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História This One's For You - Nineteen


Escrita por: senhoritabombonzinho

Notas do Autor


Ola amigas, demorei, mas foi por falta de internet

n sei como esse cap ficou, mas o proximo vai ser mais legal. palavra de escoteira.
ta enorme sim kkkkkk
boa leitura

Capítulo 19 - Nineteen


Fanfic / Fanfiction This One's For You - Nineteen

Depois que eu recebi o email com a proposta de emprego e o respondi, não demoraram a me convocar para uma entrevista e em menos de uma semana eu já tinha algo mais concreto. Fui convidada para um almoço com o diretor e um dos engenheiros, conversamos sobre como iria ser o projeto, eu aceitei logo de cara. Parecia incrível a ideia de construir um prédio comercial, eu já estava com um leque aberto de possibilidades na minha cabeça, já estava sonhando com um elevador panorâmico, a fachada vistosa e elegante… Pareceu mágico a ideia do primeiro emprego, mas só pareceu mesmo. Quando se tem um emprego, você tem prazos e uma responsabilidade enorme. Me deram duas semanas para apresentar um projeto, e o pior disso tudo é ter que lidar com as outras pessoas; no caso os engenheiros que por mais que fossem divertidos sempre tinham algum “porém” para o projeto. Foi nesse momento que entendi porque o Pierre Leroy fazia tantos questionamentos e achava defeitos nas minhas modificações no projeto do museu: É horrível a sensação de questionarem o seu trabalho e deixarem no ar que ele não é tão maravilhoso quanto você pensa. Eu estava relativamente estressada e a maior parte do meu tempo durante essas duas intermináveis semanas eram dedicados aos desenhos e cálculos. Eu não comi direito, não dormi direito e eu parecia mais ansiosa do que o necessário. No meio disso tudo tive que fazer uma visita ao meu médico e ele suspendeu meu anticoncepcional por um mês para que eu começasse o uso de outra marca do mesmo remédio, já que o atual estava afetando meu emocional, que convenhamos já é horrível normalmente. Essa foi a pior ideia que um médico poderia ter nessa altura do campeonato. Minha TPM veio como uma tempestade sem fim de sofrimento e músicas tristes. Eu estava insuportável. Um dia antes da apresentação do projeto eu me sentia totalmente sensível. Chorei debruçada na escrivaninha, chorei no banho e chorei até quando o Julian me ligou para dar boa noite. Não iria ser um dia de apresentação fácil.

Na manhã do meu grande dia como arquiteta, André me desejou boa sorte com um beijo na testa, ele e Draxler já haviam voltado a treinar pelo Wolfsbürg, mas só teriam de ir treinar na parte da tarde por isso Julian me levaria até a sede da empresa. Ainda estava bem frio, mas não havia mais tanta neve. Vesti um vestido vermelho social que ia quase até os meus joelhos, coloquei uma meia calça preta e o meu salto de camurça da mesma cor que a meia, prendi meu cabelo em um coque deixando todas as minhas pintinhas, visíveis, ainda não gosto de nenhuma delas, mas tenho que aceitá-las. Para completar coloquei o meu sobretudo preto. Peguei meu notebook, meu celular e o projeto impresso. Draxler já aguardava por mim no carro, me despedi rapidamente de Montana e André que me desejaram boa sorte outra vez.

Eu não estava muito a fim de conversar e Julian respeitou isso. O trajeto demorou uma eternidade, mas quando avistei o prédio que poderá ser o meu local de trabalho eu estremeci. A faculdade e o mundo real parecem dois universos distintos: na faculdade você faz um projeto apenas por conhecimento e para garantir boa nota para se formar, na vida real você faz o que agrada o maior número de pessoas, carregando uma dose extra de responsabilidade e ainda tem que deixar tudo a prova de erros. 

   -Íris, você está nervosa? - Eu observava o prédio da empresa sem ter coragem de abrir a porta do carro para sair.

     -Não. - Eu voltei minha atenção para Julian que apoiou o braço no volante.

    -Tem certeza? - ele tocou suavemente meu rosto

     -Tenho. -Eu assenti

     -Então porque está segurando a porta com tanta força? - ele me fitou tranquilamente e só então eu percebi que eu estava agarrada a porta de uma maneira que os nós de meus dedos estavam perdendo a cor.

     -Ok, talvez eu esteja um pouco nervosa.

