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História This is our place - Bebidas verdes e um Jake desanimado


Escrita por: amidori

Capítulo 8 - Bebidas verdes e um Jake desanimado


 

Havia se passado umas 3 semanas, desde nosso sábado lavando roupas na mão, agora nos encontrávamos dormindo em uma noite de sexta, juntos, pegamos esse costume com o tempo, ele só usa a cama dele para colocar tralha.
De manhã, eu literalmente pulei na cama, quando ouvi alguém gritar:

— O que é isso?! — Eu olhei para o lado e me afastei em outro pulo, fiquei sentada nas costas de Jake, que também estava acordado, provavelmente processando o que estava acontecendo, assim como eu.

O que ela está fazendo aqui? Pensei que esse episódio já tinha passado. Eu e Jake nos olhamos e depois olhamos para o casal a nossa frente.

— Ninguém vai me responder? — Ela perguntou sem paciência. 

Eu saí de cima de Jake e nos sentamos na cama, nós continuamos a olhando.

— O que está fazendo aqui, mãe? — Jake perguntou.

— Eu pensei um pouco e... Talvez aquele garoto, Luke, esteja certo, então vim pedir desculpas, e aproveitar para te visitar. Agora respondam-me. — Ela olhou fixamente para mim.

— Nós estávamos dormindo.— Falei brincando, mas Jake beliscou minhas costas, eu não resisti a fazer cara feia para ele.

— E por que você estava dormindo junto do meu filho? — Ela deu ênfase na palavra " junto ".

— Porque... — Eu olhei para Jake e depois para ela. — Não sei.

— Vocês estão namorando? — George perguntou.

— Não. — Falamos juntos. — Só dormimos juntos porque... Tava frio. — Jake terminou.

Os gatinhos começaram a miar e a sair da caixa, o casal olhou para eles e depois para a gente.

— Vocês podem criar gatos aqui? — Luci perguntou.

— Sim. — Menti. 

— O que aconteceu com o garoto gay? — Foi a vez de George.

— Ele saiu da faculdade, e eu fiquei com a parte dele do dormitório.

— Não parece ter mudado muito aqui. — Ele olhou em volta.

— Tínhamos gostos parecidos, éramos amigos. — Sorri.

Mas meu sorriso desmanchou, quando percebi que Luci me olhava assustadoramente, ela alternava o olhar entre mim e Jake.

— Você já é maior de idade, já sabe o que faz, não vou brigar com você se você tiver uma namorada. — Ela olhava para Jake compreensivamente.

— Mas eu não tenho uma namorada. — Ele franziu o cenho.

— Então como você dorme com uma desconhecida? — Ela se alterou um pouco. E se virou para mim. — Sem ofensas.

— Tudo bem. — Dei de ombros.

— Ela também não é uma desconhecida, somos amigos. 

— Amigos não dormem juntos. — Ela continuou.

— Nós dormimos.

— Você não quer falar qual a relação de vocês, não é?

— Já falei, somos amigos. — Ela o olhou desconfiada.

Ela me analisou de baixo para cima, e pareceu satisfeita com sua análise, suspirou e voltou a olhar para Jake.

— Tudo bem, ela parece ser uma boa garota.

— A senhora também. — Sorri e ela retribuiu, não muito convencida com o elogio.

— Bom, vou voltar para a Alemanha hoje, então, vamos voltar para o hotel e arrumar nossas coisas.

— Mas vocês já vão? — Jake perguntou.

— Sim, querido, chegamos quarta, mas não deu tempo de avisar, tinha umas coisas do trabalho para resolver. — Ela passou a mão na cabeça dele.

— Ah, tudo bem. — Ele falou cabisbaixo.

Ele se levantou e a abraçou, falaram algumas coisas, que não consegui ouvir, ele entrou no banheiro e Luci me olhou sorrindo, eu me levantei rapidamente.

— Cuide bem de Jake por mim, ok? 

— Mas a gente não... Ok, eu faço isso. — Acabei por aceitar. 

Ela não esperou Jake sair do banheiro para ir embora, a mesma falou que seria melhor que ele não a visse saindo, eu concordei e ela se foi, e logo Jake saiu do banheiro.

