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História This is love - The masks fall?


Escrita por: Melinacante

Notas do Autor


Gente querida e amada!! Uhulll voltei! hahah parecia que nunca chegaria o dia, mas chegou, né? Enfim...viagens e viagens e um show incrível do Guns depois (gente, voltei ainda mais apaixonada por eles). Céus...ver o Axl, o Slash...xesus...foi muita emoção. Enfim...viajei..viajei, mas voltei e agora vamos seguir nesse barco aqui.

Gente...agradecimentos a todo mundo que ainda acompanha a fic - fizemos niver de 1 ano já, viu!!! Uhuuulll E estou muito feliz demais com a envergadura que ela ganhou, incrível, mas a This está entre as mais comentadas e favoritadas da categoria Guns - isso significa muito pra mim e acho que pra nós todas que fazemos essa fic!! Digo nós pq vcs sempre me ajudam muito e fazem parte disso. Agradeço demais a todas que votaram na enquete "Ajudem a Luíza". Foram muito votos e muitas sugestões. Não vou contar o resultado pra não dar spoiler, é claro hahahaha mas a vontade do povo será cumprida, viu!! A maioria aqui vai ter voz.

Espero que vocês tenham assistido também o vídeo sensacional que a LineSilva fez. Está incrível!!! Aliás, a Line é meu braço direito aqui, vcs sabem ;) a montagem da capa é mais uma vez dela (e o título tb)!!!

Agora vamos parar de enrolation e vamos pro cap ;) Nos vemos nos comentários!!!

Capítulo 83 - The masks fall?


Fanfic / Fanfiction This is love - The masks fall?

- Agora sim: Seymour está acabada! – falei sorrindo pra Duff – pisa firme no acelerador porque nós vamos dar um fim nesse casamento...

*************

Aquelas foram minhas palavras depois de ter em mãos todo o material que o investigador havia conseguido. Não tinha como aquela víbora da Stephanie manter a máscara no lugar, eu mal podia me conter. Duff sorria ao meu lado com um cigarro dependurado na boca, enquanto acelerava cada vez mais. A única coisa que me preocupava era que eu queria evitar um vexame público, pois tinha medo de que Axl não suportasse passar por aquilo na frente de todos. Olhei angustiada para o relógio, pois queria conseguir encontrar Axl antes que ele chegasse à igreja.

- Você acha que ainda dá tempo pegar ele em casa? – perguntei pra Duff mordendo os lábios

- Considerando que o maluco está sempre atrasado...

- Duff – gritei – para ali naquele posto! Preciso pedir que Axl espere a gente. Vai que ele resolveu ser pontual justamente hoje – falei impaciente e, logo que o loiro estacionou, saí correndo atrás de um telefone. Estava tão nervosa que digitei os números errados umas duas vezes, enfim, quando consegui discar, a porra do telefone chamava e chamava e ninguém atendia, eu já estava desistindo quando reconheci a voz de Earl, o segurança de Axl.

- Earl, é a Luíza, o Axl ainda está em casa? – perguntei quase gritando

- Ele acabou de sair e eu preciso ir também...

- Merda!!! – desliguei o telefone e voltei correndo pro carro – acelera essa porra, Duff, Axl acabou de sair de casa, vamos tentar alcançá-lo na estrada

- Luíza, estou dirigindo um carro e não um avião – Duff ironizou – tudo bem que é um lamborghini, mas...

- Se você não se garante, passa a porra dessa direção pra mim – gritei irritada – claro que dá tempo!!!

- Ok, então vamos com emoção, gatinha – Duff deu um sorrisinho e pisou fundo. Estávamos a toda a velocidade possível rompendo milhas em direção às montanhas de Malibu, como Axl morava afastado de Los Angeles, achei que seria possível interceptar o carro na estrada.