     -Você vai se sair bem, não é a sua primeira vez. Você já apresentou um projeto inteiro para o diretor da Volkswagem, você pode fazer isso. - Julian me olhava com ternura

     -Você tem razão. - Eu sorri e lhe dei um selinho na boca. - Eu posso fazer isso, é isso que eu quero. - Eu soltei o ar tentando me convencer.

      -Estou na torcida por você ruivinha, você vai conseguir. - Ele me observou enquanto eu me afastava do carro e ia em direção à recepção. Me virei rapidamente e acenei e ele retribuiu.

Foi recepcionada por uma secretária de cabelos escuros e um olhar simpático. A equipe de diretores e engenheiros me aguardavam em uma sala de reuniões. Eu já conhecia os engenheiros, eles foram meus destruidores de sonhos por duas semanas, mas estar diante deles para apresentar o projeto final era algo completamente diferente. Estavam todos engravatados e sérios, totalmente o oposto de quando ainda estávamos na fase de planejamento. Isso me assustou e eu me senti desconfortável, será que todo primeiro emprego causa pânico nas pessoas?

Tentei agir normalmente, expliquei cada detalhe, mostrei cada centímetro do projeto. As pessoas que me assistiam não esboçavam reação nem de aprovação, nem do contrário: apenas ficavam ali em silêncio. Quando enfim terminei, eu estava com vontade de ir embora e fingir que foi tudo uma grande bobagem, mas vieram as perguntas. Eles deixaram a pior parte para o final. Depois de um leve debate e eu quase chorar, eles compraram o projeto, elogiaram e aplaudiram a apresentação. Agora oficialmente Íris Béatrice Schürrle é uma arquiteta.

Voltei para casa de táxi, já era tarde e eu estava com fome, os meus colegas de trabalho haviam me convidado para almoçar, mas eu me sentia esgotada emocionalmente precisava ir para casa, chorar um pouco pelos acontecimentos e dormir.

Cheguei em casa me arrastando.

   -Íris?  - Montana me chamou da cozinha assim que abri a porta.

Terminei de me arrastar até lá, ela estava preparando algum doce com muito chocolate: o cheiro adocicado na cozinha estava divino.

   -Íris, como foi? - Ela passou os olhos sobre mim, talvez minha expressão não fosse das melhores porque ela fez uma careta. - Foi ruim?
   -Eu consegui, compraram o projeto. - Eu me sentei na bancada e cruzei as pernas.

    - Por que essa cara então? - Montana me encarou confusa

    -Não estou na minha melhor semana do mês. 

    -Ah.. Mas Íris, acho que essa notícia de você ter conseguido o emprego já dar pra dar uma amenizada no seu humor,  não acha? - Montana falou de um jeito doce.

    -É você tem razão.  - Eu abri um pequeno sorriso - Eu deveria estar mais feliz.

   -Deveria mesmo, você conseguiu Íris!  - Montana veio até mim e me abraçou.

   -Certo… Obrigado,  me sinto melhor. - Eu retribui o abraço e de repente senti uma imensa vontade de chorar. - Agora estou empregada! - Lágrimas pesadas rolaram por minha bochecha.

Eu estava empregada, por mais que não parecesse tão mágico quanto eu havia imaginado, o fato é que eu havia conseguido, pode até não parecer, mas foram lágrimas de alegria.

Almoçamos e eu me sentia mais feliz, parecia que a ficha havia caído e eu me dei conta da minha grande conquista. Os meninos só chegariam pelas seis da tarde, então como eu já havia comemorado com Montana em um brinde durante o almoço tirei o resto da tarde para descansar. Eu estava sentindo um leve desconforto nas costas que pra mim durante essa época do mês só quer dizer que sentirei cólicas monstruosas. Me deitei e os quinze minutos de soneca após o almoço foram interrompidos primeiro por um desconforto em meu ventre que logo foi substituído por uma dor incômoda que não havia posição boa o suficiente para que ela se amenizasse. Levantei da cama e me arrastei até o banheiro tomei uma ducha demorada e bem quente. Sai do banheiro já com minha calcinha bege e já devidamente preparada para a tempestade que viria, com o que pra mim é a melhor invenção do homem: o absorvente. Vesti o moletom mais folgado que encontrei, desci vagarosamente até a cozinha e tomei um desses remédios para alívio imediato da cólica. Voltei para o meu quarto e me joguei na cama e assim fiquei o resto da tarde.
   -Parabéns para a mais nova arquiteta da Alemanha! - André entrou no meu quarto sem ao menos bater.
   -Obrigado. - Eu tentei sorrir, mas pela cara do André, foi o meu pior sorriso.

