cabeça da menina pequena. Ele estava tão feliz então eu desisti de fugir quando eles se distraíssem. Eu iria ficar.


 

—Vamos entrar então. —Jay disse empolgada. —Venha Amy, e traga as malas para já deixarmos lá dentro. Concordei e vi Louis deixar o bebê menino com Lottie que o abraçou e sussurrou algo em seu ouvido, ele riu e concordou.


 

Agarrou minha mão de novo e voltamos para perto do carro enquanto sua família entrava.


 

—Qual o nome dos bebês? —Perguntei pois ninguém ainda havia dito.


 

—Ernest e Doris. —Abriu o porta-malas e sorriu. —O que você achou?


 

Pensei um pouco, olhei para ele e vi seus olhos brilhando. Tão feliz.


 

—Sua família inteira é incrível Lou. —Totalmente sincera, eu o quero com seus olhos brilhando para sempre. —Eles são tão legais, como seus avós.


 

—São mesmo. —Ergueu as sobrancelhas e tirou as malas, me deixou carregar somente minha nécessaire. Rolei os olhos entendendo que ele queria surpreender sua família gigante.


 

—Nunca apresentei namorada alguma a eles. —Comentou enquanto subíamos o último degrau, o olhei estranho. —Estou ridiculamente nervoso.


 

Eu era a primeira de alguma coisa afinal.


 

Empurrou a porta e aquele ar de lar bateu de frente ao meu rosto, no carpete da sala eu conseguia ver Daisy e Phoebe desenhando e ensinando Doris e Ernest a desenhar também. Jay apareceu de uma porta que supus ser a cozinha pois ela estava com uma colher na mão, a entregou para Charlotte que estava no caminho e veio até nós.


 

—Venham comigo, vou mostrar onde fica o quarto de vocês. —A seguimos, um pouco a frente subimos uma escada de madeira grossa toda polida, eu conseguia sentir o cheiro forte de limpeza.


 

—Modificamos um pouco seu quarto filho, trocamos a cama e o guarda-roupa, talvez alguns outros móveis mas suas roupas, pôsteres, CDs e livros estão aí, não joguei nada fora. —No fim da escada eu já estava quase que me jogando no chão, mas mantive a pose de atleta e sorri para sua mãe que apontava um quarto ao lado esquerdo do corredor.


 

A casa era toda rústica, embora elegante para caralho, então não me surpreendi ao ver seu quarto no mesmo estilo. Mas tinha aquela coisa de quarto de adolescente que me fazia imaginar um Louis no auge de seus 17 anos, igual a mim, lendo seus livros ou escutando música. Sendo rabugento ou brincando com alguma de suas irmãs. Eu gostaria tanto de ter conhecido seu eu mais novo, gostaria de conhecer todos os 'eus que Louis Tomlinson possuía.


 

—Valeu mamãe, já estamos descendo. —Beijou a bochecha da mulher que sorria, sorria sorria e sorria sem parar. Eu sei a sensação.


 

Me joguei em sua cama assim que ouvi seus passos descendo as escadas, Louis jogou as malas no chão de qualquer jeito e se deitou ao meu lado.


 

—Cristo, eu conheci a sua família gigante! —Exclamei, animada. O abracei e ele me abraçou. —Eu adorei a surpresa Louis, mesmo quase tendo uma taquicardia quando descobri.


 

—Você é toda incrível. —Segurou meu queixo e me beijou. Queria dizer que foi só um beijo mas tinha tanta coisa ali. Tanto sentimento bom.


 

—Por que você não apareceu aqui por cinco anos Lou? —A pergunta coçava em minha garganta para ser feita.


 

—Oh, isso. —Ficou distante, o olhei pedindo, nada de segredos. —Lembra quando te falei da época da faculdade? Foi barra pesada Amy, prejudiquei pessoas boas e eu meio que fui preso... Droga, eu fui preso por bater tanto em um cara que o deixei em coma por duas semanas, eu estava todo drogado e fodido, mamãe pagou pela fiança mas eu fiquei com tanta vergonha, e teve tudo o que ela disse. Falou que não me queria perto de sua família se eu estivesse causando tantos problemas assim, ela se arrependeu um dia depois de dizer aquilo mas eu ainda sinto muita vergonha, do tipo de a olhar e ver aquele olhar de decepção que ela me lançou ao me ver todo ferrado na cela.


