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História This World Inverted - Nos vemos domingo, Alexander.


Escrita por: mortaimoral

Notas do Autor


Oi, oi. Muito obrigada pelos comentários agradáveis e incentivadores 💙 significam muito.

Capítulo 5 - Nos vemos domingo, Alexander.


Fanfic / Fanfiction This World Inverted - Nos vemos domingo, Alexander.

Alec tinha começado a gostar do seu emprego (por nenhum motivo em especial, é claro), mas passou a ser bom ter seu próprio salário, ter colegas de trabalho e, talvez, só talvez, passar um tempo com Magnus Bane.

Ele era divertido e tinha um senso de humor sagaz e afiado, e quase nunca era cruel.

Além disso seus pais gostavam da ideia de Alec ter mais responsabilidades e Isabelle adorava trabalhar no ramo da moda e do empoderamento feminino, mesmo que, por enquanto, só servisse cafés ocasionais e comentasse sobre as garotas de sua geração.

A parte triste era ver Jace tão pouco. Um dia, acabou esquecendo de ajudar o irmão com uma lição, mas o outro descartou suas desculpas dizendo:

– Não se preocupe. Clary me ajudou com isso... Estamos passando muito tempo, hm, estudando juntos agora que vocês estão ocupados.
Alec sentiu um formigamento estranho, e ele sabia que não era o mesmo tipo de ciúmes que (talvez) sentiu antigamente, mas a ideia de perder o melhor amigo aos poucos não era nada agradável.

– Certo. Bem, – ele forçou um sorriso. – Que bom então. Ahn, amanhã você gostaria de passar no trabalho? Podemos sair pra tomar alguma coisa.

– Claro, quer dizer, talvez. Não sei. Ia ser legal. – ele dizia meio disperso, olhando para seu celular.

– É. Legal.

— — —

– E lá está ele, em seu habitat natural. – Simon dizia com a maior voz de narrador de documentário animal. – Caminhando em direção à cafeteria, um ambiente não muito comum para a espécime Magnus Bane. Será que hoje presenciaremos o raro evento anual em que o espécime beberá algo sem álcool em sua composição.
Isabelle riu e deu um tapinha no braço dele.

– Idiota.

Alec também riu, discretamente.

– Você não deveria dizer essas coisas sobre ele. – ela disse.

– Por quê? – Simon provocou. – Porque ele é nosso chefe?

– Não. – ela sorriu por cima da borda da sua xícara de café. – Porque ele é gato.

Alec se engasgou, e nem estava bebendo nada.

– Ah. – Simon estalou a língua. – Ele nem é tão gato assim.

– Ah não. – a menina retrucou. – Talvez só extremamente quente.

– Vocês acham que amanhã tem prova de química? – Alec perguntou repentinamente.
Isabelle ergueu uma sobrancelha.

– Ai, Deus. – Simon parecia desesperado. – Será? Eu não sei nada sobre esse novo assunto.
– É verdade... – Alec tentou continuar o assunto. – E a professora desse ano realmente joga duro...
Isabelle que ainda olhava estranho pro irmão continuou calada.
– Bem. – Alec olhou para o relógio na parede. – Olhem as horas, nosso intervalo vai acabar, acho melhor eu ir para o meu posto, não é mesmo?
E, dizendo isso, ele seguiu o seu caminho deixando os agradecimentos de Simon e um olhar curioso vindo de Isabele para trás.

...

Magnus Bane estava muito bem vestido, como sempre, por trás de sua mesa de trabalho. Parecia concentrado nos seus afazeres, a mão escorrendo pelos cabelos lisos e os olhos pecorrendo letras e papeladas.

Ele acenou uma mão.

- Me traga mais café, baby.

Alec assentiu, feliz por poder fazer alguma coisa finalmente.

- Obrigado, babe. — ele disse quando Alec voltou com seu pedido.

- Tem alguma coisa que eu possa fazer? – Alec ofereceu, balançando o corpo pra frente e pra trás. – Pra, hm, ajudar.

- Não, baby... Sua presença já me faz bem o suficiente.

Alguma coisa apertou dentro do menino, e ele engoliu em seco.

