Abri um sorriso, encarando seus olhos verdes.
- Com certeza seria! Além do mais, o que os outros iriam pensar? Que eu estou apenas com segundas intenções para cima de você, querendo te usar para subir de cargo - peguei uma taça de vinho de um dos garçons que passava.
- Então isso foi um não? - não pude deixar de reparar no sorriso travesso em seus lábios.
- Tenha uma boa noite, Mr. Hann - sorri e o deixei sozinho.
Voltei para onde estava o pessoal, que me olhavam como se eu tivesse feito algo errado. Suspirei profundamente, pensando no que falar para eles.
- Ele havia convidado-me para dançar, mas preferi recusar - dei de ombros.
- Você recusou? - uma garota pulou na minha frente, encarando-me - como você pode recusar o senhor beleza.
- Simples, falando não - sorri.
- Você está certa - Michele se pronunciou - precisa deixar para as amigas.
- Claro - sorri - falando nele, olha ele vindo ai.
- Meninas - ele parou na nossa frente, observando uma por uma, até que esticou a mão na direção de uma morena - quer dançar?
- Obvio - ela deu um sorriso vitorioso, e agarrou sua mão.
Mr. Hann deu um sorriso travesso em minha direção, junto com uma piscada. Apenas revirei os olhos e dei as costas para os dois que saiam dali. Terminei minha taça de vinho, enquanto observava as pessoas dançando.
- Acho que já vou indo - olhei para Michele.
- Mais já? Está tão cedo!
- Eu sei, mas quero terminar de arrumar minha casa ainda hoje...
- Tudo bem, eu vou ficar mais um pouco, vai que ele me chame para dançar - ela sorriu, enquanto me cutucava com seu cotovelo.
- Espero que chame - sorri - até amanhã.
Caminhei em direção a saída, observando o movimento de carro que estava naquela avenida. Avistei um barzinho do outro lado da rua, que tocava uma música muito boa e muitas pessoas entravam lá. Segui em direção aquelas luzes coloridas. O lugar estava cheio, e havia musica ao vivo. Sentei-me de frente ao bar, encarando o garçom que tinha um belo sorriso.
- Uma tequila - sorri.
- Duas, por favor - um rapaz muito belo, se sentou ao meu lado - uma bela moça deveria ter uma companhia para beber junto dela.
- Acho que devo levar isso como um elogio.
- Com toda certeza - ele abriu um lindo sorriso.
Reparei que ele vestia um terno , acompanhado de uma gravata vermelha, que estava afrouxada em seu pescoço. Provavelmente tinha acabado de sair do trabalho.
- Suas bebidas - o barmen colocou os pequenos copos em nossa frente.
- Pretende passar quantas cantadas em mim?
- O suficiente para sairmos daqui nos beijando - ele falou em um tom de malicia. Seus lábios se aproximaram do meu ouvido - e ter um filho futuramente.
- Jamais vai acontecer - gargalhei alto.
- Benjamin, muito prazer - sua boca encostou levemente em minha bochecha.
- Isabel - sorri.
Viramos nossa tequila, e o percebi me encarando.
- O que foi? - senti minhas bochechas corarem.
- Nada - ele deu de ombros.
- Mais um rodada? - dei um sorriso travesso.
- Com toda certeza.
Depois de algumas doses de tequila, nós dois já riamos de piadas idiotas e de coisas sem sentido. Conseguíamos parar em pé, mas não andar em linha reta. Só tinha certeza de algo agora, isso traria uma bela dor de cabeça para o outro dia. Benjamin me encarava com um sorriso nos lábios.
- Você é muito linda - seus lábios sussurram próximos ao meu ouvido.
- Você também - falei meio embolado.
Sua mão avançou até a minha nuca, acariciando meus cabelos. Observei seus lábios se aproximando dos meus, quando percebi já estavam juntos. Sua língua pediu passagem e eu logo cedi. Enrosquei minhas mãos em volta de seu pescoço, prendendo meus dedos por seus fios de cabelos.
- Minha casa ou a sua? - ele sussurrou junto aos meus lábios.
- A sua - sorri.
Benjamin parou um taxi que passava, observei ele abrir a portar e dar espaço para que eu entrasse. Ele falou o endereço, e não demorou muito e já estávamos de frente ao imenso prédio. Desci do carro tropeçando nos meus próprios pés, enquanto ele pagava o motorista. Senti seus braços passarem por minha cintura, e seus lábios quentes tocarem no meu pescoço. Fomos até o elevador, no qual ele apertou o botão do décimo primeiro andar. Seu sorriso malicioso era uma das coisas mais quentes da noite. A porta do elevador se abriu, dando a visão de um corredor vazio e silencioso.
- Eu acho, que eu ganhei - ele deu um sorriso travesso.
- Bem, você está errado.
- Vamos ver então - ele me puxou em direção ao seu apartamento.
Nossas bocas já estavam coladas novamente. Escutei a porta bater atrás de nós, o que foi a deixa para que eu pulasse em seu colo. Cruzei minhas pernas em torno de sua cintura, enquanto suas mãos descia para a poupa de minha bunda, e seus lábios desciam pela pele quente do meu pescoço deixando futuras marcas.
Benjamin me deitou em sua cama, ao mesmo tempo que sua mão descia o zíper do meu vestido. Grudei minhas mãos nos botões de sua camisa, desabotoando-os. Seu abdômen era a visão perfeita para ficar olhando. Passei minha unha, deixando marcas avermelhadas. Observei ele procurar algo na comoda ao lado de sua cama, e logo ele tira algo no meio de seus dedos.