 

Eu estava encarando suas costelas enquanto ele me contava tudo aquilo, eu sabia que ele estava com vergonha, vergonha demais enquanto falava tudo, meio rápido, meio lento mas nunca parando.


 

—Eles sempre me visitam, menos Dan que fica cuidando dos negócios, mas as meninas sempre arrumam algum dia para ir à cidade me ver. —Eu sabia que ele sorria ao falar, orgulhoso da própria família. —Doris e Ernie não, pequenos demais para ficar viajando mas mamãe me mandava muitas fotos. Sempre me perguntando quando eu voltaria.


 

—Você deveria ter voltado antes, eles não tem vergonha de você. —Digo baixo e devagar.


 

—Mas eu tenho, e tem toda essa cidade de merda que fala sem parar. —Sua mão pousou em minhas costas, geladas. —Vergonhoso voltar.


 

—Mas cá está você, e ainda me trouxe. —Levantei e abaixei as sobrancelhas, ele sorriu me olhando. —Não sei se foi muito inteligente da sua parte Tomlinson.


 

—Provavelmente a coisa mais esperta que eu já fiz. —Beijou em cima de minha sobrancelha. —Tinha que te trazer para ver onde eu cresci, ver minha história, família e decidir se já é hora de correr ou ficar. Se ficar, não te deixo ir nunca mais.


 

—Pobre Tomlinson, uma vida inteira amarrado à louca da Benson, é de dá dó! —Segurou minha cintura, estamos rindo e nos beijando. Ao mesmo tempo, sem nem importar se nossos dentes se batem ou a cena em si é estranha. Estamos felizes e agora isso é de verdade, tão irrelevante.


 

...


 

Estávamos todos na sala de estar, o cômodo era enorme e as janelas ocupavam praticamente toda uma parede, esperávamos os avós de Louis. Eu fiquei feliz quando soube que Margaret e Keith chegariam logo, os dois me adoravam e talvez isso me desse alguns pontos a mais com sua família.


 

—O seu cabelo é bonito. —Phoebe disse baixinho atrás de mim. Agora eu finalmente sei diferencia las, Daisy está de verde e Phoebe de azul, bem mais fácil assim. —É tão grandão!


 

Eu sorri, as meninas pequenas adoraram meu cabelo, disseram que parece de princesa, eu devo tê-las assustado com meu sorriso de coringa. Mas porra, elas estavam gostando de mim, isso é incrível.


 

As irmãs mais velhas ainda me olhavam desconfiadas, como se a qualquer momento eu fosse me transformar em uma bruxa asquerosa, mas eu não ia. Espero.


 

E tinha seus pais, ou Johannah já que Dan saiu para resolver algo na vinícola, Jay como pediu para ser chamada não parava de falar, seu bom humor contagiava e ela é tão legal. Do tipo de mãe que fala sobre tudo, que parece ter a mesma idade que você ou às vezes até um pouco mais nova. Ela é incrível e acho que gosta um pouco de mim.


 

Estávamos vendo alguns vídeos de quando Louis era bebê (ou a coisa mais adorável de todo o mundo), Jay sempre complementando os vídeos com histórias da época que sempre me faziam rir e o olhar, como se disesse para ele que eu o amo ainda mais depois de saber daquilo.


 

—Eles chegaram! —Charlotte se levantou do sofá animada, pulando pela sala até a porta de entrada da casa, os gêmeos bebês foram atrás dela como zangões vão atrás de sua abelha rainha.


 

Felicite levantou também e Jay pausou os vídeos, a sala em segundos ficou toda animada e eu me levantei querendo abraçar seus avôs, talvez eu estivesse com um pouco de saudades também.


 

—Eles já te adoram. —Louis disse e eu sorri.


 

—Você acha mesmo? —Perguntei animada, aquilo seria meio que bom demais. Louis riu baixinho e concordou, juntou uma de nossas mãos e me levou para bem perto dele. Seu perfume grudando em mim.


