História Thoughts of a Deep Mind - Balonis, Balonis.

O balão explodiu, não aguentou mais a pressão que a água exercia em si e explodiu. Por mais pequena que fosse a gota o balão não esticava mais, era impossível ser-se maior. Não se pode exigir a um balão de água ter a mesma capacidade de um balão normal.

A pele do balão era feliz, era alegre e vibrante. Cheio de esperança parecia que conseguia sustentar mais uma boa quantidade de água com aquela pele resistente, subestimaram a capacidade do balão.

Como qualquer balão este tinha o seu limite de capacidade, forçaram o limite até ao ponto de o fazerem explodir.

Mas quem os culpa, eram crianças excitadas que não se davam conta do que faziam. Para a maioria destas crianças o balão era só mais um balão, mais uma cor vibrante, mais um brinquedo de felicidade demasiado temporária. Mas quem os culpa, quem os culpa quando há mais iguais a aquele, com as mesmas cores vibrantes e peles resistentes, explodia este tinham outros tantos iguais.

Como todo o balão que um dia esteve cheio já não presto, já não faço ninguém feliz. A criança que me amou temporariamente chorou quando explodi, vê-me desfeito neste lavatório e vê um pequeno sonho desfeito. Para não chorar mais deita fora o que restou de mim, esquece-se de mim e segue em frente.

Fui um balão de cor vibrante que já não aguentava mais um pingo de vida por mais pequeno que fosse este pingo. Ansiosamente esperei pelo dia de explodir e trazer felicidade a alguma criança mas infelizmente morri antes de cumprir a minha função de balão porque algumas crianças excitadas ultrapassaram o limite.

Um dia fui um balão, um balão de cores vibrantes cheio de esperança que esperava morrer feliz. Infelizmente, morri precocemente nas mãos de quem não soube respeitar o meu limite, não cheguei a ser feliz nem a cumprir os meus objectivos.

Um dia fui um balão, um balão de cores vibrantes. Hoje sou estes pedaços desfeitos que para nada servem.