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História This is our place - Perseguição


Escrita por: amidori

Capítulo 16 - Perseguição


 

~ Maggie

Sair do meu mundo de fantasias, é uma coisa difícil, e algo que eu definitivamente não queria, mas não me vejo em posição de escolha. As aulas já vão começar, e tudo o que eu fiz foi ficar em casa e fazer alguns trabalhos. Jake me convida constantemente para festas, das quais eu sempre recuso, ele não insiste para que eu vá, como antes, e eu admito sentir falta disso.

Eu estou em estado de decadência, quando comecei o intercâmbio, não imaginava que ia acabar assim, ficar dentro do quarto, cultivando cogumelos, não é algo legal, mas agora, com as aulas começando, talvez tudo volte ao normal, eu ache um menininho legal, e esqueça Jake.

Me levantei e fui tomar um rápido banho, quando sai do banheiro, Jake tinha acabado de chegar.

— Oi. — Ele falou, enquanto tirava a blusa e se jogava na cama.

— Pensei que ia ficar o resto da noite fora. — Estendi a toalha e me sentei na cama.

— Não, tenho que me acostumar a acordar cedo de novo.

Eu assenti e me deitei na cama.

Novamente, assim como todos os dias, aquele silêncio tenso e constrangedor começou. Acabei dormindo antes dele, por pura insistência, porque aquele silêncio estava me irritando.

[…] Quem disse que eu estava preparada para voltar a acordar 6 da manhã? Eu estava sentada, olhando para o nada, quase dormindo de novo.

— Maggie! — Jake gritou meu nome, o que fez com que eu me assustasse.

— O quê?

— Não durma sentada.

— Ah... Tá bom. — Falei sonolenta.

Me levantei e fui me arrumar, com quase tudo pronto, eu ainda estava morrendo de sono. Sai do quarto antes dele, fui me encontrar com Julie, na cafeteria, nos sentamos na mesma mesa de sempre.

— Oi, pra amiga que não fala mais comigo. — Julie sorriu.

— Desculpa, estive ocupada esses dias. — Pedi um café grande.

— Se pegando muito com o Jake? — Fiz uma careta, como se ela tivesse falado algo extremamente proibido, a mesma revirou os olhos.

— Tudo bem, eu tenho novidades. — Ela bateu as mãos e sorriu.

— Prossiga.

— Eu fui em uma festa com o Oliver, e lá eu conheci um rapazinho muito legal, — Ela riu com o próprio comentário. — e nós saímos juntos, às vezes.

— Já achou outro paquera? Parabéns.

— Você é a única trouxa que fica sofrendo por uma pessoa que gosta de outra. — Eu revirei os olhos.

— Na verdade, eu não acho que ele gosta dela. — Sorri de leve, tentando não demonstrar que eu tinha esperanças.

— Meu Deus, me conte, para eu anotar no seu caderninho da ilusão.

— Bem... — Eu contei tudo o que aconteceu, no dia do jantar.

— Ok, talvez isso não mereça ir pro caderninho da ilusão.

— Agora, ele voltará a encontrar ela nas aulas, e talvez eles voltem a se gostar, e eu fique deprimida de volta. — Fiz uma cara de choro.

— Calma, talvez ele realmente goste de você, só está de frescura.

— Serei uma velha sozinha, com noventa gatos. — Continuei fazendo drama.

— Se continuar com isso, vou sair daqui. — Ela falou, levemente irritada.

— Tá bom, mas a gente vai ter que ir mesmo, já tá na hora.

Fomos para a aula, como sempre, foi incrivelmente entendiante. E assim seguiu, meus chatos e deprimentes dias.

[…] Passadas duas semanas, Jake não havia dado nenhum sinal de interação com Emy. Bom, hoje farei algo muito feio, eu preciso ter certeza de que eles ficaram juntos, e eu poderei finalmente, chorar e tentar achar outra pessoa. Seguir ele foi uma ideia um tanto boa, para mim, o problema é que me atrasarei para minha aula.

Ele saiu, e logo em seguida comecei a segui-lo, como um dia normal, ele pegou um café na cafeteria e foi em direção à sua sala, sem sinal de Emy. Na hora do intervalo, também vim ver o que ele fazia, ficava no restaurante - o do lado contrário, do qual eu ficava -, comendo e conversando com os amigos, novamente, sem sinal de qualquer menina.

[…] E acabou uma semana inteira, eu estava chegando atrasada quase todos os dias - às vezes, eu virava o flash e conseguia chegar em cima da hora -, ele conversava com algumas meninas, mas nenhuma delas parecia ter algo a mais com ele.