 

—Tenho absoluta certeza. —Sua outra mão se apossou de minha cintura, como se fossemos começar a dançar valsa ali mesmo, na sala com todos aqueles brinquedos e papéis espalhados. —Seria difícil não gostarem de você, você é ótima.


 

Troncos colados e narizes se resvalando, eu olhei o infinito em seus olhos e sorri. Sorri mesmo, aquele sorriso que dói os músculos da boca por se esticarem tanto.


 

—Oh aí estão vocês! —Ouvimos a voz de Margaret, me afastei de Louis e olhei em direção em que ouvimos sua voz. Lá estava a senhora mais bem humorada e atualizada do mundo, de suéter marrom e saia verde que chegava aos seus joelhos.


 

Margaret sorria de um jeito nunca visto, acima de tudo era contagiante, nem percebi quando andei até a mesma sorrindo daquela forma.


 

Como se acabasse de descobrir meu sorvete favorito em um pote infinito.


 

—Estou feliz em vê-la, Margaret. —Ela abriu os braços e eu me acomodei naquele abraço, quentinho.


 

—Não mais que eu querida. —Esfregou a palma da mão no meio de minhas costas. —Estou tão feliz que Louis tenha criado juízo.


 

O ouvi resmungar lá atrás, eu e ela apenas rimos como se já fossemos amigas de longa data. Eu me sentia assim com ela.


 

Abracei Keith e ele me disse estar feliz por Louis ter tido coragem para não deixar uma moça como eu escapar, eu disse que também estava feliz.


 

Depois, com todos juntos, até Dan que havia chego com algumas garrafas boas de vinho feitas ali mesmo na fazenda, sentamos todos naquela enorme mesa de jantar e começamos a conversar.


 

E eu não fiquei deslocada como pensei que aconteceria, eu estava em todos os assuntos e eu me saia bem nas conversas. Era como se o certo fosse aquilo.


 

Comemos um espaguete que Jay fez e ficamos o resto da noite ali, como amigos da mesma idade que tinham tudo e mais um pouco em comum. Eu me senti em casa.


 

...


 

O último dia do ano começou para mim com gritos, do tipo irritados mesmo.


 

Charlotte e Louis gritavam um com o outro no corredor, como se o mundo fosse acabar e para sobreviver precisavam descontar raiva verbalmente. E no caso, eles estavam empenhados em sobreviver.


 

—Vá se foder Louis! —Ouvi a voz fina da garota soar alta o bastante para uma Inglaterra inteira se perguntar o que estava acontecendo. —Me deixe em paz.


 

—Oh fique quieta Lottie, você não está em uma posição boa. —Louis estava usando aquele tom irritante de voz, me sentei na cama macia e franzi a testa.


 

—Mãe! —Phoebe ou Daisy (ainda tenho problemas com isso) gritou e eu apurei os ouvidos para poder ouvir melhor, passos rápidos na escada foram ouvidos.


 

Charlotte xingava Louis baixinho agora, mas Louis revidava claro. Não seria ele se não fizesse.


 

—O que está acontecendo aqui? —Jay estava brava, podia visualizar fumaça saindo de suas narinas. Talvez minha imaginação seja um tanto fértil, mas é algo que eu tenho que trabalhar ainda. —Eu saio por algumas horas e vocês usam minha casa como campo de guerra? Mas que inferno!


 

—É esse...


 

—Cala a boca sua...


 

—Os dois quietos. —Disse firme, me encolhi um pouco mais na cama e mordi meu lábio inferior.


 

Minha bexiga estava claramente implorando para ser aliviada, mas eu me recuso a sair do quarto com aquela cena lá fora.


 

De jeito algum.


 

—Agora, Louis meu filho mais velho. —Calma porém firme. —Você irá me explicar primeiro porque quando cheguei em casa Daisy veio correndo me dizer que estavam brigando. Pode me fazer isso sem se referir a sua irmã com nomes ofensivos?


 

—Irei tentar. —Que seja, eu estava encostada na porta, curiosa demais para ver o fim que aquilo teria.


 

E Louis começou a falar ridiculamente baixo.


