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História This Never Happened Before - So far away but still so near


Escrita por: IronyMan

Notas do Autor


EU SEI, demorei mais um mês pra dar as caras aqui.
Mas, bloqueio criativo existe e ele me ama.
Perdoem a demora, perdoem qualquer erro ortográfico.
Espero que a leitura compense.
Até as notas finais.

P.s.: dedico à todos vocês, leitores e amigos!

Capítulo 10 - So far away but still so near


Fanfic / Fanfiction This Never Happened Before - So far away but still so near

   Mesmo a uma distância considerável, era possível ver com clareza cada detalhe, cada aproximação, cada sorriso. A raiva - e aparentemente um ciúme - tomava conta do bilionário, que guiava aos lábios mais uma dose de whisky. Aproveitava-se para beber mais quando Natasha afastava-se, para retoques em seu batom, ou para atender as ligações.

  — Então, Peggy conhece o Steve há quanto tempo? — Natasha sentou-se ao lado de Tony, retirando o copo de sua mão.

  — Não fazia a mínima ideia de que eles se conheciam. — as orbes castanhas permaneciam a observar cada ínfimo detalhe.

  — Ela parece gostar dele. Não é comum ficar de papo com outras pessoas daquele jeito. — Natasha observou a expressão do moreno. Punhos cerrados, maxilar travado, sobrancelhas encrespadas.

  Embora nem mesmo o gênio soubesse, ele nutria alguns sentimentos por Steve. Sendo um deles, ciúme. Mesmo que o loiro e ele não tivessem nada além de uma noite de sexo compartilhada. Mesmo sem estar no jogo, Stark não gostaria de perder… independente de quem fosse sua concorrência.



 

  — Então, Steve do Brooklyn… fale mais sobre você. — Peggy mantinha um sorriso discreto. Enquanto suas orbes castanhas fixavam-se ao oceano límpido que compunham os azuis de Steve.

  — Não há muito o que contar. Fiz faculdade de arquitetura na Inglaterra, sempre foi a carreira que eu quis seguir. Meus pais… faleceram há um bom tempo e divido o apartamento com meu melhor amigo, o Bucky. Ele trabalha nas Indústrias Stark também. — apenas quando finalizou seu monólogo, se permitiu um gole em sua cerveja.

  — Bucky? — a confusão era visível nas  belas feições de Peggy.

  — James Barnes.

  — Ah, sim. Apelido interessante... — era visível que sua voz se perdeu ao ouvir as notas musicais que compunham a introdução de uma música suave, que tanto lhe agradava ouvir. — Me concede a honra dessa dança? — a palma de sua mão, virada para cima, esperando o toque da mão de Steve, para fechar, curvando seus dedos ao entorno da pele alva do loiro.

  Na muito afastados de onde estavam, arrumaram-se da maneira que puderam. Steve, segurando uma das mãos da bela moça, enquanto apoiava sua cintura com a mão livre. A sutileza dos passos e dos demais detalhes, agraciaram os olhos dos ali presentes… menos Tony.

 

“Somebody said you got a new friend
Does she love you better than I can?
And yeah, I know it's stupid
But I just gotta see it for myself…”

 

  — Você é um excelente dançarino. — seus lábios, bem distantes dos ouvidos de Steve, projetando assim, sua voz com maior intensidade.

  — Na verdade, sou péssimo. Tem sorte por não ter pisado no seu pé. — o riso despojado, acompanhado por uma leve risada por parte da morena.

 

“I'm in the corner, watching you kiss her. Oohh
And I'm right over here, why can't you see me? Oohh
And I'm giving it my all
But I'm not the guy you're taking home. Oooh
I keep dancing on my own…”


 

  O rompante de seus movimentos quase assustou a ruiva que junto à ele, observava a cena. Tony esgueirou-se pelos presentes corpos que bailavam de forma romântica com seus determinados parceiros. Apressado em sair o quanto antes daquele enorme espaço, que por hora, parecia um cubículo.

  — Casa?

  Natasha estava há poucos centímetros do amigo, não acreditando na cena vislumbrada por seus olhos. Tony Stark, o gênio, playboy, aquele que não se abalava por meros romances… estava prestes a tombar, e em público.

  Não foi necessário mais que um acenar de cabeça. Um singelo gesto limitado à uma simples discordância. Ele não admitiria, nem para ele mesmo, muito menos para Natasha.

  — Só precisava de um pouco de ar puro. Alguma mulher abusou do perfume adocicado. — comentou com um forçado sorriso nos lábios. — Vem, Nat. Vamos dançar.