Certo, hoje seria o último dia que eu iria fazer isso.

Ele saiu do quarto, e eu fui logo em seguida, ele fez as mesmas coisas de sempre, eu já nem me escondia, e nem estava tão animada quanto antes, ele virou em uma "esquina", e quando também fui virar, dei de cara com ele, imediatamente, prendi a respiração, fiz uma careta e dei meia volta.

— Ei, volte aqui. — Ele segurou meu pulso, e me puxou, eu continuei segurando a respiração. — Pode respirar. — Eu soltei o ar e respirei fundo. — Por que está me seguindo?

— Não estou te seguindo. — Falei na maior cara de pau.

— Ah, então tem uma pessoa muito parecida com você, que me acompanha até meu bloco, todos os dias e depois sai correndo para o bloco de astronomia. — Ele sorriu.

— Talvez é isso. — Dei de ombros, olhando para os lados.

— Por que está me seguindo? — Ele repetiu a pergunta, olhando diretamente em meus olhos.

— Você deveria ir para sua sala, a aula já vai começar.

— Você sabe que é errado seguir as pessoas, não é?

Eu fiquei parada, sem o responder e olhando para o chão, e ele continuava me encarando, até suspirar e soltar meu pulso.

— Posso ir? — Perguntei, já dando passos para trás.

— Não.

Mesmo com sua resposta, eu saí correndo dali, não olhei para trás, para ver o que ele fez. Passei a aula inteira, super nervosa, na hora do intervalo, contei tudo para Julie, que começou a rir de mim.

— Agora você é uma louca apaixonada? — Ela perguntou ainda rindo.

— Isso soa muito mal, e eu só queria ter certeza.

— Bom, e agora você tem?

— Um pouco, ele não encontra quase nenhuma menina antes, no intervalo e depois da aula.

— É por isso que não está almoçando mais comigo, pensei que tinha achado outra amiga.

— Por que eu faria isso? Pra ser zoada por ela também?

— Quem sabe.

Terminamos de almoçar e voltamos para a aula. Depois da aula, fiquei enrolando umas duas horas, antes de voltar pro dormitório.

— Você tem que pedir desculpas, Maggie, o que você fez não está certo. — Falei para mim mesma, enquanto caminhava até o quarto.

Parei em frente à porta, respirei fundo e a abri. Ele estava deitado em sua cama, quando percebeu minha presença ali, começou a rir.

— Desculpa. — Coloquei as duas mãos na frente, como se implorasse.

— Só se você me falar, o porquê de você me seguir. — Ele se levantou e veio ate mim.

— Você já deve saber o porquê.

— Talvez eu saiba, mas quero ouvir de você, é o mínimo que mereço, por me limitar a apenas comer e conversar com meus amigos, para que você não descubra nada.

— O que eu poderia descobrir? — Arqueei a sobrancelha.

— Quem sabe. — Ele deu de ombros.

Então, toda essa minha semana de pesquisa, foi em vão, ele tinha fingido, desde o primeiro dia.

— Eu pensei que você ia voltar com a Emy, então só quis ter certeza. — Falei como um resmungo, mas ele ainda conseguiu ouvir.

— Não, ela tá namorando.

— Então você gosta dela?

— Não.

— Então o que eu poderia descobrir?

— Que eu tenho uma história, incrivelmente clichê, onde dois colegas de quarto se apaixonam, mas não podem ficar juntos.

A colega de quarto é eu? É eu mesmo? Calma, "se apaixonam" isso significa, que o amor é recíproco, o meu amor é recíproco!

Eu acabei sorrindo sem perceber, enquanto fazia meus cálculos, para saber se era eu ou não.

— Então você gosta de mim também? — Eu provavelmente parecia uma criança super feliz.

Ele não me respondeu, pelo menos, não verbalmente. Ele se aproximou e me puxou pela cintura, para um beijo, eu fiquei sem saber como reagir, mas acabei correspondendo, seus lábios eram macios e quentes, seu beijo, fazia eu sentir algo que eu aceitaria, facilmente, sentir pelo resto da minha vida. Quando nos separamos, ele olhou em meus olhos e logo sorriu, e eu continuei o olhando desconcertada.

— Mas você disse que não queria isso... — Falei relutante.

— Vamos esquecer isso por hoje, por favor. — Ele me envolveu em um abraço.

Como eu poderia falar "não", perante a isso?

Ele se jogou para o lado, caindo na cama e me puxando consigo, com sua mão em minha cintura, me apertando contra seu corpo, enquanto eu brincava com os cabelinhos em sua nuca, iniciou-se mais um beijo, dentre vários, que ali e agora haveria.

 



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