Eu ergui as mãos, como se estivesse falando: " O que acabou de acontecer? ", ele respondeu com uma cara que dizia: " Não sei. "

— Ela costuma mudar mensalmente mesmo? Mês passado ela tava brigando comigo, e agora ela gosta de mim. — Perguntei, enquanto ele voltava para minha cama.

— Ela não gosta de você, só te trata bem porque ela acha que namoramos e porque ela aceitou que eu já posso namorar.

— Então, agora para ela, namoramos?

— Sim, daqui umas semanas eu ligo para ela e falo que terminamos, se quiser.

Eu decidi ignorar, não sei bem se queria que ela achasse que não namoramos, ser tratada bem, não é algo tão ruim, né.

Esse pequeno momento de agora, acabou com todo aquele clima fofo que estava envolta da gente. Não achei que Jake queria falar comigo, já que ele estava deitado na minha cama, cobrindo o rosto.

Fui fazer minhas coisas diárias, cuidar dos gatos, ir no banheiro, comer qualquer coisa que eu achar nos armários, depois de fazer tudo, fiquei brincando com os gatos, esperando Jake tirar aquele clima tenso dele, mas isso não aconteceu, ele se levantou com uma cara de bunda, e se sentou ao meu lado.

— Zoey vai dar uma festa hoje, tá afim de ir? — Ele mostrou o celular com o convite aberto.

— Ah, pode ser. 

Ele respondeu a mensagem, bloqueou o celular e se apoiou em meu ombro.

— Minha mãe não deve ter ficado feliz de saber que " estou namorando você ". — Ele suspirou.

— Por quê?

— Ela queria escolher minha namorada, sempre, ela me dava opções de garotas, e eu não gostava de nenhuma delas, aí eu escolhia e fingia gostar dela, apenas para que minha mãe ficasse feliz.

— Então ligue para ela, e fale que terminamos ou algo assim.

— Não quero fazer isso, ela vai ficar alegre, mas continuará arranjando pretendentes para mim, e eu continuarei encenando, acho melhor ter alguém que eu escolhi.

— Tecnicamente você não me escolheu, nós nem namoramos, é só ela que pensa isso.

— Se você tivesse entre as garotas para eu escolher, eu escolheria você, você me irrita e não é tão bonita, mas é legal às vezes.

— Ah, realmente, sorte a minha. — Falei ironicamente. Ele se desencostou e me olhou sorrindo.

— Não fique irritada, apenas lide com a verdade.

— Não ache que eu namoraria você. — Revirei os olhos.

— É, você jamais faria isso.

Ele sorriu e pegou um dos gatinho que ainda não tinha nome. 

Ficamos o dia inteiro vegetando no quarto, quando era 20:00, estávamos prontos, Jake me olhava de cima à baixo. 

— O que foi? — Perguntei.

— Quando você usa um vestido justo, revela que você é quase uma tábua, se não fosse pelas suas gordurinhas.

Eu revirei os olhos e bufei.

— Desculpa aí, seu desnutrido. 

— Não sou desnutrido. — Ele rebateu.

— Eu não sou uma tábua gorda. — Talvez eu fosse um pouco. 

Ele riu e nós saímos do quarto, indo até o 49A, o número do dormitório da Zoey, o povo da festa, estava até no corredor, por que os inspetores não andam pelos dormitórios nesses momentos? Talvez seja porque eles também estejam na festa.

Jake segurou minha mão, e adentrou no meio da multidão, até chegar nas camas, que viraram duas mesas para bebidas. 

— Bom, divirta-se. — Ele falou em meu ouvido, para que eu pudesse ouvir. 

Antes que eu conseguisse responder, ele saiu e me deixou lá, com cara de tacho, diante de uma mesa cheia de bebidas que eu não conhecia.

Julie surgiu do meio do povo, e me abraçou, ela fedia a bebida alcoólica. 

— Eaí, Mag. — Ela riu sozinha. — Já pegou o Jake? 

— Por que eu já teria pegado? 

— Porque ele é maravilhoso. Aproveita, garota! Se você não pegar ele, eu pego.

— Vá em frente. — Dei de ombros.

— Sério? — Ela pareceu ficar séria, mesmo bêbada.

— Todo seu.

— Aaah, obrigada. — Ele me deu um abraço de urso e saiu pela mesma direção que o Jake foi.

