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História Thousand years for you. - Capítulo único


Escrita por: WhoIsSnow5

Notas do Autor


No meio da minha crise existencial - junto com a crise de criatividade (leitoras de Love the way entendem)- surgiu das profundezas da minha mente essa ideia. Bom espero que gostem pois eu gostei de escrever.
Não esqueçam de ler as notas finais.

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction Thousand years for you. - Capítulo único

Capítulo único - Surpresa não é nem a festa, e sim o presente.

***

Arrumava distraidamente o último grampo em meu cabelo, minha grande juba ruiva -como apelidei carinhosamente meu cabelo- está perfeitamente trançada, exceto pelos muitos fios rebeldes que insistem em se soltar -fazendo com que prenda esses fios com grampos-, Bonnie -que após conseguir milagrosamente arrumar meu cabelo- entrou pela porta apressada com inúmeras coisas de maquiagem em mãos, veio até mim e se sentou em minha frente logo começando a me maquiar.

 

- Jubs se é só uma festa das muitas que Jake faz, por que preciso estar tão arrumada? - perguntei impaciente. Por Prismo, por que preciso estar perfeita?

 

- Porque essa é uma festa especial. Talvez você faça um certo alguém tomar atitude - responde simplesmente, logo dando um pequeno sorriso malicioso. Que mania que todos tem com isso.

 

- Bonnie Jujuba Bell - repreendo-a pegando o batom que a mesma me estendeu. Virei-me para o espelho passando o batom vendo meus lábios naturalmente rosados, ganharem uma tonalidade vermelho-vivo - ja conversamos sobre isso. Finn e eu somos apenas melhores amigos - Bonnie bufa se sentando em sua cama - e ainda não entendi por que precisei vir para o Reino doce me arumar se sempre me arrumo na casa da árvore - completo.

 

- Melinda, misturar meu nome verdadeiro com meu nome de princesa não vai tornar a bronca pior. Mel você mora com dois homens em uma casa da árvore, sei lá pensei que fosse gostar de uma companhia feminina sabe, passar um tempo comigo... - Bonnie parecia um pouco magoada.

 

- Desculpa Jubs, é que as coisas estão corridas, ultimamente Finn está me levando para muitas aventuras, calabouços, lutas, não paramos nunca. Apesar de tudo admito que amo essa loucura - suspiro alegre. Viro para o espelho me analisando e passando as mãos pelo meu vestido.

 

Ele vai até o joelho. É verde escuro na parte de cima e verde claro na parte de baixo -fazendo esse degrade apartir da cintura-, é rodado na parte de baixo e incrustado com pequenas pedrinhas brancas, já na parte de cima contém um decote em "v" e é bem justo até a cintura -fazendo assim meus seios se espremerem, e dar um grande volume no vestido- e por último possuindo alças finas. Para dar um toque mais "eu" nesse visual todo estou usando um tênis preto -do qual Jujuba deixou bem claro que não é a favor-.

 

- Você sabia que ele só levava uma pessoa em calabouços, e essa pessoa é a ex dele? - pergunta sorrindo. Assinto fazendo ela continuar - ele deve gostar bastante de você para te levar em um lugar do qual ele só levou a princesa de fogo.

 

- Bonnie não coloque coisas em sua cabeça doce. Somos apenas amigos e é assim que tem que ser - quem estou querendo enganar? - ele só faz essas coisas pois está feliz que encontrou outra humana - agora repita para si até acreditar - ele jamais gostaria de mim! - constato - e a Phoebe é um amor, não tem como não querer ela sempre por perto.

 

- Está bem, pronta Mel? - Bonnie suspira se levantando da cama. Sempre que conversamos sobre isso ela fica irritada pois quer que Finn e eu fiquemos juntos.

 

- Sim.

 

Então seguimos até fora do seu quarto e consequentemente para fora do castelo, entramos em uma carruagem doce e fomos para a casa da árvore, que devo admitir que está linda. Dava para ver a quantidade de pessoas a quilômetros, o som estava alto mas assim que chegamos mais perto da casa da árvore o som apartou do nada. Bonnie fechou a janela por onde eu olhava alegando que estava frio, assim fazendo-me perder a visão do exterior. O que vocês estão aprontando?

 

"Um pouco mais perto".

