História This Love - Hatsune Miku

— Eu te odeio Chittaphon. – Dongyoung reclamava enquanto terminava de colocar sua fantasia, abotoando os últimos botões.

— Eu também te amo, bunny.

— Aish! Eu te mato seu desgraçado! – O agora loiro avança no Chittaphon, que estava terminando de ajeitar uma bandana para cobrir do seu nariz para baixo.

— Se o Taeil cair nos seus pés, eu juro que te bato.

— O Taeil é hétero! Quantas vezes mais eu terei que lhe dizer isso? – O coelho aponta uma escova na direção do outro.

— Veremos!

— Falar é fácil, não é? Você está aí, de Sasuke, e eu de coelho. Qual é Ten? Por que eu de coelho?

— Porque você é o meu coelhinho! E se reclamar, te transformo em coelhinho da playboy!

— Aigoo!

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Os dois garotos (coelho e Sasuke) chegaram na festa sendo bem recepcionados pelo Power Ranger rosa (Yuta) e o Power Ranger azul (Hansol).

— Jesus... – Chittaphon encarava aquele casalzinho de Power Rangers com um semblante assustado.

— BUNNY! – O dono da casa “pulou” na direção do coelho.

— Chittaphon, eu juro que te parto em dois.

— Vamos logo coelhinho, temos que encontrar o seu amado. – Ele saiu puxando seu amigo.

— Cristo, eu vou morrer!

Os dois pararam de supetão ao verem quem estavam procurando; Moon Taeil.

— Sério mesmo Dongyoung? Taeil hétero? TAEIL NERA HÉTERO?

— Eu não sei o que dizer...

— Eu sei o que você está pensando: “essa é a Sailor Moon mais linda que eu já vi”. – Fez aspas com os dedos.

Os dois caíram na gargalhada, chamando a atenção do Moon.

— TEN! Olha que lindo... Ah! Um coelhinho da Páscoa! Por que eu não ganhei chocolates na Páscoa, coelhinho? – A Sailor Moon ia na direção do coelho com uma cara de cachorrinho abandonado. — Ten, por que o coelhinho é tão malvado?

— Misericórdia! Boa sorte bunny. – O outro saiu de lá como em um piscar de olhos.

— Merda! – Cochichou para si mesmo. — Taeil... – ele é interrompido.

— Taeil não! Sailor Moon, por favor. – Falou entre soluços. — Eu quero explicações coelhinho!

Como Dongyoung explicaria que não era o coelhinho da Páscoa para uma Sailor Moon bêbada? Óbvio, não explicando e seguindo à diante com a mentira.

— Tudo bem Sailor Moon, primeiro largue o seu copo. – Taeil largou o copo de imediato, fazendo-o ficar em pedacinhos. — O que que eu fiz para merecer isso Deus?

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— TEN! Vem cá! – O “casalzinho não assumido jaeyong” chamou a atenção do tailandês que estava à procura do seu amado.

— É isso mesmo produção? Literalmente casalzinho?

Naruto e Hinata (sim, o Jaehyun era o Naruto e o Taeyong a Hinata).

— Não somos um casal por que o Taeyong não assumiu. Por enquanto estamos apenas “nos pegando”.

O Hinata olhou perplexo para seu par de fantasia.

— Você só pode estar zoando comigo, não é?

— Sem brigas, estamos entre amigos seus “cu doce”. – O Sasuke fez aspas com os dedos.

— O que você tanto procura Ten? – Jaehyun tenta diminuir o clima “tenso” que se formou ali.

— Não seria quem? – Taeyong complementa.

— Já sei! Tem nome e sobrenome. Seo Youngho! – Jaehyun sorri abertamente com uma pitada de malícia.

— Quieto casalzinho clichê!

— Saiba que seu querido já chegou na festa.

— MENTIRA? Desculpa, eu tô nervoso.

— Procura uma cabeleira azul/verde de colinhas.

— Não me diz que ele veio de Hatsune Miku...

— Não digo então! – Taeyong olhou ao redor e depois cochichou alguma coisa para Jaehyun.

— Dá para pararem de cochichar pelo amor de Deus?

— Olha para a pista de dança Ten! Cara, você é míope.

— Puta merda. – O tailandês se jogou em uma cadeira ao lado do casal.

— Agora não quer mais ver seu crush? – Taeyong joga a pergunta como se fosse uma bomba relógio.

— Estou atrapalhando os “pegas” de jaeyong? Que pena! – Ten cruza as pernas.

— E o Sicheng? Onde esse chinesinho doido se meteu?

