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História This is from Léon - Fuck Off


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Desculpem a demora, isso normalmente acontece quando não se tem uma boa internet </3

Capítulo 3 - Fuck Off


Fanfic / Fanfiction This is from Léon - Fuck Off

Ainda de noite, procurei encontrar um lugar mais calmo que o meu próprio cômodo aos fundos de um prédio abandonado: a hambúrgueria do Finn.

Finn era um sujeito extravagante para sua meia idade, mesmo assim, ainda tinha uma mentalidade mais infantil que a minha aos dez anos. Por mais que soubesse que ainda era um homem tentando a ascensão para a classe média alta, não deixava de destacar todo o seu restaurante com pôsters de gângsters mortos e marcas de cervejas esquecidas.

- Será que meus olhos estão me enganando ou estou vendo o meu chuchuzinho de volta às ruas? - perguntou ele do outro lado do balcão assim que atravessei a porta de vidro.

- Cala a boca, Finn. - sorri, colocando o porta-violão de lado e me sentando na cadeira alta a frente dele.

- Noite difícil, docinho?

- Um pouco. - pisquei o olho direito, mostrando um espaço entre o dedo indicador e polegar - Quero o de sempre, por favor.

Sorrindo, Finn deu meia volta, gritando para o cozinheiro fazer as fritas com queijo enquanto preparava meu milk shake de ovomaltine.

Podia ouvir ao fundo um som estrondoso entre uma voz singela e feminina. Quase podia visualizar a música sendo tocada num Mustang personalizado que pulava pelas ruas conforme o rádio estourava.

Meu celular vibrou, mas não atendi. Era outras das muitas ligações da faculdade dizendo que eu deveria pagar as outras duas parcelas caso não quisesse ser presa.

- Alguma coisa para mim hoje, Finn? - indaguei, pegando o milk shake assim que ele o escorregou pelo balcão em minha direção.

- Por enquanto nada, doçura. Está correndo boatos de que as contas para o AA vão ser encerradas.

Não, AA não significava Alcoólatras Anônimos, e sim um meio de Finn me dizer abertamente sobre o meu trabalho sem que ninguém notasse. Não gostava das siglas, mas não havia nada melhor para definir Assassina de Aluguel.

- Quem seria o idiota que faria isso?

- Alguém dos grandes, querida, alguém dos grandes...

Mexi o canudo do milk shake e suguei até sentir uma pontada incisiva na frente do meu cérebro congelando.

Não conseguia pensar em ninguém que esperasse tirar o trabalho de mim, não que eu realmente precisasse do dinheiro, mas eu necessitava de informações, e por mais que eu não quisesse admitir ou mesmo acreditar naqueles porcos inchados que se intopem de rosquinhas, sabia que poderia arrancar qualquer faísca deles, afinal, o DEA tinha os seus infiltrados, e eu encontraria cada um deles.

Comecei a comer as fritas batucando minha bota no ferro da cadeira.

Finn era um amor só por me dar lanches de graça. Na verdade, nem me lembro como começamos a ser amigos, talvez fosse o trato que fizemos “Me alimente e eu não mato você”. Ou porque eu ensino álgebra para o Sam, seu filho de 12 anos. Mas acredito que seja porque ele fica com 45% dos lucros que eu ganho, já que ele faz a maioria dos intermédios dos policiais, comigo.

- Acho que é melhor ir de vagar. - disse uma voz grossa, seguida de um aperto no meu ombro.

- E quem vai ser o babaca que vai me impedir?

Virei-me, girando a cadeira junto comigo. Mastiguei alto a última frita do pote e lambi meus dedos com cheddar.

- Talvez um distintivo. - sorriu.

- Só uma bala pode me parar. - sorri. - Mas você não tem coragem de atirar em mim - sussurrei.

- Tudo bem, crianças, é hora de partirem. - avisou Finn do outro lado da hambúrgueria.

Revirei os olhos.

