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História Thousand Hands - Falling In Love


Escrita por: mr_lyria

Notas do Autor


boa leituras, meus amores! <3

Capítulo 2 - Falling In Love


Semanas se passaram, e logo as semanas se tornaram meses, porém sempre ocorreram mais cenas como a anterior. Era como se eu fosse um imã, ele tinha uma energia que me fazia querê-lo perto de mim a todo momento. Sentia meu corpo estremecer, eu ficava ansioso, na maioria das vezes nervoso.

E quando - mesmo que acidentalmente - a minha pele  encostava na dele, eu tinha uma sensação boa, como um leve arrepio, um calafrio, ou uma ardência no local onde ele tinha tocado. Eu queria sentir mais daquela sensação.

Em uma manhã qualquer, á caminho do trabalho eu decidi passar na cafeteria próxima da academia. Conferi as horas e notei que ainda faltava mais de meia hora para a aula começar, eu não precisava chegar lá tão cedo, então parei para tomar um delicioso café da manhã. Escolhi um café com chantili e caramelo junto de uma fatia de bolo de chocolate, fiz o meu pedido e sentei em uma mesa dos fundos, á procura de menos movimentação.

Tirei meu celular da minha mochila e coloquei os fones, escutando uma lista de reprodução que continha apenas músicas do loiro. Eram menos de dez, mas eram as minhas preferidas. Observei as pessoas que andavam lá fora, comecei a - novamente - me distrair em pensamentos. Meu pedido chegou, eu degustei daquela refeição ouvindo uma boa música.
 

Elevei meu olhar pra fora da cafeteria e me assustei ao ver o loiro entrar no estabelecimento. Ele estava de touca preta, jaqueta escura, fones de ouvido e um caderno em mãos. Acabei engasgando com a colherada de bolo que eu havia acabado de por na boca. Continuei a observa-lo e notei que ele pediu alguma coisa ao balconista e então o mesmo olhou ao redor - talvez procurando onde sentar - desviei o olhar rapidamente fingindo que não tinha visto ele entrar, voltando a atenção para o meu café e a minha fatia de bolo. Não sabia qual expressão facial ter, então apenas me concentrei na música. Ele não se aproximou e não falou comigo, eu irei fazer o mesmo, ele deve ter me visto sem sombra de dúvidas. Não sei se é impressão minha, mas tenho a sensação de que, ele fica me evitando. Uma hora quer conversar, na outra fingi que eu não existo. Isso me deixava tanto confuso quanto chateado então, comecei a tratá-lo da mesma forma alguns dias atrás, porém, eu não consigo evitá-lo por muito tempo, sempre que ele quer falar comigo eu acabo sedendo. Terminei minha refeição, paguei a conta e saí com o copo de café em mãos.

Sabe, mesmo que pareça estranho, eu gosto de todas as vezes que temos contato físico. Eu amo a sensação da suave pele que o loiro tem, eu queria que ele me aquecesse com o seu toque, pois o calor que eu sinto ao ser abraçado por ele é aconchegante, me trás felicidade instantânea mesmo que por curtos segundos. Ele era, - é - e sempre vai ser o único a dar arrepios em minha pele.

—  Hoseok! — Despertei dos pensamentos alheios, olhei por cima do ombro para ter certeza de que não estava alucinado. Observei ele correr um pouco até me alcançar.

— Yoongi-hyung, pode me chamar só de Hobi se preferir. — Sorri bebendo um gole do meu café — Quer um pouco? Tem Chantili e Caramelo. — Ofereci.

—  Não, eu só tomo do preto mesmo, mas obrigado. — Pegou uma caneta e pôs dentro do caderno. — Eu gosto de te ver dançar. — Soltou com um pequeno sorriso. Eu, praticamente me afoguei com a última golada de café.

—  Você dança muito bem. — Completou pondo uma das mãos no bolso da jaqueta. Senti minhas bochechas queimarem, eu devia estar semelhante á um tomate.

Ele é muito estranho, fica me evitando e agora vem me elogiar, só pode estar brincando comigo. Se bem que, ele fica tão lindo de touca preta, realça os fios loiros quase brancos, e sua pele fica ainda mais clara, deve uma fofura vê-lo corar.