  Seu braço dobrado, esperando o contato com o braço de Natasha, guiando-os de volta ao conglomerado de corpos que ainda bailavam romanticamente.

  A proximidade dos corpos, faria qualquer pessoa desconfiar do nível de intimidade entre eles. Mas, entre eles nada além de uma bela amizade poderia existir. Mas se Steve Rogers podia dançar com a Peggy… bem, Tony Stark se aproveitaria da enorme beleza e sensualidade de sua amiga.

  — Então o plano é fazer ciúmes? — o sorriso divertido que estampava os rubros lábios de Natasha, evidenciava sua concordância.

  — O plano... é se divertir! — com a afirmação, girou a ruiva em seu próprio eixo, parando quando de frente um ao outro novamente.


 

  Os curiosos azuis, observavam cada mísero gesto. Por alguns instantes, Steve Rogers esqueceu que precisava manter movimentos constantes. Seu corpo empacou na pista, o que chamou a atenção da morena que dançava com ele.

  — Você está bem? — seus olhos, seguiram a direção na qual o loiro tanto observava. Tony e Natasha. — Chegou a conhecê-la?

  — O quê? Ah, Natasha Romanoff? Conheci hoje. — comentou ainda perdido nos passos de dança do moreno.

  — Ela é muito bonita, mas… já está num relacionamento. — desfazendo do contato com o corpo de Steve, caminhou a passos curtos, seguindo até o bartender mais próximo.

  — Não estou interessado nela. Só observei-os dançar. — a honestidade empregada em cada palavra. Afinal, não estava mesmo interessado na ruiva, e sim curioso. Graças ao que Peggy havia comentado.

  — Eles se dão muito bem. Batiam de frente algumas vezes, mas aprenderam a lidar com as diferenças e semelhanças. Ela e o… Bucky, trabalham para manter a imagem do Tony. Tarefa árdua. — sua atenção desviou-se do loiro, apenas por tempo suficiente para pedir seu drink.

  — Então, eles se conhecem há muito tempo? — seus braços, encostados no balcão, mantendo seus olhos, fixados na imagem dos corpos que ainda bailavam conforme o ritmo da música.

  — Sim, estão juntos há muito tempo. Mas nem sempre saiam juntos para beber. Mas ela faz bem pra ele. — naquelas palavras, Steve havia entendido absolutamente tudo errado.

  — Que bom. É bom quando temos alguém ao nosso lado. — dando as costas para o feliz casal dançante, pediu dessa vez uma dose de whisky. Naquele momento, cairia bem algo mais forte.

  — E você, Steve? Tem alguém ao seu lado? — o copo intocado ao lado da destra de Peggy. O foco da noite concentrava-se quase que exclusivamente no belo par de orbes azuis celestes.



 

  Bucky e Sam dançavam, pouco se importando com qualquer coisa que não fosse o ritmo de seus passos. Os olhares entregavam os sentimentos, fazendo certo moreno de olhos azuis sorrir e corar inúmeras vezes. A letra da música passava por despercebida, assim como qualquer pessoa ao redor dos dois. A entrega e carinho, adjuntos à altas doses de álcool, deixava-os ainda mais encantados um pelo outro. Sam não poderia prever que um dia estaria dançando daquele jeito, com Bucky… muito menos que se envolveria física e emocionalmente com o amigo. E ali estavam, dois bobos apaixonados, dançando ao som de Say You Love Me.

 

“Say you love me to my face
I need it more than your embrace
Just say you want me, that's all it takes
Heart's getting thorn from your mistakes…”

 

  — Talvez… devêssemos ir. — Bucky comentou, com apenas alguns centímetros de distância do ouvido de Sam.

  — Quem diria Senhor Barnes, que você é um tremendo safado! — Sam parou bruscamente os passos da dança.

  — Eu sou falei para irmos pra casa. Você quem pensou besteiras! — o sorriso tímido e as maçãs do rosto numa tonalidade de vermelho vivo. — Vamos falar com o Steve.

  — A última vez que vi, ele estava falando com o Stark.

  — Com o… o Steve? — dando de ombros e seguindo Sam, deixando-se guiar pelo toque da pele quente do outro em sua mão.


 

  — Peggy! — Natasha aproximou-se, sem grandes contatos, apenas um toque sútil no ombro da morena, que lhe retribuiu com um sorriso. — Não sabia que tinha voltado.

  — Nem eu sabia que suas férias chegaram ao fim. — no banheiro feminino, apenas as duas estavam na frente daquele enorme espelho, Peggy retocando o batom, e Natasha arrumando alguns fios, atrás de sua orelha.