 – Uhull...eu sempre quis fazer isso!!! – o loiro gritava ao volante ensandecido de adrenalina. Minutos depois, havíamos chegado à estrada que liga Malibu a Los Angeles, chegamos tão rápido que avaliamos que ainda não tinha dado tempo de Axl passar por ali, visto que não dava pra descer as montanhas em alta velocidade.

- Caralho, essa belezura voa mesmo – Duff sorriu desacelerando um pouco – acho que eu até casava com o ruivo, se ele me desse um carro desses...

- Cala a boca, Duff – falei batendo no braço dele – estaciona essa porra e vamos esperar Axl passar por aqui

- Então é melhor a gente colocar o carro no meio da pista pra impedir a passagem, né? – Duff disse com um sorriso no rosto, acho que ele estava se sentindo num filme de ação

- Tá doido, quer destruir meu carro? – olhei irritada pra ele

- Só estou dando uma ideia – ele disse erguendo as mãos

- Ótimo! Pois coloca a ideia em ação porque acho que é ele quem vem ali – falei ao ver, ao longe, um carro na estrada. Duff deu um cavalo de pau e parou o lamborghini na diagonal da pista. Meu coração estava acelerado! Eu não sabia exatamente como iria dizer pro Axl aquilo tudo no meio da estrada, mas não dava mais pra pensar, eu tinha que fazer aquilo. Vi que o carro preto desacelerou e logo um Axl, de face vermelha, abriu a porta traseira e saltou gritando impropérios. Dava pra ver de longe sua irritação, ele ainda não tinha percebido que erámos Duff e eu dentro do veículo que impedia a passagem.

- Vamos lá, Duff! – falei mordendo os lábios

- Tá louca? O Axl está com cara de psicopata e eu não quero morrer hoje, vai você sozinha!

- Cagão! – bufei e abri a porta do carro. Axl andava a passos duros em nossa direção. Ele estava lindo, seus cabelos ruivos brilhavam como nunca naquele sol de fim de tarde, vestia uma roupa de gala meio esquisita, mas a beleza de Axl fazia com que ele ficasse perfeito com qualquer porcaria que colocasse sobre si. Vi sua expressão mudar de raiva pra confusão quando, finalmente, se deu conta que era eu que estava ali. Ele parou por um instante pra me analisar, como se quisesse ter certeza que não estava imaginando coisas. Depois ergueu os braços numa interrogação:

- Que porra é essa? – questionou voltando a se mover em minha direção – posso saber que caralho você está fazendo no meio da estrada?

- Eu preciso falar com você, é urgente – respondi me aproximando, mas vi a raiva voltar ao seu rosto em milésimos de segundos

- Falar comigo? – questionou com a face rubra enquanto colava as mãos na cintura – Pensei que você estivesse só esperando que eu assinasse a droga da sua demissão pra ir embora dessa cidade. O que ainda está fazendo por aqui, afinal? – ele perguntou hostil – Você não queria se livrar de mim? Não era isso que você queria? Se já conseguiu, o que ainda quer comigo? – Eu estava paralisada enquanto Axl lançava uma pergunta atrás da outra deixando extravasar todo o sentimento de rejeição que ele parecia ter acumulado – Responde, Luíza! – gritou diante do meu silêncio

- Eu preciso falar que... – tentei responder, mas fui imediatamente interrompida

- Falar o quê? Você disse que não tínhamos mais nada pra conversar e agora aparece no meio da estrada, na hora do meu casamento! Depois o bipolar aqui sou eu – ele bufou e puxou um cigarro do bolso – pode sair do caminho que já estou atrasado – disse acendendo o cigarro e dando as costas pra mim

- Axl, por favor, me dá só um instante, eu tenho uma coisa pra te contar – falei tentando evitar que ele entrasse no carro, mas parecia em vão, ele me ignorava. Quando ele abriu a porta, gritei: – você não pode casar com a Seymour!! Você tem que saber o que eu descobrir, antes que seja tarde!! – foi então que ele se deteve por um instante, mas virou pra mim com a face ainda mais dura e com os olhos turvos da mais latente raiva

- Eu não acredito que você veio até aqui pra isso, Luíza – ele disse com os dentes cerrados – chega dessa história! Seymour está me esperando na igreja e é pra lá que eu vou agora.  Tira a porra desse carro do caminhou ou vou passar por cima dele!!