- Bom, eu não quero ser pai agora - ele deu um sorriso travesso.
- E eu não quero ser mãe - sorri, e grudei nossos lábios.
(...)
Acordei com o sol batendo em meu rosto. Espreguicei-me na cama, porém acabei batendo minha mão em alguém. Abri meus olhos encarando a pessoa deitada ao meu lado. Minha cabeça lateja de dor, e eu não conseguia lembrar o que havia ocorrido na noite passada. Peguei meu celular, olhando a hora.
- Droga - levantei rapidamente, indo até o banheiro.
Tomei um rápido banho e avancei em direção ao closet. Peguei uma das camisas dele e vesti. Dobrei a manga algumas vezes e passei um cinto na cintura. Prendi meu cabelo em um coque alto e por ultimo calcei meu salto alto.
- Bom dia - Benjamin se encostou na porta, observando-me. Mordi levemente meus lábios, enquanto olhava seu abdômen - tem uma babinha aqui - ele avançou até mim, passando o dedo pelo canto da minha boca.
- Foi uma ótima noite, porém eu preciso ir, estou atrasada - ele segurou meu braço, encarando meus olhos.
- Você está muito sexy na minha roupa - ele rapidamente juntou nossos lábios.
- Ao lado da sua cama tem meu numero, me liga - mandei uma piscada para ele, e sai do seu apartamento.
Não precisei pegar um taxi para ir até a empresa, já que era perto dali. Deparei-me com Michele comprando alguns café, e aproveitei para pegar um da mão dela.
- Devo perguntar sobre essa roupa que cheira a perfume de homem, ou, apenas ignorar? - ela comentou me olhando.
- Ignorar é sempre a melhor opção - sorri - como foi a festa?
- Foi ótima, dancei com o chefe - ela sorriu toda boba.
- Fico feliz - sorri.
Seguimos em direção ao elevador, mas acabei trombando com alguem.
- Desculpe - olhei para cima, e era o Mr. Hann.
- Roupa interessante Isabel, imagino que a noite foi muito boa - ele arqueou suas sobrancelhas.
- Com toda certeza Mr, Hann - dei um sorriso vitorioso e entrei no elevador - vai subir?
- Irei - ele entrou no elevador, e podia ver a veia de seu pescoço pulando de raiva - Katarina - ele se virou para uma loira logo atrás de mim - poderia subir na minha sala? Deixaram alguns desenhos lá - ele revirou seus olhos,
- Claro Mr. Hann - escutei ela dando uma risadinha - você está meio vulgar hoje, não é mesmo Isabel?
- Bom, se eu estou ou não, é problema meu, então pare com a inveja Katarina - sorri para ela.
A porta do elevador se abriu, e saltamos rapidamente dele. Virei-me para trás, e observei Katarina dar um thauzinho com a mão, enquanto a porta se fechava.
- Nem conheço ela, mas já a odeio - Michele parou ao meu lado.
- Você acha coisa melhor que o chefe - coloquei a mão no seu ombro.
- Está certa, acho mesmo sorri.
- As duas, para as suas mesas, tenho um aviso - Mrs, Johss falou ao nosso lado - Quero que vocês criem um look, diferente, bonito, charmoso, que chame a atenção. As três roupas vencedoras, vai aparecer na capa da revista do New York Times, então, boa sorte a todos - ela terminou e se retirou.
Peguei algumas folhas em cima da mesa, e comecei a desenhar rapidamente vários looks, para poder escolher um no final. Estava quase pronto, até alguém ter a brilhante ideia de fazer sombra na minha mesa.
- Você está tapando... Mr. Hann, deseja algo?
- Você e eu, almoço - ele sorriu.
- Não.
- Por favor - ele abriu um sorriso gentil, que faria qualquer uma cair aos seus pés.
- Me desculpe, mas disse que não vou me envolver com você Ian - sorri - além do mais - fiquei em pé, aproximando-me dele - está sujo de batom aqui - limpei o canto de sua boca com meu polegar - tenha um ótimo dia Ian - ri.
- Você ainda vai sair comigo - ele deu um sorriso travesso.
- Já que você está dizendo, só não será hoje - dei de ombros.
Ele se retirou e eu voltei ao meu trabalho. As horas passaram se rápidas, e finalmente deu a hora de ir embora. Recolhi minhas coisas e fui em direção a saída. Avistei alguém saindo do prédio da frente, segurando uma sacola em mãos. A pessoa se virou, dando a ótima visão de sua perfeita barba. Benjamin.
- Isabel - ele veio até mim - seu vestido.
- Você não quer que eu te entregue sua roupa agora? - olhei indignada para ele.
- Não seria uma má ideia, mas não - ele riu - eu ia te ligar para te levar o vestido.
- Bom, obrigada - peguei de sua mão - preciso ir.
- Eu vou te ligar em.
- Estarei esperando - sorri.
Entrei no taxi e segui para minha casa. Estava no andar do meu apartamento, quando deparei-me com Ian encostado na porta, com as mãos no bolso.
- O que faz aqui?
- Já que você não quis ir almoçar comigo, eu trouxe a comida até você - ele sorriu.
- Não precisava - sorri e abri a porta.
- E você precisa de ajuda para arrumar isso.
- Okay, aceito os dois - sorri - espero que isso não envolva segundas intenções.
- Não posso prometer nada - ele deu um sorriso travesso.
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