  — Ainda não. Mas sabe, precisava ter certeza que o Tony não mancharia a imagem que dá tanto trabalho para manter.

  A risada verdadeira, provenientes das gargantas de ambas as mulheres naquele banheiro. Afinal, ambas sabiam o trabalho contínuo que era trabalhar para alguém como Tony Stark.


 

  Era a milionésima vez que Natasha saia, fosse para retoques na maquiagem intacta, ou atender uma ligação. Tony perdia-se nas doses de whisky, optando por seguir até o balcão, para mais uma dose.

  — Nossa, não deveria beber whisky… — comentou ao perceber a feição pensativa de Steve. — Ele faz a gente repensar muita coisa. Normalmente, coisas que queremos não pensar.

  Estavam na parte mais afastada do conglomerado de pessoas que bebiam e dançavam. Quase um ponto estratégico onde se podia ver tudo, e não ser observado por quase ninguém. Na parte mais escura do bar, atrás de duas imensas pilastras de sustentação.

  — Acho que não estou acostumado com whisky. — a voz levemente arrastada, surtiu o efeito de uma gargalhada em Tony.

  — Se você não fala, eu não teria notado. — o copo vazio em sua mão, encontrou melhor lugar para jazer. Na lustrosa parte que fazia o balcão.

  — Onde está sua acompanhante?

  — Provavelmente retornando a ligação de um homem viciado em trabalho. Por quê? — seus cotovelos descansaram no balcão, enquanto seu rosto apoiou-se nas mãos, deixando seus olhos percorrerem livremente por cada centímetro do rosto de Steve.

  O whisky definitivamente havia afetado Steve, e Tony ria internamente com as feições daquele homem. Confusão, graça, delicadeza… reparou o umidecer quase constante dos lábios. Os cílios, o tom magnífico daquele azul… “merda, puta merda!”

  Era inevitável manter uma distância. Principalmente quando Steve tentou se pôr de pé, levemente cambaleante pelo rápido efeito do álcool em seu organismo despreparado. A ação involuntária do corpo de Tony, obrigou-o a dar sustento ao corpo de Steve, prensando-o contra a pilastra mais próxima.

  A proximidade dos corpos, o quase selar dos lábios. Se a altura fosse a mesma, obviamente estariam agora num tipo de beijo. As respirações fundiam-se numa intensidade que beirava o caótico. O rápido movimento dos peitorais numa dança ritmada de sobe e desce. Os batimentos cardíacos erráticos, as mãos que apoiavam-se pelos corpos alheios. Por fim, um discreto inclinar de cabeça, permitindo a proximidade que ambos almejavam. Permitindo que os lábios se tocassem e que as línguas iniciassem aquela tão prazerosa luta por espaço e dominância.

  Sutileza passava longe daquele pequeno espaço mal iluminado no qual se encontravam. Havia apenas necessidade e pressa. Pressa por buscar mais e mais contato, por percorrer o corpo alheio com as mãos quase trêmulas. Necessidade de dar e sentir o maior prazer possível, mesmo que no menor tempo.

  Mordidas nos lábios inferiores, beijos no pescoço e palavras desconexas ao pé do ouvido. Naquele momento, nem a música se fazia presente nas mentes tão atordoadas de prazer.

 

  — Acho que encontrei o Steve. Mas definitivamente não quero falar com ele agora. — Bucky parou estarrecido com a visão entrecortada pelas pilastras.

  Sam, que estava ao seu lado, apenas ficou boquiaberto. Era difícil imaginar, quanto mais ver a cena. Se alguém lhe contasse, ele jamais acreditaria. Mas estava ali, bem diante de deus olhos, o pegador Tony Stark e Steve Rogers.

  — Não pensei que o Steve fosse cair nas graças do Stark. — Sam comentou abafando uma risada.

  — Estou tão chocado quanto você. Principalmente porque o Tony é o chefe dele, e é noivo. — Bucky comentou já sentido pesar pelo amigo.

  — Isso será algo para resolver outro dia. Ele é grandinho o suficiente para tomar as próprias decisões. Vamos, você manda uma mensagem pra ele. Fala que vai passar a noite fora. — agarrando-se à mão do moreno de olhos azuis, Sam abriu caminho, espremendo-se por entre os corpos que mais pareciam sofrer de ataque epilético, do que dançar.


