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História Thousand Years - Medos


Escrita por: EmiSchiffer

Notas do Autor


Olá! Sei que demorei e aqueles que não respondi os comentários irei fazê-lo agora!

O Grã Bretanha que será citado e quem sabe tenha alguma participação daqui para frente é um personagem original criado pela minha insônia, seu nome é Gray Kirkland.

Espero que gostem!
Perdoem os erros

Capítulo 2 - Medos


Fanfic / Fanfiction Thousand Years - Medos

Todas as vezes que Inglaterra precisava voltar à Europa, Alfred despedia-se dele no porto, porém ficava ainda lá até perder o mais velho de vista. Seus grandes e expressivos olhinhos azuis empapados de inocência ficavam marejados, mas a pequena colônia não iria chorar. Ele seria um bom menino e ficaria a espera do dito britânico, mas apesar de ser um pequenino herói, Alfred assim como todos tinha medos. 

E por isso, tentava desesperadamente esconder-se da tempestade que castigava suas terras. E o pior de tudo era o barulho ensurdecedor dos trovões que ecoavam pela casa demasiada grande para uma criança morar sozinha, o pequeno estava escondido dentro do guarda-roupa encolhido, estava tremendo de medo, trazendo olhos assustados e marejados. 

-E-England!- o pequeno chamou e apertou os olhos quando mais um trovão ecoou por seus ouvidos, para Alfred, aquela era a sinfonia vinda do inferno:- E-England! Eu estou com medo!- o pequeno confidenciou ao escuro do armário abraçado a seus joelhos. 

-x-

A tempestade castigava a pele do lourinho. Ele poderia ter esperado a tempestade passar ou até mesmo o amanhecer para ir visitar Alfred, entretanto não fora capaz de tal por sentir que seu miúdo precisava dele. A blood storm git deixara Arthur desnorteado, mas Kirkland não desistiria e chegaria a casa que dividia com Alfred para averiguar que nada de mau havia acometido o pequenino. 

Ao imaginar seu pequeno colônia com medo da tempestade encolhido em algum canto pela casa; mais precisamente em seu guarda-roupa, Arthur lembrou-se de seu já finado tutor e um mínimo sorriso apareceu nos lábios finos do louro. Ele lembrava-se da figura imponente de Grã Bretanha repreendendo-os por terem feito algum esterco entre si, ao França ou aos outros vizinhos, mas era corriqueiro eles serem repreendidos por brigarem entre si. 

Ele lembrava que Allistor odiava Gray Kirkland, que Connor dificilmente falava na presença do tutor, que  Gavan respondia e era cortado sem piedade pelo britânico mais velho e por fim, sua irmã distante Bridget, fora ela quem ensinara magia a ele e era a única que ficava indiferente e ele por fim, amava o seu tutor. 

Eles não pareciam uma família e sim cães rosnando um para o outro. Isto é, até uma horrorosa e tenebrosa tempestade assolar o território de Grã Bretanha, o moreno envolvia cada um de seus filhos em seus braços quentes, acariciava todos e cantava uma canção para acalmá-los. Arthur sabia que nem Allistor, Connor, Gavan, ele  e Bridget odiavam Gray Kirkland. Ninguém lá sabia o que era o conceito de família, ele sabia que seu tutor havia sido uma província do Império Romano, mas que havia libertado-se. Arthur de uma forma sabia que a vida de "escravo" que Gray levara grande parte de sua vida endurecera seu coração e por isso ele havia feito o possível para enriquecer seu território antes de desaparecer. 

Será que Gray orgulhar-se-ia com ele? Afinal, ele era o Reino Unido da Grã Bretanha e era o maior império do mundo! E havia tornado-se tutor de uma nação recém nascida e estaria enfrentando aquela maldita tempestade para ir proteger seu pequeno. Mal notou quando chegou ali, apenas saiu de transe com o trovão que ecoou atrás de si, alto e com a voz baixa e chorosa de América do outro lado da porta e mais que depressa a escancarou e adentrou a casa sem importar-se com o chão molhado. 

