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História This Side Of Paradise - Clifton's


Escrita por: lexasquadd

Notas do Autor


olaaar mores, disse que voltaria não? espero que vocês gostem, em breve eu postarei uma "partinha" da história, aguardem 💜

Capítulo 4 - Clifton's


Fanfic / Fanfiction This Side Of Paradise - Clifton's

Já fazia mais de duas horas que eu estava dirigindo, e a cada minuto que passava eu me perguntava "por que diabos a Marny mora tão longe?". Ela morava em Lompoc, na Califórnia mesmo. Claro que diversas vezes eu tentei fazer com que ela viesse para Los Angeles, eu morava no centro, mas era um lugar tranquilo, eu sempre gostei de morar lá, mas Marny insistia na ideia de morar no meio do nada e longe de todo mundo. Só eu vinha visitar ela, Maia raramente saia de LA, a não ser que fosse a trabalho. Já tinha ouvido todas as musicas possíveis, acabei ficando irritada e desliguei o rádio. E lá estava eu, finalmente parada em frente à casa da Marny. Apertei com força a buzina, deduzi que até o vizinho da outra rua ouviu. Nada dela, não era possível que ela não tinha ouvido. Desci do carro e fui até a porta, apertei a campainha, com força. Nada. Estava prestes a apertar de novo, quando a porta se abriu.
-Até que enfim! -Digo.
-Desde quando você é tão desesperada? -Disse Marny sorrindo, em seguida me deu um abraço. -Vamos Jasmin, entre. 
Entrei, nada tinha mudado, as coisas tudo no seu devido lugar, Marny era muito organizada, diferente de mim. Acho que é uma das poucas coisas que tínhamos de diferente.
Sua casa cheirava flores, orquídeas. Marny era muito nova, um ano mais nova que eu, mas mesmo assim sempre teve tudo o que queria, e não por conseguir dos pais ou coisa assim, ela sempre ia atrás dos seus objetivos. Ok, ela tinha uma imobiliária que tinha herdado dos pais, mas se não fosse ela, o negócio tinha falido a anos. O lugar era enorme, e tudo muito claro, Marny dizia que gostava de coisas iluminadas.
-Vou pedir comida japonesa para a gente. -Disse Marny.
-Ricky não está? -Pergunto. Ricky era o namorado da Marny.
-Não, ele teve que ir para NY, problemas de família, enfim, e você como está? -Marny vinha voltando. -Senta Alycia, você não vai crescer mais. -Sorri, e sentei o sofá. 
-Está tudo na mesma. -Digo.
-E Maia por que não veio? -Perguntou Marny. Reviro os olhos. 
-Estava se mordendo de ciúmes porque vim te ver. A propósito, eu vou tomar em uma apresentação, de uma AMIGA dela, e mesmo assim ela tem ciúmes. -Digo.
-Tocar? 
-Sim, piano, elas precisavam de uma pessoa, Maia me implorou para que eu fosse. -Respondo.
-Vocês pararam de... -Disse Marny, me olhando. Forço a garganta para responder.
-Sim. Quer dizer, mais ou menos. -Digo. Marny da uma gargalhada.
-Qualquer dia desses a Maia consegue te enlouquecer, sério! Me conta como esta esse seu "mais ou menos" com a Maia.
Reviro os olhos para Marny.
-Ok, mas eu quero vinho. 
-Como eu senti sua falta Alycia! -Disse Marny sorrindo, e se levantou para pegar o vinho. 

**

Pov Eliza

Já tinha acabado as aulas da manhã, e eu tinha dado graças a deus, não sei exatamente por qual motivo eu não suportava mais estar na sala de aula, aparentemente todos os meus amigos ainda estavam em aula. Fui para o refeitório, pedi um café, puxei uma cadeira e me sentei, aproveitei para pegar minha apostila, amanhã tinha prova na primeira aula, mas infelizmente não consegui ficar se quer dez minutos com a apostila aberta. Joguei para o outro lado da mesa, e dei um gole no meu café. 
-Ué, por que você não foi embora? -Ouvi uma voz doce atras de mim. Era Maia.
-Ah... eu to esperando meus amigos saírem, e depois eu vou ensaiar com sua prima. -Digo, ela se sentou em minha frente. 
-Ela não veio na faculdade, chegou tarde ontem, mas talvez ela venha. -Maia começou a folhear a apostila. 
-Você acha que ela não vem? -Maia parou de olhar a apostila e me olhou.
-Alycia é certinha demais para dar bolo em alguém, ainda mais quando é importante. -Maia sorriu. Sorri aliviada.
-Você ainda tá saindo com o George? -Disse Maia, que havia voltado a folhear a apostila. 
-Mais ou menos, nos não temos nada sério sabe? Não quero me prender agora... Você ainda tá saindo com o Ryan? -Pergunto.
-Não, ele me largou pra ficar com outra. -Maia disse com naturalidade, mas senti um certo incômodo ao perguntar. Meu celular vibrou e eu quase derrubei o café em mim, por ter me assustado. 

