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História This Side Of Paradise - Coffee


Escrita por: lexasquadd

Notas do Autor


vocês acharam que eu não fosse voltar nunca mais né? hahahdhsjdkdjfdk espero que gostem.

Capítulo 3 - Coffee


Fanfic / Fanfiction This Side Of Paradise - Coffee

Pov Alycia

-Maia vamos logo! -Digo pela milésima vez.
-Por que você está com tanta pressa? Meu deus... -Reviro os olhos.
-É só que... gosto de ser pontual. -Digo já irritada. Maia franziu as sobrancelhas.
-Tem alguma coisa que você quer me dizer Alycia? -Disse Maia agora me olhando nos olhos.
-Sim, que estou indo. -Digo e pego as chaves do carro. 
-ALYCIA ESPERA, meu sapato... -Abro a porta e deixo Maia falando sozinha.
Entrei no carro e fechei a porta, Maia entrou rapidamente no carro. 
-Desde quando você é pontual? -Disse Maia ainda vestindo os sapatos, que estavam em suas mãos. 
-Desde sempre, mas você não repara em nada. -Digo, ligo o carro e saímos. 
Faço mentalmente um plano do meu dia.
1. Deixaria Maia na faculdade. 
2. Iria a casa de Eliza.
3. Visitaria Marny.    
Estava ansiosa, fazia já um bom tempo que não visitava Marny, e também por que gostaria de me sair bem no "teste" de Eliza. Por mais que não me acrescentasse em nada tocar em sua apresentação, era algo importante para mim, como se eu devesse isso para minha mãe. De certa forma eu gostaria de impressionar, não que isso fizesse diferença na minha vida, mas Eliza era o tipo de pessoa que tinha tudo, que aparentemente sempre teve tudo, rodeada de amigos. Sempre ouvia falar algo sobre ela na faculdade, mas nunca dei real importância. Eu tinha lá o meu grupo de amigos, mas digamos que eu não era uma pessoa muito sociável, eram poucas pessoas com quem eu me relacionava, então acho que gostaria de no mínimo impressionar. Percebo que estou tempo demais em meus pensamentos, olho para Maia, para ver se ela havia notado minha conversa comigo mesma, e ela apenas reclamava sobre coisas de rede social, sem ao menos perceber meu silêncio. 
Virei a primeira à direita, e em seguida já era a faculdade, Maia soltou o cinto e desceu do carro. 
-Te vejo a noite? Ou você tem planos? -Disse Maia.
-Eu vou na casa da Marny, faz tempo que não a vejo, talvez chegue tarde.
-Ok. -Disse Maia e se virou.
Poderia até dizer que Maia teria ficado brava ou enciumada, ela sempre teve ciúmes de mim com a Marny, apesar de não demonstrar muito, sempre que ela podia, dava um jeito de me "alfinetar" em relação a Marny. 
Aparentemente ela agora também tinha ciúmes da Eliza. Bobeira. 
Reviro os olhos, e saio com o carro. Eliza não morava muito da faculdade, duas ruas, primeira à direita e lá estava eu, nervosa, parada em frente à casa dela. 
Olho o celular e ainda era 9:30am, será que era muito cedo? 
"Olá Eliza, bom dia, desculpe ter chego tão cedo, minha ansiedade não permitiu que eu dormisse à noite". 
Que ridícula eu sou! Agora estou aqui, parada esperando a hora passar para que eu pudesse tocar a campainha. Droga!
Peguei meu celular, olhei todas as redes sociais, todos os meus e-mails, e até conferi a data dos meus trabalhos finais. Olhei no relógio com a esperança que fosse pelo menos 10:00am, mas ainda era apenas 9:45am.
-Está brincando comigo? -Digo olhando para o relógio. 
Dou um pulo no banco do carro no momento em que ouço a porta de Eliza se abrindo, faço de tudo para tentar me esconder, era uma garota, minha visão era péssima de longe, e meus óculos estavam longe demais para que eu os pegasse rápido o bastante, mas não, não era Eliza. A garota se despedia de uma outra garota, elas conversavam como se estivessem discutindo sobre algo, tentei desviar meus olhos, isso era um tanto invasor, mas a curiosidade foi maior, olhei novamente para as duas, a garota com os cabelos mais claros, pegou a morena pela cintura e puxou para perto de si, dando um beijo. Senti minhas bochechas queimarem, ok, isso sim era invasor. Quando olhei novamente percebi que elas estavam olhando para mim, não por que eu enxerguei, mas por que a morena tinha virado seu pescoço para me olhar. Agora minhas bochechas queimavam 10x mais. 