- Certo...

Ele estava sorrindo por dentro, Magnus disse que a presença dele o faz bem, agora ele só não podia deixar que seu chefe percebesse que Alec estava gostando dele.

...

Alexander estava obviamente começando a gostar de Magnus.

Magnus não conseguia pensar em nada mais óbvio, era até um pouco constrangedor.

Não, é claro, que Magnus não gostasse. Ele adorava ser apreciado, mesmo que a admiração viesse um rapaz tão jovem. Era lisonjeiro.

E fazia com que o menino atendesse quase todos os seus desejos.

Mas Alec não foi o primeiro e, certamente,  não seria o último (além disso, Catarina o avisou quem seus pais eram e como Magnus deveria tomar cuidado com os Lightwood). O menino de cabelos pretos e olhos azuis não era mais especial do que nenhum dos outros garotos que já trabalharam com ele antes (apesar da combinação de cores que, na opinião de Magnus, era extremamente atraente) e Magnus não podia tratá-lo com menos profissionalismo do que os outros.

Principalmente, com seu estado atual.

Mas ele não conseguia evitar algumas coisas.

- Não, baby... Sua presença já me faz bem o suficiente. – ele murmurou sem perceber, flertar era da sua natureza e ele viu com o canto dos olhos que o rosto do menino se iluminou, apesar de ele estar claramente tentando se controlar.

- Certo... – Alec disse com um falso desinteresse.

- Pensando bem... – Magnus girou na cadeira virando para seu estagiário favorito. Aplaudindo mentalmente o que faria em seguida, que certamente desagradará bastante Catarina. – Tem uma coisa que você pode fazer sim. – piscou docemente.

- Ah, é...? – o menino apertou a borda de seu suéter horrível (que Magnus achava inesperadamente adorável quando no menino).

- Ah, sim. – Magnus girou de novo na cadeira, brincando. – Vou fazer mais uma festa, você sabe, no meu clube particular, na sede que fica no Brooklyn no domingo... – Ele sorriu. – Sua presença seria mais do que bem vinda por lá.

- Oh! – o menino torceu a roupa um pouco mais, Magnus achava que era inconsciente. – Tipo, pra trabalho?

- Não. É tipo pra se divertir. – disse Magnus imitando o jeito do menino falar. Tão adolescente que ele até se sentia mal por convidá-lo para esse tipo de evento. Mais ou menos.

- Ah.

- Você pode chamar seus amigos também. – Magnus adicionou quase a contragosto, percebendo a relutância de Alec. – Leve quem quiser.

O menino pareceu mais relaxado.

- Parece bom. – ele sorriu fechando os olhos, parecendo jovem, tão jovem. – Senhor. – adicionou rápido com a testa franzida.
Magnus sorriu, desconfortável por não saber como continuar a conversa. Para a sua sorte, o cronômetro tocou na mesma hora.
– Veja só! - ele desligou o aparelhinho barulhento. – Acabou o seu expediente. Que pena, não é. – Magnus se levantou e empurrou Alec gentilmente para a porta. – Nos vemos domingo, Alexander.

O menino se virou tão assustado pelo desespero repentino de Magnus se livrar dele que quase tropeçou.

- Ah, espere. – Alec disse e correu para o pegar sua mochila que estava jogada no sofá. Quando chegou à porta ele se virou novamente para se despedir. – Até domingo... sir?

Magnus prendeu a respiração. Alec parecia tão adoravelmente perturbado, os cabelos bagunçados, os lábios rosados e mordidos. Céus, ele o odiava às vezes. Os olhos grandes e esperançosos da juventude, Magnus não devia ter o convidado, será que ele poderia apagar cinco minutos atrás?

Não parecia justo desejá-lo sabendo de seu estado.

Mas ainda assim...

Mas ainda assim se Alec não tivesse ido embora agora, Magnus tinha quase certeza de que iria beijá-lo.

– Até domigo... – Magnus murmurou, sabendo que Alec não o ouviria.


Notas Finais


Se encontrarem algum erro, por favor, não deixem de me avisar! Obrigada :)


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