 

—Eu estava dormindo muito bem até que ouvi um barulho suspeito na casa. —Começou, eu podia visualizar seu sorriso de lado. Podia o ver encarando Charlotte como um cretino que a iria por de castigo. —Como sabia que você e Dan haviam saído e as meninas não acordam cedo, eu me levantei para ver e eis o que encontrei entrando no quarto da nossa doce Lottie...


 

—Isso não é nada demais! —Charlotte gritou o interrompendo, ouvi sua risada alta e divertida. —Ele já estava saindo e não aconteceu nada!


 

—Então por que você estava só de blusa e calcinha porra? —Louis se estressou.


 

—Olha a boca Louis William. —Jay brigou. —E você Lottie, eu esperava mais, sinceramente. Quem é esse garoto?


 

—Um filho da puta que está se aproveitando dela. —Louis não se controla. —Está fazendo a cabeça dessa idiota, ela não tem nem maturidade para...


 

—Hipócrita do caramba! —Charlotte esbravejou, ouvi quando a mesma bateu o pé no chão, forte. —Você está namorando com uma pirralha e quer falar de maturidade, ele não faz minha...


 

—Lottie para o seu quarto agora! —Jay disse ácida, conseguia imaginar pelo tom de sua voz criancinhas chorando e barcos virando.


 

Destruição total.


 

—É impossível conversar com os dois juntos. —Jay reclamou e ouvi passos pesados propositalmente, e então uma porta sendo fechada com força. Força demais. Hulk provavelmente sentiu inveja.


 

—Olha isso. —Louis soou incrédulo. —Essa garota é mimada mãe! Por isso faz o que bem entend...


 

—Louis acho que sei criar um filho. —Irritada, Louis suspirou. Irritados. —Olha, deixa que com sua irmã eu me viro, volta para o seu quarto e se desculpe com Amy por mim, provavelmente ela está assustada com toda essa gritaria.


 

—Ela tem o sono pesado. —Resmungou.


 

—Ninguém tem o sono pesado o bastante para isso. —Retrucou. —Lottie depois irá pedir desculpas pessoalmente para ela. Estamos com visitas em casa e vocês me aprontam isso? Cristo, vocês são irmãos!


 

Passos na escada, passos pesados em minha direção. Arregalei os olhos e corri para voltar para a cama.


 

Não queria ser pega como uma curiosa estúpida.


 

Me deitei na cama, ofegante, me cobri e fechei os olhos. Eu sou patética.


 

—Eu escutei você correndo Amy. —Me afundei um pouco mais para dentro do amontoado de cobertores e senti meu rosto inteiro esquentar junto com meu pescoço. Ele estava incrivelmente calmo agora, como se não estivesse aos berros com a irmã mais nova agora a pouco.


 

—Desculpe. —Tirei o cobertor de meu rosto e deixei apenas meus olhos para fora. Estava tão envergonhada. —Não queria ser bisbilhoteira mas eu acordei e vocês começaram...


 

—Está tudo bem. —Sorriu achando engraçado. —Bom, acho que você ouviu mamãe te pedindo desculpas pelo showzinho de Lottie.


 

—Ouvi. —Me sentei na cama, ainda me sentindo extremamente envergonhada. —Será que você não exagerou um pouco também?


 

Eu meio que apertei o botão para detonar a bomba. Maravilha.


 

—Eu? Quem exagerou foi aquela mimada imbecil que começou a gritar comigo depois que eu expulsei o idiota de seu quarto. —Começou a reclamar, andando de um lado para o outro enquanto gesticulava. —Porra, ela ainda tem quinze anos!


 

—Ela não é mas uma criança Louis. —Ele arqueou as sobrancelhas para mim, encolhi os ombros. —Você é um irmão mais velho muito ciumento.


 

—Não é isso! —Chegou mais perto, com as bochechas todas avermelhadas. —Ele com certeza é bem mais velho que ela, está a usando e ela se nega. Imbecil.


 

—Você está se ouvindo? —Franzi as sobrancelhas, Louis rolou os olhos e fixou seus olhos na colcha.


 

—Se está se referindo a nós, é diferente. —Tentou explicar.


 

Mas Louis estava sendo ridículo.


 

—Não é, Louis isso tudo é só ciúmes da sua irmã. —Rolei na cama, me levantei já irritada. —Aceite.