—  Ah, o-obrigado! — Agradeci meio sem jeito.

Ele não sabe, mas me desconserta apenas com um olhar, um sorriso ou até mesmo um - raro - gesto de carinho. Me trás novas sensações, nunca me dá nada do que eu já experimentei.

—  Incrível. Músicas. Suas. São. — Soltei tropeçando nas palavras. Rimos.

—  D-desculpe, você me deixa me nervoso. — Admiti timidamente, grande erro.

—  Sério? E porque eu te deixo nervoso, huh? — Parou na minha frente, me fazendo prender a respiração.

Meu coração poderia explodir naquele momento.
 
—  Eu não sei como explicar. — "Porque você é o perfeito pecado, algo como a mais verdadeira mentira, Yoongi.", mas a frase ficou presa na garganta, então apenas engoli em seco. Recebi um olhar questionador com uma sobrancelha elevada. 

—  Vamos, ou iremos nos atrasar. — Caminhou me deixando pra trás. Olhei o relógio no meu pulso e faltava 25 minutos pra aula começar. An?


~ Alguns Minutos Depois ~

 

Entrei na sala de ensaio jogando minha mochila em um canto qualquer, conectei os cabos do notebook à caixa de som, escolhi uma música do loiro, a mais recente que ele havia produzido com Namjoon.

Fechei os olhos me concentrando no ritmo envolvente, comecei a ter imagens nítidas do Yoongi em minha cabeça. Lembrei da sensação que o toque do mesmo me proporcionava, minha pele ficou quente e arrepiada. Aqueles lábios finos e rosados são os motivos dos meus desejos.

—  Hoseok-Hyung... — Um toque gentilmente frio e úmido me despertou, me fazendo acordar do transe, parando de dançar. 

—  Hyojin. Ahh... Turma! Entrem, entrem. Vão logo se aquecendo.

—  Sabe Hyung, eu queria dançar assim, como você. — Jungkook se aproximou, começando a se alongar.

—  Mas você dança até melhor dongsaeng. —  Elogiei o mesmo.

—  Não exagere Hyung, eu não conseguiria transmitir todo essa inspiração. — Enrugou os lábios — Como consegue? — Quis saber o moreno.

—  Jungkook, não é o ritmo nem os passos que fazem a dança, mas a paixão que vai na alma de quem à pratica. E eu posso afirmar que estou apaixonado, não só pela dança, mas também por uma pessoa. — Sorri largamente para o menor que tinha um olhar distante.

—  Como eu sempre digo à vocês... 

—  Os movimentos nos levam para outra dimensão sem nos tirar do lugar. — Falamos ao mesmo tempo.

— Ficar apaixonado machuca muito, ainda mais quando a pessoa é tão próxima de você. — Fez uma pausa — E talvez ele não sinta a mesma coisa. — Continuou o mesmo ainda com o olhar distante.

— Só talvez. — Encorajei — Já procurou perguntar se ele sente o mesmo? — Finalmente o moreno olhou nos meus olhos.

—  Se eu já sei qual vai ser a resposta, pra que perder tempo fazendo isso? Só vou me machucar confirmando o que já sei.

—  Você pode estar errado sobre que pensa. Porque não faz o teste? — Questionei, o pequeno pareceu refletir.

Assim que os alunos terminaram de se alongar, se posicionaram nos lugares certos. Coloquei a música tema da coreografia, e vislumbrei a performance dos mesmos. Estava tudo de acordo com o que eu planejava. Sincronizados e ritmados, meus alunos transmitiam confiança com as expressões faciais que cada uma das personalidades faziam. 

Foi mais do que gratificante saber que eles estavam prontos. Pus uma mix que Namjoon havia me indicado, ritmos rápidos, outrora mais lentos, nada que meus dançarinos não pudessem fazer.  Estava realmente emocionante!
 
— 5, 6, 7, 8! — Indiquei o início da próxima mix, a qual era mais complicada.

Observei atentamente, estavam indo muito bem. Depois que eles repetiram o ato umas três vezes sem errar, dei um descanso pra eles.


—  É isso aí turma! Eu disse que iriam conseguir! Tudo bem, podem descansar.
 