 

  As mãos por dentro da camisa, sentindo o calor que emanava daquele corpo malhado. Aproveitando-se da situação para arranhar levemente com suas unhas curtas, arrancando gemidos e arrepios do loiro. Sentindo seu corpo ser fortemente prensado contra a pilastra, enquanto sentia sua sanidade ser sugada quando os lábios róseos lhe sugavam a pele do pescoço. Sentiu o calor insuportável que obrigava-o a desejar um banho frio, ou uma boa noite de sexo.

  — Tony? — a voz fazendo-se presente, acima da música alta, despertou-os daquele delicioso devaneio.

  Afastaram-se, ainda temendo a distância, ainda com os lábios uns nos outros, num selar de lábios sútil.

  — Só um instante. — o indicador erguido, intensificando suas palavras. Afastou-se a passos largos, aparecendo atrás de uma das pilastras, quase assustando Natasha. — Sim?

  — Pergunto o que você fazia ali atrás, ou é preferível não saber? — apontou para onde Tony estava até pouco tempo. — Vou chamar um táxi e deixar você aproveitar o restante da noite. Boa sorte!

  — Espera Nat. Obrigado pela companhia. — a última sentença, quase sussurrada.


 

  — Steve? — Peggy assustou-se com a aproximação do loiro, que parecia levemente ébrio. — Quer uma carona, rapaz do Brooklyn? — sorriu enquanto arrumava sua bolsa e seus pertences, a procura de sua chave.

  — Não precisa, eu chamo um táxi. Obrigado Peggy. — os passos apressados, rumando o quanto antes para fora daquele estabelecimento.

  — Não recuse, deixe-me te levar, você não parece muito sóbrio. Acho que o whisky não é muito seu amigo. — apoiando sua mão no braço de Steve, guiou-o até seu carro. Abrindo a porta do carona para que Steve entrasse.


 

  Tony olhou mais uma vez, achando que Steve estivesse, quem sabe, desmaiado no chão daquele bar. Mas não estava ali onde ele havia deixado. Deixou que seus olhos vagassem pelo recinto, em busca daquele loiro alto. Próximo às portas, avistou-o conversando com Peggy, saindo com ela em seguida.

  Caminhando apressado, agarrou o braço de Natasha que ainda falava ao telefone - provavelmente chamando o táxi - e arrastou-a consigo para fora. Vendo de camarote, Peggy Carter abrir a porta para que Steve entrasse no carro. Dando partida logo em seguida. “Puta merda!” aquela frase estava ficando comum demais.

  — Pode cancelar o táxi. Levo você pra casa.

  — Pode cancelar a casa. Não quero ficar lá sozinha.

  Apesar da situação, riram. Afinal, o fim da noite dos amigos era sempre assim, eles jogados no tapete absurdamente caro de Tony, bebendo e comendo pizza. Acordando na manhã seguinte sem saber como foram parar na cama. Pelo menos Tony não sabia, afinal,o álcool encobria metade de suas lembranças.



 

  — Consegue subir sozinho, ou precisa de ajuda até a porta de casa? — Peggy estacionou o carro bem próximo à entrada do prédio que Steve indicou como sendo sua moradia.

  — Vou ficar bem, acho que o pior já passou. — o riso encabulado, deixando a mão seguir até sua nuca, apertando-a numa forma de aliviar a tensão dos músculos.

  — Não passou não, você verá amanhã de manhã. Toma bastante água, e uma aspirina antes de dormir. Vai precisar.

  — Obrigado pela carona, Peggy. E obrigado pela companhia, foi uma noite muito boa. E desculpe se eu pisei no seu pé em algum momento. — abriu a porta, saindo do carro, inebriando-se com a brisa fresca da noite. Abaixou-se após fechar a porta, sorrindo para sua carona.

  — Eu que agradeço pela noite, e por não pisar no meu pé. —  aceno discreto e um sorriso, apenas isso antes de dar partida no motor mais uma vez, sumindo entre os faróis dos muitos carros na pista.

  A subida para o apartamento nunca antes pareceu tão íngreme. Steve parava a cada 10 degraus subidos, respirando fundo e pensando na falta que fazia um elevador. “Tony tem razão, alguém precisa dar um jeito no elevador!” Os pensamentos se perdendo no gênio, de uma maneira ou de outra ele era foco de seus atuais pensamentos.

  No aconchego de seu lar, Steve jogou a chave ao lado do seu fusca recém consertado por Tony. Tirou o celular do bolso, avistando o símbolo de uma recente mensagem recebida e não visualizada.

 

“A noite é uma criança, e o final de semana também. Não me espere hoje!”

 

  Steve jogou o aparelho celular no sofá, despindo-se a cada passo, rumando para seu quarto, em busca de sua toalha. Um bom banho, água e aspirina. Era tudo o que precisaria naquela noite.



