História This is our place - Pequeno conhecimento

Em um pequeno dormitório, em um campus de uma faculdade em Los Angeles. Eu quase estou jogando a cadeira da minha mesinha, no meu colega de quarto, pelo simples fato de ele entregar meu trabalho, para uma amiga dele copiar.

— Você não pode entregar minhas coisas para suas amigas! — Eu gritei, ficando praticamente vermelha.

— Calma! Ela disse que vai devolver ainda hoje. — Ele segurou minhas mãos, que já estavam prontas para acertar um soco bem na fuça dele.

— Eu não quero saber quando ela vai me entregar! Estou falando que eu não passei 6 horas escrevendo aquele texto, para um babaca dar todo meu trabalho para outra babaca copiar! — Tentei soltar meus braços.

— Ei, não somos babacas! — Ele protestou.

Eu o olhei profundamente, me segurando para não soltar palavrões que eu jamais imaginei que iria usar.

— Nós somos, nós somos! — Ele admitiu, soltou meus braços e correu para o outro lado. — Desculpa, okay? Juro não fazer mais isso.

— Do mesmo jeito que você jurou nunca mais chegar bêbado aqui? — Cruzei os braços.

— Não, agora é sério, desculpa.

Respirei fundo e me joguei na cama.

— Se o professor perceber que é cola e eu perder nota por isso, você pode pedir para ela devolver o favor e deixar você ficar no mesmo quarto que ela, porque daquela porta você não passa. — Falei tentando parecer o mais calma possível.

— Ei, ei, sei que você não consegue viver aqui sem mim. Você ama seu colega de quarto. — Ele se aproximou e sorriu.

— Mesmo se eu te amasse, eu com certeza colocaria minhas notas em primeiro.

— Nossa, que nerd. — Ele sentou na cama dele, e ficou me olhando cabisbaixo.

Não deu nem 5 minutos e alguém bateu na porta, ele foi abrir e eu estava logo atrás.

— Obrigada, Jake. — Era uma daquelas garotas que não prestam atenção em nada e passam de ano nas costas dos outro, da minha sala.

Ela deu um beijo na bochecha dele e ele fechou a porta. Eu peguei meu texto, e bati - não muito forte - em sua cabeça.

E esse foi mais um dia normal com Jake Sollus, um menino de origem alemã. Assim como eu, ele também está fazendo intercâmbio. Um menino irritantemente bonito, cabelos pretos e repicados, com olhos azuis "marcante", um sorriso que faz todas as meninas se derreterem por ele, admito que até mesmo eu, me pego pensando nele, mas os pensamentos logo somem quando penso que comigo o buraco é mais embaixo. Ele vive em festas, chega bêbado - e começa a falar em alemão, e eu não entendo nada -, chove meninas em cima dele, e também querendo ser minhas amigas - por causa dele -, me irrita propositalmente, admito que já pensei várias vezes em jogá-lo pela janela, mas eu não tenho força o suficiente para isso, então eu me contento com o que temos para agora.

Agora eu, Maggie Larkin, faço faculdade de astronomia, mesmo eu tentando e tudo mais, não consigo tirar notas tão boas, apenas o suficiente, mas também amo festas - mesmo que eu não esteja indo em muitas -, e não perderia a oportunidade de me vingar de alguém que já tenha feito algo contra mim. Basicamente sou aquela garota meio termo de tudo.

.   .   .

Depois da aula do dia seguinte, estava chovendo, uma chuva calma, a chuva que eu amava, - e que me dava muito sono -. Cheguei em meu quarto e ele já estava lá.

— Você tem sorte, tirei nota integral, e sua amiguinha também. — Falei procurando algo para comer, naquela bagunça que estava os armarinhos.

— Ela me contou. — Ele falou baixo.

— O que foi? — Peguei um saquinho de chips e abri.

Ele estava coberto na cama, não conseguia ver seu rosto.

— Gripe... — Ele falou com a voz rouca e logo tossiu.

Ele tirou a coberta do rosto e ele estava mal mesmo, seu nariz e olhos estavam vermelho, seu cabelo estava mais bagunçado do que o normal, mas ele continuava bonito.

— Você já tomou remédio? — Deixei as batatinhas de lado e me sentei ao lado da cama dele.

Coloquei a mão em sua testa, e pelos Deuses! Ele estava queimando.

— Não sei que remédio tomar, pensei que você soubesse, então esperei você chegar.

— E por que não foi para a enfermaria?

— Porque eu tenho um encontro hoje, e a tia da enfermaria irá me deixar de repouso.

Eu dei um tapinha na testa dele.

— Você não vai sair! Além disso, acho que sua parceira não irá querer um Jake todo catarrento.

— Você não consegue fazer eu melhorar até às 9?

— Não sou uma bruxa das poções que cura gente com resfriado. — Me levantei do lado da cama e o puxei. — Vamos para a enfermaria.

Ele não se esperneou muito para ir. Chegamos lá, a enfermeira deitou ele na cama, e deu um xarope.

— Amanhã ele estará melhor, ele irá dormir aqui, se quiser pode ficar com ele até às 10. — A enfermeira falou e logo saiu do quarto.

— Bom, então eu vou indo. — Bati palmas e sorri.

— Pensei que ia ficar comigo.

— Por que pensou isso? Ainda estou com raiva de ontem.

— Eu já pedi desculpas. — Ele virou o rosto e ficou emburrado.

— Agora eu te perdôo. E sinto muito pelo seu encontro perdido.

— Ela vai me ligar e vai vir aqui depois.

— Você fala como se ela fosse uma boba correndo atrás de você.

— Bom, isso não deixa de ser verdade.

— Ei! — Exclamei, ele deveria ter mais respeito com ela.

— Agora, falando de nós, a quanto tempo nos conhecemos?

— Há um mês. — Respondi estranhando a pergunta.

— Você é estranha. Quando falo com você parece que nos conhecemos há tempos, e às vezes parece que nunca nos vimos. — Ele falou como uma criança sem noção.

— Isso não é culpa minha...

— E eu nem sei sua idade. Olha só! Nem parece que dormimos no mesmo quarto. — Ele parecia realmente indignado com isso.

— Não acho que isso o interesse. — Dei de ombros. — Eu vou voltar para o quarto, ainda tenho tarefa, se cuida.

— Ei, não me dei- — Eu saí do quarto antes que ele terminasse de falar.

Como ele pode ficar indignado com algo que ele mesmo causa? A culpa não é minha se ele só pensa em festas e quase não fica no dormitório. Eu estava voltando para o quarto, e encontrei uma menina, talvez fosse a que Jake se encontraria, eu revirei os olhos e ri, se o motivo por ela estar indo por aquela direção era o Jake, ele tinha acertado.