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História This is our place - Meus bebês


Escrita por: amidori

Capítulo 13 - Meus bebês


 

Nunca pensei que ignorar um garoto fosse tão difícil, eu queria falar com ele, mas meu orgulho se feriria gravemente, já que ele nem fazia questão de tentar puxar assunto comigo.

Eu estava sentada em minha cama, minha rotina era basicamente ir para as aulas de reforço e ficar na cama, eu não tinha vontade de fazer nada, já Jake, vivia fora, provavelmente em festas. Já era 2 da manhã, eu estava sem sono, peguei uma cerveja e me sentei perto da janela, meu quarto tinha uma vista consideravelmente bonita, e era muito bom para ver as estrelas. Estava concentrada demais, perdida em meus pensamentos, que não ouvi quando ele chegou.

— Finalmente saiu da cama. — Ouvi sua voz, me virei assustada, quase derrubando minha bebida janela a baixo.

— Pois é. — Me virei de volta para a janela.

— A culpa não é minha, por eu não gostar de você, então não me ignore. — Ele pegou minha cerveja e bebeu.

—Não tinha bebida na festa que você foi, não? — Bufei e deixei ele ficar com a cerveja.

— Não fui em uma festa.

— Aonde você foi?

— Estava com um amigo, ele tá com uns problemas e pediu minha ajuda.

— Amigo?

— Sim, o Mike. — Ele me olhou e sorriu. — Você também tem ciúmes de mim?

— Não ligo mais para você. — Me voltei para a janela.

— Não liga mesmo? — Eu confirmei com a cabeça.

— Então eu te odeio, muito. — O olhei confusa.

— Por quê?

— Eu não consigo pensar em outra garota, sem me preocupar com o que você irá sentir.

— Provavelmente nada, eu não leio pensamentos. — Ele revirou os olhos. — E também você disse que não gostava de mim, por que se preocuparia?

— Porque você ainda é minha amiga, e como você se sente é importante.

— Não tente ser fofo, Jake, isso não vai funcionar. — Ele riu.

— É apenas a verdade. — Ele se aproximou de mim, com a cadeira. — Ah, eu cuidei de seus gatos, em compensação, quero que pare de me ignorar.

Nesses últimos dias, eu tinha esquecido completamente dos gatos, mesmo que eles dormissem comigo, era um costume, então eu nem percebia.

Olhei para minha cama, eles já estavam grandinhos, eu falei que ia doá-los, mas só de pensar isso, meu coração se aperta.

— Obrigada. — Sorri.

— Emy não gostou muito deles, eles ficaram arranhando ela, talvez porque eles queriam a mãe de verdade deles, e não ela.

— Também senti saudades deles.

— Ah! — Ele se virou para mim. — O Mike falou que o pai dele adora gatos, aí eu contei para ele que queríamos doar os nossos, e ele aceitou ficar com os gatinhos.

Olhei para eles, pelo visto, eu era a única que queria ter eles ali, mesmo sendo contra as regras, mas eu tinha prometido que os doaria.

— Tudo bem. — Falei sem olhá-lo.

— Posso levá-los para Mike, então?

— Sim. — Me levantei e fui até minha cama. — Eu vou dormir, boa noite.

Amanhã seria a prova, eu já devia estar dormindo há horas.

~ Jake

Pensei que ela iria fazer a maior birra para não doar os gatos, mas ela até que aceitou de boa. Ela estava deitada, com vários gatos em volta, só um dormia comigo. Eu fui dormir também.

No dia seguinte, acordei 10 horas, ela já tinha saído, hoje seria sua prova, e eu entregaria os gatos para Mike. Marquei de encontrá-lo no portão do campus. Coloquei todos os gatos dentro da caixa e fui, ele e o pai dele já estavam lá.

— Oh, quantos gatos! — O Sr. falou, pegando a caixa. — Cuidou deles sozinho?

— Na verdade, foi minha colega de quarto que pegou eles, eu só ajudei.

— Ah, fale um obrigado para ela, por mim. — Ele sorriu.

