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História This is our place - Gatos


Escrita por: amidori

Capítulo 6 - Gatos


 

Novamente fui acordada, pelo som irritante do despertador, olhei para o lado e Jake continuava dormindo, então rolei por cima dele e levantei, assim desligando o despertador. Era 6 da manhã, ainda estava de suspensão, mas também estava sem sono para voltar a dormir. O olhei, ele já tinha tomado o lugar que antes eu ocupara na cama, ele parecia que ir dormir por mais um bom tempo.

Por fim, decidi ir comer em um café aqui perto. Me arrumei basicamente e fui até lá, era uma manhã quente, como a maioria das manhãs em Los Angeles. Pedi algo para comer, naquele vasto silêncio, comecei a me lembrar de ontem, não queria pensar nisso, mas as imagens apenas apareciam na minha cabeça, acho que seria melhor se tivesse o barulho de conversa, como todas as vezes que eu venho aqui, agora estava apenas eu e o garçom bonitinho.

Meu pedido chegou, respirei fundo, tentando deixar tais pensamentos de lado e comecei a comer. Quando terminei, paguei e fiquei andando pela cidade, eu não tinha planos para hoje, apenas andar pela cidade, as ruas estavam movimentadas, tinha bastantes turistas, o que me deixa com vergonha, já que me arrumei muito mal. Sem mais nada para fazer, voltei para meu dormitório, Jake já tinha acordado, ele devia estar no banheiro, não demorou muito para que ele saísse.

— Foi bom seu passeio? — Ele sorriu.

— Temos planos para hoje? — Me sentei na cama.

— Eu não sei, está cansada de ficar comigo no quarto? — Ele se sentou ao meu lado.

— Não...

— Então está gostando? — Ele sorriu de canto.

— Claro.— Revirei os olhos, o que fez o mesmo rir.

— Podemos beber.

— São 7:30 da manhã.

— Eu arranjo os planos para a noite e você para o dia. — Ele se jogou para trás, na cama. Eu fiquei pensando por um tempinho.

— Vamos comer porcarias, o dia todo. — Falei animada.

— Aí você vai virar uma bola, e não vai mais caber nós dois na cama. — Ele me olhou, tentando segurar a risada.

— Por que só eu vou virar uma bola nessa história? — Falei irritada.

— Estou brincando. — Ele me puxou para um abraço. — Ou pode ser verdade. — E ele acabou rindo, o que me fez dar um tabefe em sua testa e me levantar.

Peguei uma toalha e fui para o banheiro, tomei um longo e demorado banho, o carinha que paga as contas deveria me odiar, mas foi muito relaxante. Quando sai, Jake estava em sua mesa, mexendo no computador, me aproximei sem que ele percebesse, encostei em seu ombro, o fazendo se assustar.

— O que está fazendo? — Perguntei.

— Mandando um trabalho, é só para semana que vem, mas agora tenho mais tempo. — Ele fechou tudo e desligou o computador.

— Que aluno exemplar. — Bati de leve em sua cabeça e fui secar meu cabelo.

— O que vamos fazer? — Ele se virou para mim.

— Vamos andar por aí, aproveitamos e compramos algo para beber a noite.

— Você vai mesmo beber? — Ele me olhou surpreso.

— Quem sabe. — Terminei de secar meu cabelo, peguei um vestido branco e fui me trocar. — Quando eu voltar, espero que você esteja pronto.

— Sim, senhora. — Ele sorriu.

Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e sai do banheiro, e como esperado, ele estava pronto, uma calça jeans escura e uma camiseta azul-marinha, e tênis branco. Não demoramos muito para estarmos andando pelas ruas de Los Angeles, eu achava ali um lugar agradável, era quente, mas nem tanto, perfeito. Estávamos andando pela calçada da fama, olhando os nomes dos famosos, e depois de lá, estávamos indo para um mercado, onde vendiam bebidas mais barato.

No caminho, ouvi miados, fiz Jake parar e procurar comigo de onde vinha os miados, e perto de uma lata de lixo, encontramos uma caixa com 6 gatinhos, eles deveria ter um mês e meio, meu coração se apertou ao ver a cena, eles estavam magricelos e sujos, eu olhei para Jake.

— Vamos levá-los. — Falei firme.

— O quê? Não podemos criar animais nos dormitórios.

— Mas também não podemos deixar eles aqui, por favor, Jake. — Implorei, até tentei fazer uma cara de criança triste, ele respirou fundo.