 

—Besteira. —Sentou na cama e me encarou, eu me vestia. —Só estou dizendo que ela é nova demais, do tipo, ainda uma criança.


 

O ignorei, Louis estava sendo ignorante então eu seria também. Louis era ciumento de um jeito incontrolável, e o pior era ele não admitir o fato.


 

—Onde você está indo? —Se levantou quando eu já iria sair pela porta do quarto.


 

—Falar com sua irmã. —Ele fez cara feia e eu fiz também.


 

—Não a dê razão. —Pediu mas soou como uma ordem, franzi meus olhos em fendas, Louis suspirou e fechou os olhos. Querendo ser paciente. —Ela tem que entender que não pode trazer qualquer um aqui para casa Amy.


 

—Já volto. —Ele se jogou na cama todo estressadinho, como se eu fosse seguir tudo que ele diz.


 

Sai do quarto ignorando toda aquela cena e fui para o quarto onde tinha a plaquinha com "Lottie" escrito, bati e esperei.


 

—Sai Louis! —Dei um passo para trás quando ouvi sua voz.


 

—Err, sou eu, Amy. —Sorri torto para a própria porta.


 

Silêncio, silêncio. Um monte de silêncio.


 

—Olha, foi mal pelo que eu disse mais cedo. —Abriu a porta já despejando as palavras em mim. —O Louis me estressa, falei sem pensar.


 

Sorri de lado, porque eu sabia exatamente o que era aquilo. Sabia bem demais.


 

—Não se desculpe. —Franziu as sobrancelhas escuras. —O Louis está sendo um idiota ciumento, não quero que você se sinta mal por conta dele.


 

Charlotte piscou vezes demais, a boca meio aberta enquanto me encarava pensando. E pensava muito enquanto eu me sentia estranha ali em sua frente sendo observada.


 

—Meu Deus, onde o Louis te encontrou! —Ela sorriu, um sorriso bonito que me fez olhar para baixo e sorrir também. Wow. —Você é boa demais para ele.


 

—Só para deixar claro, eu estou ouvindo tudo! —Olhei para Charlotte e ela me olhou, fiz careta rolando os olhos e rimos. Porque agora criamos uma aliança contra o Tomlinson ciumento. —Vocês já foram melhores.


 

—Dê um tempo Louis. —Charlotte disse alto olhando por cima de meu ombro, como se pudesse ver através da porta onde ele estava. —Agora vou roubar sua namorada um pouco.


 

Agarrou meu ombro e me puxou para junto dela para decermos as escadas da casa. Jay estava na cozinha com a vovó Elizabeth e nos juntamos a elas.


 

E voltamos aquele papo de mulheres que nunca acaba, era sempre assunto e coisa para fazer.


 

Eu gostaria de ficar naquele clima para sempre.


 

Enquanto Jay e Elizabeth ficaram responsáveis para fazer o almoço eu e Lottie (eu já me sentia tão íntima) fomos para a piscina com as crianças e Keith, que ficou apenas tomando sol e as vezes colocava os pés dentro da piscina.


 

Louis totalmente estava de mal-humor, não havia saído do quarto ainda, e quando eu havia subido para me trocar ele sequer tirou os olhos do computador enquanto me respondia onde estava meu biquíni.


 

Que infantil.


 

Mas eu já sentia sua falta, do sorriso, das palavras, o som, respiração e meus dedos tocando sua pele. Sentia falta demais do toque.


 

Ajeitei a boia nos braços de Ernest e passei a mão molhada por sua bochecha avermelhada, mesmo com as boias o impedindo de afundar o pequeno não me soltava. Todo medroso por conta da profundidade.


 

Doris ia de um lado para o outro na piscina, boiando toda risonha e batendo os braços. Suas risadas altas eram um som que eu poderia passar todo um dia ouvindo.


 

Ouvi a porta de escorrer sendo aberta e olhei naquela direção, lá estava um Louis sem camisa e bermuda, trazendo um livro nas mãos e um copo cheio com direito a canudinho.


 

As crianças se animaram o chamando e ele apenas sorriu mas negou. Bonito para caralho.


 

Ele se sentou em uma cadeira de sol e apoiou seu copo no chão mesmo, parecia tão relaxado mas sequer me olhou. Imbecil.


