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História Thirsty - Missão Suicida.


Escrita por: caramelpuddin

Notas do Autor


Jesus digam-me o que estão a achar!!

Boa leitura!

Capítulo 22 - Missão Suicida.


Fanfic / Fanfiction Thirsty - Missão Suicida.

/ Harry Styles /

Hoje é um dia importante. É o dia em que a Kathie completa os dezoito anos o que significa que é hoje – a qualquer momento – que ela completa a sua transformação de humana para humana-vampira.

Estivemos atentos ao seu comportamento, não fosse ela saltar de repente para cima da Emily ou da Heather e acabar por matá-las numa aula ou mesmo no meio de toda a escola. Todavia, não apresentou qualquer mudança de comportamento e isso deixa-nos preocupados e a especular.

Temos razão e ela vai sim tornar-se metade vampira? Ou estamos todos enganados?

Com isto, chamámos o Simon.

De todos nós, ele é quem estava mais ansioso por este dia. Ainda não sabemos qual é o plano que tem assim que Kathie completar este ciclo, mas pressinto que vamos descobrir em breve.

- Harry! – Olho na direcção de Simon assim que Louis me chama à atenção.

Apresso-me a sentar-me ao lado de Simon, no sofá, pouso uma mão no seu ombro e todo o seu corpo relaxa no mesmo instante.

Normalmente quando o Simon tem uma visão fica muito agitado e nessas vezes a forma como capta o que vê é diferente de quando eu estou por perto. Controlar as emoções das pessoas e vampiros é o meu dom. Consigo deixar as pessoas tranquilas apesar de estarem aterrorizadas, consigo deixar alguém a chorar de infelicidade quando são é a pessoa mais feliz do mundo. Tudo o que envolva emoções, estou cá eu. Não preciso de tocar na pessoa para usar o meu dom, como o Liam, basta-me estar perto da mesma. O toque físico, só amplifica a intensidade do mesmo.

E é precisamente isso que estou a fazer. Simon agora está mais calmo, então pode entender melhor a sua visão. Ao fim de uns minutos em silêncio e de olhos vagos e presos na parede da sala, Simon pisca os olhos e diz:

- Não vejo nada. Por muito que continue a tentar, não vou conseguir ver o que acontecerá esta noite.

- Isso é impossível, a Kathie vai passar a noite apenas com as humanas. – O Zayn diz do outro lado da sala, com os braços cruzados.

Todos escutamos o rugido que o Louis lança a Zayn, mas todos ignoramos enquanto Zayn se diverte com a situação – ele fez de propósito. Um dia estes dois ainda se vão matar por causa de uma mera humana. Há alguns anos que não via o Zayn a sorrir de divertimento, parece que o que aconteceu com Emily o deixou feliz.

Com todas as regras do Simon, não nos divertimos tanto quanto gostaríamos, não como antes. Recordo-me das noites em que passava nos bordéis dos anos vinte, a transar e a alimentar-me de humanas. Bons velhos tempos. Hoje em dia já nem transar consigo e o sangue que bebemos das bolsas não é nada comparado com aquele que vem directamente da fonte, quente e delicioso.

- O lobo é bastante protector com a Kathie, talvez ele vá vigiá-la durante a noite. Ouvi a Kathie a comentar com as amigas que ele não aceitou muito bem a ideia de não ir festejar com ela, então não me admirava que ele seja a razão de você não conseguir ver o que irá acontecer. – O Liam prossegue com a conversa.

- Porque é que ainda não trataram dessa abominação como eu ordenei? Só está a estragar os nossos planos! – Simon levanta-se do sofá visivelmente furioso e encaminha-se ao pequeno bar que temos no canto da sala, serve-se de uma boa dose de Whisky com uma pedra de gelo e volta-se para nós. – O futuro dela não é com alguém como ele. – Murmura sem olhar para alguém e bebe um gole da sua bebida.

Franzo o cenho com o que diz acerca do futuro de Kathie. Saberá ele mais do que diz acerca do futuro de Kathie?

- Não tivemos oportunidade, não nos podemos esquecer que eles andam em matilha. Nunca estão sozinhos! – Exclama Louis.