Correu até seu quarto e aoadentrar o cômodo conseguiu escutar o choro baixo do americano dentro do guarda roupa. Com um sorriso doce nos lábios caminhou até o móvel e o abriu, deparando-se com uma bolinha de tecidos tremendo em um canto, seu sorriso se alargou e para Arthur a cena era demasiadamente fofa; tomou Alfred nos braços e o ninou até que o mesmo pegasse no sono e não sentisse mais medo. 

- Está tudo bem! Eu estou aqui América.- o inglês sussurrou ternamente para seu pequeno abraçando-o forte contra seu corpo, querendo protegê-lo do barulho dos trovões e do mundo. 

- Promete que ficaremos juntos para sempre?- o menino indagou inocentemente e Arthur sorriu confirmando positivamente e depois mandou Alfred dormir. Este sorriu e obedeceu a ordem dada pelo britânico. 

-x-

Julho, 1776

Ambos, tutor e colônia estavam frente a frente sob a mesma chuva que há alguns anos atrás assustaria Alfred e o traria para a proteção dos braços britânicos. Mas agora, o miúdo era um homem crescido que separava-se do pai e as lágrimas de ambos misturavam-se aquela chuva de julho mas entre a dor, desilusão e abandono, o choro inglês escondia orgulho e satisfação. Arthur sabia que seu pequeno era destinado a ser grande e livre. Enquanto Alfred derramava as mesmas lágrimas que Arthur. Porém estas eram de medo e seus olhos evidenciaram aquele fato ao britânico, sim Alfred temia não conseguir proteger seu povo, não ser suficiente, desaparecer antes da hora e por fim, ter machucado imenso o menor. 

- Apesar de tudo, eu escolho a liberdade! Não sou mais seu garotinho! Por isso, estou me separando de você!- a voz do americano soou convicta, mesmo ele querendo voltar atrás ao ver a expressão desolada e desiludida estampada na cara do inglês. Mas ele não o faria, pois amava aquele que um dia chamou de guardião e pelo bem de amá-lo, ele mesmo tornar-se-ia inimigo do britânico. 

- Até parece que eu deixarei!- o menor exclamou avançando com seu mosquete em direção a América desarmando-o. Arthur apontou sua arma para a cabeça do mais jovem:- Você é muito inocente seu idiota!- berrara a última parte jogando sua arma no chão e pondo-se a chorar:- Por que? Por que?- sussurrava choroso mais para si do que para Alfred.  

América ficou um tempo em silêncio observando a figura desolada do britânico suspirando disse:- Você costumava ser tão grande...- dissera virando-se para ir embora dali antes que desabasse ali mesmo. 

- Se precisa ir, vá logo seu Blood hell git!- o menor berra, mesmo querendo dizer " Não vá! não me deixe!" 

E assim o desolado América fez, saiu dali o mais rápido que pôde, deixando para trás o desolado britânico para trás afogando-se em suas lágrimas. Mas o que nenhum dos dois sabiam é que, aquela chuva que marcaria a vida de ambos para sempre eram as lágrimas orgulhosas de Gray Kirkland. Eram lágrimas de um pai e de um avô que assistia orgulhosamente seu filho e neto darem os primeiros passos por trilhas distintas, que entretanto, sempre se reencontrar-se-iam, mas não como pai e filho e sim, como amantes ou namorados.

...E Gray também sabia quepreocupar-se-ia demasiado com ambos ainda, mas por hora, apenas daria sua bênção e as mesmas lágrimas derramadas por ambas suas crianças, estariam sendo derramadas por ele... 


Notas Finais


Espero que não tenha ficado muito confuso, mas queria expor os sentimentos de cada personagem, inclusive do meu OC.

Grã Bretanha - Gray Kirkland
Escócia - Allistor Kirkland
Gales - Gavan Kirkland
N. Irlanda - Connor Kirkland
Irlanda - Bridget Kirkland

Até o próximo!

Xoxo


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