 

Meu coração está pulando pela boca e nem ao menos sei o por que disso, mas quando as coisas estão ruins elas só tendem a piorar pois, assim que a carruagem doce parou e eu desci, consegui tropeçar no último degru e cair ralando meus joelhos e um pouco de minhas mãos. Levantei segundos depois pronta -ou quase- para encarar a multidão de pessoas que me fitavam esperando ansiosamente para gritar "surpresa", e foi o que fizeram.

 

- SURPRESA - gritaram todos ao mesmo tempo, fazendo minha cabeça doer. Sorri com tudo isso.

 

Nos momentos seguintes todos estavam jogando confetes para cima, para que em seguida eles caíssem formando uma pequena "chuva" brilhosa.

 

- Mas o que é tudo isso? - pergunto para Jujuba que está atrás de mim.

 

- Não sabemos quando você nasceu, e com o seu "problema de memória" decidimos que já era a hora de comemorar seus 16 anos.

 

- Obrigada Bonnie - abraço ela que retribui na mesma hora.

 

- Não agradeça a mim e sim ao seu príncipe cavaleiro, que por sinal está vindo aí - fala e se afasta.

 

Me viro dando de cara com Finn, sua costumeira touca branca não estava em sua cabeça fazendo assim seus fios loiros balançarem junto com o vento. Suas roupas eram uma camisa azul clara de botões e uma calça jeans também azul porém escura, ele está com um tênis preto, e um relógio em seu pulso. Nada muito formal, mas o suficiente para que ele fique extremamente sexy.

 

"O coração acelerado

Cores e promessas

Como ser corajosa?

Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar?

Mas ao ver você sozinho

Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira".

 

- Você fez tudo isso? - pergunto sorrindo abertamente.

 

- Eu tive a ideia e o pessoal ajudou - fala como se não fosse nada - mas valeu a pena todo o trabalho, para ver o seu sorriso!

 

Me joguei nele o abraçando pelo pescoço, seus braços circularam minha cintura me mantendo segura, Finn não é mais o mesmo garoto de quando eu cheguei, tínha quase 15 anos quando o conheci, ele já possuía seus quinze, sendo alguns meses mais velho do que eu -ao que tudo indica-, ele era magrelo e poucos centímetros mais baixo que eu, era infantil -o que causava enornes brigas entre nós dois- mas já possuía um enorme coração e emanava segurança e boas intenções. Finn continua com a mesma personalidade, um pouco menos infatil já que por um milagre ele amadurecera, mas fisicamente...seus braços agora são maiores que os meus dois juntos, já não posso mais olhar para frente para falar com ele e sim para cima pois agora minha cabeça bate em seu nariz, seu rosto está começando a perder aquele ar de criança e ficando másculo, e se olhar atentamente você consegue ver sua barba querendo começar a crescer.

 

***

 

Meu coração pulou, e meu peito doeu como se a muito não fizesse aquele simples movimento de subir e descer, inspirei o máximo de ar que consegui me assustando por sentir meu corpo inteiro doer, minha cabeça doía muito enquanto tentava a todo custo abrir os olhos, quando consegui finalmente abri-los nada aconteceu, eu esperava uma luz...talvez uma enfermeira me acordando sei lá qualquer coisa, mas tudo menos a escuridão. Não deixei que isso me afetasse continuei com a esperança de que ia descobrir onde estava. Levantei a mão na intenção de esfregar meus olhos porém fui impedida pelo baque que foi causado pela minha mão bater em algo, levantei as duas mãos começando a tatear o lugar em que me encontrava, não lembro quando foi mais em algum momento me desesperei ao ponto de começar a arranhar o lugar onde me encontrava, meus dedos começaram a doer bem em baixo de onde ficam as unhas, sentia algo escorrer pelas minhas mãos enquanto regularizava minha respiração, pois, estava começando a ficar sem ar. Pelos deuses, o que está acontecendo?

 

- Alguém pode me ouvir? - perguntei ridiculamente. 

 

Continuei tateando a madeira em cima de mim até que achei um pequeno buraco, do qual dei um jeito de enfiar minha mão e tentar sentir algo. Encontrei algo do lado de fora, era um pouco úmido e escorria por entre meus dedos. Terra?

 

- Ai meu Prismo - exclamei assustada - eu estou enterrada.