   -Tá tudo bem? - André parou na porta.
  -Tá.
  -Íris...
  -É só um mal estar.
  -Ah, quer ir ao médico? - André me encarou e eu neguei com a cabeça. - Certo… De qualquer forma, meus parabéns, eu estou muito orgulhoso de você, ruiva. - Ele sorriu e se aproximou da minha cama. - Trouxe algo que talvez faça você se sentir melhor. - Ele pôs uma caixinha de chocolates belgas ao meu lado na cama e me deu um beijo na testa.
   -Obrigada André, obrigada pelo chocolate também.- Eu me sentei na cama - Vamos comemorar esta noite?
   - Se você se sentir melhor, claro que vamos. Eu comprei um bom vinho e daqui a pouco o Julian deve chegar aqui.
   -Vai ser ótimo. - Eu abri um meio sorriso. - Obrigada.

Voltei ao meu estado vegetativo movido a chocolate, o remédio havia feito um bom efeito, porém eu ainda estava me sentindo desconfortável. Pelas oito da noite ouvi batidas na porta do meu quarto, murmurei um “entre” e me sentei na cama e tentei parecer bem humorada.

   -Oi Íris. - Draxler entrou em meu quarto segurando algumas rosas vermelhas - Estou muito feliz que você tenha conseguido. - Ele se sentou ao meu lado na cama. - Pra você. - Ele estendeu as rosas e me deu um beijo lento e gostoso.

    -Obrigada! São lindas, Julian.. - Eu senti o perfume das rosas. E dei um beijo em sua bochecha. - Você me mima demais, você não acha?! - Eu dei um sorriso amarelo.

    -Você está com um sorriso meio caidinho, aconteceu alguma coisa? - Ele acariciou minha bochecha

    -Não estou em um momento muito agradável do mês.

    -Ah Íris, você não acha que está exagerando um pouco?  - Ele se levantou e cruzou os braços - você acabou de ser contratada por uma grande empresa e vai ficar nesse humor? - Eu parei de ouvir quando ele disse que eu estou exagerando. Eu arqueei uma sobrancelha

    -A minha dor é exagero para você? - Eu me levantei e o encarei.

    -Não foi isso que eu quis dizer. - A expressão dele mudou rapidamente para algo beirando ao pânico.

   -Foi sim, você me chamou de exagerada, sinal que você acha tudo isso uma grande frescura. - Ele levantou as mãos se rendendo - Essa frescura me faz sangrar por sete dias, me faz ficar de mau humor, me causa dor e muito desconforto. Nem se eu tivesse conseguido um emprego na NASA eu estaria me explodindo em felicidade agora Julian. - Eu esbravejei, ele me encarou assustado.

   -Íris….

    - Julian Draxler, some do meu campo de visão - Eu fui ate a porta. - Não quero que você se sinta oprimido pelo meu exagero.

    -Íris qual é… Desculpa, eu não quis parecer insensível. - Ele se aproximou e pôs as mãos em minha cintura. - Eu adoro seus exageros. - Ele abriu aquele sorriso que é capaz de me fazer perder o chão, mas eu me mantive firme.

    -Tudo isso é uma droga. Eu estou mega feliz, mas meu corpo no momento não permite que essa felicidade toda transpareça.  - Eu suspirei. - Você ainda está no meu campo de visão, Draxler. - Eu bufei

     -E vou continuar. - Ele deu um leve sorriso.

     -Íris, Julian as pizzas chegaram. -Montana parou na porta e nos encarou. - Devo perguntar se está tudo bem?
    - Está sim. Só o Julian que é um babaca. - Eu revirei os olhos e sai em direção às escadas. Ouvi uma risada abafada da Montana e Julian. Terminei de descer e a mesa já estava posta, com pizzas e a garrafa de vinho.

     -Um bom vinho Francês para comemorar um sonho que agora é bem real. - André sorriu com uma taça na mão

    -Real e meio caótico. - Eu me servi com uma taça do vinho. - Mas o que importa é que agora é real.