- Escuta o que tenho pra dizer, Axl – insisti, mas ele me interrompeu

- Não interessa o que você tenha pra dizer por que eu não acredito em nada, está ouvindo? Eu não acredito em absolutamente nada mais que venha de você. Sabe por quê? – ele disse exaltado me segurando pelo braço – Por que você mentiu pra mim quando disse que nunca me deixaria sozinho. Eu disse que eu precisava de você e o que você fez? Você me obrigou a assinar a porra da tua demissão! Quer saber de uma coisa? Vai pro inferno, Luíza! – ele disse me soltando e dando as costas pra mim

- Vai você! – gritei de volta com ele – é você que vai viver no inferno com uma mulher ordinária que te faz de idiota e que...

- Cala a boca!!! – ele disse se voltando novamente pra mim – se você não calar a porra dessa boca e não sair do meu caminho, eu juro que passo por cima de você, está me entendendo? – eu sabia que ele estava falando sério, Axl ficava completamente irracional quando se sentia rejeitado. Desde que ele assinou os papeis da minha demissão, não havíamos mais nos falado. Acho que ele passou aquele tempo todo ruminando e alimentando uma mágoa enorme contra mim, eu deveria ter esperado por aquela reação, mas estava tão mais preocupada em protegê-lo que esqueci completamente que a cabeça do ruivo girava numa rotação diferente da de todas as outras pessoas do mundo, era evidente que nada que eu tentasse falar funcionaria naquele momento. Na cabeça dele, eu o havia abandonado e rejeitado, enquanto Seymour era a donzela que o esperava no altar. Impossível querer desmontar isso com palavras, eu precisava mostrar primeiro as provas. Corri para o carro para buscar os documentos, mas enquanto eu abria a porta, numa manobra rápida e inesperada, o motorista de Axl conseguiu desviar do lambrighini e seguiu em frente.

- Porra!!! Caralho!!! – gritei me dando conta do que acabara de acontecer e me joguei no banco do carro, estava me sentindo derrotada – ele não quis me ouvir – lamentei com Duff – ele não me deixou nem começar a falar – falei num sinal de desistência

- Acho que o excesso de chapinha tá fritando os últimos neurônios da bicha ruiva – Duff disse acendendo um cigarro – éh parece que vamos ter que invadir um casamento

- Não vai adiantar – falei balançando a cabeça – você viu a raiva que ele tem de mim? Acho que se eu colocar o pé na igreja é capaz do Axl mandar os seguranças me tirarem a força

- Well – o loiro respondeu passando a marcha – no caminho a gente pensa nisso, o que importa agora é: você está pronta pra tocar fogo na igreja? – ele disse piscando o olho pra mim enquanto dava a partida no carro. Apenas fechei os olhos e acenei positivamente. Duff voou e rapidamente chegamos à igreja. Ele estacionou na esquina, afinal, um lamborghini chama atenção demais! Desci apreensiva do carro, segurando aquele monte de papéis nos braços. Minha cabeça fervilhava como uma panela de pressão. Eu vi Axl parado na porta da igreja conversando com algumas pessoas, Izzy estava ao lado dele com uma cara séria – Não acredito que o narigudo topou ser padrinho do Axl! – resmunguei com Duff – eu vou lá agora – falei dando um passo decidido, mas logo o punk me conteve nos braços

- Calma, se você chegar ali agora, a puta ruiva vai chamar os seguranças, a gente precisa fazer de um jeito que pare o casamento e chame atenção de todo mundo

