1. Spirit Fanfics >
  2. Three Adventure Stories Over the Gravity >
  3. The Girl In The Purple Cloak

História Three Adventure Stories Over the Gravity - The Girl In The Purple Cloak


Escrita por: Awkward_Owl

Notas do Autor


Hey narnianos, peculiares, plutonenses, bruxos, semideuses, viajantes do tempo, fan-girls e fan-boys
É bom revê-los =3 E dessa vez mais cedo.
Bem, eu simplesmente consegui postar o capítulo mais rápido que o previsto (sério, segundo semestre é uma coisa complicada, já estamos mesmo em setembro?)
Espero que gostem =3
Boa leitura ^-^

Capítulo 25 - The Girl In The Purple Cloak


POV Beast Wirt

                Dizem que o tempo é dividido em dois tipos: tempo cronológico e psicológico. Enquanto o primeiro seria algo concreto contado pelas sombras que o Sol indiretamente cria, o que soa bastante contraditório, mesmo que seja verdade, não haveria sombras sem luz. O segundo seria a prova de que tudo que é bom dura pouco e tudo que é desinteressante demora uma eternidade. Na minha atual situação, preso em um cubículo sem ver a luz do sol, apenas poderia contar com o tempo psicológico e nesse caso pareciam já ter passado mil anos. Eu agradeceria muito se qualquer pessoa passasse por aquela porta, só para me salvar do meu estágio mórbido de tédio misturado com a claustrofobia inevitável.

                Mas o que mais me preocupava não era o lugar fechado em que estava, muito menos que hora serviriam a comida. O fato de estar sem a minha capa e o meu lampião me fazia sentir como um peixe sem água: totalmente vulnerável, como naqueles típicos sonhos estranhos em que você está na escola sem roupas. E o pior? Conseguia sentir que o meu lampião estava em algum lugar próximo sendo tocado possivelmente pelas mãos daqueles agentes impuros, isso me dava frio na barriga.

                Eu precisava arranjar alguma maneira de sair daquela cela claustrofóbica que neutralizava meus poderes, mas como? Bolei vários planos de fuga, contudo, pelas minhas observações detalhadas, esse cubículo não tinha falhas ou passagens atravessáveis, resumindo, minhas diversas opções para apenas uma rota de fuga: um erro humano.

                De repente, ouço o barulho de algo se arrastando. Era a porta.

                - Veja só que belo exemplar temos aqui. – Diz uma voz feminina com um tom debochado, ela havia acabado de entrar pela porta e mesmo que estivesse virado de costas para a porta, já poderia imaginar quem era: aquela loira histérica facilmente irritável.

                - Pensei que eu era um monstro. – Disse me lembrando da última vez que nos falamos. – Aliás já tomou o seu calmante?

                - Ora, mas é claro que você é um monstro, precisa de um espelho por acaso? Calmante? Por que eu deveria... – Ela faz uma pausa como se estivesse tentando ligar os pontos, logo em seguida parece dar uma leve risada. – Por que você não se vira?

                - Me virar para que? Para você me perguntar pela milésima vez o que eu sei sobre Palufício? – Pergunto enquanto me viro. - Eu repito: Não faço a mínima ideia do... Quem é você?

                Assim que fico frente a frente com a portadora da voz, percebo que mesmo havendo certa similaridade no som, não correspondia a agente Lisa ou seja lá qual for o nome da loira de pavio curto. Não. Na verdade era uma garota totalmente encapuzada com uma manta roxa. Era impossível enxergar seu rosto, apenas tinha certeza que era uma garota por conta da voz.

                - Ah, perdoe-me Besta, mas Lorde E deu uma ordem à mim para não me revelar ainda.  – Diz ela com um sorriso que apareceu no meio do breu causado pelo capuz. – E é uma pena que não se lembre do que é Palufício... Mas o que posso fazer? Amnésias acontecem.  

                - Amnésias?

                - Foi o que eu disse. Esse cubículo classe A deve estar afetando seu cérebro, deixe-me resolver isso... – Ela diz pegando um controle de algum lugar da manta e apertando o único botão que nele estava, mesmo que ela não fosse a agente loira, só de ver o controle já me deu arrepios me lembrando do que o último aperto de botão havia me causado. Entretanto, assim que a garota apertou, ao em vez de eu cair frente à milhares de raios. A cela foi desativada e a porta dela, aberta. – Não se preocupe, dei um jeitinho nas câmeras quando você estava me ignorando virado para a parede.

                Era incrível o tão pouco tempo que eu a havia conhecido e o quanto eu já queria lança-la para o outro lado do mundo.

                - Como você...

                - O que você está esperando? Vem aqui logo! – Diz ela.

Sem pensar duas vezes, passei pela porta da liberdade. A sensação de sair daquele cubículo foi reconfortante, era como se eu fosse um pássaro engaiolado que acabara de ser apresentado ao mundo fora das grades, completamente livre. E foi aí que eu caí, parecia que todas as minhas forças tinham voltado de uma vez. Meus lábios antes secos estavam voltando a ficar mais úmidos e a minha dor de cabeça aos poucos foi sumindo.

— Um dia eu ainda vou mostrar para esses humanos como é ruim ficar engaiolado. – Resmunga a garota de manta roxa me ajudando a levantar tomando todo o esforço para impedir com que eu a olhasse. – Antes que eu me esqueça, aqui está o seu lampião e a sua capa.

Por algum motivo, eu não consegui dizer nada naquele momento, nada para a garota e nada que pudesse expressar a minha sensação. Por fora certamente a minha cara estava indiferente como sempre, mas por dentro sentia um calor reascendendo dentro de mim. Rapidamente peguei a minha capa e a vesti em seguida segurei o lampião e o avaliei minunciosamente.

