História This is real - Capitulo 15

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“Ao ouvir um zumbido, abri meus olhos assustada; assim que olhei ao redor, percebi que eu estava no meio da mata escura completamente sozinha. Levantei-me da grama coberta por pequenos gravetos e não demorou muito até aparecer um grande lobo com olhos azuis. Ele me encarava quieto e eu permaneci imóvel. Após algum tempo, os olhos do animal ficaram vermelhos e assim que segui seu olhar, vi algo correndo muito rápido em minha direção; logo fiquei desesperada e comecei a correr o mais rápido possível, então, escutei o indivíduo gritar “Dylan!”; ele parecia muito irritado e estressado e sua voz me era familiar. Logo senti que havia algo ou alguém correndo atrás de mim e meu coração disparou imediatamente...”

-Isa...Isa...

Acordei assustada com Dylan encarando-me preocupado.

-Você está bem? –Perguntou Dylan.

-Eu... só tive um... pesadelo... –Respondi, sentando sobre a cama.

-Quer falar sobre isso? –Perguntou ele.

-Por que isso seria importante?

-Por que muitas vezes os sonhos querem nos dizer algo...

-Eu não acho que meu pesadelo seja importante...

-Como foi? –Perguntou Dylan.

-Nada demais... eu estava no meio da mata sozinha.... mas ai, apareceu o lobo dos olhos azuis, aquele que eu já vi outras vezes na vida real...

-O lobo que você disse ter visto no campo de paintball?

-É. A gente ficou se encarando por algum tempo, e depois apareceu uma coisa... eu não sei o que era... acho que era um...homem... e ele corria muito rápido na minha direção... aí eu comecei a correr e ouvi ele dizer... o seu nome...

-O meu nome?

-É...

Dylan pareceu meio pensativo, porém logo desviou os olhos e levantou da cama. Eu precisava beber um copo de água, ainda estava meio tensa com o pesadelo esquisito. Levantei-me e fui até a cozinha, estava caminhando até a geladeira, quando senti uma forte ardência na sola do pé...

-AAH! –Gritei de dor.

Apoiei-me nos móveis da cozinha e logo Dylan chegou assustado...

-O que foi? –Perguntou, aproximando-se de mim para ajudar-me com meu equilíbrio.

Dylan ergueu-me em seus braços, levando-me até o sofá da sala. Assim que Dylan examinou-me, viu que havia um grande corte em meu pé.

-Esqueci de recolher os cacos da jarra que eu tinha quebrado. Me desculpe. –Disse Dylan, lamentando.

-Não tem problema...

-Acho que devemos ir ao hospital, o corte parece profundo.

-Não! Fora de cogitação! Minha mãe enfartaria! Me deixaria internada durante um mês!

-Um mês?

-É sério! Você não conhece ela!

Depois de muito insistir, Dylan concordou em somente enxaguar o corte e enfaixar o local. Porém me fez prometer que deixaria que ele me levasse ao hospital assim que o dia amanhecesse.

Dylan quis realizar todo o procedimento; e assim que terminou, pegou-me em seus braços e levou-me até sua cama.

-Obrigada... –Agradeci, sem graça.

Dylan apenas assentiu levemente com a cabeça dando um breve sorriso. Ele ficou sentado ao meu lado encarando-me por um longo tempo. E então aproximou-se de mim admirando meus lábios. Logo senti sua mão em meu rosto e em seguida, seus lábios quentes foram pressionados contra os meus. Dylan envolveu-me em seus braços e pude sentir o calor intenso do seu corpo contra o meu.

O beijo foi longo e muito gostoso, logo esqueci da ardência em meu pé. Eu só conseguia prestar atenção na incrível sensação que seus toques me despertavam e na fraqueza que eu sentia em resisti-lo. Não demorou muito até que Dylan se descontrolasse; então ele empurrou-me na cama e antes que eu percebesse, seu corpo já estava sobre o meu, fazendo com que eu sentisse um calor intenso. Depois de alisar fortemente todo meu corpo, Dylan encravou seus dedos na cama e afastou-se assustado para me encarar...