Os dois foram embora, e eu voltei para o quarto, o canto dos gatos, agora vazio, fazia uma grande falta, Maggie não iria gostar disso, e eu não queria que ela ficasse triste, mas também não podemos criar eles. Tomei um banho e fiquei esperando ela chegar, o que não demorou muito.

— A prova estava fácil? — Perguntei.

— Sim. — Ela olhou para onde ficava os gatos.

Seu rosto logo ficou com um semblante triste, e ela rapidamente entrou no banheiro.

Eu odiei ver aquilo, suspirei e coloquei os braços sobre os olhos, ouvi o barulho do chuveiro. Quando ela saiu, seus olhos estavam inchados.

— Ei. — A chamei, ela virou lentamente para mim. — Vem cá.

Ela se sentou na ponta da cama, a puxei para um abraço e caímos deitados na cama.

Não que eu gostasse que ela ficasse brava quando eu fazia isso, mas eu preferia que ela brigasse comigo e tentasse sair do meu abraço, demonstraria que ela não está triste, infelizmente ela não se deu o trabalho disso, ela apenas aceitou o abraço e ficou olhando para minha camisa distraidamente.

— Não fique assim, Maggie.

— Você não sente falta deles?

— Sinto, mas- — Ela me interrompeu.

— Então por que os deu para o pai do seu amigo?

— Porque era esse o combinado, além de que, não podemos criar gatos aqui.

— Então deixe-me ficar triste em paz. — Ele se levantou e foi para sua cama.

Eu suspirei, me sentia horrível, como se tivesse feito uma criança chorar, se bem que, foi isso o que eu fiz.

Ela não me queria por perto antes, e agora provavelmente não quer nem olhar na minha cara.

Dormi muito mal, já que volte e meia ouvia seus soluços, e a cada soluço era um pontada em meu coração. Dormi em paz, quando ela parou de chorar e finalmente dormiu também. Acordei às 6 da manhã, estava morto, mesmo assim, marquei de encontrar Mike no portão da escola. E novamente estava lá, Mike e seu pai com a caixa.

— Desculpe, Sr. — Juntei as mãos a minha frente, pedindo desculpas.

— Você pegou os gatos escondido de sua amiga? — Ele perguntou.

— Não, ela falou que eu podia, mas agora ela não para de chorar. — Ele riu.

— Tudo bem em criar gatos aqui?

— Damos um jeito, e desculpe novamente. — Peguei a caixa.

— Tudo bem, também não me sentiria bem sabendo que estou fazendo uma garota chorar.

Nos despedimos e eles entraram no carro, corri para meu quarto, antes de qualquer inspetor me parar. Cheguei no quarto e ela estava terminando de se arrumar.

— O que trouxe? — Ela perguntou.

— Ahn... Sabe, o cara disse que não poderia cuidar dos gatos e então quis devolver.

Um grande sorriso se formou em seus lábios, me senti bem por ver seu sorriso, depois de alguns dias vendo a pessoa mais animada que conheço, desanimada, chega a ser deprimente.

Ela pegou todos os gatos de uma vez e os apertou em um abraço.

— Ei! Você irá sufocá-los. — Coloquei a caixa no chão e fui tentar tirar os gatos dela.

— Não, sai daqui. — Ela afastou os gatos, quando tentei pegar um. — Você deu eles, então nem gosta deles.

— Eu dei eles, porque não podíamos criá-los!

— Mesmo assim. — Ela colocou eles no chão. — Se gostasse deles apenas dava um jeito de ficar com eles.

— Idiota. — Resmunguei baixo.

Ela voltou a abraçar os gatos, não dava para ficar bravo com ela assim.

— Vamos sair hoje. — Falei firme.

— Por que não convida Emy para sair? — Ela me olhou arqueando a sobrancelha. — Ou vai me usar para fazer ciúmes nela?

— Esqueça ela, e também não precisa ficar com ciúmes, se eu fosse usar alguém para fazer ciúmes nela, eu escolheria alguém mais bonita, não acha? — Ela me olhou com raiva e respirou fundo.

— Tudo bem, vamos sair hoje.
 



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