- O que? – questionei com os olhos arregalados, eu estava um tanto quanto histérica com a situação, afinal, nunca me imaginei entrando numa igreja e gritando “parem o casamento”, era meio surreal pra minha cabeça – Duff, o Axl vai querer morrer com um escândalo desses, não posso fazer isso, eu queria que ele desistisse antes de começar o circo desse casamento

- Luíza – ele disse me balançando – não dá pra fazer uma omelete sem quebrar os ovos

- Falou o filósofo – ironizei me soltando dele e largando os documentos no capô do carro. Eu estava realmente arrasada. Sentei no meio fio e acendi um cigarro. Estava doendo ver aquilo tudo acontecendo diante dos meus olhos. Axl entrou na igreja e milhares de lembranças invadiram minha cabeça. Como num filme acelerado eu via imagens de muitos momentos que vivi com ele ao longo do ano que passei ao lado do Guns - Duff, eu não posso! Me tira daqui, por favor, acho que Axl tinha razão, eu já deveria ter ido embora e deixado tudo isso pra trás – falei me erguendo rapidamente com o coração acelerado. Acho que eu estava tendo uma crise de pânico, um ataque histérico ou coisa assim. Eu simplesmente não suportaria ficar ali pra ver a Seymour entrando pela porta da igreja. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, sem que eu conseguisse manter o controle. Eu que sempre me julguei tão equilibrada, me sentia completamente perdida, o coração descompassado. Era como se eu estivesse à beira de um precipício. O ar faltava e eu não conseguia pensar – eu preciso sair daqui – insisti com Duff que me olhava confuso, até que conteve novamente nos braços:

- Luíza Bresser – ele disse me olhando sério – será que eu vou ter que ser “o cabeça” aqui, porra? Acho melhor você se acalmar porque eu não vou conseguir impedir esse casamento sozinho. Você sabe que precisamos ir até o fim nisso. Não é só pelo Axl, é por mim, é pelo Slash, é pela porra dessa banda toda, caralho!! Aquela cascavel quer acabar com todos nós e você vai me ajudar a impedir isso, ok!

- Agora você me surpreendeu – balbuciei enquanto olhava atônita pra ele – o que foi que te deu, Duff?

- Eu sei falar sério quando eu quero – ele disse começando a abrir um sorriso – claro que isso só acontece uma vez a cada 10 anos...but...você deveria aproveitar

- Ok...ok... – falei tentando me recompor – você está certo, temos que ir até o fim nisso

- Ótimo – ele sorriu tocando meu rosto – você vai ficar calminha e nós vamos esperar aquela viúva negra entrar na igreja, depois vamos cada um para um lado e entramos ao mesmo tempo, pelas portas laterais, espalhando as fotografias que temos no ar, nisso o casamento já vai parar, o que você acha? – ele disse animado

- Isso parece cena de filme B... B de brega mesmo – falei fazendo careta

- Ah, qual é, Luíza? Você quer ser roteirista ou quer parar a porra desse casamento? – ele disse revirando os olhos – eu acho minha ideia genial