Comemos e brindamos, eu sorri bastante, menos pro Julian eu ainda estava zangada com ele. Quando voltei para o meu quarto Julian insistiu em me acompanhar. Me deixou um tempo deitada sozinha, disse que iria buscar alguma coisa. Me joguei na cama e esperei, quando na verdade eu queria que ele fosse pra casa dele e me deixasse em paz.
    - O que é isso? - Eu o observei se aproximar com algo vermelho na mão e uma toalha jogada em seu ombro. - Você demorou.
    - Estava usando seu microondas… - Ele se sentou ao meu lado e envolveu algo parecido com bolsa térmica de curar as dores do André em uma toalha.
   - O que você está fazendo? - Eu o encarei.
   -Deita ai Íris, sem muitas perguntas… Ok? - Ele me encarou sério e eu assenti sem entender aonde ele queria chegar.
Me deitei e ele levantou meu moletom deixando minha barriga à mostra, eu o encarei com ar de poucos amigos e ele sorriu relaxadamente. Ele colocou a bolsa térmica envolta na toalha sobre o meu abdômen e em seguida me cobriu novamente com o meu moletom.
     -Isso vai te ajudar a sentir melhor. - Ele se deitou ao meu lado e me deu um beijo na bochecha. - Ainda está nervosa comigo?
    -Não, Draxler… Não estou.. – Eu encarei o teto
    - Quer que eu vá embora? - Ele fez cara de cachorrinho que caiu da mudança.
   -Não.. Fica aqui comigo.
Ele me deu um beijo cheio de carinho, repousou seu braço suavemente sobre mim enquanto acariciava levemente o meu cabelo. Eu não questionei como ele sabia que uma compressa quente ajuda a aliviar os desconfortos causados por essa época do mês, mas o agradeci mentalmente por isso. O calor dos seus braços e da compressa logo me fizeram me sentir relaxada. E aos poucos eu peguei no sono.

                                                              *****

O tempo às vezes é engraçado e sem muito sentido,  parece passar depressa demais, outras vezes se arrasta lentamente. Era assim que eu me sentia quando ia visitar o canteiro de obras pelo qual eu fui responsável pelo projeto, a rapidez com que as coisas aconteciam me deixava bem assustada. O bom de ser arquiteto é que você não tem uma rotina fixa: não precisa aparecer no canteiro de obras todos os dias e se você não tem mais projetos para fazer tem muito tempo livre. Com o fim da temporada se aproximando André e Julian quase não paravam em casa por conta dos jogos e os vários compromissos com o clube. Eu estava me sentindo meio solitária já que Montana parecia meio distante desde sua volta do Canadá, mas como eu sou paranoica por natureza resolvi deixar pra lá, porque pode ser apenas uma impressão minha.
Nas últimas semanas antes de embarcar para a América na companhia da Ann Kathrin, Montana simplesmente não falou nada sobre o casamento. Isso é bizarro, porque ela sempre, SEMPRE fala sem parar sobre os preparativos. Já que o André também reparou e veio conversar comigo sobre isso, eu tentei não passar inseguranças a ele, tentei amenizar as coisas. Se eu não fui a única a reparar o comportamento estranho da canadense é porque alguma coisa está realmente acontecendo. Estamos falando do meu irmão e não posso deixar que partam o seu coração. Seja lá o que for eu iria descobrir brevemente.

    

 

Andre Schürrle
 

A Eurocopa se aproximava e eu tive medo de não ser lembrado pelo Löw, a imprensa e a própria torcida dos Lobos faziam críticas duríssimas ao meu desempenho. Quando a lista de convocados saiu e o meu nome estava nela. No meio do caos causado por ataques terroristas eu tive medo de levar minha família para a França, se acontecesse algo eu não me perdoaria. Então com muito custo os convenci, exceto a Íris a ficar na Alemanha, na verdade eu até sugeri para Montana passar um tempo no Canadá, tudo bem que não fazia tanto tempo assim que ela havia voltado da América, mas foi a melhor solução que eu encontrei e ela aceitou com mais facilidade do que eu poderia imaginar, não sei dizer se foi algo bom. Íris bateu o pé, insistiu e eu não tive como segurá-la na Alemanha. Tudo bem, eu sei que ela tem uma motivação a mais para ir já que o Julian também foi convocado e ela quer estar lá na torcida por nós.

Antes de partimos para a França, eu e o resto da delegação alemã nos encontraríamos em Berlim. Passaríamos por uma avaliação para ver se estava tudo em ordem, afinal a Eurocopa acontece no final da temporada e isso pode significar muitas possíveis lesões.

    -Eu não entendo porque ela o escolheu. - Reus parecia absorto na leitura de uma revista enquanto eu lhe fazia companhia na espera pelos resultados de seus exames.

    -Do que você está falando? - Eu arqueei uma sobrancelha.