- Então tratem de fazer com que ele fique sozinho! – Simon ergue a voz. – Tratem logo do cachorro! Será assim tão difícil?!

Então de repente o copo de cristal que estava na mão de Simon escorrega da sua mão, quebrando-se e espalhando a bebida por todo o lado. O seu corpo começa a tremer e o seu olhar volta a ficar vago e sem brilho. Num piscar de olhos estou junto dele, como uma mão no seu ombro. Passam poucos minutos e Simon volta ao normal.

- Eles vão estar juntos, trocaram mensagens e ele vai estar às duas e quinze da tarde na casa dela. – Simon olha para Niall, que esteve em silêncio e imóvel durante todo este tempo. – Não quero saber como o vais fazer mas vais matá-lo antes de ele chegar a casa de Kathie.

Semicerro os olhos com a decisão de Simon. Ele sabe que apesar da velocidade anormal do Niall, ele continua a ser o mais fraco de nós os cinco por se alimentar de forma diferente. O sangue dos animais que caça não lhe dá a força necessária para matar um lobisomem jovem. É uma missão suicida!

Entreolho-me com os outros rapazes e todos eles parecem estar a pensar no mesmo que eu. Todavia, não vamos intrometer-nos. Ninguém contesta o que Simon diz apesar de muitas vezes ter vontade de fazê-lo.

- Com todo o prazer. – Niall responde confiante e um sorriso malévolo aparece nos seus lábios.

Isto só pode correr mal.

 

/ Kathie Quinn /

Acabo de meter a loiça do meu almoço na máquina de lavar quando o meu celular começa a vibrar e a piscar em cima de mármore da bancada.

Seco as mãos no primeiro pano de cozinha que encontro e pego no celular, abrindo a mensagem de Justin. Ele vai chegar aqui em casa daqui a dez minutos. Vejo as horas no topo do visor do aparelho e concluo que às duas e quinze ele irá estar aqui, são agora duas e cinco.

Não respondo à sua mensagem – porque não é necessário - e vou para a sala de estar, sento-me no sofá e vejo que está a dar um filme na televisão. Passam-se segundos e bocejo.

Era só o que me faltava ficar com sono justo agora que o Justin vem aqui a casa pela primeira vez.

O meu irmão vai armar o maior barraco se chegar aqui em casa e o Justin estiver aqui. Se acontecer, não há volta a dar e tenho legalmente dezoito anos então ele não me pode controlar mais. E se ele vier com aquele papo de “debaixo do meu teto tens de obedecer às minhas regras” eu saio de casa. Metade da herança dos meus pais adoptivos já está na minha conta bancária e ela não é pouca, então posso muito bem comprar uma casa para mim e viver sozinha. Talvez seja isso mesmo que o Matt quer.

A sensação do vibrar do meu celular em cima da minha coxa assusta-me e o mesmo cai no chão quando dou um pulo. Suspiro com a minha estupidez e pego nele.

 

“Estás em casa?”

 

Franzo o cenho com a mensagem de Niall, ele sabe a resposta à sua questão. Estou sempre em casa depois das aulas.

 

“Como sempre. Porquê?”

 

Respondo e quando vou a pousar o celular na mesa de centro, ela vibra de novo com outra mensagem de Niall.

 

“É que está frio aqui fora… Podes abrir a porta?”

 

Olho pela janela e vejo que chove. Choveu um pouco de manhã, durante a minha primeira aula mas depois não voltou a chover, até agora.

Mas espera…

Levanto-me do sofá de um pulo e corro até à porta da frente da minha casa, abro-a e deparo-me com o Niall debaixo do meu alpendre. As mãos nos bolsos, um sorriso torto nos lábios e a pingar água de cima a baixo. Está a chover imenso! Será que ele veio a pé até aqui? Não vejo o seu carro. Encosto a porta atrás de mim e avanço um passo para a frente no alpendre, fico assim à sua frente.

- Niall?!

- Olá. – Cumprimenta-me e olha para o lado, num gesto envergonhado.