- Tá, já que não consigo pensar em nada melhor, vamos nessa – falei batendo no ombro dele e seguimos devagar pra lateral da igreja. Os convidados já estavam todos lá dentro, só quem estava pela porta eram os seguranças e algumas pessoas da imprensa que lutavam pra conseguir alguma imagem. Felizmente, avistamos Earl e pedimos que ele pedisse aos seguranças da lateral que nos deixassem entrar sem passar pela frente, ele prontamente nos atendeu, assim, Duff ficou a espreita na lateral esquerda e eu na direita. Minhas pernas tremeram quando vi a limusine que trazia Seymour se aproximando. Minha vontade era voar no pescoço daquela mulher e não deixa-la colocar um pé sequer dentro da igreja, mas eu sabia que se fizesse aquilo, seria expulsa antes mesmo de conseguir falar alguma coisa.  Portanto, contive todo meu ódio pra aguardar o momento certo. A ordinária sorria e acenava para os fotógrafos e, mesmo que eu pensasse no sofrimento que Axl sentiria, não podia controlar o grande prazer de acabar com aquela farsa. Vi Seymour adentrando a igreja como uma rainha, ela vestia um enorme vestido branco e tinha um véu sobre a face, o que não impedia de ver o sorriso cínico que ela mantinha nos lábios. Encostei-me à porta lateral pra observar, a cretina avançava lentamente e deu tempo de ver Axl se movendo para o centro do altar. Ele estava lindo e com uma expressão calma, mas eu o conhecia tanto que era capaz de perceber que  seus olhos evidenciavam uma certa confusão. Estava tão fixada nele que não consegui ver o início da cena que se desenrolava com Seymour, apenas ouvi gritos e o rosto de Axl se transformando. Quando olhei de volta pra Stephanie, percebi que alguém estava lutando com ela. Uma mulher, que eu ainda não conseguia identificar quem era, tinha simplesmente avançado na noiva. Pelo visto, eu não era a única que tinha vontade de fazer aquilo. Aproximei-me um pouco tentando entender o que estava acontecendo e vi Axl mandando os seguranças tirarem Erin dali. A louca tinha conseguido entrar na igreja, estava disfarçada e vi quando a peruca negra foi arrancada da cabeça dela. Eu tive vontade de rir, mas pensei que aquela era a oportunidade de entrar em cena e acabar logo com aquele casamento. Procurei Duff com o olhar pra dar o sinal pra ele, mas não o encontrava. Onde diabos ele tinha se metido? Eu me perguntava apreensiva. Lá dentro, a confusão de gritos continuava. Corri pra procurar Duff e encontrei o danado no estacionamento flertando com duas repórteres, eu me lembrava delas, eram as mesmas que invadiram o quarto dele em St Louise.

- Puta que pariu, Duff – gritei me aproximando – era assim que você ia me ajudar, cara?

- Calma, Lu, é que encontrei as meninas aqui e...

- Eu sei, Line e Logan – olhei balançando a cabeça pra elas – vocês não desistem nunca não é? – perguntei e a mais alta sorriu

- Ah, Luíza, que maldade – Line disse fingindo cara de ingênua – você vive perto desses deuses gregos e não quer deixar a gente tirar nem uma casquinha

- É, Luíza, tenha solidariedade com as coleguinhas – Logan gargalhou

Aquelas meninas eram muito engraçadas, mas definitivamente aquela não era hora pra gracinhas e eu estava com pouca paciência.

- Olha vocês podem tirar o que vocês quiserem, não só casquinha como o couro todo desse aí, mas agora está acontecendo um tumulto dentro daquela igreja e eu preciso do Duff – falei puxando o loiro pelo braço

- Meu deus! – Line gritou – tem bafão rolando?

- Tem, o descasamento do século vai acontecer agora – respondi puxando Duff

- Depois da terceira guerra a gente se encontra, meninas – Duff piscou pra elas

- Se concentra, Duff, a Erin está lá dentro quebrando tudo – falei beliscando ele

- Como é? – ele me olhou com cara de incrédulo – a sweet child tá implodindo a porra antes da gente?

- Isso mesmo, vamos – falei puxando ele e subindo as escadarias. Quando adentramos a igreja, as pessoas estavam todas em polvorosa. Axl continuava gritando com Erin que, a esta altura, já havia sido contida por dois seguranças. Seymour estava sendo levada, pelas madrinhas, para a área anexa a igreja, onde havia um salão de festas que estava plenamente decorado. Como o casamento foi organizado as pressas e previsto para ser uma celebração para poucos, a recepção ocorreria nesse salão e já estava tudo organizado ali mesmo. Slash e Izzy tentavam conter Axl que continuava querendo voar pra cima de Erin que chorava, sendo segurada pelos seguranças, e gritava dizendo que ele não podia casar com outra mulher que não fosse ela. Erin, definitivamente, era uma mulher desequilibrada, como eu pude pensar que ela poderia me ajudar a desmascarar Seymour? Afinal, ela era mais maluca do que eu imaginava.