Sai do carro, porque eu estava parecendo tonta, ainda mais com as duas me encarando sem parar. 
Segui em direção a elas, que continuavam me olhando. 
-Oi, é... eu vim ver a Eliza. -Digo, as palavras saíram meio estranhas, meio engasgadas. 
-Você tá ficando com ela? -Disse a moça.
-Jessica! -Disse a morena e deu um tapa no braço da loira.
-O que é? -Disse a loira passando a mão onde a garota tinha batido. 
-Eu estou aqui ainda!! -Disse a morena, aparentemente enciumada.
-Isso me lembra que você tem que ir, e eu tenho que entrar, ate mais tarde Any. -Disse a moça e me puxou pra dentro da casa. Deixando a morena sozinha. -A Eliza sabe que você vinha... cedo? 
-Não...
-Ah sim, você não me respondeu ainda. -Disse agora me olhando.
-Sobre o que? -Pergunto, enquanto ela fazia cara de deboche.
-Vocês estão se pegando desde quando? 
-O que? Não, não, a gente não tem nada. -Senti minha garganta raspando, fiz um esforço para continuar. -Eu toco piano, e ela precisava de uma pianista para apresentação. -Jessica agora me olhava desconfiada. -Maia, minha prima, também está na apresentação, então...
-Ok já me convenceu, vem eu te levo no quarto dela. -Ela fez um gesto com a cabeça para que eu a seguisse, subimos as escadas, segundo quarto a esquerda. Jessica não bateu, ela simplesmente abriu a porta, escancarou, estava meio escuro, mas dava pra ver, Eliza estava deitada na cama de bruços, nua, completamente nua. Senti novamente minhas bochechas queimando. Com certeza eu estaria vermelha agora, dei um passo para trás, me senti invadindo demais a privacidade dela. 
-Eliza sua amiga... -Jessica se virou para mim. -Como é seu nome mesmo? 
-Alycia. -Respondi. 
-Eliza sua amiga Alycia está aqui comigo, acorda. -Jessica não se importava com o tom de voz, ela estava praticamente berrando. 
Eliza virou a cabeça de vagar. 
-Estamos te vendo pelada Eliza, não que seja surpresa para mim não, mas para Alycia... -Disse olhando para as unhas, mas sorrindo, parecia estar se divertindo. 
Eliza deu um pulo da cama e agarrou os lençóis, cobrindo o corpo. 
-JESSICA EU TE ODEIO! 
-Vamos Alycia, eu vou te dar um café, até a bonequinha estar pronta. -Disse Jessica e me puxou pelo braço.
Parecia que tinha sido de propósito, eu não tinha tanta certeza. 
Descemos as escadas e Jessica me guiou até a cozinha. Sentei em uma das cadeiras que tinha na bancada, e ela começou a preparar as coisas para o café. Não era algo que eu gostasse muito, mas achei um pouco chato negar. 
Logo estava pronto, ela pegou uma caneca, colocou café para mim, e depois para ela. Soprei para não queimar a boca, e dei um gole pequeno no café, estava bom, estava realmente bom. 
-Humm... -Digo.
-Eu sei, café é uma das coisas que eu faço de melhor. -Disse se gabando, sorri. 
-Então prepara mais, que eu eu vou precisar. -Disse uma voz rouca logo atras de mim, Eliza. 
-Hummm acordou, princesa? -Disse Jessica.
-Você me fez esse favor. -Respondeu Eliza, eu mal conseguia olhar para ela, eu ainda estava com vergonha. Senti um perfume doce, suave, ela com certeza havia acabado de tomar banho. 
Jessica entregou uma caneca com café para Eliza. 
-Então Alycia, desde quando você mora aqui? -Disse Jessica.
-Bom, acho que desde os meus oito anos, por alguns motivos tive que vir pra cá muito cedo, então...
-Você mora sozinha? -Prosseguiu Jessica. 
-Ah, não, eu moro com Maia desde meus 19 anos, que foi quando eu comecei a faculdade. 
-Você namora? -Disse Jessica.
-Chega, Jessica... Vem Alycia vamos subir. 
Dei um leve sorriso para Jessica, que parecia ter apreciado a cena. 