 

Continuei mexendo a mão até que a terra começou a ceder e eu fui empurrando a madeira a cima de mim. Podia ouvir o barulho da terra entrando pelas bordas da caixa e a dor no meu braço fazia com que meu cérebro gritasse DESISTA, mas algo dentro de mim lá no fundo, não me deixou desistir. Quando a terra ja estava atingindo meus ombros -a essa altura eu já estava sentada e nem percebi- finalmente minha visão foi invadida por raios de luz, não tinha mais forças então estiquei o braço para fora o máximo que consegui e gritei o mais alto que podia enquanto mexia a mão desesperadamente, mas não aguentei por muito tempo e logo deixei apenas minha mão para fora. Parada, enquanto esperava alguém me ajudar.

 

Senti uma corrente elétrica percorrer o meu corpo assim que uma mão tocou a minha. Fui puxada com delicadeza para cima, fecho os olhos pela quantidade de luz e areia que invadiram os meus olhos, esfrego os mesmos tentando limpa-los.

 

- Você está bem? - olho para cima e vejo um garoto a minha frente e um cachorro sentado ao meu lado.

 

- E-eu...Não s-sei - minha voz sai muito baixa e rouca - onde eu estou?

 

- No cemitério de Ooo - responde simplesmente.

 

- O que você fazia alí em baixo? - pergunta o cachorro curioso.

 

De alguma forma não me senti assustada com isso. Sentia que era normal um cachorro falar, afinal isso é comum não é? Não o respondi apenas olhei para frente, havia um buraco mal feito que provavelmente foi de onde sai e mais acima uma lápide. 

 

Melinda Westbrook.

Amada filha, e última humana.

 

- Humana? - o garoto a minha frente pergunta ao seguir meus olhos e ler minha lápide.

 

- Meu Prismo, eu estava enterrada - coloco a mão na boca - aí - olho para minhas mãos e vejo o sangue escorrendo.

 

- Você está machucada, venha vamos te ajudar - o garoto veio até mim me puxando para cima - Jake - o garoto chama.

 

- Pode deixar - o cachorro que agora sei que é Jake pronuncia. Em segundos ele vira um cavalo. Estranho.

 

O garoto sobe em Jake me puxando junto, fiquei sentada na frente e o garoto atrás de mim me segurando por eu estar fraca.

 

- Qual seu nome? - pergunto olhando vagamente para trás.

 

- Finn - sorri.

 

Olho para frente, estavamos nos aproximando de um castelo que me lembrava muito inúmeros doces. Mas tarde Finn me explicou que era o Reino doce feito literalmente de doces. Finn e Jake me levaram até uma enfermaria e logo uma mulher rosa veio até mim.

 

- Olá sou a princesa Jujuba e irei cuidar de você - sua voz é calma.

 

- Oi sou Melinda... - respondo tímida.

 

Depois disso Jujuba me examinou, fez todos os tipos de exame, tirou sangue e comprovou que sou humana, por volta dos 15 anos, e saudável. Não sabemos como eu fui parar lá nem como eu revivi, apenas sabemos que por algum motivo eu voltei. Jujuba e eu ficamos amigas rápido, até fiz ela e Marceline voltarem a se falar, conheci todas as princesas, Jake é como um irmão mais velho meio doido, e Finn virou meu melhor amigo pelo menos até eu perceber que a amizade se transformou em outra coisa.

 

"Eu morri todos os dias esperando você

Querido, não tenha medo eu amei você

Por mil anos

Eu amarei você por mais mil".

 

***

 

Me separei de Finn sabendo que não poderia ficar abraçada nele para sempre, infelizmente. Dei um beijo em sua bochecha e agradeci novamente pela festa, ele apenas sorriu e disse que eu merecia mais, sorrio para ele e fui cumprimentar o resto do pessoal. Cumprimentei quase todos já estava com as bochechas doendo de tanto sorrir, faltavam apenas Jake, Marcy, Caroço e Phoebe. Me aproximei da mesa em que eles estavam junto com Bonnie.

 

- Oi - cumprimentei todos que me comprimentaram de volta - como vai Marcy? - perguntei me aproximando e abraçando a mesma.

 

- Ótima - me abraça de volta - Jake fez muitos aperitivos vermelhos. Faz tempo que não como tanto - rimos. Marceline é a melhor pessoa.

 

- E você Caroço? - pergunto ja a abraçando.

 

- Muito bem miga, o Brady voltou comigo finalmente - suspira aliviada.

 

- Fico muito feliz Caroço, mas se lembra daquilo que eu falei, não corra atrás de alguém que não faz bem para você - lembro-a.

 

- Com certeza miga - ela se aproxima - nem todo mundo pode ter um Finn aos seus pés - susurra.

 

Reviro os olhos encarando-a. Ela apenas da de ombros.