 

  Os beijos após o sexo, eram tão apaixonados quanto àqueles na hora do ato. As carícias e risos, os beijos espalhados pelo rosto, pescoço, torso… os olhares.

  — Gosto de quando você sorri assim.

  — Você me faz sorrir assim. — Bucky piscou demoradamente, quase se entregando ao cansaço que seguia o sexo.

  Passava das três da manhã, e o silêncio na cidade ainda parecia inexistente. Carros em alta velocidade, luzes acesas nos bares e gargalhadas de jovens nas ruas.

  O sono veio num rompante, os ocupantes daquela cama de casal nem notaram quando caíram no sono, enroscados nos lençóis, com as pernas próximas e com Sam afagando os fios de cabelo de Bucky. Apenas adormeceram.


 

  Os raios de sol invadiram sem dó, iluminando o quarto, quase cegando o advogado que resmungou alto, buscando o auxílio de seu inseparável óculos escuro.

  — Está no criado mudo, ao seu lado. — a voz não passou de um resmungo matinal, com uma voz ainda mais grossa que o normal. Trôpego de sono, provavelmente.

  Os resmungos continuaram, adjunto ao barulho de xingamentos e algo batendo num móvel.

  — DROGA, SUMMERS! — Logan levantou-se, fechando a cortina, impedindo assim que o sol atrapalhasse a frágil vista de Scott. — Pronto.

  — Se você acha que vou agradecer, está enganado. Falei pra fechar isso ontem! — a semi nudez de Scott deixou-o levemente constrangido, seguindo para o banheiro assim que acostumou-se com o recinto no qual acabara de acordar.

  — Se você agradecesse, eu ficaria perplexo. — resmungou jogando-se novamente na cama, ouvindo-a ranger com o peso jogado sobre ela.



 

  Steve - tal como Peggy havia alertado - acordou com uma leve dor de cabeça. Não saberia ele dizer se era efeito da bebida, ou do sonho que o impediu de uma noite de sono tranquila. Sonhar com Tony, sonhar com os beijos e os toques. Aquilo estava torturando-o. Primeiro, descobriu o noivado, depois descobriu que era fachada… e agora uma ruiva estonteante aparece. E aparentemente estão envolvidos em algo. Nada parecia dar certo. Nem seus sonhos, sempre acordando nas melhores partes, ou antes da hora. Seu corpo evidenciava seu desejo, e embora não fosse o tipo de homem que se aliviasse daquela maneira, chegou a cogitar a possibilidade disso durante seu banho extremamente gelado.



 

  — Como eu vim parar na cama? — ainda de olhos fechados, sentindo o colchão macio em suas costas.

  — Ajudei você. — a voz abafada pelo travesseiro, alertou Tony da presença de uma pessoa em sua cama.

  Abriu os olhos vagarosamente, acostumando-se com a claridade. Observando em seguida, o corpo de Natasha estirado na cama, de bruços.

  — Não me diz que…

  — Não seja idiota. Isso jamais acontecerá. Você sabe que eu respeito o Bruce. E nós nos conhecemos bem demais para estragar tudo transando. — apoiou-se nos cotovelos, erguendo a cabeça para fixar seu olhar ao de Tony. — Além do mais, somos amigos.

  — Isso aí não é desculpa. Não sei você, mas eu não transo com meus inimigos.

  Ele não saberia dizer de qual direção veio aquele travesseiro, só saberia responder que havia acertado o meio exato de seu rosto.

  — Eu não queria falar, principalmente depois de ontem… mas, você tem um compromisso. Uma viagem. — ela se sentou, cruzando as pernas como se fosse meditar.

  — E por quê não queria falar? — Tony espreguiçou-se, mas permaneceu deitado.

  — Vejamos… é uma viagem a negócios, e você precisa levar o arquiteto.

  — Só pode ser sacanagem! — sentou-se, apoiando as costas na cabeceira. — Pra onde?

  — Vem, vamos conversar depois do café. Você só funciona depois do café.

  Desconversando enquanto pôde, Natasha levantou-se, estendendo a mão para o amigo, rumando para a cozinha, ouvindo o interminável falatório de Tony com a inteligência artificial que o informava sobre as mensagens da noite passada.


Notas Finais


PLAYLIST: https://open.spotify.com/user/marcal.carol/playlist/4ghvJnVFQylXs0eJ3ykAGO

MÚSICAS citadas: DANCING ON MY OWN - Calum Scott
SAY YOU LOVE ME - Jessie ware


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