 

Tentei manter meu foco nas garotas e Ernest em meus braços, mas Louis e seu livro de matemática me tiravam o foco. Porque ele estava lendo aquela porcaria afinal?


 

—Vá falar com ele. —Felicite pegou Ernest de meus braços e eu a olhei esquisito.


 

—Não quero falar com ele. —Dei de ombros e vi o olhar que geralmente trocava com Hannah em uma versão de Lottie e Felicite. Ah não. —Sério mesmo.


 

—Você não para de olhar para ele. —Lottie apontou baixo. —Vá e o faça entrar na piscina, com você ele cede.


 

Iria argumentar, claro que eu iria mas vi as duas se virarem para as gêmeas e levarem Ernest para longe, fechei a boca e pensei em me afundar ali na piscina para só sair quando estivesse roxa, sem ar.


 

Tomlinson era tão babaca, eu não iria ser a que dava o braço a torcer. De jeito algum. Meu orgulho era gritante.


 

Um pouco a contragosto nadei mais para a borda, olhando para a água e batendo os pés. Bom.


 

Fiquei ali parada, estava esperando Louis falar alguma coisa mas ele não falou, levantei meus olhos e o vi totalmente concentrado em um livro matemático. Eca.


 

—Lou? —Levantou seus olhos depois de um tempo, quatorze segundos pelo que eu contei. —O que é que está bebendo?


 

Ele olhou para seu copo comprido que tinha um canudo retorcido na borda e depois para mim.


 

—Venha cá e descubra. —Pisquei algumas vezes o analisando. Estava mesmo jogando comigo?


 

Fiz impulso em meus braços e sai da piscina, mantendo meus olhos bem fixos nos dele, mas Louis passeava seus olhos por todo meu corpo. Como se nunca tivesse visto, tocado e beijado. Tive alguns calafrios.


 

Me abaixei em sua frente e peguei o copo, olhei Louis e levei o copo aos lábios mas antes de virar Louis puxou o copo de mim.


 

—Não assim. —Respondeu simples. Virou o copo em seus lábios, pela rapidez do movimento pude acompanhar um filete do líquido escorrendo pelo canto dos lábios finos.


 

Louis largou seu livro em seu colo e tirou o copo dos lábios. E foi bem rápido e imprevisível, seus lábios se chocaram com os meus e o líquido doce e alcoólico estava em minha boca também.


 

Chupei sua língua e um arrepio percorreu toda a minha espinha, a mão de Louis que estava em minha nuca foi descendo e descendo. Me afastei com as bochechas vermelhas, olhando para os lados.


 

—Hey não se anime! —Repreendi vermelha, ele riu.


 

—Graças a você, não irei mesmo. —Louis passou seus dedos grossos por meus fios de cabelo molhado. Seu toque foi tão gentil que me aproximei mais.


 

—Vem pra piscina Lou. —Pedi, a voz saindo tão manhosa que me repreendi no momento, mas Louis segurou meu queixo e encostou nossos lábios. Mas não aprofundou aquele gesto.


 

—Depois eu entro, eu tenho esse livro desde criança e nunca dei a mínima importância para ele. —Levantou o livro do colo e me mostrou, como se fosse algo realmente incrível. Concordei. —Agora eu vejo, esse livro é incrível! Vou levar para nossas aulas particulares e...


 

—Meu Deus, estamos de férias Lou! —Peguei seu livro e vi seus olhos saltarem, minhas mãos estavam úmidas e aquilo parecia o fim para ele. Quase perdeu o ar quando coloquei o livro grosso no chão. —Vem, não vou te deixar nessa cadeira de praia estudando, vai passar um tempo com sua família.


 

—Isso é sério? —Franziu a testa enquanto eu dava toda a minha força para o levantar da cadeira. As meninas na piscina se animaram vendo a cena. Eu estava patética ali. Mas feliz.


 

Eu estava feliz mesmo, rindo pela força inútil que fazia para o tirar dali, Louis já estava rindo também. O sorriso mais bonito que ele podia dar.


 

Os olhos apertados, fazendo ruguinhas ao lado ficarem bem visíveis e todos os seus dentes também. Parecia uma espécie de paraíso, para mim.