— JAEHYUN DO CÉU! EU TINHA ESQUECIDO DA MINHA CRIA! – O Sasuke quase voa ao sair às pressas atrás do chinês.

— Onde um chinês retardado se meteria? – Ten olha em direção ao balcão das bebidas e encontrou uma fadinha ali. — Bingo.

— Ten, cadê o meu acompanhante? E por que você me deu uma fantasia de Tinkerbell? Você acha que eu sou o que? Uma fadinha? O Kun vai rir da minha cara!

— Vocês são uns mal-agradecidos!

— Vocês? Você colocou uma fantasia ridícula no Dongyoung?

— AFF! Coloquei uma fantasia de coelho.

— Então é esse coelho que o Taeil estava dizendo! – Ele começou a rir, sendo acompanhado pelo tailandês.

— Winwinie, não olha agora, mas o Kun está logo atrás vindo em sua direção.

— ONDE? ONDE? – O chinês passou a maior vergonha na frente do outro. Derrubou seu copo de suco de laranja e foi correndo na direção do Chittaphon. — Me. Esconde.

— Enfrente seu crush de frente, retardado. – O Sasuke vira a fadinha de frente para o Peter Pan.

— Ten, seu vagabundo, colocou fantasias combinando! – Ele falou somente para o tailandês escutar.

— Boa sorte! – E mais uma vez naquela noite, Ten Chittaphon Leechaiyapornkul sumiu.

— Olá fadinha! – O chinês mais velho faz uma reverência.

— ... oi, tudo bom?

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— Johnny ou Hatsune Miku americana?

— Que susto, Donghyuck? – O americano entrou em uma crise de risos.

— Fica quietinho Hatsune Miku! É melhor ser uma Branca de Neve do que ser um anime feminino.

— Onde está seu príncipe e seus 7 anões, Branca de Neve? – Johnny se segurava para não cair no riso mais uma vez.

— Cheguei! Oi Hatsune, olá princesinha. – Donghyuck não sabia onde enfiar a cara, e Johnny? Ele não sabia como fazer para parar de rir.

— Vocês... vocês são um casal?

— Sim, e o Mark obrigou o resto vulgo Jaemin, Jeno, Renjun, Chenle e Jisung à serem os 5 anões.

— Mas a Branca de Neve não tem 7 anões?

— De onde tu achas que eu ia tirar duas pestes? – Mark estava um pouquinho alterado.

— Ok, ok! Pode baixar sua bola aí. 

— E o Ten? Já descobriu quem é o anônimo?

— Sim.

— E quem é?

— Uma pessoa que respira e que está nessa festa.

— Nossa Youngho, como você é óbvio. – Haechan revirou os olhos.

— Obrigado, senhor óbvio, senhor Youngho.

— Que lixo!

— Vou nem falar nada. – E o casal saiu de perto do americano.

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— BOOMBAYAH!

Ten e Dongyoung dançavam no meio da pista. Talvez não fossem os melhores dançarinos dali (certamente não eram), ainda mais com Ten um pouco alterado e o coreano cuidando da Sailor Moon. É, não era uma cena que se vê todo dia; dois retardados dançando no meio da pista chamando a atenção de todos. Quando cito “de todos”, é o que significa “todos” para Chittaphon: Seo Youngho. Claro que o tailandês não fazia ideia de que estava sendo observado pelo seu amado, e muito menos desconfiava de que sua identidade já houvesse sido revelada. Para Chittaphon, Johnny ao menos sabia que Ten era próximo de si. Para Chittaphon, Johnny pensava que saía com Chittaphon enquanto conversava com o anônimo Ten. Pobre Ten, mal sabia que um de seus melhores amigos havia dado com a língua nos dentes e desvendado todo o mistério para Johnny.

— Ten, você não vai ir falar com o Johnny?

— Hum? Johnny? Ah, depois eu faço o que te contei.

— Ten! Você está ficando bêbado, está na hora de parar. – O coelho se avança na bebida do tailandês, não o deixando beber.

— Fala sério Kim Dongyoung! Me deixa beber! – O Sasuke bateu o pé.

— Não quero nem saber. Você vai agora no banheiro passar uma água na cara! Aproveita o embalo e toma uma água com gás.

— Já entendi mamãe! – O outro saiu em direção ao banheiro, e no meio do caminho já tomou um copo de algo que ele não sabia o que era, apenas bebeu.

— Ai meu santo Jongin! Que deus cuide desse bêbado por mim, por que de bêbados eu já estou cheio.