"Te encontro no auditório 5, daqui meia hora pode ser? 

Jasmin :)"

Maia me olhou como de estivesse esperando que eu dissesse alguma coisa.
-Ah! É sua prima...
-Ela vem? 
-Sim, ela vem.
-Eu te disse que ela não daria bolo.
-Ela disse auditório 5, tem piano? Você sabe onde é? -Pergunto para Maia. 
-É um dos maiores do campus, no último andar, você só precisa subir. E sim, tem piano. -Maia folheava a apostila como se fosse uma revista. 
Clico em "responder".


"Ok, estarei te esperando lá.

Lizz "

-Caramba! -Maia gritou, eu pulei mais uma vez da cadeira. -Eu não tenho essa anotação, posso tirar foto? 
-Claro! -Bebo meu café. 
Maia tirou a foto e jogou a apostila na mesa novamente.
-Bom eu tenho que ir, sua companhia chega daqui a pouco, até amanhã Lizz! -Maia se levantou, deu um beijo em meu rosto e saiu. Logo não a vi mais. 
Resolvi subir, eu ia esperar meus amigos, mas agora bateu um pouco de ansiedade, subo o elevador, e chego no último andar. 
Abri o auditório, liguei o ar-condicionado, e me sentei em uma das cadeiras, estava escrevendo a letra de uma música. Às vezes eu escrevia, não para os outros, para mim mesma. 
-Bu! -Eu joguei meu caderno para o alto literalmente. Olhei para trás era Alycia, ela estava rindo da minha reação. 
-Quase infarto, e a culpa é sua! 
-Desculpa não tinha noção do quanto estava distraída. -Ela ainda sorria, e ficava mais bonita ainda sorrindo. 
-Não tem graça. -Sorrio também.
-Podemos começar? -Disse Alycia, tentando se recompor.
-Podemos... ham... você não está cansada? Quer tomar um café? Ou algo assim? -Digo, guardando meu caderno.
-Não, eu estou bem.
-Maia disse que você chegou tarde, se quiser marcar para outro dia...
-Ela disse? -Alycia sorriu. -Não eu estou bem, na verdade mal dormi, meu segundo nome é ansiedade. -Disse Alycia. Sorrio.
-Bom então já que está tudo ok, vamos começar. -Digo.
Eu tinha impresso todas as notas, estava tudo em uma pasta.
-Você trouxe outra cópia? Por que eu trouxe aqui a que você me deu ontem... -Disse Alycia olhando a bolsa. 
-Não, fica essa para você, e está para ensaiarmos aqui, ok? -Alycia assentiu com a cabeça, e se sentiu no banco. 
Começou a tocar, e eu fiquei a observando mais uma vez, ela tocava muito bem, diria que ela nasceu para isso, se ela não tivesse me dito que não gostasse tanto assim. Alycia pegava rápido as notas, parecia que esteve desde o começo dos ensaios, chegava a ser chato, porque e errei tantas vezes, todos erraram tantas vezes, e lá estava Alycia, tocando como se fosse soubesse desde criança todas essas notas. Alycia tocou, tocou muito, e tocava suave, se eu não tivesse prestando tanta atenção, estaria viajando em meus pensamentos por ouvi-la tocar. 
-Eu posso aceitar seu café agora, ou está tarde demais para isso? -Disse Alycia, sorri, e fui olhar no meu celular para ver que horas eram. 
-Caramba! Já são 14h! Faz quase duas horas que você está tocando, não quero te explorar... Chega por hoje! Mas vamos tomar o café sim. -Digo, procurando minha mochila que eu havia guardado em algum lugar. 
Nos levantamos, apagamos tudo, e fechamos o auditório, descemos o elevador. 
-Pode ser em um lugar que eu conheço? Você vai gostar de lá... eu acho. -Digo.
-Claro, pode sim. -Disse Alycia. 
-Ok, eu vou com meu carro, você está com o seu? -Digo.
-Sim, eu te sigo. -Disse Alycia. 
Abro a porta do meu carro, entro, ligo e saio, Alycia estava bem atras de mim. O café era uns dez minutos da faculdade. 
Assim que chegamos estacionei o carro, Alycia também. 
-Aqui está! -Digo.
-Clifton's, já ouvi dizer, mas nunca me aventurei a entrar. 
-Então vamos, que você vai provar o melhor capuccino do universo. -Digo puxando Alycia para dentro da cafeteria. 
-Cara esse lugar é demais! -Dizia Alycia ao ver tudo.
Parecia mais um bar de rock dos anos 80, mas era só uma cafeteria, a minha favorita da cidade, eu sempre ia com meus amigos, depois de uma prova, ou às sextas assim que saiamos da faculdade.
-Fico feliz por você ter gostado, eu amo esse lugar. Vem vamos nos sentar. -Digo, seguimos em direção a um dos sofás escuros que tinha lá no fundo, sentamos, e uma garçonete trouxe os cardápios. Vejo Alycia meio perdida olhando o cardápio. -Posso escolher para nós duas? Garanto que você vai gostar. 
-Ah, claro! -Disse. Chamei a garçonete.
-Quero dois capuccinos de baunilha, e dois muffin de morango. -Digo.
-Anotado, mais alguma coisa? 
-Ah sim, e uma água, por favor. -Digo, a garçonete anotou, se virou e saiu. Em seguida voltou com a água, e dois copos. Deixou em cima da mesa e saiu.
-Você quer?
-Não, obrigada. -Disse Alycia. -Mas então... me conte mais sobre você. 
-Bom, eu me mudei pra cá com 20 anos, minha mãe mora em Los Angeles também, um pouco longe daqui... conheci Jessica e Matt no primeiro ano da faculdade, eles precisavam de alguém para dividir o apartamento, e eu fui, era perto da faculdade... minha mãe brigou comigo um pouco, mas acabou entendendo. Eu às vezes saio com um cara da faculdade, mas não quero nada sério, não agora.
-O George?
-Sim, ele...
-Ele é bonito, você também, devem formar um casal bonito. -Dizia Alycia sorrindo. Fiz uma careta meio que sem perceber. 
-Nãoooo! Na verdade estamos a um tempo sem nos falar, acho que cansei. -Digo. 
A garçonete estava vindo com uma bandeja, duas xícaras, e dois bolinhos. Entregou um para cada uma.
-E você? Me conte mais sobre você...
-Bom, minha mãe hoje é divorciada do meu pai, ela mora nos Estados Unidos, e ele voltou para Austrália.
-Você veio pra cá por causa da faculdade? -Digo.
-Porque queria me livrar dos meus pais, eles nunca me aceitaram, e isso tava me destruindo. A parte mais homofóbica é do meu pai, mas minha mãe também é. -Disse Alycia. Eu a encarava, não sabia se tinha entendido direito ou se eu estava apenas louca.
-Você é gay? -Pergunto, e sinto minhas bochechas queimarem ao ver Alycia sorrindo, o quão ridícula eu estaria sendo agora? 
-Sim, eu sou lésbica, desde os meus 7 anos. -Disse Alycia, acho que ela percebeu meu espanto. 
-Uou! Que loucura! Como você é... decidida, tão nova. -Digo.
-É, tem coisas que nós não escolhemos não é? Eu demorei um pouco para aceitar, mas por fim, está tudo bem. -Disse Alycia e provou o capuccino. -Caramba, isso é bom mesmo. -Sorrio.
-Eu sei! Mas então... você tem alguém? -Pergunto, e senti minhas bochechas queimarem novamente, talvez a pergunta desse para entender que eu estava flertando, mas não era minha intenção. Alycia sorriu, e em seguida fez uma careta.
-Ah, não é bem ter alguém, mas... eu gosto dela, porém não temos nada. -Disse Alycia, senti o tom da sua voz murchar no final da fala.
-E por que não? Desculpa se estou sendo muito invasiva. -Digo.
-Fica tranquila... bom, não temos, porque ela fica com garotos, digamos que eu seja apenas uma diversão. 