— Ainda está aceso. – Suspiro aliviado e ela apenas fica batendo o pé como se esperasse alguma coisa. – Ah, desculpe. Obrigado. Mesmo.

— Apenas se lembre de quem te ajudou quando for escolher seu lado. – Diz ela desviando o olhar com rispidez e em seguida correndo em direção à saída.

— Espera! – Digo, mesmo que a minha voz ainda estivesse meio rouca para gritar. Ela para no vão da porta de saída.

— Aqui, pega. – Diz ela jogando o controle para mim. – Pode precisar para soltar alguns outros monstros, incluindo um louco que possivelmente tenha acordado.

Ela se referia ao Bipper? Ele tinha acordado? Tentei perguntar, mas ela já havia me deixado sozinho.

 – Certo então.

                Após suspirar fundo, saí correndo pela porta de saída da sala do interrogatório. Instantaneamente senti um frio na barriga ao me lembrar dos dois guardas de fora, mas a moça misteriosa os nocauteou para mim e não apenas isso, parece que conseguiu impedir com que o alarme tocasse e alertasse todos os agentes sobre a minha fuga, talvez por isso não houvesse mais ninguém no corredor. Mas o que me intrigava foi o que ela quis dizer com “quando for escolher seu lado” e “é uma pena que você não se lembre” ou então "Lorde E"? Mesmo que fossem perguntas intrigantes, agora não era hora de interpretar e investigar a fundo.

                A minha prioridade agora? Achar o Bipper e o boneco de neve. Claro, eu poderia muito bem fugir sozinho, sem correr o risco de ser pego enquanto tentasse libertar os dois loucos, mas eles eram bastante úteis às vezes, claro, o Finn ainda tinha muito no que evoluir, mas estava no caminho. Se eu estava preocupado com eles? Eles são dois loucos que não enxergam os limites, creio que isso justifique tudo. Além do mais, creio que esteja devendo uma pelo Bipper já que ele compartilhou a sua intangibilidade para não só me salvar, mas também o boneco de neve.

                - Okay, onde eles estão? – Pergunto para mim mesmo após concluir o pensamento.

                Pedir orientação para alguém não parecia uma boa ideia e andar livremente nos corredores também não, as câmeras da minha cela estavam desligadas, mas não poderia ter certeza das outras, até porque se fossem todas, chamaria bastante atenção. Eu precisava de uma passagem secreta, a tubulação seria perfeita, se os meus chifres não fossem tão grandes.

                - Droga. – Digo ao perceber a única saída. – É bom que dê certo.

                No que eu pensei? Bem, eu posso controlar as árvores no Desconhecido, no entanto como eu não estou nele (ainda), não poderia fazer crescer várias raízes que me auxiliariam na fuga, portanto, deveria recorrer ao meu outro poder, deveria recorrer às sombras.

                Assim como a Besta original eu consigo controlar as sombras, mas por certos motivos muito além do fato de não saber manusear muito bem esse poder que exige energia, acabo o deixando de lado. Mas, realmente, não via outra opção.

                Nenhuma sorte dura para sempre, se não, não seria tão cobiçada. O fato é que, mesmo assim, não esperava que logo agora alguns indivíduos estivessem se dirigindo à minha cela com seus passos totalmente audíveis. Ainda estavam um pouco distantes, mas quando sua vida está em jogo, qualquer distância é pouca.

                - Okay Wirt, vamos tentar entrar em estado de meditação. – Digo me sentando com as pernas cruzadas e respirando fundo. – O mais rápido possível.

                Não, eu não estava louco. Apenas não tenho tanta facilidade com esse poder por isso preciso entrar num estágio de extrema concentração, ainda mais quando se trata de transporte sombrio. E fica ainda mais difícil quando se está sob pressão com passos de agentes que certamente não tem empatia alguma com você se aproximando.  

                Assim que fui controlando a minha respiração, meus ombros foram relaxando e quando a única coisa que ouvia eram meus pensamentos falei à mim mesmo “ Você está pronto para ver a verdadeira escuridão” eu me lembrava bem dessas palavras, mesmo que elas tenham sido pronunciadas apenas uma vez, apertei mais forte o lampião por dentro da minha capa. De uma vez só abri meus olhos e não estava mais nem sentado no chão e muito menos próximo à sala de interrogatório, tudo que via ao meu redor eram sombras, sombras de cada cômodo da agência juntamente com os sussurros que todos davam nos cantos escuros. Não conseguia ir muito longe e pior, não conseguia encontrar nenhum sinal do Finn, nem do Bipper.

                - Vamos logo, apareçam, apareçam... – Digo tentando identificar algum som, nem que fosse um resmungo deles. – Eu não vou conseguir fazer isso durar por muito mais tempo.

                - Porcaria de cela. – Ouço uma voz vagamente familiar resmungar, mesmo que meio rouca.

                - Bipper. – Digo enquanto vou nadando pela escuridão até o canto de onde o som havia saído.


Notas Finais


Bem, eu realmente gostaria de comentar alguma coisa, mas posso acabar dizendo algum spoiler, apenas o que posso dizer é, estou ansiosa para o encontro do Bipper e do Beast Wirt...
E então, quem é essa garota misteriosa?
Quem é Lorde E?
Quais suas expectativas para o próximo capítulo?
Algo a melhorar?

"As vezes a vida é assustadora e escura. É por isso que temos de encontrar a luz" BMO

Obrigada por todos os comentários, favoritações, recomendações e por acompanharem essa fic. Isso me motiva a continuar =3 =3 =3

Beijocas de oreo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...