 

- Phoebe ta quentinha? - brinco. Ela bufa impaciente - desculpa não consegui me controlar - riu.

 

- Ok. Estou bem apenas alguns problemas de rainha - sorri e sorrio de volta.

 

- Jake eu amei a decoração. Ficou irada - elogio.

 

- Tudo do melhor para a melhor - me abraça.

 

- Assim fico mal acostumada - sorrio fazendo carinho em sua cabeça - É oficial, vocês são os melhores - olho para todos a minha volta sorrindo e eles sorriem de volta.

 

- Mel seu joelho está sangrando - Finn me chama.

 

Olho para baixo e constato que realmente ele está sangrando mas é bem pouco, desvio os olhos para minhas mãos e elas tinham alguns arranhões e um pouco de sangue seco.

 

- Estou bem, isso foi de quando cai da carrugem doce - respondo sorrindo.

 

- Vem vamos fazer um curativo - Finn me puxa pela mão indo em direção a casa da árvore.

 

Olho para trás e todos possuem um sorriso malicioso no rosto. Reviro os olhos. Entramos na casa da árvore e Finn me guiou até as escadas que nos levam ao sótão. O sótão é o lugar em que eu mais fico na casa pois da para ver o sol nascer e se por, e tem uma ótima vista para o imenso gramado. Quando termino de subir ás escadas Finn aparece com um pequeno embrulho em mãos. Ele senta no chão e faz sinal para que eu sente também, sento de frente para ele.

 

- Eu fiz para você - Finn me entrega a caixinha e eu a abro.

 

"O tempo para

A beleza em tudo o que ela é

Terei coragem

Não deixarei nada levar embora

O que está à minha frente

Cada suspiro

Cada momento nos trouxe aqui".

 

- Ela é linda! - tiro a pulseira da caixinha. É uma pulseira de couro e no meio interligando uma tira de couro a outra, ha um coração pretado com uma espada atravessando ele - você quem fez? - exclamo surpresa. Sim ele disse que fez para mim, mas é que eu não esperava algo assim.

 

- Sim. Deu um pouco de trabalho mas valeu a pena pelo seu sorriso - fito seus olhos azuis.

 

- É a segunda vez que me fala isso hoje - sorrio.

 

- É porque seu sorriso é lindo - sinto minhas bochechas esquentarem - vem mais perto - me puxa fazendo ficarmos muito perto um do outro.

 

Finn pegou meu pulso o largando somente para abrir a pulseira, colocou ela a ajeitando em meu pulso e sorriu. Continuei fitando seus olhos até que ele desvio seu olhar para mim. 

 

"Um pouco mais perto".

 

Fiquei apenas o encarando até que Finn puxou minha mão fazendo com que fiquemos perigosamente perto. Sua respiração se chocava com a minha, sua mãos já estavam em minha cintura e eu estou congelada.

 

- Finn somos melhores amigos - luto com as últimas forças que ainda tenho.

 

- E...

 

- Isso não é errado? - pergunto.

 

- Só se você não quiser - responde calmamente. Um pequeno sorriso triste nascendo em seus lábios.

 

- E-eu...quero! - minhas mãos voam até sua nuca o puxando para mim sem o dar tempo de responder.

 

"E o tempo todo eu acreditei que encontraria você

O tempo trouxe o seu coração para mim

Eu amei você por mil anos

Eu vou amar você por mais mil".

 

Nossas bocas se encontraram, Finn me puxou pela cintura para mais perto, ele pediu passagem e abri a boca, em segundos nossas línguas se envolviam de forma rápida e desesperada como se a tempos desejasemos aquilo, e desejamos. Nos separamos para respirar.

 

- Desde quando? - pergunto.

 

- O que - sua cara de confusão é impagável.

 

- Desde quando gosta de mim?

 

- Desde que te tirei daquela cova - responde sorrindo.

 

- Isso foi meio macabro - rimos - sabe o que percebi?

 

- O que? - pergunta de volta. 

 

- Que meus joelhos ainda estão machucados - riu.

 

- Eu te distraio da dor - Finn fala se aproximando.

 

E os próximos minutos foram assim. Não podemos escolher por quem nos apaixonamos, mas podemos escolher com quem queremos passar o resto da vida, mesmo que isso dure mil anos.


Notas Finais


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Essa é minha primeira one-shot então não tenho total certeza de que está boa.

Qualquer crítica, ajuda/conselho, ou se não entenderem algo comentem. Vou responder todos. *-*


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