Cobri-me, cobri-me com as mais variadas cores e linhas.
Marquei-me eternamente com pigmentos incríveis salpicados pelos mais diversos artistas. Marquei-me porque de alguma forma sentia necessidade de transformar a minha pele na obra de arte que sou, marquei-me porque queria transportar o sabor da arte nas escamas, marquei-me porque quis ser a tela dos artistas.
Exteriorizei tudo isto porque o apreço era tanto que não cabia no meu interior, exteriorizei porque queria um pedaço visual estampado em mim a representar quem realmente sou, o que verdadeiramente apaixona-me.
Transformei-me no escudo personalizado da minha própria história, daquilo que gostei e quis, daquilo que fui e fiz. Transformei o meu corpo no livro de imagens da minha vida, daquilo que um dia fui, daquilo que sou, daquilo que um dia pretendo vir a ser e do que serei. Transformei-me numa galeria de arte que expõe caminhos por percorrer, paixões por viver, nódoas por sofrer. Transformei-me na casa de paixões vividas, amores impossíveis, dores, aventuras, contos que formam o derradeiro conto.
Cada conto, seja ele grande ou pequeno, meu ou de outro alguém foi e é um conto que faz de mim o que sou naquele preciso instante. Todos os contos que a minha pele pigmentada conta é uma coletânea dos contos que um dia contei.
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