Eu continuei olhando para a mesa de bebidas, acabei tirando na sorte o que ia beber, virei o copinho em um gole, era horrível, como todas as outras bebidas, mas como todas as outras bebidas, eu continuava tomando, tomei um que era verde, o que me dava mais certezas, que eu não nasci para isso, eu não consigo me acostumar, como os outros falam, depois de mais uns copos de bebidas desconhecidas, minha visão ficou turva.

Senti alguém segurar meu pulso, pensei que era Jake, então me virei sorrindo, mas era Jonathan, eu me afastei na hora, e tentei ficar preparada para correr, mesmo sabendo que eu cairia no terceiro passo.

— Calma, Maggie, eu só vim... Me desculpar, eu sei que passei dos limites.

Eu continuei o olhando, meu cérebro ainda estava processando o que ele dizia.

— Passou mesmo, então, para todo mundo ficar de boa, fica longe dela, cara. — Ouvi uma voz calma, atrás de mim, me virei e dei de cara com Jake, na verdade, foi com o peitoral dele, já que ele é um poste.

Fiquei aliviada de ter ouvido a voz dele, sabia que ele estava ali por mim, sorri sem perceber e me voltei para Jonathan, que olhava para Jake, não conseguia descrever o que seu olhar dizia, então, ele apenas foi embora.

— Você não consegue beber sem ficar bêbada? — Jake me virou para ele, e eu ainda estava sorrindo.

— Eu tava tentando provar cada uma, são todas ruins. — Ele deu um pequeno sorriso, ele parecia pensativo, enquanto me olhava.

No estado que eu estava, eu não conseguia nem entender falas, imagina olhares.

— Vamos voltar. — Ele me puxou pela mão, para fora do dormitório A.

— Está andando muito rápido. — Reclamei.

— Estou a uma velocidade normal. 

— Estou cansada. — O puxei para que parasse.

— Mas a única coisa que você fez, foi ficar lá parada bebendo e jogando suas amigas pra cima de mim. — Ele suspirou.

— Fiquei lá parada em pé. — Dei ênfase em " em pé ". — E a Julie não ia pegar você de verdade, ela apenas brinca com isso.

— É claro que não ia, eu não quero ela. 

Ele revirou os olhos, eu estava parada, de olhos fechado, o ignorando e sentindo o vento bater em meu rosto, quando senti ele soltar minha mão, passar um braço por trás dos meus joelhos e outro em minhas costas.

— Ah, que gentil, você vai me levar. — Sorri, e ele começou a andar.

— Se eu deixar você aqui, você ficará doente, e eu terei que te fazer companhia na enfermaria.

— Eu não iria pedir para que me fizesse companhia.

— Sei que você iria querer.

— Na verdade, vivo bem sem você. 

Vi um pequeno sorriso se formar em seus lábios, fechei os olhos, e apaguei na hora. Acordei quando estava sendo colocada na cama.

— Vai dormir comigo hoje? — Perguntei. 

Ele pareceu me analisar antes de responder. 

— Sim, espera. 

Ele saiu do meu campo de vista e eu fechei os olhos, logo a luz foi apagada e senti ele se deitando ao meu lado, abri os olhos e ele me encarava, novamente, pensativo.

— Você está pensando muito hoje. — Falei, e ele sorriu.

— Não se acostume com isso.

— Não gosto quando você fica assim.

— Você vive me chamando de tapado, por que não quer que eu pense?

— Porque agora não é hora de pensar, e só falo que você é tapado, porque você não percebe quando estão dando em cima de você. — Ele sorriu fraco.

— É claro que percebo, é só porque eu não tenho interesse na pessoa. — Ele riu de leve.

Eu o abracei, juntando nossos corpos e entrelacei nossas pernas, ele colocou a mão na minha cabeça e começou a fazer cafuné.

— Se quiser falar alguma coisa, estou aqui. — Falei abafado.

— Você está bêbada. 

— Mas eu sempre estou aqui, e quase nunca estou bêbada. — O olhei.

— Só dorme. — Ele me cortou drasticamente, que depois dessa, até desisti de o ajudar a se animar.

Fechei os olhos, e como há não muito tempo, apaguei na hora.



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