 

Louis se levantou, isso enquanto ainda gargalhávamos, as meninas na piscina também faziam isso, Louis me agarrou me levantando do chão. Joguei minha cabeça para trás e fechei os olhos.


 

O som de todas as risadas e gritinhos das crianças me faziam tremer enquanto ria nos braços de Louis.


 

Então ele pulou na piscina, de roupa e tudo, nem tirou os chinelos e meias que estavam em seus pés. Me apertando enquanto afundávamos mais e mais na piscina de água aquecida.


 

Tomlinson me cobriu inteira com seu corpo, aquele corpo que me fazia quase derreter de dentro pra fora, segurou meu rosto com suas duas mãos e acariciou minhas pálpebras fechadas.


 

E seus lábios cobriram os meus, naquela bagunça de água para todo os lados, abri bem pouquinho minha boca apenas para poder sugar seu lábio inferior. E foi totalmente gostoso.


 

Louis deu impulso e subimos, as vozes risonhas das garotas tomando meus ouvidos, abri os olhos passando a mão pelo rosto molhado.


 

E naquela piscina, enquanto o avô de Louis comia uma maçã, Louis e eu brincamos com as crianças. Jogamos bola, testamos o fôlego um do outro, brigamos com Louis por tentar afogar Felicite após uma piada que ela fez sobre ele (piada essa que me fez perder o ar de tanto dar risada), e fizemos também uma pequena competição de natação.


 

Lottie ganhou de todo mundo e pelo que eu vi, ela e Louis estavam bem de novo. Nem parecia que o dia para mim havia começado com seus gritos no corredor.


 

Dan havia chego do trabalho um pouco antes de começarmos as brincadeiras e tirou os gêmeos da piscina, Jay nos chamou para o almoço e demorou um pouco para que todos saíssem da piscina.


 

Para falar a verdade, só saímos mesmo quando ela gritou brava pela comida já estar gelada.


 

E o último dia do ano passou tão cheio de coisas, tantas conversas que eu fiquei surpresa quando olhei pela janela e vi a lua. Enorme e redonda.


 

Já era mais de oito da noite e eu estava conversando com Lottie e Fizzy, tentando responder todas as mensagens de Hannah, Harry e claro, tia Lucie que estava encantada com as praias da América do Sul. Pelas fotos, eu também estava.


 

A casa de Dan e Johannah virou uma bagunça de garotas correndo pelos corredores e reclamando que o banheiro nunca estava livre.


 

O cheiro de produto de beleza estava forte em todos os quartos, os melhores perfumes e roupas sendo usados para aquela noite, com aquelas pessoas mais que especiais.


 

—Você tem noção de que só será a gente, não é? —Louis perguntou em pé no canto do quarto, eu estava sentada no meio de sua cama rodeada com joias e maquiagens. Estava decidida a sair daquele quarto apenas quando estivesse bonita o suficiente.


 

—Vá se arrumar Lou. —Disse distraída, prendendo um brinco em minha orelha e olhando pelo espelho pequeno se havia ficado legal. Talvez outro fique melhor.


 

—Já estou pronto! —Soou ofendido, levantei meu olhar e o vi. Aquele homem perfeito afastado de toda a escuridão. Louis era minha luz.


 

Ele estava com uma bermuda branca como sua camiseta, usava vans preto nos pés, não me surpreendeu, e os cabelos estavam bagunçados. Tão à vontade de estar em casa que nem se preocupava em abaixar a meia do superman que estava usando. Sorri para ele que me olhava também, analisando tudo como eu.


 

—Obrigada por essa surpresa, de verdade, essa é a melhor coisa que você poderia fazer. —Agradeci, eu me sentia quente como se estivesse vivendo tudo o que eu sempre quis e não soubesse.


 

—Amor. —Caminhou até que pudesse tirar todos aqueles brincos de minhas mãos e segurou em meu queixo, os olhos azuis se misturando com os meus. —Eu ainda pretendo te surpreender muito, de um jeito bom claro.