Eliza parecia estar bufando pelo que tinha acontecido. Subimos as escadas, era um corredor grande, passamos pelo quarto dela, e na quarta porta à esquerda entramos. Era uma sala cinza, muito bonita, tinha um piano, alguns diplomas, um violão, havia dois bancos, ela puxou um pra perto do piano. 
-Pode se sentar, assim que se sentir à vontade pode começar... -Eliza dizia, parecia estar intrigada com algo. Concordei com a cabeça, e sentei no banco, já estava fazendo uma lista mental de musicas que deveria tocar.
-Alycia me desculpa pelo ocorrido lá embaixo, a Jessica sabe ser bem inconveniente quando ela quer, mas eu juro ela é um amor. -Disse Eliza, aparentemente meio incomodada. Sorri para ela. 
-Fica tranquila, não foi nada demais... hum, posso começar? -Digo.
-Sim, claro.  
"A Thousand Years" foi a primeira música que me veio na cabeça, bem clichê, mas me lembro de ter ensaiado muito para uma peça que tinha tido no colegial, não teria riscos de errar a música. 
Comecei a tocar, e queria olhar para o lado para ver a reação de Eliza, mas o nervosismo não permitia, e era claro que se eu desviasse atenção um minuto eu erraria, toquei a música toda, ela não disse uma palavra se quer. 
Assim que terminei de tocar, aguardei alguns minutos olhando para baixo, como se estivesse criando coragem para encara-la. Respirei fundo e levantei o rosto, Eliza me analisava, pensativa. 
-Então? -Arrisco a perguntar.
-Hum... é agora o momento que eu tenho que implorar de joelhos para você me ajudar com a minha apresentação? -Eliza sorri, respiro aliviada 
-Você gostou mesmo? Sério? -Digo um pouco preocupada.
-Estou me perguntando por que você não toca sempre, e como não te conheci antes. -Sorrio. 
-Não é algo que eu realmente ame, me distrai, mas eu aprendi para agradar meus pais, então... 
-Entendi... Bom, eu vou te passar todas as notas, as musicas, que vão tocar na apresentação, podemos nos encontrar no final das aulas todos os dias na faculdade se você preferir. Aqui é meio complicado, você viu...
-Ah sim, ok, pode ser, eu estou livre esse mês todo. -Digo. 
-Ah... você trabalha? -Disse Eliza, deixando seu celular em cima do piano, em seguida puxou o outro banco para se sentar. 
-Eu ajudo minha tia, ela tem uma floricultura. Não é a praia da Maia, flores, mas eu gosto muito, então sempre que posso ajudo. -Digo. Eliza me olhava sorrindo.
O celular começou a vibrar loucamente, me fazendo dar um pulo de susto no banco, olhei para tela e li "George", Eliza ficou meio sem graça, pegou o celular rapidamente e recusou. 
-Tudo bem, pode atender, eu não me importo. -Digo.
-Não era nada demais. -Disse Eliza apressada. 
-É seu namorado? -Pergunto.
-É... mais ou menos isso. 
-Entendo. -Dou um leve sorriso. -Bom, agora eu preciso ir, se não se importar... 
-Ah... Ok. -Disse Eliza... triste? É ela parecia triste. Talvez tenha realmente ficado um clima estranho, mas eu precisava mesmo ir embora, a casa de Marny era um pouco longe. -Vamos, eu te acompanho até a porta. 
Eu me levantei, peguei meu celular e descemos. Jessica não estava mais na cozinha, na verdade estava vazia a casa. Eliza me induziu até a porta.
-Então é isso aí, te vejo amanhã depois da aula? -Disse Eliza, talvez mais animada, ou tentando parecer.
-Sim! Maia me passou seu número caso eu precisasse hoje, então eu te mando mensagem amanhã, ok? -Digo. Eliza fez sinal positivo com a cabeça. 
-Bom, até mais então... -Dou um sorriso e me viro de costas. Não ouvi a porta batendo, provavelmente ela estava olhando ainda, eu deveria ter abraçado ela? Mas não somos tão íntimas, talvez ficaria estranho. Que seja! Já foi... 
Pego a chaves do carro, abro e entro, olho rapidamente para a porta, não tinha mais ninguém lá. Dou partida e sigo em direção para casa da Marny. 


Notas Finais


o outro cap já está sendo feito, aguardem ❤


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