Ele está estranho, concluo com a sua postura.

Debaixo do alpendre não nos molhamos, mas é possível sentir o frio que está a entrar nos meus ossos. Ao contrário de mim – que estou a tremer que nem gelatina – o Niall parece indiferente, mesmo estando completamente molhado.

- O que fazes aqui? – Pergunto a rir quando ele afasta o cabelo que está grudado na sua testa.

Ele encara-me e sorri ainda mais.

- Preciso de te contar uma coisa.

Cruzo os braços. Agora estou preocupada. Ele não vinha aqui apenas por um capricho, então deduzo que seja algo grave.

- Queres entrar? – Pergunto passando as mãos pelos meus braço numa tentativa falha de me esquentar um pouco.

- Não é necessário. – Nega com a cabeça. – Vou ser bem rápido, eu prometo. – Dá um passo na minha direcção, surpreendendo-me. Acho que ele percebeu isso pela minha expressão facial.

- Ok… - Digo num tom baixo. – Podes dizer. – Sorrio amarelo.

Não sei o que está a acontecer mas a maneira como ele me está a olhar e forma como se aproxima de mim está a deixar-me muito desconfortável.

- A verdade, Kathie, é que para mim não és apenas uma grande amiga. Todavia, para além da grande amizade que sinto por ti há algo mais, um sentimento igualmente forte que acompanha um desejo enorme de estar contigo a todos os minutos. Eu sei que estás com o Bieber… - Faz uma careta quando prenuncia o nome do Justin. – Mas eu gosto de ti, aliás, eu amo-te Kathie. – As suas mãos saem dos bolsos dos seus jeans e puxam-me para si sem me dar tempo de reagir.

Um arrepio atravessa a minha espinha quando os nossos corpos chocam, o seu gelado e molhado e o meu quente e seco. Arregalo os olhos, confusa com tudo o que ele acabou de dizer.

Estarei eu a alucinar? Mas porque estaria a alucinar com o Niall a dizer que me ama?

Não, isto é realidade.

Sinto o meu coração a bater descompensado no meu peito e a minha respiração está tão rápida que pequenas nuvens de fumaça saem da minha boca entreaberta.

Nem o Justin alguma vez me disse que me ama!

Então, começo a rir. Como se ele me tivesse contado a melhor piada do mundo. Aliás, só pode ser uma piada. Certo?

- Niall, isto é algum tipo de brincadeira—

Arregalo ainda mais os olhos quando sou interrompida pelos seus lábios frios e duros sobre os meus. As suas mãos rodeiam a minha cintura, uma delas sobre pelas minhas costas, percorrendo um caminho lento até pousar no meu pescoço arrepiando-me ainda mais. Um gemido escapa dos meus lábios quando sinto-o a apalpar o meu traseiro com a outra mão, por causa do susto encosto ainda mais o meu corpo ao seu de forma não proposital.

O que está a acontecer?!

Sinto os seus lábios a chocarem e a fecharem-se contra os meus, mas todo o meu corpo encontra-se imóvel.

E então, finalmente, o Niall termina de me beijar – visto que eu nem mexi os meus lábios – e encara os meus olhos com um sorriso fofo no rosto. Pisco os olhos, em choque com tudo o que acabou de acontecer.

 

/ Niall Horan /

Resultou.

O cheiro a cão molhado chega ao meu nariz acompanhado pelo cheiro da sua raiva. Ele está bravo, muito bravo. Óptimo era isso mesmo que queria.

Não queria enganar a Kathie com os meus falsos sentimentos por ela, mas tinha de arranjar uma maneira para irritar o lobisomem e atraí-lo para a minha armadilha- a sua morte. Beijar a garota que gosta é a melhor forma de fazê-lo, os lobisomens são bastante possessivos. E eu sei que não vai agir de cabeça quente e sair de entre as árvores da floresta – é de lá que vem o seu cheiro – completamente transformado e pronto para me matar. Não é esse o meu plano.

- Também sentes este cheiro? Anda a perseguir-me o dia inteiro.