 

Fiz força em minhas pernas para erguer meu corpo um pouquinho e então beijei seu maxilar, Louis enrolou seus dedos grossos nos fios lisos do meu cabelo e se abaixou para me beijar


 

—Você está perfeita. —A boca ainda próxima da minha o bastante para que seus lábios roçassem nos meus a cada palavra dita. —Vamos descer, Dan vai acabar com o vinho se não formos logo.


 

Sorri e antes de nos afastamos eu o beijei novamente. Porque naquelas férias era o que mais fazíamos, beijávamos, beijávamos e beijávamos mais um monte.


 

Calcei meus sapatos e borrifei perfume em mim e em Louis, ele reclamou de estar cheirando a mulher mas não é como se em alguma parte da noite ele não fosse ficar com aquele cheiro.


 

O ponto movimentado da casa era a cozinha, estavam todos ali naquele cômodo enorme que do nada se tornou pequeno porque estavam todos ali falando alto, ao mesmo tempo e rindo, rindo por qualquer coisa.


 

Louis puxou uma cadeira para mim e foi até sua mãe perguntar se ela queria algo.


 

E eu fiquei ali conversando e rindo, fazendo parte daquela cena tão nova e ao mesmo tempo tão, eu não sabia dizer, eu me sentia como se estivesse em casa.


 

Vi um lado de Louis que eu nunca tive oportunidade de ver, o seu lado família, e agora estava ali em minha frente, rindo de algo que Daisy e Phoebe disseram enquanto segurava Doris no colo. Eu estava fascinada.


 

A mesa do jantar foi posta sob as estrelas, bebi vinho enquanto ouvia a família do cara que eu amo com todo o meu coração, contar histórias sobre tudo, e contando os minutos para a meia-noite.


 

—Hora da contagem pessoal! —Dan gritou enquanto estendia os forros com ajuda das crianças e Jay em meio a quadra de tênis, eu e Louis conversávamos, porque parece que agora o assunto nunca acabava.


 

—Vem Amy! —Fizzy chamou, balancei a cabeça concordando, eu já sorria.


 

Nos esprememos todos no meio, como se não houvesse mais espaço e Lottie esticou o braço enquanto posicionava o melhor ângulo para seu celular ficar, eu olhei para o aparelho e eu sorri quase fechando os olhos enquanto Louis estava com o queixo apoiado em meu ombro, sorrindo como eu.


 

E foi segundos depois disso, enquanto pedia a foto para Lottie e Jay distribuía sobremesas e refrigerante em copos de plástico que o céu se iluminou todo com os fogos de artifício.


 

Paramos todos, apenas o barulho dos fogos e as respirações sendo ouvidas, os bebês ficaram dentro de casa dormindo, Jay não largava a babá eletrônica por um segundo sequer. Meus dedos nervosos enquanto meus olhos viam aquela cena, Louis os entrelaçou com os seus dedos mornos, eu pisquei muitas vezes seguidas.


 

Não acreditava que estava ali, que estava acontecendo mesmo. Senti uma lágrima ou duas escorrerem meu rosto, sorri mais e apertei seus dedos. Louis beijou meu rosto todo, limpando as lágrimas e dizendo o quanto me amava, o quanto estava sendo especial e o quanto que era sortudo por ter aquilo.


 

Eu concordei fazendo suas palavras as minhas, me agarrei ao tecido da camiseta branca e deitei minha cabeça em seu peito, o coração estava louco no peito e talvez o meu estivesse daquele mesmo jeito. Um seguindo o ritmo do outro, sendo um só em dois corpos.


 

Tudo aquilo, o amor absurdo, carinho, alegria e conforto... Eu me sentia incrivelmente abençoada com tudo aquilo.

Me lembro de ter visto um filme que no fim dizia.


 

Amar outra pessoa é como ver a face de Deus.


 

Ou algo assim.


 

Eu entendia a que sentimento se referia agora, tão intenso e limpo em minhas veias. Abracei Louis forte e ele me apertou de volta.


 

Em minha cabeça eu sabia que na verdade aquele era apenas o começo para nós. Uma história de amor que tinha tudo o que um romance pedia. E um pouco mais.


 

Meu coração quase rasgando o peito enquanto o sentia bater muito forte, se dividindo para dois corpos.


Notas Finais


É isso
Obrigada por ter me acompanhado até aqui <3
amo vocês
Xx


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