— Eu quero ir para a casa coelhinho! Você tem uma casa de chocolate, não é? – O outro encarou o loiro profundamente.

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— Meu deus Ten! Você está bem? – O Power Ranger que há segundos estava beijando o seu parceiro azul parou o que estava fazendo de supetão.

— Eu estou ótimo! Mentira, tô’ não. – Ten começou a choramingar.

— O que houve?

— A Hansol, o Johnny nem me dá bola!

— Lava esse rosto e para de birra! Se ele não te der bola, se joga em outro. E se você é anônimo, como ele vai te dar bola, ignorante?

— É VERDADE! Ele me ama, só não sabe que eu sou eu. – O outro saiu aos pulinhos.

— Devíamos contar a verdade...

— Hansol, usa essa boca para me beijar, mas não usa para contar isso agora.

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— Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim? ...

— EU NÃO AGUENTO MAIS MOON TAEIL! VOCÊ NÃO É A SAILOR MOON, EU NÃO SOU UM COELHO DA PÁSCOA E VOCÊ NÃO VAI GANHAR CHOCOLATES!

— Eu sei Dongyoung! Eu estou bêbado, não ignorante.

A boca do coelhinho foi ao chão. O tempo todo que ele esteve aguentando o mais velho bêbado e alimentando suas ilusões foi apenas um tempo perdido. O tempo todo em que aguentou aquela baboseira de ser um coelho e ele a Sailor Moon era uma mentira.

— VOCÊ SABIA O TEMPO TODO?

— Sim! Mas antes que me bata, eu estava fazendo isso por que você estava sendo muito fofo. Eu te achei muito fofo nessa fantasia, e você acabou acreditando que eu estava criando essas alusões. Ah, eu posso te apertar? Você é tão fofo...

— Pare de me chamar de fofo sua Sailor Moon falsificada. Assim eu não consigo ficar bravo com você! E não, você não pode me apertar.

— Você fica mais fofo ainda quando fica corado.

— Espera aí, TU NERA HÉTERO?

— Por você eu sou o que quiser, até a Sailor Moon. – Ele abraça o outro.

— Que gay...

— Você não gostou?

— Se eu gostei? – Risada sarcástica — eu amei!

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O tailandês andava de um lado para o outro em busca de seu tão sonhado crush. Não era muito difícil distinguir uma pessoa daquele tamanho entre outras, e ainda mais vestido de Hatsune Miku, mas para uma pessoa quase que nada sóbria, é um pouquinho difícil sim.

O tailandês estava nervoso, até por que havia perdido seus amigos na festa e ainda por cima estava um pouco bêbado. Claro que também tinha a preocupação de ser reconhecido pelo americano, mas por que não arriscar, não é mesmo?

Chittaphon atravessou toda a casa em busca do “grandão”, mas não o encontrou nem no banheiro. Um arrepio cruzou sua espinha, talvez ele estivesse nos quartos, afinal, ele não era compromissado. Mas como um bom iludido, ele preferiu a opção que lhe favorecia. Voltou à pista de dança e enxergou as madeixas azuis na qual tanto havia procurado.

Suas mãos soavam, seu coração palpitava. A vontade era de agarrá-lo ali mesmo, no meio de todo mundo, sem ao menos ligar para sua identidade secreta. Sua vontade era de aprofundar sua mão em seu cabelo e nunca mais tirá-la dali. E realmente, não se pode deixar um tailandês bêbado e sozinho.

O tailandês foi em direção ao americano que conversava com uns amigos e dançava ao som de skin to skin do Luhan e só parou quando ficou de frente às costas do outro. Em um movimento rápido levantou sua bandana onde deixasse sua boca à mostra e virou o mais alto. Puxou-o para um beijo, de forma rápida e até um pouco desengonçada.

Nos pensamentos de Ten, aquela seria a sensação de beijar nuvens. Nos pensamentos de Ten, esse beijo seria a coisa mais importante de sua vida. Seus lábios eram como se tivessem sido desenhados um para o outro. Nenhum dos dois ousou aumentar a intensidade do beijo, ficando apenas em um selo demorado. E no momento em que eles se separaram, Ten tratou de puxar a bandana para baixo e virou as costas para o outro pois não queria ser reconhecido.

Mas antes mesmo de Chittaphon escapar, Johnny segurou seu pulso e o fez virar para si. Encarando as mais profundas orbes, numa imensidão castanho-escuro, Chittaphon se viu perdido.

— Chittaphon, eu sei que é você. – O outro não desviou o olhar de si.

— Eu não sei do que está falando...

— Eu sei que você e Ten são a mesma pessoa.