— Tudo bem, vamos cuidar deles, e depois você irá doa-los!

— Certo. — Sorri e peguei a caixa com os gatinhos.

Continuamos indo em direção ao mercado, eu me sentei na calçada em frente, junto com os gatinhos, e Jake foi comprar as coisas. Ele voltou com uma sacola de bebidas, outra de ração, areia e um pote. Aproveitamos que nesse horário não tem ninguém no jardim dos dormitórios e entramos correndo. Os gatinhos estavam assustados, mas mesmo assim levei eles para o banheiro e dei um banho morno em cada um, eles não reclamaram muito da água, e depois nós demos ração - e eles comeram super bem -. Jake no começo não parecia querer aceitar a ideia de criar os gatinhos, mas agora ele estava brincando com eles, igual a uma criança.

— Gostou deles? — Perguntei.

— Sim, podemos dar nomes a eles? — Ele sorriu.

— Pensei que iria dá-los.

— Mas eles precisam de um nome.

— Pode dar nome em três. — Fui até ele e me sentei ao seu lado.

— Essa será Ártemis. — Ele pegou um gato cinza rajado.

— Como sabe que é menina?

— Se for menino damos o nome de Hefesto.

— Gosta da mitologia grega?

— Sei um pouco. — Ele voltou a dar atenção ao gatos, e eu também, não queria ficar de fora.

O tempo passou, e nem percebemos quando ja estava escurecendo, Jake cortou uma caixa e forrou com um lençol velho, para servir de caminha para eles, colocamos eles lá dentro, e não demorou muito para que dormissem, estavam fofinhos, todos juntos. Jake me olhou satisfeito com o trabalho e sorriu.

— Agora podemos beber? — Ele se levantou e pegou a sacola de bebidas.

— O que você comprou? — Me encostei na parede embaixo da janela.

— Saquê.

— Não gosto muito de beber.

— Você disse que iria beber comigo. — Ele fez bico.

— Não, eu falei que talvez iria.

— Você não vai?

— Me dê um copo. — Ele sorriu, pegou dois copos e se sentou ao meu lado.

Ele nos serviu, brindamos e viramos o copinho em um gole. Eu definitivamente não conseguia gostar daquilo, mas eu continuava tomando. Depois de 4 horas bebendo e falando mal da vida - mais conversando mesmo -, eu me encontrava levemente bêbada, para mim era levemente, ainda tinha consciência do que estava fazendo, mas certamente Jake estava melhor que eu, nós dois sabíamos que ele aguentava mais. Eu estava quente, um pouco zonza, me encostei em seu peito, e ele colocou a mão na minha cabeça, fazendo um delicioso cafuné.

— Desanimou? — Ele perguntou com a voz rouca.

— Você se arrepende de algo? — Mudei de assunto drasticamente, mas ele pareceu pensar um tempo antes de me responder.

— Sim.

— Do quê?

— De ter deixado aquele babaca tocar em você. — Eu me afastei e o olhei.

— Se arrepende disso mesmo? — Sorri constrangida.

— É claro, só eu posso fazer isso. — Ele me puxou para um abraço. — E você? Se arrepende de algo?

— Algumas coisas, pessoais...

Ficamos em silêncio por um tempo, ele ainda estava me abraçando, ele me deitou no chão e subiu em cima mim.

— O que está fazendo, Jake? — Perguntei de olhos fechados.

Ele não me respondeu, mas senti sua respiração perto de mim, logo abri os olhos e me assustei, como eu imaginava ele estava muito perto, como estava escuro, não consegui ver seu rosto direito, eu não me movi, apenas esperei, e ouvi um miado, não era isso o que eu esperava. Olhamos para frente e um gatinho vinha em nossa direção, ele subiu no meu pescoço e se deitou, logo em seguida apareceram outros gatinhos que deitaram em volta da minha cabeça. Jake me encarava, e começou a rir baixo.

— Você está parecendo um papai Noel de gatinho. — Eu me permiti a rir com isso, mas logo seu sorriso desapareceu e ele voltou a me encarar.

— O que aconteceu? — Perguntei.

— Nada. — Ele se jogou do meu lado. — Vamos dormir.

Eu estranhei sua atitude, mas não achei que seria necessário perguntar.

— Boa noite. — Falamos juntos.

Fechei os olhos e dormi.
 


Notas Finais


Caso queiram saber meu twitter, o que provavelmente não :v
É @amendorim


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