*****

Meu corpo bateu contra a parede aos fundos da hambúrgueria e meu corpo se arrepiou quando Dan beijou meu pescoço. Suas mãos empurravam meus ombros para trás enquanto eu ria.

- Quando vai parar de fazer o teatro “Policial que dorme com uma meliante foragida”? - indaguei, mordendo seu lábio inferior assim que ele olhou para mim.

- Mas você não é nenhuma ladra assassina. Gosto de pensar que a parando em lugares públicos te faz mais minha. Além do mais, gosto de marcar meu território. - ronronou.

Desviei meu corpo do seu próximo beijo e o empurrei.

- Eu não sou sua propriedade Dan, por mais que você fique muito mais sexy sem o uniforme.

Dan nunca esteve nos meus planos, as vezes eu acho que isso era perigoso demais para atrapalhar meu objetivo. Nossa história parecia ter sido escrita por algum amante de romance policial e eu esperava realmente que não fosse.

Ele era um cara legal, moreno dos olhos cor de mel, barba feita e um porte físico de atleta. Mas tinha algo mais importante que isso: ele era o braço direito de um dos homens que trabalham no DEA. Isso me beneficia de todos os modos possíveis.

- Talvez eu possa cancelar as entradas para o boliche que vai abrir na rua 22 então? - indagou, erguendo dois ingressos na mão direita entre os dedos.

- Então um policial pode mesmo se divertir no expediente? - sorri, me aproximando e arrancando os ingressos da sua mão antes que ele o colocasse no bolso novamente.

- Fazemos isso todos os dias quando matamos uns bandidos sem querer. - brincou.

- Você é mesmo um babaca, Dan. - reclamei, sentindo as veias no meu pescoço queimando - Sabe que odeio essas piadas.

Odiava porque me lembrava de como León morreu.

Ele afirmou e ergueu as mãos acima dos ombros, como se estivesse rendido.

- Pensei que você estava ocupado essa noite. - relembrei-o.

- Hoje eu saí mais cedo, pegaram o último chamado por mim.

- Carmen. - afirmei como se já tivesse esperando por essa informação - Ela te adora demais para fazer isso.

- Ela é minha amiga de infância, acho que isso vale de alguma coisa.

- Deve valer… - apontei os ingressos contra a luz amarela do poste, vendo as marcas d'água em forma de bolas de boliche - É por isso que vou levar o Tony comigo!

Rindo, Dan me puxou em sua direção, beijando minha nuca.

- Te encontro lá?

Afirmei, puxando o porta-violão contra a lixeira para perto de mim. Coloquei os ingressos no bolso e arranquei de lá um cigarro e um esqueiro. Acendi-o. Traguei. A fumaça saiu pelo meu nariz em espirais. Coloquei o esqueiro na meia da bota.

- Você não deveria fumar! - reclamou ele ao longe, saindo do beco.

- Vai se foder! - gritei, tragando mais uma vez.

Quase podia ouvir León negar com a cabeça em algum lugar. Ele me odiaria por isso.

- Tudo bem. - dei de ombros - Pare de falar tudo bem, tudo bem? - ri para mim mesma, dando meia volta e indo em direção as grades cortadas por onde passei agachada.

Cruzei a rua central logo atrás e joguei o cigarro na calçada seguinte.

Passos.

Quase podia ouvi-los perto o bastante para ferir os meus ouvidos.

Toquei a 38 com cautela na minha cintura e continuei avançando, desta vez, me desviando da minha rota normal para a minha casa.

Conforme me apressava, ouvia os passos mais brutos.

Corri para dentro do beco mais próximo, joguei o porta-violão dentro da lixeira e arranquei a arma da cintura, apontando para fora.

Um mulher com roupas de corrida e um cachorro passaram por mim.

Ri baixo, praguejando o quanto eu parecia estúpida por pensar que estava sendo seguida.

Fui em direção a lixeira para pegar minhas coisas e uma sombra deslizou por trás de mim.

Virei-me com um punho fechado e a mão firme no gatilho.

Um rosto bochechudo surgiu em meio às trevas.

- É você quem Tony mantém segura?



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