Franzo o cenho com a primeira coisa que Kathie diz depois de a beijar. Foi o beijo mais estranho de toda a minha existência, ainda estava com esperança que ela ao fim de um tempo retribuísse, mas simplesmente ficou imóvel o tempo todo. Nunca tinha sido rejeitado desta forma.

Pensei que com a nossa proximidade não iria aguentar muito tempo, mas não respirei nem por um segundo porque se o fizesse ia descontrolar-me e não quero magoá-la.

- Bem, não era bem isso que esperava que dissesse depois do que disse, mas… Que cheiro? – Acaricio o seu rosto com as costas da minha mão. Tenho de continuar provocá-lo.

- Não sei, um cheiro horrível e forte. Nunca cheirei nada assim. – Faz uma careta de nojo.

Para além do cheiro do lobisomem, não há aqui mais nenhum cheiro horrível ou forte. Então tudo faz sentido, o seu olfacto está a ficar mais apurado… Ela já consegue sentir o verdadeiro cheiro do lobisomem que é quase seu namorado – como ela diz -, mas que não vai ser por muito tempo.

- Eu tenho de ir. – Digo, levando a minha mão à sua nuca. – Boa festa, mais logo com as meninas.

Sinto a tensão no seu corpo, assim como oiço o seu coração a bater num ritmo acelerado.

E como despedida junto os nossos lábios mais uma vez.

- A Kathie é minha! – Oiço-o rosnar como o cachorro que é.

Sorrio ainda com os meus lábios contra os de Kathie – que continua tão inerte como uma pedra.

Não me preocupo muito com o que vai acontecer amanhã. Ela será uma humana vampira amanhã, tencionamos contar-lhe tudo até porque ela vai sentir as mudanças no seu corpo e vai compreender o porque de lhe ter mentido. É para o seu bem. Ela vai ter de compreender.

- Vou-te deixar a pensar sobre o que aconteceu aqui. – Sorrio afastando os nossos corpos um do outro. – Ah, não tive oportunidade de te dar isto enquanto estávamos na escola, é uma das razões por também estar aqui. Espero que gostes, parabéns mais uma vez. – Explico enquanto pego na caixa preta do bolso do meu sobretudo e a entrego a Kathie.

Kathie está de cenho franzido mas acena positivamente de olhos postos na pequena caixa rectangular.

- Obrigada Niall. – Murmura num tom baixo e inseguro.

Então, vira-me as costas e entra rapidamente em casa como se estivesse a fugir de alguma coisa, fecha a porta atrás de si. Oiço-a a correr pelas escadas acima.

- O que raio acabou de acontecer? – Escuto-a a murmurar para si.

Viro o rosto para a direita, na direcção da floresta, e esboço o meu melhor sorriso quando encontro os seus olhos amarelos por entre a folhagem densa. Desço do alpendre calmamente, ele só vai investir sobre mim assim que eu entrar na floresta. E então ai, vou levá-lo para bem longe daqui e acabar com ele e sei o lugar perfeito para tal.

Certificando-me que ninguém está na rua ou nas janelas das casas vizinhas a espreitar cá para fora, começo a correr na direcção da floresta. Corro por entre as árvores e desvio-me a uma velocidade alucinante das árvores que aparecem à minha frente ignorando os galhos mais baixos que chicoteiam o meu corpo.

Escuto-o a correr atrás de mim, ainda na sua forma humana. Segundos depois o som dos seus ossos a serem quebrados por conta da transformação ecoam pela floresta e ele rosna. Continuo a correr, o mais rápido que consigo, cada vez mais para o interior da floresta.

É um facto que os lobisomens são mais rápidos que os vampiros mas há uma excepção – Eu. Não posso considerar a minha velocidade um dom, mas sou mais rápido do que qualquer vampiro que já conheci. Mesmo apenas alimentando-me de sangue de animais, sou mais rápido. Então sei que o lobisomem não vai conseguir alcançar-me.


Notas Finais


Mal sabem vocês o que vai acontecer no próximo capítulo, estejam atentas às actualizações de Thirsty se não querem perder nada!
Beijos e até ao próximo capítulo! ♡♡


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