- E agora, Luíza? – Duff me olhou vendo a confusão

- Segura esses papéis todos – falei entregando os documentos que ainda estavam comigo – mas não sai mais de perto de mim, ok! – avisei decidida e parti pro meio do furdunço

- Ela sabe, ela sabe de tudo – Erin gritou quando viu que eu me aproximava e Axl direcionou um olhar de ódio pra mim

- Você, Luíza? Quer dizer então que esse escândalo todo foi combinado por vocês? Malditas! Vocês querem me destruir – ele gritava e eu podia ver a veia dele saltando no pescoço de tanto ódio. Não era pra ser assim, não era pra estar acontecendo nada daquilo, mas não adiantava mais lamentar, mesmo que Axl me odiasse eternamente, eu precisava ir até o fim

- Axl, eu tentei falar com você antes, mas você não deixou alternativa, então eu vou ter que falar tudo que sei agora, você não pode casar com a Seymour

- Filha da puta!! – ele gritou tentando se soltar dos braços de Izzy e Slash, mas não conseguiu – Seguranças!!! Tirem essas duas loucas daqui agora! – ele ordenou, mas antes que os seguranças tocassem em mim, Alan interveio:

- Podem parar! Ninguém vai tocar um dedo na Luíza – Alan disse e eu cheguei a esboçar um sorriso pra ele – vamos acabar com esse escândalo e entender o que está acontecendo aqui

- Isso é tudo o que eu mais quero – respondi – eu só vim até aqui pra dizer pra todos vocês quem é a Seymour e como ela está tentando destruir não só o Axl, mas toda a banda e, realmente, só vou sair daqui quando vocês me ouvirem

- Nós temos provas – Duff disse balançando os papéis

- Do que vocês estão falando? – Slash perguntou confuso

- Sabotagem, Slash, estamos falando de um grande esquema de sabotagem – respondi – você lembra do dossiê que saiu naquela revista? Lembra quando contaram sobre tudo da vida de vocês e me chamaram de “furacão brasileiro”? Quem fez o dossiê foi Seymour...

- Cala a boca, Luíza –Axl gritou – porque você está inventando tudo isso, sua maluca?

- Eu não estou inventando nada, seu idiota! – falei tomada pela raiva – isso é só o começo de todas as mentiras que ela inventou e de tudo que ela fez pra te colocar contra todos aqui, eu tenho provas de tudo que estou falando e se você não quiser que eu conte tudo, com detalhes, aqui na frente dos teus convidados e da impressa, sugiro que você se acalme e que possamos ir todos lá pra dentro pra que eu termine de contar a história

- Cala a boca!!! – ele gritou de novo

- Ok, vou continuar falando aqui mesmo então...

- Não, Luíza, por favor – Alan pediu – vamos conversar entre nós

- Tudo bem, se Axl se acalmar – falei num tom irônico

- Eu te odeio, Luíza – o ruivo disse soltando um suspiro profundo – mas eu vou escutar que merda você tem a dizer, podem me soltar – ele disse empurrando os meninos, que logo o soltaram, e seguiu como um vendaval para a área do salão de festa. Alan disse aos convidados que a cerimonia estava temporariamente suspensa e mandou os seguranças levarem Erin pra fora.

Seguimos para o salão Duff, eu, Slash, Matt, Izzy, Jey e Alan. Ao chegarmos lá, vimos Axl andando de um lado para o outro enquanto Seymour, cercada por algumas amigas e com uma cara chorosa, tomava um copo d’água entregue por Beta que segurava Dylan no colo. Alan pediu que todas as amigas de Stephanie se retirasse, assim ficamos só nós e vi a cara de apreensão que Seymour me olhou. Era um misto de medo e ódio. Ela se ergueu da cadeira e veio andando em minha direção.