Ficamos horas e horas conversando, eu realmente não vi a hora passar, a conversa estava muito boa, Alycia era descontraída, divertida, talvez eu tenha a julgado errado, pensei que fosse bem mais fechada, aparentemente me enganei. 
Olho para o relógio, 18:45, dei um pulo na cadeira.
-Meu deus eu perdi totalmente a noção do tempo! Matt vai me matar. -Digo.
-Calma, vocês combinaram algo? -Disse Alycia na maior calmaria.
-Sim! Eu prometi que ia ajudar ele a preparar o jantar, o novo namorado dele vai em casa hoje. -Pego minha bolsa, e peço a conta. -Mil desculpas Alycia, eu tenho mesmo que ir...
-Fica tranquila, eu também preciso ir, deixa que eu pago a conta, não se preocupa com isso. -Disse Alycia, a garçonete estava mesmo demorando para voltar, e eu precisava ir urgente. -Você paga a próxima, para que tenha realmente uma próxima vez. -Alycia sorriu, eu sorri também. 
-Te devo essa! -Digo e saio correndo para o meu carro. 

Entrei rapidamente no carro, segui o caminho de volta para a casa. Estacionei e desci do carro. Eu me sentia tão leve, tão bem disposta, Alycia era uma presença extremamente agradável. 
ELIZA COMO VOCÊ É BURRA! 
Eu deveria ter chamado ela para o jantar! Será que seria forçado demais? Eu mandar mensagem agora para ela? Sendo que passamos a tarde toda juntas? Merda Eliza. não 


Notas Finais


💋


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