    -Íris e o meu companheiro de seleção. - Marco sabia lidar perfeitamente com várias situações difíceis, mas ser “rejeitado”, se é que isso foi uma rejeição, não se encaixa nas coisas que o Reus deixava passar com tranquilidade.

    - Ele é um bom garoto e faz bem a ela.

    -Você quer dizer que eu não faria bem a ela? - Marco me interrompeu e me fitou por um longo instante. - Ele é melhor do que eu?

   -Marco, você sabe que...

   -André! - Draxler abriu a porta da sala. - Eu estava te procurando. - Ele estendeu a mão para Marco - Olá Reus, a quanto tempo?! - Ele deu uma leve risada.

   -É desde a festa da seleção alemã… E que festa. - Reus abriu seu sorriso torto.

   -É...- Julian pareceu incomodado.

   -Mas, me conte as novas garoto, prendeu a Íris de jeito. Não é? - Reus continuava a destilar o seu sarcasmo. Seria algo interessante de assistir caso eu não estivesse entre a cruz e a espada. Marco Reus está acostumado a dispensar garotas, não as ver encontrando outro cara e esquecendo dele.

   -Reus, para. - Eu interrompi antes que os ânimos se exaltassem. - Isso não é assunto pra um momento como esse…

    -Alguém não sabe perder… - Draxler falou em um sussurro bem audível.

    -Quem esse pirralho pensa que é? - Reus sorriu em deboche.

    -Alguém que não tem tantas lesões no currículo, em compensação tenho uma copa do mundo. - Draxler deu uma ênfase maior que o necessário para sua frase. Reus fuzilou o garoto com o olhar, não precisava de esforço para sentir a atmosfera tensa que eles criaram. Eu francamente não queria estar no meio disso, mas não tive escolha.

    -Vocês não são mais adolescentes. A Íris não está aqui e ela não é um objeto para ser disputado. Porra! Parem com isso. É da minha irmã que estão falando e estão me incomodando. - Draxler pareceu envergonhado e se sentou ao meu lado.

Antes que qualquer um se pronunciasse, Marco foi chamado por um dos médicos que não pareciam felizes com os papéis em suas mãos.

   -André, desculpa… O Reus me provocou, não foi minha intenção.

    -Relaxa Julian, por mim isso irá ficar entre nós, mas espero que não sejam criados climas assim futuramente. Principalmente que temos jogos importantes pela frente.

Reus estava demorando a voltar da sua conversa com os médicos e fisiologistas então eu sugeri a Julian que esperássemos do lado de fora. Conversávamos sobre o comercial que faríamos na manhã seguinte divulgando os jogos da Die Mannschaft e convidando a torcida para os estádios.

   -Droga! - Reus pareceu desanimado e abatido ao sair da sala, os médicos passaram por nós com alguns papéis nas mãos indo em direção à sala de imprensa.

    -O que houve? - Eu não pude evitar ficar preocupado porque além de ser meu amigo, Reus é um jogador extraordinário e tem muito a acrescentar para seleção seja pela sua técnica ou raça.

   -Estou vetado dos jogos. -Ele encarou o chão. - Marco Reus está fora, outra vez, de seus compromissos com a sua seleção. - Ele estava visivelmente abalado, embora ele já tivesse comentado comigo que havia sentido uma antiga lesão depois do último jogo da temporada pela Pokal.

    -Eu sinto muito… - Draxler o encarou por um instante.

    -Não sinta, jogue bem e traga o título para a Alemanha.

A conversa até o saguão foi um tanto dramática e carregada de pessimismo por parte do Marco, eu fiquei mal pelo meu amigo e se conquistássemos o título faria questão, de como na copa do mundo, ter sua camisa e lhe dedicar a vitoria. No hall de entrada fotógrafos e jornalistas nos esperavam como abutres, afinal os médicos já haviam divulgado que Reus estava cortado da seleção. Draxler permanecia em silêncio com um olhar pesaroso sobre Marco talvez se martirizando por ter falado das lesões de modo tão estúpido como foi. Julian e eu fomos chamados para uma conversa com o Löw então teríamos que deixar o Marco ali entregue a avalanche de perguntas e pesares sobre sua lesão.

   -Eu estou com você pica-pau. - Eu lhe dei um abraço de irmão querendo transmitir neste pequeno gesto que as coisas ficariam bem e que ele se recuperaria como mágica. Era o meu desejo.

 


Notas Finais


Nos vemos no proximo

xoxo


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