- Foi você sua ordinária!! Foi você que armou tudo isso – ela disse

- A única ordinária e vagabunda mentirosa que tem nesse lugar é você – respondi liberando toda minha raiva – e vim aqui pra acabar com a sua festa sim, sua cobra maldita, vim aqui pra esfregar na sua cara que eu sei tudo que você aprontou

- Você não sabe de nada, o que você quer é tomar o meu homem, mas o Axl é meu, está entendendo? O Axl é todo meu e nós vamos casar, quer você queira ou não – ela disse com o rosto quase colado ao meu, enquanto Axl continuava andando de um lado para o outro, e todos os outros nos olhavam apreensivos

- Sua ridícula, se o Axl quiser casar com você depois que souber toda a verdade, isso é problema dele, que se foda, que se fodam vocês dois, mas eu quero que você conte agora pra todo mundo quando foi que você abortou

- Hã? – ela perguntou fazendo cara de desentendida e Axl se aproximou de nós

- Isso mesmo que você ouviu ou vai negar que não tem porra de filho nenhum nessa tua barriga? – questionei

- Essa mulher é louca, Axl, eu estou grávida, eu estou esperando um filho seu, meu amor – ela disse com lágrimas mentirosas nos olhos

- É, você está tão grávida quanto o Duff – comentei ironizando e estendendo o braço pra que o loiro me entregasse os exames – está aqui o prontuário que prova que não há bebê nenhum – estendi os exames em direção a Axl que os agarrou e passou os olhos, ele parecia estar em outra dimensão, em silêncio, apenas recebeu os documentos e passou os olhos. Seymour se jogou aos pés dele chorando. A mulher abraçou as pernas de Axl e chorando começou a tentar se explicar:

- Meu amor, eu perdi nosso bebê, mas não quis te dar esse desgosto, eu tinha certeza que assim que cassássemos eu engravidaria de novo, meu amor, eu ainda posso te dar quantos filhos você quiser e nós temos o Dylan, eu não quis te enganar, eu só não quis te fazer sofrer – ela chorava enquanto Axl não movia um único músculo da face, ele parecia petrificado – nosso filho, nosso filhinho se foi, mas nós podemos ter outros – ela insistia

- Será que esse filho era mesmo do Axl, Seymour? – questionei estendendo novamente o braço pra que Duff me entregasse as fotografias – acho que a gente pode questionar, diante dessas imagens tão quentes com – nossa! – isso aqui é seu médico, não é? – falei entregando nas mãos de Axl as imagens de Seymour que não deixavam dúvidas sobre as traições

- Isso é montagem, meu amor, é tudo mentira – Seymour disse em desespero

- Acho que temos mais que imagens, viu! Acho que a Beta pode confirmar quantas vezes você recebeu essas “visitas médicas” na casa do Axl mesmo, não pode Beta? – falei virando pra babá de Dylan que arregalou os olhos e começou a gaguejar:

- Eu...eu... – ela tentava falar completamente atordoada enquanto Seymour a fuzilava com os olhos – eu confirmo – ela finalmente soltou

- Sua traidora ordinária – Seymour gritou – não acredita nela, meu amor, ela deve ter sido subornada por essa louca – ela gritava enquanto Axl continuava como se estivesse em transe. De repente, aparentando calmo, ele apenas disse:

- Beta, tira o Dylan daqui – assim que a mulher atendeu seu pedido, e o garoto não estava mais presente, Axl – ainda impassível – levantou o rosto choroso de Seymour e mirou bem seus olhos:

- Eu vou acabar com você, cadela! – ele disse com uma frieza enorme dando um tapa que fez Seymour cair

- Não faz isso, meu amor – ela suplicou girando no chão com a mão no rosto

- Amor? – ele perguntou puxando Seymour pelos cabelos – você não deve ter ideia do que é isso, sua cachorra – ele desferiu outro tapa na face dela que novamente foi ao chão. Quando percebi que Axl estava descontrolado e poderia ir longe demais, me coloquei na frente dele