Aplaudi a todos, eles começaram o mesmo ato, me agradeceram por nunca ter desistido deles, elogiaram a competência de Hyojin, ela é uma ótima dançarina e muita das vezes me ajuda com as dúvidas sobre qual passo ficaria melhor com o ritmo de tal música/mix, sem falar nas vezes em ela sempre cuidou dos meus alunos enquanto eu estava ausente por conta de uma gripe ou algo do tipo. Todos estavam muito felizes, então os mesmos se aproximaram me cercando, e um enorme abraço em grupo foi iniciado. Eu estava tão feliz. Saber que todo o meu esforço valeu a pena, me deixou muito emocionado. 

Como eles alcançaram a meta do mês, liberei a sala pra danças solos, em duplas ou pequenos grupos. Eles mereceram então deixei Hyojin no comando das músicas, ela é muito responsável e é considerada - apesar de não ser oficial - minha substituta. Eles pediram pra mim dançar também, não resisti e fui fazer um solo. Fiz diversos movimentos expressando a felicidade que estava transbordando de mim naquele momento. Vários elogios ecoaram pela sala. 

Um dos alunos se aproximou e me avisou que havia alguém me esperando lá fora. Assenti olhando na direção da porta.

— Bom, agora é com vocês! Já volto turma. — Avisei, e alguns garotos foram dançar no meu lugar.

Saí da sala indo de encontro com a pessoa que me esperava.

—  Jin-Hyung! Posso ajudar em alguma coisa? —  Passei a borda da minha blusa na testa pra secar o suor.

—  Você não vai acreditar nisso. — Me puxou, fiquei surpreso com o ato mas o segui.

— O que aconteceu? — Fiquei preocupado, porém o Hyung a minha frente estava muito sorridente.

—  Sabe o Yoongi, né? Daah, lógico, pergunta besta. — Verirou os olhos se corrigindo, o que me fez rir soprado.

—  O que tem ele?! — Tentei não parecer tão interessado, mas falhei pois logo recebi "Hmmm" e um olhar desconfiado do mesmo.

Continuamos a caminhar pelo corredor até entrarmos no estúdio de gravações. As luzes estavam apagadas, o que eu estranhei um pouco. Tinha alguém dentro da cabine. Arregalei os olhos encarando um Jin sorridente.

—  Sim é ele. — O mais alto sussurrou.

—  Yoongi pensa que está apenas eu e ele aqui. — Namjoon sorriu —  A música foi eu quem fiz alguns versos, e o que faltava ele completou, está demais. Eu disse que seria legal cantarmos um Rap que criamos juntos, eu já cantei o meu verso, agora é vez dele. — Explicou com a satisfação em seus lábios e covinhas.

—  Posso? — Me referi aos fones que estavam no pescoço de Nam.

Ele assentiu e levantou da poltrona indo em direção ao Jin, envolvendo sua cintura e beijando seu pescoço. Confesso que não gosto de segurar vela, mas fiquei ansioso pra ouvir a voz do loiro que parecia concentrado ao cantar. 

— "Hip hop me encontrou
Assim como uma criança procura a sua mãe
Entrou na minha vida naturalmente
Eu era só um estudante naquela época
E foi quando decidi o meu objetivo de vida
Eu queria ser uma estrela do rap
Odiava viver o mesmo que os outros, a prematuridade de uma criança
Mesmo que as pessoas me avisavam e me seguravam
Hip hop persistia em mim
E virou minha vida do avesso completamente
O meu jovem eu que escrevia 16 versos na ponta de meus livros
Graças a isso, eu joguei fora minha vida confortável
E fui até um estúdio em Namsan-dong, Daegu
Durante toda a noite
Eu desgastava a ponta da minha caneta
No final dos meus esforços
Em vez de ter notas nas matérias da escola
Enchi minhas rimas
E foi o que fez os meus sonhos se realizarem
Todo mundo me perguntava: o que é hip hop?
Então eu confiantemente respondia: meu tudo
Como resultado, minha vida se afundou na música
Se amar essa cultura é um pecado
Eu morreria mais de cem vezes sem arrependimento.
"

—   Incrível, ele canta muito bem. —  Fitei Namjoon ainda abraçando Jin por trás, revirei os olhos.