Sua respiração estava ofegante, assim como a minha. Ao observa-lo melhor, pude ver pequenas gotas de suor por todo seu rosto. Dylan apertou os olhos como se estivesse querendo se controlar por algum motivo, de qualquer forma.

-Você...está bem? –Perguntei preocupada.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Dylan abriu seus olhos e pude ver o intenso azul que os predominavam. De imediato, lembrei-me do lobo.

-Você é tão...lindo... –Sussurrei.

As palavras saíram antes mesmo que eu pudesse pensar em dize-las. Dylan deu um leve sorriso e então começou a beijar-me novamente.

Eu não queria solta-lo de maneira alguma. Seus beijos me despertavam sensações inacreditáveis, algo que me fazia ficar incrivelmente excitada. Dylan ficava cada vez mais selvagem, porém eu sentia que ele não se deixava levar pelas sensações, de alguma maneira, ele sempre tentava manter o controle. E novamente Dylan fincou seus dedos na cama e afastou-se, encarando-me.

-Por que você faz isso? –Perguntei desentendida.

Dylan estava incrivelmente ofegante, e seus olhos azuis estavam cada vez mais acesos.

-Por que seus olhos estão assim? –Perguntei.

-Eu...não posso...machucar você. –Sussurrou Dylan.

Antes que eu pudesse dizer algo, Dylan afastou-se rapidamente de mim e sentou-se na cama.

-Por que me machucaria? –Perguntei, sentando ao seu lado.

-Por que... eu não tenho controle perto de você... –Sussurrou novamente.

-Por que precisa de controle? Por que não deixa seus sentimentos te guiarem?

-Isso seria muito arriscado. Não posso arriscar te machucar...isso acabaria comigo.

-Você não vai me machucar Dylan... –Disse, tocando seu rosto.

-Você...não sabe. –Disse Dylan, segurando minha mão sobre seu rosto.

-Você já machucou alguém?

Dylan encarou-me profundamente e afirmou com a cabeça.

-Eu não acredito que tenha feito isso de propósito... –Retruquei

-Isso não importa... eu machuquei; e não quero que isso aconteça com você.

-Então por que acha que pode me proteger?

-Por que se eu não fizer o que me faz perder o controle...eu não perderei.

-E o que te faz perder o controle.

-Você... no geral você me deixa mais vulnerável; mais seus toques... me deixam completamente sem controle. Mais ninguém precisa saber disso...entendeu? Principalmente o Alex. Você não vai contar isso para ele... entendeu? – Perguntou Dylan.

-Eu...entendi. Você disse que não vai fazer nada que comprometa o seu controle... isso inclui...me...beijar? –Perguntei, sem graça.

“Sim, eu estava preocupada em não beija-lo mas... os toques de Dylan, hoje eram fundamentais para mim. E eu gostava de fazer isso...na verdade eu já imaginava muito mais do que só beijos entre nós. “

-Eu tentarei não beija-la mas... –Respondeu Dylan.

Eu não gostei nada de ouvir aquilo, na verdade fiquei bastante irritada.

-Está bem. Se é o que deseja...

-Não. Não é o que desejo. Eu não queria ser o que sou. Se eu fosse normal, eu já teria... feito muitas coisas...com você. –Disse Dylan, levantando-se da cama.

-E o que você é então? Por que não é normal?

-Por que eu não sou! Eu sou um monstro!

-Você não é um monstro Dylan! O que você fez que te faz acreditar nisso?

-Eu já fiz...muitas coisas ruins.

-E por que não me conta?

-Por que isso comprometeria a sua segurança.

Apenas assenti com a cabeça. Eu sabia que Dylan tinha um grande segredo, porém não seria revelado por ele. Eu não sei como descobriria, mais eu daria um jeito. Alex parecia saber o que era; porém tenho quase certeza que o mistério envolve os dois.