- Você não pode continuar com isso, você não pode se destruir mais por causa dessa ordinária – falei tentando impedir que ele continuasse agredindo Seymour

- Eu vou matar essa mulher, Luíza – ele disse segurando meus braços com o olhar injetado de raiva – sai da minha frente porque vou acabar com essa vagabunda

- Deixa ele vir – Seymour levantou provocando – deixa ele tentar me matar porque a indenização vai ser maior – finalmente, a cascavel deixava a máscara cair  

- É isso que você quer não é? – virei pra ela ainda contendo Axl atrás de mim – você sempre quis só o dinheiro e a fama que Axl podia te dar, não foi?

- E você não tinha nada que se meter nisso – ela respondeu e não me contive mais. Pulei no pescoço de Seymour e começamos a rolar no chão. Eu rasgava o vestido dela com tanto ódio que cheguei a me desconhecer. Acho que nunca usei tanta força em minha vida. Em determinado momento, eu já estava sentada sobre Seymour metendo sucessivos tapas na cara dela, eu tinha saído de mim. Foi quando Slash me segurou:

- Luíza, chega! – ele disse tentando me conter, eu já não via mais nada de tão dominada pela raiva que estava, só voltei a mim quando ouvi Jey gritando. Desviei o olhar e vi minha amiga sendo segurada por Izzy, no meio da confusão, a bolsa dela havia estourado e escorria muito líquido pelas pernas dela

- Meu filho vai nascer, caralho!!! – ouvi Izzy gritando e pedindo ajuda. Eu estava atordoada e olhei em volta, meus olhos encontraram os de Axl, ele parecia mais perdido do que qualquer outro ser humano ali. Eu pude sentir a dor dele. Meu deus, eu nunca conseguia deixar de sentir aquela conexão profunda com Axl. Foi um instante apenas que nossos olhares se cruzaram, mas sei que ele deve ter lido em minha retina o quanto eu sentia por ele. Axl fechou os olhos e se virou. Num piscar de olhos, ele sumiu. Foi quando eu senti Slash conseguindo me erguer e vi Duff e Izzy saindo do local com Jey nos braços. Eu ainda estava apoiada nos braços de Slash quando Seymour se levantou e, ainda passando as mãos nos lábios – dos quais escorria um filete de sangue – me desafiou: - isso não vai ficar barato, sua vadia, eu vou acabar com tua vida, escreve o que estou dizendo, vai ter volta! – Ela ameaçou e saiu correndo. Nesse momento, o local tinha virado uma zona completa, depois que Axl saiu, os seguranças se dispersaram e vários curiosos chegaram perto. Seymour teve dificuldade de fugir dali com todo o tumulto e fotógrafos buscando por ela. Não posso deixar de dizer que senti algum prazer em ver aquela cobra saindo da igreja – na qual ela pensava que seria coroada a senhora Rose – com o vestido todo rasgado e os cabelos completamente desgrenhados.

- Acabou! Finalmente esse pesadelo acabou – falei quase num suspiro me apoiando no ombro de Slash

- É...parece que agora sim – ele disse segurando meu rosto – você está bem?

- Acho que sim, mas agora eu quero saber da minha amiga, você sabe pra onde levaram a Jey? Precisamos ir até lá, o filho dela vai nascer...que loucura, meu deus

- Pensei que você iria querer sair correndo atrás do Axl – Slash disse com uma ponta de amargura

- Não, agora é com ele, eu só fiz o que era certo – respondi firme – como ele vai lidar com isso não é mais problema meu, você não acha?

- Isso foi o que eu sempre achei – Slash respondeu e deixamos a igreja, em meio ao burburinho dos curiosos, em direção ao hospital. Eu só queria agora que tudo corresse bem com a Jey e queria ver meu lindo afilhado nascido antes de deixar aquela cidade. 


Notas Finais


Espero que tenham curtido, gente!! Estamos na reta final, mas ainda tem muita emoção pra rolar!!!
Beijas!!!


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