—   É verdade, quando Namjoon me enviou a mensagem avisando, eu fiquei tão surpreso quanto você. Já que vocês se gostam, precisava te avisar, por isso te puxei até aqui.

—   Amor! — Namjoon chamou atenção do castanho a sua frente com um olhar de "Não era pra ter dito isso".

—  Q-que, c-como assim, eu n-não gosto dele. — Menti tentando me defender, falhando miseravelmente.

—   Hoseok, você não sabe mentir. — Namjoon me alertou, rindo em seguida.

—  M-mas eu n... - Fui interrompido por um Yoongi que acabará de sair da cabine.

—  Porque ele não sabe mentir? — Nos encarou.

—   Você não me disse que cantava tão bem assim. Foi muito bom! — Tentei disfarçar mudando de assunto.

—  Namjoon, você disse que ninguém saberia. — Me ignorou totalmente em seguida questionando o Hyung.

—  Ninguém exceto o mozão — Corrigiu — mas, relaxa, estamos entre amigos.

—  E o que ele faz aqui? — Me encarou, eu engoli em seco.

—  Ninguém mais saberá, confia em mim. — Namjoon deu uma piscadela pro loiro.

—  Que mal há as pessoas saberem? Você é ótimo! —  Jin tentou aliviar a tensão que havia se formado.

—  Obrigado hyung. —  Yoongi  agradeceu.

Só pode ser brincadeira, eu também estou aqui, eu te elogiei primeiro seu idiota. E como assim "o que ele faz aqui?", foi o Jin que me trouxe aqui, eu nem sabia que isso estava acontecendo se não fosse o Jin-Hyung. Quer saber, cansei, desisto de tentar lembrá-lo da minha existência.

Me levantei da poltrona colocando os fones no assento, segui em direção a porta com minha raiva estampada no rosto.

—  Hobi... — Jin me chamou —  Onde você vai? — Quis saber o mesmo.

Fuzilei o Yoongi antes de responder.

—  Tenho que ir. — Me retirei do estúdio e caminhei e de volta pra minha sala.





— Droga, por que eu sou tão trouxa ? — Pensei em voz alta retirando minhas roupas.

Debaixo do chuveiro, no banheiro do meu quarto, eu tentava lavar meus pensamentos.
Depois que voltei pra minha sala, tentei me distrair com meus alunos. Eles mostraram as coreografias que haviam criado, retirado da internet ou aprendido comigo. Mas, a frase que o Jin-hyung havia dito pra mim, me fez refletir quase que a tarde toda. "Já que vocês se gostam", ficou martelando um bom tempo na minha cabeça. Fiquei me perguntando se eles sabiam de alguma coisa que talvez Yoongi poderia ter dito em relação à mim.

Eu queria ir pra casa, e acabei liberando os alunos mais cedo. Ao chegar em casa, queria relaxar e não conseguia. Eu precisava tomar um banho.

Mas a perfeita canção do loiro não saía da da minha mente. Com uma voz meio rouca, se tornava inspiradora. Ele estava disposto a não trocar as fortes opiniões que continha, com um tom meio debochado, mas determinado a dizer o quanto ele correu atrás pra fazer o que mais amava - e ama -, demonstrando ser mais forte do que era, foi capaz de transmitir seu amor pelo Hip-Hop. Foi lindo ver o modo como ele permanecia de olhos fechados pra se concentrar na melodia. Seus lábios cantavam seus pensamentos.

Ao sair do banho, procurei algo confortável pra vestir. Sentei na cama pensando desta vez no lado frio que o outro deixava transparecer. Eu não conseguia diferenciar as palavras dele, se minha presença o incomodava ou se ele era tímido demais, a cada vez que ele me ignora, eu sinto um aperto no meu coração. Me sinto como um idiota implorando por uma atenção que nunca irei ter. Tão ingenuo, tão apaixonado.


Notas Finais


aaaaaa eu amo tanto meus meninos! <333

me digam se gostaram, podem comentar, eu mordo mais pego leve (ou não)!

até o próximo! *--*


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